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Distribuição espacial do pico e ultraplâncton na plataforma continental e talude entre Cabo Frio (RJ) e Ubatuba (SP) e sua relação com a hidrodinâmica local: inverno de 2010 / Spatial distribution of pico and ultraplankton on the continental shelf and slope between Cabo Frio (RJ) and Ubatuba(SP) and its relationship with the local hydrodynamics: Winter 2010

Nathália Oliveira de Castro 27 April 2012 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O picoplâncton (0,2 - 2,0 m) e ultraplâncton (> 2,0 - 5,0 m) despertam interesse por utilizarem ativamente a matéria orgânica dissolvida, estabelecendo a alça microbiana. Responsáveis por 50-80% da produção primária em águas oligotróficas, essas frações apresentam elevadas eficiência luminosa e razão superfície/volume que as permitem alcançar alto desenvolvimento mesmo sob baixas luminosidade e disponibilidade de nutrientes. Buscando relacionar a distribuição espacial e composição da comunidade pico e ultraplanctônica aos controles bottom-up na plataforma continental e talude ao largo dos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo (22S a 26S), foram coletadas amostras de água em 39 estações oceanográficas e utilizadas as imagens dos sensores MODIS Terra e Aqua, bem como dados de hidrografia, para a descrição dos fenômenos oceanográficos de mesoescala. A abundância total de ambas as frações de tamanho, assim como a dominância do picoplâncton, reduziu em função do distanciamento da costa. Os organismos autotróficos foram em média (102 cél.mL-1 a 104 cél.mL-1 ) majoritariamente uma ordem de grandeza inferiores aos heterotróficos (103 cél.mL-1 a 105 cél.mL-1). A Água Central do Atlântico Sul (ACAS) e as plumas das baías de Guanabara e Sepetiba (RJ) permaneceram na plataforma interna favorecendo o aumento na concentração dos macronutrientes e refletindo na mudança da estrutura da comunidade através do aumento da contribuição de autótrofos no centro da plataforma, principalmente do ultraplâncton à superfície (cerca de 21%) e na profundidade do máximo de clorofila (44%). O transporte de águas costeiras carreadas por uma corrente de origem sul gerou o vórtice de plataforma identificado nas imagens de satélite para a região da plataforma interna de Ubatuba (SP), onde concentrações mais elevadas de amônio (0,28 M) e fosfato (9,64 M) a partir dos 50 m sustentaram maior densidade do ultra autótrofo (2,89 x 103 cél.mL-1) que superou a densidade de heterótrofos (2,50 x 103 cél.mL-1) no máximo de clorofila. Os resultados destacaram um forte gradiente nerítico-oceânico na distribuição dos organismos. Sugerem ainda a predominância do metabolismo heterotrófico na maior parte das águas oligotróficas da plataforma e talude entre o Rio de Janeiro e São Paulo, bem como a presença de caráter autotrófico naquelas regiões influenciadas por feições de mesoescala, como plumas estuarinas e vórtices de plataforma. / The picoplankton (0.2 2.0 m) and ultraplankton (>2.0 5.0 m) arouse interest because they actively use the dissolved organic matter and establishe the microbial loop. Responsible for 50-80% of primary production in oligotrophic waters, these fractions have high luminous efficiency and high surface/volume ratio that enable them to achieve high development even under low light and low nutrient availability. Seeking to relate the spatial distribution and composition of pico and ultraplanktonic community to the bottom-up control and mesoscale oceanographic features in the Brazilian continental shelf and slope off Rio de Janeiro and São Paulo (22S to 26S), water samples were taken in 39 oceanographic stations and images of MODIS Terra and Aqua sensors, toghether with hidrography, were employed to decribe the mesoscale oceanographic features.The total abundance of both size fractions, as well as the dominance of picoplankton, decreased as a function of distance from the coast. Autotrophic organisms were, predominantly, on average (102 cell.mL-1 to 104 cell.mL-1) one order of magnitude lower than the heterotrophic (103 cell.mL-1 to 105 cell.mL-1). The South Atlantic Central Water (SACW) and the plumes of Guanabara and Sepetiba bays (RJ) remained in the inner shelf favoring an increase in macronutrients concentration and reflecting changes in community structure by the increase of autotrophs contribution, especially in the central portion of the shelf, mainly ultraplankton at surface (21%) and in maximum chlorophyll depth (44%). The transport of coastal waters carried by a current from south caused the shelf eddy identified by water colour/chlorophyll images for the region of Ubatuba inner shelf (SP), where high concentrations of ammonium (0,28 M) and phosphate (9,64 M) near the depth of 50 m supported higher density of autotrophic ultraplankton (2.89 x 103 cells.mL-1) which exceeded the density of heterotrophs at the chlorophyll maximum (2.19 x 103 cells.mL-1). Our results highlighted a strong neritic-oceanic gradient in the distribution of these organisms. They also suggest the predominance of the heterotrophic metabolism in the majority of the oligotrophic waters of the shelf and slope between Rio de Janeiro and São Paulo, as well as the presence of an autotrophic nature in those regions influenced by mesoscale features, such as estuarine plumes and shelf eddies.
