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Indios, jesuitas e bandeirantes : medicinas e doenças no Brasil dos seculos XVI e XVII / Indians, jesuits, explores : medicines and diseases in colonial Brazil (16th and 17th centuries)

Gurgel, Cristina Brandt Friedrich Martin 09 April 2009 (has links)
Orientadores: Eros Antonio de Almeida, Rachel Lewinsohn / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-14T21:27:11Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Gurgel_CristinaBrandtFriedrichMartin_D.pdf: 1275536 bytes, checksum: 77133d53d149a9f5e8d593647cb11de7 (MD5) Previous issue date: 2009 / Resumo: Isolados durante milhares de anos, os indígenas não desenvolveram imunidade diante de vírus e bactérias originários de outros continentes. Apesar de seu habitat não ser destituído de uma grande variedade de moléstias (dentre elas o pian, a leishmaniose cutânea e a doença de Chagas), no contato com o colonizador, a deficiência de resposta imune Th2 para micro-organismos autóctones causou verdadeiras tragédias entre os brasilíndios, que sucumbiam por gripes, sarampo, disenterias e principalmente varíola. Médicos formados constituíam um grupo insignificante no Brasil colonial e diante do vazio profissional, jesuítas (os primeiros que se lançaram nas práticas médicas), curiosos, curandeiros, barbeiros, benzedeiras compunham um contingente expressivo. Todos praticavam uma medicina híbrida, formada inicialmente pela medicina popular européia e indígena; ambas possuíam uma noção materializada da doença que, uma vez instituída, deveria abandonar o organismo. Diante disso, a terapêutica baseava-se em sangrias, purgas e vomitórios, além de rituais, rezas e uso de amuletos para satisfazer o sobrenatural. Estas práticas médicas concomitantemente valeram-se da variada flora medicinal nativa e foram difundidas pelos bandeirantes, que desbravavam os sertões de norte a sul - por este motivo esta terapêutica foi denominada "Remédios de Paulistas" - e foi usada para diversos males como opilação (anemia), escrófulas, "carneiradas" (malária) e "meia-cegueira" (tracoma?), comuns nas matas e vilas incipientes. Nenhuma das medicinas, erudita ou popular - que na realidade eram muito semelhantes entre si - foi eficaz diante das epidemias. A despeito de serem os indígenas suas principais vítimas, elas matavam de senhores de engenho a escravos, faziam ruir a economia e causavam fome e desalento. Falências, crescentes dívidas para importar escravos africanos (mais caros, porém mais resistentes às doenças) constituíram por muitos anos um quadro sombrio da vida no Brasil. Num círculo cruel de causa e efeito, os escravos negros substituíram gradativamente o trabalho indígena nas lavouras, mas trouxeram mais doenças, como o maculo, a febre amarela, a malária (por P. falciparum) e a própria varíola. As tentativas indígenas na defesa de seu território resultaram em fracasso; a morte, na grande maioria das vezes, foi causada direta ou indiretamente pelas doenças infecciosas de além-mar e não por canhões e arcabuzes. Assim, na falta de uma imunidade eficaz, as guerras contra os colonizadores já estavam vencidas, antes mesmo de iniciadas. / Abstract: Isolated during thousands of years, native Brazilians did not developed immunity to microorganisms from another continent. Despite the presence of diseases in their habitat, (such as non venereal treponematosis, cutaneous leshmaniosis and Chagas' disease), with exposure to alien explorers, the deficiency of an immune response Th2 to viruses and foreign bacteria, truly decimated the native population of Brazil, which succumbed secondary to primarily small pox, but also to the flu, measles and dysentery. Trained physicians were scarce in colonial Brazil, and due to this professional void, Jesuits (the first to start medical practices), curious people, shamans, barbers and faith healers tried to replace them; all practiced a hybrid form of medicine, based initially in the popular European medicine combined with native roots. Both schools of thought had a "material" concept of the diseases; that is, once developed, it had to abandon the organism. As such, therapy was based in exsanguinations, intestinal cleansing and forced vomit, in addition to rituals, praying and use of amulets to appease the supernatural world. These medical practices made extensive use of the varied native medicinal flora, and this knowledge was spread out by the alien explorers of the north and south remote regions - as a consequence, this therapy was called " Remedios de Paulistas", i. e., Medicine of Sao Paulo - , and it was used for a variety of maladies such as anemia, scrofula, malaria, and trachoma, diseases common in the jungle and adjacent hamlets. None of the medical practices - classic or popular (very similar to each other) - was efficacious against any epidemics. Despite native Brazilians being most affected, epidemics also killed African slaves and their owners, ruining the economy and causing hunger and discouragement. Personal bankruptcy, increased debts for buying African slaves (more expensive, however more resistant to diseases) lead to, for many years, a somber lifestyle in Brazil. In a cruel circle of cause and effect, African slaves gradually replaced native Brazilians as work force in the plantations; on the other hand, they also brought in diseases such as infectious recto colitis, yellow fever and malaria - caused by P. falciparum, and even small pox. All native Brazilian resistance to colonization resulted in failure; death, in the vast majority of cases, was caused directly or indirectly by the exposure to alien diseases, and not by cannons or guns. As a consequence, due to lack of an efficient immune system, the battle against the colonizers was already lost, even before it had started. / Doutorado / Clinica Medica / Doutor em Clínica Médica
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Santo Antonio por Vieira

