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O bom aluno nas representações sociais de professoras da rede municipal de ensino do Recife.LIMA, Andreza Maria de 31 January 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O objetivo desta pesquisa foi analisar as representações sociais do bom aluno
construídas por professoras dos anos iniciais do Ensino Fundamental da Rede
Municipal da cidade do Recife/PE. Partimos do pressuposto de que novas práticas
sociais educacionais estariam interferindo nessas representações. Auxiliaram-nos na
leitura do nosso objeto de pesquisa autores como Freire (1988; 2006), Libâneo
(2006), Saviani (2005; 2005a) e Patto (1993). O referencial teórico-metodológico da
investigação foi a Teoria das Representações Sociais originada por Serge Moscovici
e a Teoria do Núcleo Central iniciada por Jean-Claude Abric. A metodologia adotada
circunscreve-se na abordagem de natureza qualitativa. Segundo Abric, o conteúdo
das representações sociais se estrutura internamente em um sistema central, de
caráter estável, rígido e consensual e um periférico, de caráter mutável, flexível e
individual. Por isso, a análise das representações sociais exige que sejam
conhecidos seus três componentes: conteúdo, estrutura interna e núcleo central.
Para conhecê-los realizamos dois estudos, sendo que o segundo foi desenvolvido
em duas fases. Participaram do primeiro estudo duzentas professoras. Deste grupo
foram selecionadas vinte para participar do segundo. No primeiro estudo utilizamos
como procedimento de coleta a Associação Livre de Palavras e, para a análise, o
quadro de quatro casas com o auxílio do EVOC. Na primeira fase do segundo
estudo, utilizamos como procedimento a entrevista semi-estruturada e tratamos o
material com o suporte da Análise de Conteúdo Categorial. Na segunda fase,
aplicamos um Teste do Núcleo Central, cuja análise se fez com o cálculo de
freqüências e Análise de Conteúdo. Os nossos resultados mostraram que o
conteúdo das representações sociais do bom aluno das professoras são mistas,
porém a estrutura interna desse conteúdo tem no elemento interessado sua
centralidade. Este componente determina a significação e a organização dessas
representações. Os elementos periféricos respondem por uma extensa variabilidade
de relacionamentos das participantes com o objeto, em função principalmente das
práticas concretas em que estão envolvidas. Depreendemos que na configuração
dessas representações sociais elementos de origens diversas estão implicados. Por
isso, constatamos o fenômeno de polifasia cognitiva , ou seja, um estado em que
registros lógicos inseridos em modalidades diferentes de saber coexistem no mesmo
grupo. Embora reconhecendo que para a construção das representações sociais do
bom aluno concorreram saberes de origens diversas, confirmamos nosso
pressuposto inicial, isto é, as mudanças ocorridas nas práticas educacionais nas
quais as professoras estão imersas interferem na configuração de suas
representações, entretanto, elas não atingiram o núcleo central. Especulamos a
possibilidade de estar ocorrendo uma transformação progressiva nessas
representações, que ocorre quando as práticas novas não são totalmente
contraditórias com o núcleo central. Embora cientes de que as representações
sociais do bom aluno das docentes são autônomas, os nossos resultados
sinalizam, dentre outras coisas, que uma mudança no sistema central dessas
representações seria possível se as políticas públicas educacionais e as práticas
formadoras articulassem a teoria com o fazer e pensar pedagógico das professoras
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