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Distribuição espacial do pico e ultraplâncton na plataforma continental e talude entre Cabo Frio (RJ) e Ubatuba (SP) e sua relação com a hidrodinâmica local: inverno de 2010 / Spatial distribution of pico and ultraplankton on the continental shelf and slope between Cabo Frio (RJ) and Ubatuba(SP) and its relationship with the local hydrodynamics: Winter 2010

Nathália Oliveira de Castro 27 April 2012 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O picoplâncton (0,2 - 2,0 m) e ultraplâncton (> 2,0 - 5,0 m) despertam interesse por utilizarem ativamente a matéria orgânica dissolvida, estabelecendo a alça microbiana. Responsáveis por 50-80% da produção primária em águas oligotróficas, essas frações apresentam elevadas eficiência luminosa e razão superfície/volume que as permitem alcançar alto desenvolvimento mesmo sob baixas luminosidade e disponibilidade de nutrientes. Buscando relacionar a distribuição espacial e composição da comunidade pico e ultraplanctônica aos controles bottom-up na plataforma continental e talude ao largo dos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo (22S a 26S), foram coletadas amostras de água em 39 estações oceanográficas e utilizadas as imagens dos sensores MODIS Terra e Aqua, bem como dados de hidrografia, para a descrição dos fenômenos oceanográficos de mesoescala. A abundância total de ambas as frações de tamanho, assim como a dominância do picoplâncton, reduziu em função do distanciamento da costa. Os organismos autotróficos foram em média (102 cél.mL-1 a 104 cél.mL-1 ) majoritariamente uma ordem de grandeza inferiores aos heterotróficos (103 cél.mL-1 a 105 cél.mL-1). A Água Central do Atlântico Sul (ACAS) e as plumas das baías de Guanabara e Sepetiba (RJ) permaneceram na plataforma interna favorecendo o aumento na concentração dos macronutrientes e refletindo na mudança da estrutura da comunidade através do aumento da contribuição de autótrofos no centro da plataforma, principalmente do ultraplâncton à superfície (cerca de 21%) e na profundidade do máximo de clorofila (44%). O transporte de águas costeiras carreadas por uma corrente de origem sul gerou o vórtice de plataforma identificado nas imagens de satélite para a região da plataforma interna de Ubatuba (SP), onde concentrações mais elevadas de amônio (0,28 M) e fosfato (9,64 M) a partir dos 50 m sustentaram maior densidade do ultra autótrofo (2,89 x 103 cél.mL-1) que superou a densidade de heterótrofos (2,50 x 103 cél.mL-1) no máximo de clorofila. Os resultados destacaram um forte gradiente nerítico-oceânico na distribuição dos organismos. Sugerem ainda a predominância do metabolismo heterotrófico na maior parte das águas oligotróficas da plataforma e talude entre o Rio de Janeiro e São Paulo, bem como a presença de caráter autotrófico naquelas regiões influenciadas por feições de mesoescala, como plumas estuarinas e vórtices de plataforma. / The picoplankton (0.2 2.0 m) and ultraplankton (>2.0 5.0 m) arouse interest because they actively use the dissolved organic matter and establishe the microbial loop. Responsible for 50-80% of primary production in oligotrophic waters, these fractions have high luminous efficiency and high surface/volume ratio that enable them to achieve high development even under low light and low nutrient availability. Seeking to relate the spatial distribution and composition of pico and ultraplanktonic community to the bottom-up control and mesoscale oceanographic features in the Brazilian continental shelf and slope off Rio de Janeiro and São Paulo (22S to 26S), water samples were taken in 39 oceanographic stations and images of MODIS Terra and Aqua sensors, toghether with hidrography, were employed to decribe the mesoscale oceanographic features.The total abundance of both size fractions, as well as the dominance of picoplankton, decreased as a function of distance from the coast. Autotrophic organisms were, predominantly, on average (102 cell.mL-1 to 104 cell.mL-1) one order of magnitude lower than the heterotrophic (103 cell.mL-1 to 105 cell.mL-1). The South Atlantic Central Water (SACW) and the plumes of Guanabara and Sepetiba bays (RJ) remained in the inner shelf favoring an increase in macronutrients concentration and reflecting changes in community structure by the increase of autotrophs contribution, especially in the central portion of the shelf, mainly ultraplankton at surface (21%) and in maximum chlorophyll depth (44%). The transport of coastal waters carried by a current from south caused the shelf eddy identified by water colour/chlorophyll images for the region of Ubatuba inner shelf (SP), where high concentrations of ammonium (0,28 M) and phosphate (9,64 M) near the depth of 50 m supported higher density of autotrophic ultraplankton (2.89 x 103 cells.mL-1) which exceeded the density of heterotrophs at the chlorophyll maximum (2.19 x 103 cells.mL-1). Our results highlighted a strong neritic-oceanic gradient in the distribution of these organisms. They also suggest the predominance of the heterotrophic metabolism in the majority of the oligotrophic waters of the shelf and slope between Rio de Janeiro and São Paulo, as well as the presence of an autotrophic nature in those regions influenced by mesoscale features, such as estuarine plumes and shelf eddies.