Galli, Maria Lucia Peccioli 28 August 2003 (has links)
Orientador: Leandro Karnal / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-03T16:40:51Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Galli_MariaLuciaPeccioli_M.pdf: 7373524 bytes, checksum: b1f95d208b88758c9eac4568485e2021 (MD5) Previous issue date: 2003 / Resumo: O presente trabalho tem por objetivo investigar como o jesuíta português Antônio Vieira (1608-1697) apresenta a figura de Santo Antônio nos sermões que lhe dedicou, buscando perceber por que lhe atribui determinados significados naquele momento histórico. Para tanto, partindo de uma descrição analítica dos nove Sermões de Santo Antônio de Vieira, estabelecemos comparações entre estas prédicas e narrativas hagiográficas antonianas medievais e modernas, a fim de demonstrar que, ao apropriar-se destas, o jesuíta ressignifica a figura do taumaturgo lisboeta / Abstract: The present dissertation investigates how the portuguese jesuit Antônio Vieira (1608-1697) represents Saint Anthony in the sermons that were dedicated to him. The objective is to understand why Vi eira attributed certain meanings to Saint Anthony in that historical period. Therefore, this work analyses how Vieira, in the nine Saint Anthony's Sermons, gives other meanings to the Saint' s figure, by appropriating Saint Anthony' s medieval and modern hagiographic narratives / Mestrado / Mestre em História
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A medida da floresta : as viagens de exploração e demarcação pelo "Pais das Amazona" (Seculos XVII e XVIII) / The extent of the forest : voyages of exploration and demarcation through the " Country of the Amazons" - 17th-18th centuries

Camilo, Janaina Valeria Pinto 08 June 2008 (has links)
Orientador: Paulo Miceli / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-11T11:51:48Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Camilo_JanainaValeriaPinto_D.pdf: 12425818 bytes, checksum: 7a84cc4210e2b03b064760f41a38ad50 (MD5) Previous issue date: 2008 / Resumo: A Amazônia foi revelada para o mundo pelas primeiras informações dos participantes das viagens de Colombo, o italiano Américo Vespúcio e o espanhol Alonso de Ojeda, os quais, segundo a versão espanhola foram os primeiros a chegar, no século XV, às duas saídas do rio Amazonas. Em toda a sua extensão, entretanto, o rio se tornou conhecido dos portugueses apenas a partir da viagem de Pedro Teixeira, que navegou do Pará até Quito, em 1639, contrariando, de modo efetivo, o Tratado de Tordesilhas. Ao longo dos séculos XVII e XVIII, outros viajantes europeus adentraram pelas terras da Floresta densa e pelas águas de seu Grande Rio, compondo com seus relatos valiosas representações dos homens, dos rios e da floresta amazônicos, na maior parte das vezes, fundamentadas em explicações míticas e fantasiosas sobre o El Dorado e as terras dominadas pelas Amazonas ameaçadoras. Este trabalho tenta explicar como os discursos mítico e científico, alimentados pela imaginação e pelas ações de diversas personagens, ajudaram a conformar as dilatadas fronteiras da Amazônia que se tornou brasileira / Abstract: The Amazon Region was revealed to the world by the first information from the participants of Colombo¿s journey, the Italian Americo Vespucio and the Spanish Alonso de Ojeda , who, according to the Spanish versions, were the first to arrive, in the XV century, at the two exits of the Amazon river. In all of its extension, however, the river had only become wellknown of the Portuguese since Pedro Texeira¿s travel, who sailed from Pará to Quito, in 1639, disobeying, effectively, the Tordesilha¿s treat. During the XVII and XVIII centuries, other European travelers went through the Forest lands and its Big River¿s water, composing with their accounts valuable representation of men, rivers and the Amazon Forest, most of the times, based in mystic explanations about the El Dourado and the conquered lands by the dangerous Amazonas. This work tries to explain how the mythical and scientific discourses, supplied by the imagination and actions of diverse characters, have helped to form the dilated frontier of the Amazon Forest, which was made Brazilian / Doutorado / Historia Cultural / Doutor em História

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