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Burguesia brasileira nos anos 2000 : estudo de grupos industriais brasileiros selecionados / Brazilian bourgeoisie in the 2000s : a study on selected brazilian industrial groupsMonte-Cardoso, Artur, 1984- 27 August 2018 (has links)
Orientador: Plinio Soares de Arruda Sampaio Junior / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Economia / Made available in DSpace on 2018-08-27T06:24:35Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2014 / Resumo: Esta dissertação pretende contribuir para a discussão sobre o caráter da burguesia brasileira nos anos 2000 e, desta forma, entender o sentido, os limites e as possibilidades do capitalismo brasileiro contemporâneo. Para isso, é apresentado um estudo de quatro dos maiores grupos industriais privados do Brasil: Vale (mineração), JBS (agronegócio/carnes), Gerdau (siderurgia) e Cosan (agronegócio/sucroalcooleiro). A intenção é fornecer elementos concretos para uma melhor compreensão sobre o caráter da burguesia brasileira. A investigação dos grupos se concentrou na compreensão da base material da burguesia e sua força relativa frente aos demais capitais. Foram mapeados os mercados, a base produtiva e a base financeira, os vínculos com o Estado e a estratégia de cada grupo no período de estudo. As informações foram extraídas de dados públicos das companhias, de relatórios de instituições governamentais e internacionais, da imprensa especializada e de estudos acadêmicos. Para embasar teoricamente esta discussão, foram utilizados quatro autores da tradição da formação nacional: Nelson Werneck Sodré, Caio Prado Jr., Celso Furtado e Florestan Fernandes. A hipótese é que a burguesia brasileira combina o aproveitamento de oportunidades de negócios gerados pela dependência externa com a exploração predatória da força de trabalho e do meio ambiente, bem como a mobilização arbitrária dos recursos do Estado, caracterizando-se como uma verdadeira burguesia dos negócios. A pesquisa aponta que os grupos aproveitam oportunidades dentro de um processo de desindustrialização e reprimarização, mas são incapazes de controlar variáveis estratégicas da acumulação, os que as torna vulneráveis às oscilações internacionais. O impulso dos seus mercados foi resultado direto do ciclo econômico internacional, via elevação da demanda e dos preços, ou indireto, através do surto de crescimento interno. Sua base produtiva é em segmentos de tecnologia simples, livre e com baixos encadeamentos. Sua base financeira foi principalmente o capital financeiro internacional, como o apoio complementar de recursos oriundos do Estado. Por fim, a estratégia de crescimento dos grupos, inclusive de internacionalização, se deveu ao processo de aquisição de concorrentes e não de construção de capacidade produtiva, chegando ao caso extremo de associação direta com o capital internacional / Abstract: This dissertation aims to contribute to the discussion about the character of the Brazilian bourgeoisie in the 2000s and thus understand the direction, the limits and possibilities of contemporary Brazilian capitalism . For this, it is presented a study on four of the largest private industrial economic groups in Brazil: Vale (mining) , JBS (agribusiness/meat) , Gerdau (steel) and Cosan (agribusiness /sugar and ethanol). The intention is to provide concrete elements for a better understanding of the character of the Brazilian bourgeoisie. The research of the groups has focused on understanding the material basis of the bourgeoisie and its relative strength compared to other capitals. Markets, the productive base and financial base, the ties with the State and the strategy of each group were mapped for the analyzed period. The information is drawn from public companies' data, governmental, international institutions and associations reports, specialized media and academic studies about the selected companies . The theoretical basis for this discussion uses four authors of the national formation tradion: Nelson Werneck Sodré, Caio Prado Jr., Celso Furtado and Florestan Fernandes. The hypothesis is that the Brazilian bourgeoisie combines the advantage of business opportunities generated by the external dependency with the predatory exploitation of the workforce and the environment, as well as arbitrary mobilization of state resources, characterizing itself as a true business bourgeoisie. The research shows that groups seize opportunities within a process of deindustrialization and reprimarization, but are unable to control the strategic variables of the accumulation, which makes them vulnerable to international fluctuations. The thrust of its markets was a direct result of the international economic cycle, via rising demand and prices, or indirect result, through the outbreak of internal growth. Its productive base is located in segments of simple, free and low technologies, with low linkages. Its financial base was mainly international financial capital, as the additional support of funds from the State. Finally, the growth strategy of the group, including internationalization, was due to the acquisition process and not bulding of productive capacity, reaching the extreme case of direct association with international capital. / Mestrado / Ciências Economicas / Mestre em Ciências Econômicas
