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CÂNCER DE TIRÓIDE EM PACIENTES COM ACROMEGALIA: UM ESTUDO CASO-CONTROLE / THYROID CANCER IN PATIENTS WITH ACROMEGALY: A STUDY OF CASE-CONTROL

Santos, Maíra Cristina Carvalho dos 18 June 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-19T18:16:07Z (GMT). No. of bitstreams: 1 DISSERTACAO MAIRA.pdf: 706708 bytes, checksum: 0ae6f734ee7cfd71c849264ca85c1efa (MD5) Previous issue date: 2012-06-18 / Several studies have associated acromegaly with an increased risk of benign and malignant tumors. While simple and multinodular goiters are common findings in acromegaly, the prevalence of thyroid cancer is uncertain. The objective of this study was to estimate the prevalence of thyroid cancer in a series of acromegalic patients from three hospitals in northeast of Brazil. The methodology used included morphological, cytological and histological thyroid analysis of acromegalic patients and volunteers over 18 years, matched for age and sex and with nodule (s) ≥ 1 cm. The subjects of this study were 124 acromegalic patients, including 76 females (61.3%) and 48 men (38.7%), with a mean age 45.1 years. Results of the study showed that thyroid ultrasonography was normal in 31 cases (25%), 25 had diffuse goiter (20.1%), 67 had nodules (54%) and one agenesis of the right lobe (0.8%). Thirty six patients underwent fine needle aspiration biopsy (FNAB) of their nodules and 9 cases of papillary cancer were found (7.2%). The control group consisted of 263 subjects, 156 females (59.3%) and 107 males (40.7%), mean age 44.7 years. In ultrasound assessment, 96 had nodules (36.5%). Of these, 13 were punctured and 2 cases of papillary carcinoma were found (0.7%). These results gave an odds ratio of 10.21 (p = 0.0011, 95% CI 2.17 to 48.01). These findings demonstrate an increased prevalence of thyroid cancer, statistically significant when compared to our control group. Thus, it is suggested that acromegalic patients should be routinely submitted to thyroid ultrasound evaluation, followed by FNAB of nodules when indicated. / Vários estudos têm associado acromegalia a um risco aumentado de tumores benignos e malignos. Enquanto bócios simples e multinodulares são achados comuns em acromegálicos, a prevalência de câncer de tireóide é incerta. O objetivo deste estudo foi estimar a prevalência de câncer de tireóide em uma série de pacientes com acromegalia de três hospitais do nordeste brasileiro. A metodologia utilizada incluiu a análise morfológica, citológica e histopatológica da tiróide de pacientes acromegálicos e voluntários com mais de 18 anos, pareados por idade e sexo e com nódulo (s) ≥ 1 cm. Foram avaliados 124 pacientes com acromegalia, incluindo 76 mulheres (61,3%) e 48 homens (38,7%), com idade média de 45,1 anos. Ao estudo ultrassonográfico da tiróide evidenciou-se normalidade em 31 casos (25%), 25 tinham bócio difuso (20,1%), 67 apresentavam nódulos (54%) e um agenesia do lobo direito (0,8%). Trinta e seis pacientes foram submetidos a biópsia aspirativa por agulha fina (PAAF) de seus nódulos e 9 casos de carcinoma papilífero foram encontrados (7,2%). O grupo controle consistiu de 263 indivíduos, 156 do sexo feminino (59,3%) e 107 do sexo masculino (40,7%), com idade média de 44,7 anos. Na avaliação ultrassonográfica, 96 apresentavam nódulos (36,5%). Destes, 13 foram puncionados e 2 casos de carcinoma papilífero foram encontrados (0,7%). Estes resultados conferiram um odds ratio de 10,21 (p = 0,0011, IC 95% 2,17- 48,01). Estes resultados demonstraram uma prevalência aumentada de câncer de tiróide, estatisticamente significativa, quando comparado ao nosso grupo controle. Desta forma, sugere-se que pacientes acromegálicos devam rotineiramente ser submetidos a exame ultrassonográfico da tiróide, seguido por PAAF de nódulos quando indicado.
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Estudo da associação do polimorfismo genético em carcinomas da tiróide / Study on the association of genetic polymorphism in thyroid cancer