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Influência de fatores ascendentes sobre a produção bacteriana em ecossistemas aquáticos continentais tropicais

Jacques , Saulo Machado de Souza 26 August 2011 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2016-07-15T13:59:12Z No. of bitstreams: 1 saulomachadodesouzajacques.pdf: 663956 bytes, checksum: caccb1e96f0e94bf57e712aab0d16d45 (MD5) / Approved for entry into archive by Diamantino Mayra (mayra.diamantino@ufjf.edu.br) on 2016-07-19T15:55:35Z (GMT) No. of bitstreams: 1 saulomachadodesouzajacques.pdf: 663956 bytes, checksum: caccb1e96f0e94bf57e712aab0d16d45 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-07-19T15:55:35Z (GMT). No. of bitstreams: 1 saulomachadodesouzajacques.pdf: 663956 bytes, checksum: caccb1e96f0e94bf57e712aab0d16d45 (MD5) Previous issue date: 2011-08-26 / Bactérias heterotróficas são importantes componentes do plâncton, participando ativamente do ciclo do carbono em ecossistemas aquáticos, como por exemplo, através da incorporação de carbono à biomassa pelo processo de produção bacteriana (PB). Alterações nos ecossistemas aquáticos influenciam a atividade bacteriana e, consequentemente, o ciclo do carbono nestes sistemas. Este estudo se propôs a avaliar a influência da temperatura, da concentração de carbono orgânico dissolvido (COD) e da disponibilidade de nutrientes sobre a PB em cinco lagoas costeiras tropicais, que representam um gradiente natural de concentração de carbono (12; 18,3; 46,7; 86 e 117,1 mg/L). Amostras de água de todas as lagoas foram incubadas em três temperaturas diferentes (25, 30 e 35º C), combinadas fatorialmente com a adição de nutrientes: carbono (C), nitrogênio (N), fósforo (P) e nitrogênio + fósforo (NP). Os resultados revelaram que a adição de nutrientes estimulou a PB, mas de maneira distinta em cada uma das lagoas. Em sistemas com maiores concentrações de COD, a adição de C estimulou a PB, enquanto que em lagoas com menores concentrações, a adição de N e P resultou maiores taxas de PB. No geral, o aumento de temperatura afetou negativamente a PB. Segundo os resultados observados, o efeito da temperatura e da adição de nutrientes sobre a PB é dependente de algumas características do estoque de carbono dos ecossistemas aquáticos, como sua qualidade para o consumo bacteriano. Desta forma, espera-se que a temperatura e a qualidade de C sejam mais importantes sobre as taxas de PB em ecossistemas com maiores concentrações de COD húmico, enquanto em ecossistemas com baixa concentração de COD estes dois fatores exercem fraca ou nenhuma influência sobre PB. Diante dos atuais eventos de eutrofização e alterações climáticas, espera-se observar alterações da atividade da comunidade vii bacteriana em ecossistemas aquáticos, com consequência para toda a teia alimentar. Os resultados deste trabalho apontam que fatores como a qualidade do substrato e a estrutura da comunidade bacteriana merecem especial atenção em estudos futuros para uma melhor compreensão da influência da temperatura e de nutrientes sobre a PB em ecossistemas aquáticos húmicos tropicais. / Heterotrophic bacteria are important components of plankton, actively participating in the carbon cycle in aquatic ecosystems and incorporating carbon biomass through the process of bacterial production (BP). Changes in ecosystems influence bacterial activity and thus the carbon cycle in these systems. This study aimed to evaluate the influence of temperature, dissolved organic carbon (DOC) concentration and nutrient availability on the BP in five tropical coastal lagoons, which represented a gradient of carbon concentration (12; 18,3; 46,7; 86 and 117,1 mg/L). Water samples from the lagoons were incubated at three different temperatures (25, 30 and 35º C) factorially combined with the addition of nutrients: carbon (C), nitrogen (N), phosphorus (P) and nitrogen + phosphorus (NP). The results revealed that the addition of nutrients stimulates the BP, but differently in each of the lagoons. In systems with higher DOC concentration, the addition of C stimulated the BP, while in lakes with lower DOC, the addition of N and P resulted in higher BP rates. In general, the temperature increase negatively affected BP. According to the results, the effect of temperature and nutrient addition on the BP is dependent of some characteristics of the carbon stock of aquatic ecosystems, as well on its quality for bacterial consumption. Thus, it is expected that the temperature and quality of C are more important on the rates of BP in the ecosystem with the highest humic carbon concentrations, while in ecosystems with low DOC, these two factors play weak or no influence on BP. Given the current events of eutrophication and climate change, a reduction in the activity of bacterial communities in aquatic ecosystems would be expected, with consequences for the entire food web. The present results point out that factors like substrate quality and ix the structure of the bacterial community deserve special attention in future studies for a better understanding of the influence of temperature and nutrient on BP in humic tropical aquatic ecosystems.

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