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Bloco no poder e política externa nos governos FHC e Lula / Bloc on power and foreign policy in FHC's and Lula's governmentsBerringer, Tatiana, 1984- 24 August 2018 (has links)
Orientador: Armando Boito Jr / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-24T10:45:21Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2014 / Resumo: Este trabalho investigou a relação existente entre a política externa e o bloco no poder nos governos FHC e Lula. Como parte de uma pesquisa coletiva realizada pelo grupo "Neoliberalismo e relações de classe no Brasil" - Cemarx (Unicamp) -, esta tese buscou identificar quais os interesses de classe que determinaram a posição política do Estado brasileiro no cenário internacional durante esses governos. A nossa hipótese é que a mudança na orientação da política externa esteve ligada à nova configuração do bloco no poder, particularmente, a ascensão política da grande burguesia interna. Essa fração de classe reúne, no seu núcleo, as empresas de capital predominantemente nacional, algumas estatais e, perifericamente, algumas multinacionais aqui instaladas. Consideramos que durante os governos FHC, para atender prioritariamente aos anseios do capital financeiro nacional e internacional, o Estado brasileiro se subordinou de maneira passiva ao imperialismo o que indica que a fração que detinha a hegemonia no interior do bloco no poder se comportou como burguesia compradora, isto é, como correia de transmissão dos interesses imperalistas no interior da formação social nacional. Mas, ao longo dos anos, sobretudo, em função das negociações da Alca, a grande burguesia interna se aglutinou e passou a exigir uma maior margem de manobra do Estado, principalmente em relação à abertura comercial unilateral que vinha sendo adotada. Por isso, durante os governos Lula, o Estado brasileiro se aproximou dos Estados dependentes, priorizando as relações sul-sul, e tomou posições políticas que geraram conflitos pontuais com o imperialismo. O resultado direto da política externa foi o atendimento de interesses econômicos da grande burguesia interna, que se traduziram em: proteção ao mercado interno, aumento das exportações e impulso à internacionalização das empresas brasileiras. Concluímos que a posição política do Estado brasileiro transitou de subordinação passiva para subordinação conflitiva / Abstract: This study investigated the relationship between foreign policy and the bloc on power in FHC's and Lula¿s governments. As part of a collective research conducted by "Neoliberalism and class relations in Brazil" group - Cemarx (Unicamp) -, this thesis sought to identify which class interests have determined the political position of the brazilian State in the international arena during those governments. Our hypothesis is that the change on the foreign policy orientation was linked to the new configuration of the bloc on power, particularly the political rise of the large internal bourgeoisie. This fraction class contains on its core, companies that have predominantly national capital, some of them are public companies and, peripherally, some are multinationals. We believe that during the FHC's government, in order to achieve the needs of domestic and international finance capital, the brazilian State has subordinated itself passively to imperialism. This indicated that the fraction that had the hegemony at that period behaved as a buyer bourgeoisie, which means as a transmission belt for the imperialism interests within the brazilian national social formation. Nevertheless, over the years, especially since FTAA negotiations, the large internal bourgeoisie coalesced itself demanding greater leeway for the state, especially regarding trade openness. Therefore, during the Lula government, the brazilian State has approached itself to dependent states (prioritizing south-south relations) and have taken political positions that resulted in conflicts with the imperialism. The foreign policy converged with the economic interests of the large internal bourgeoisie. These interests could be translated as: protection of the internal market and the policies of increasing exports and boost the internationalization of some brazilian companies. We conclude that the political position of the Brazilian State transitioned from passive subordination to conflicting subordination / Doutorado / Ciencia Politica / Doutora em Ciência Política
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