REIS, Angela Adamski da Silva 24 February 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2014-07-29T15:10:30Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Tese Angela Adamski.pdf: 1384065 bytes, checksum: bc97c8358ac9d31efc3a7a2dd01716c7 (MD5) Previous issue date: 2010-02-24 / Thyroid nodules are common in clinical practice and the incidence of thyroid cancer is increasing throughout the world. Certainly, an important factor for the increase of the incidence is the use of ultrasound and PAFF. The identification of genetic polymosphism is important for understanding the potential mechanisms involved in thyroid carcinogenesis. We hypothesized that polymorphisms of xenobiotic enzyme system (CYP1A1, GSTM1 and GSTT1) and the common germline polymorphism of TP53 gene at codon 72 may be associated with the risk of thyroid cancer. To evaluate the role of such polymorphisms, we investigated 122 cases of thyroid nodules, classified according to the following: 35 malignant neoplasic nodules (MNN), 20 benign neoplasic nodules (BNN) and 67 non-neoplasic nodules (NNN) compared with 134 controls of the healthy individuals randomly selected. The PCR-RFLP was used in the analysis of the CYP1A1m1 and CYP1Am2 genotypes; the multiplex PCR was used in the deletion analysis of the GSTM1 and GSTT1; and for the determination of the polymorphism in the gene TP5372, the samples were submitted to conventional PCR reaction. We included case-control studies that compare the incidence of germline polymorphism of TP5372 in patients with thyroid cancer by DerSimonian-Laird method. Our results demonstrated that CYP1A1m1 and CYP1A1m2 genotypes were frequent not only as neoplasic thyroid nodules and non-neoplasic thyroid nodules but also in the control group, which suggests that those are not associated with thyroid nodules. The null genotype for the GSTT1 gene was predominant in benign nodules compared with the control group (p<0,005) indicated that individuals that possess such null genotypes presented a predisposition to benign thyroid diseases than malignant. The risk analysis, done by Odds Ratio, suggests that the risk genotypes GSTM1 (OR=12,82; p=0,004) and GSTT1 (OR=4,53; p<0,0001) contribute to the development of the BNN and NNN, respectively. The frequency of the p53 Arg allele was significantly higher in both patient and control groups. The genotype p53Arg Arg presents a lower risk to thyroid cancer, indicating that the allele arginine in homozygosis can present a protective effect against thyroid carcinogenesis (OR: 0.15; p<0.0001). The data of the meta-analysis demonstrates that the relation between the genotype and phenotype from the TP5372 polymorphism is not associated with the genetic susceptibility at thyroid cancer. The high incidence of thyroid pathologies among women is a characteristic not completely understood. Therefore, some factors, such as the imbalance of sexual hormones; nutritional deficiencies, especially in iodine; therapeutic exposure to radiation; failures in the control systems of the cellular cycle; and the genetic polymorphism could explain the high incidence of thyroid disease among women. Although the interindividual variation in the susceptibility to thyroid diseases could indicate new perspectives to an early diagnostic and prognostic, the polymorphic profile requires additional studies. / Os nódulos da tiróide são comuns na prática clínica e a incidência do câncer de tiróide tem sido reconhecida em várias partes do mundo. Certamente, um importante fator para o aumento da incidência é a utilização dos exames ultra-sonográficos e PAFF. A identificação de polimorfismos genéticos é importante para compreender os mecanismos potenciais envolvidos na carcinogênese tiroideana. Nossa proposta foi avaliar o polimorfismo das enzimas do metabolismo de xenobióticos (CYP1A1, GSTM1 e GSTT1) e do gene TP53 no códon 72 e a associação destes com o risco de desenvolvimento do câncer da tiróide. Para avaliar o papel de tais polimorfismos, 122 casos de nódulos tiroideanos, destes, 35 apresentaram nódulos neoplásicos malignos (NNM), 20 nódulos neoplásicos benignos (NNB) e 67 nódulos não neoplásicos (NNN) comparados ao grupo controle de 134 indivíduos saudáveis, os quais foram selecionados aleatoriamente. Para a análise dos genótipos de CYP1A1m1 e CYP1A1m2 foi utilizado PCR RFLP, na análise das deleções de GSTM1 e GSTT1 utilizou-se a técnica PCR-multiplex e para a determinação do polimorfismo do gene TP5372 as amostras foram submetidas à reação de PCR. Foi incluído na análise do polimorfismo de TP5372, uma meta-análise de estudos caso-controle com pacientes com carcinomas tiroideanos utilizando o método de DerSimonian-Laird. Os resultados demonstraram que o genótipo homozigoto selvagem de CYP1A1m1 e CYP1A1m2 foram freqüentes tanto nos nódulos tiroideanos neoplásicos e não neoplásicos quanto no grupo controle, sugerindo que os mesmos não estão associados ao risco de desenvolvimento de nódulos tiroideanos. O genótipo nulo para o gene GSTT1 foi predominante em nódulos benignos em comparação ao grupo controle (p<0,005), indicando que o mesmo contribui a uma predisposição aumentada para doença tiroideana benigna do que para maligna. A análise de risco por Odds Ratio, sugere que os pacientes que apresentam genótipos de risco GSTM1 (OR=12,82; p=0,004) e GSTT1 (OR=4,53; p<0,0001) contribuem para o desenvolvimento de NNB e NNN, respectivamente. A frequência do alelo p53Arg foi significativamente maior em ambos os grupos de pacientes e grupo controle. A comparação da frequência genotípica dos pacientes NNM, NNB e NNN com o grupo controle demonstrou que genótipo p53Arg Arg apresenta menor risco para NNM, sugerindo que a presença do alelo arginina em homozigose possua um efeito protetor contra a carcinogênese tiroideana (OR:0,15; p<0,0001). Os dados gerados pela meta-análise demonstraram que a relação entre o genótipo e o fenótipo originado do polimorfismo de TP5372 não está associada à susceptibilidade genética ao câncer de tiróide. A alta incidência de patologias da tiróide entre as mulheres é uma característica complexa a ser compreendida. Assim, fatores como o desequilíbrio dos hormônios sexuais, nutricionais especialmente a carência de iodo na dieta, exposição terapêutica à radiação, falhas nos sistemas de controle do ciclo celular e o polimorfismo genético poderiam explicar o aumento da incidência de doença tiroideana em mulheres. Embora, as variações interindividuais na susceptibilidade às doenças da tiróide poderiam indicar novas perspectivas para o diagnóstico precoce e prognóstico, o perfil polimórfico requer estudos adicionais.

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