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O olho do dono engorda o gado? Controle familiar, controle e administração dos fundadores e o desempenho financeiro das companhias abertas brasileirasFernandes Junior, Matheus 10 February 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-02-10 / Fundo Mackenzie de Pesquisa / Family control and management can be considered efficient and beneficial to corporate performance by reducing conflicts between shareholders and managers, lowering administrative myopia, reducing information asymmetry and profiting from social and political family influence. On the other hand, they may also be inefficient and harmful to performance by bringing conflicts between majority and minority shareholders, by being subject to nepotism and particularism, by obstructing takeovers and by extending family conflicts into the firm. It ends in doubts about positive, negative or null correlation of family control and management and corporate performance. This study investigated this issue, bringing two main contributions: the analysis of family or individual control, founding family control and founder CEO administration and its relation with performance for the Brazilian environment, and the deployment of a specific measurement index for corporate governance, which is usually approached via proxies in existing literature. Empirical analysis evaluating the performance of 230 companies with higher liquidity (on the Sao Paulo stock exchange BM&FBOVESPA) in the years of 2006, 2007 and 2008 and evaluated taking into consideration family control, founding family control and CEO position occupied by the person who founded the company (CEO founder). They were compared with control groups without such characteristics. Econometric models showed no evidence of different market performance for family or founding family control. However, CEO founder showed superior market performance compared with non CEO founder firms. Operational performance measured by accountancy parameters of family controlled, founding family controlled and founder CEO managed companies was lower than operational performance of other companies. Such results differ from the ones obtained in the US and Western Europe, which showed both superior market and operational performance for family, founding family control and founder CEO administration. / As estruturas de controle e administração familiares são apontadas, por um lado, como eficientes e benéficas ao desempenho das empresas pelo seu potencial de redução de conflitos entre acionistas e administradores, menor miopia administrativa, reduzida assimetria de informação e possível influência social e política das famílias, entre outros fatores. Por outro, são apontadas como estruturas prejudiciais ao desempenho, por serem fonte de conflitos entre os acionistas majoritários e minoritários, estarem sujeitas ao nepotismo e particularismo, pela inibição de takeovers, por estenderem os conflitos familiares à empresa e assim por diante. As conclusões sobre a correlação (positiva, negativa ou inexistente) destes fatores com o desempenho das empresas seguem dúbias. Este trabalho investigou esta questão, trazendo duas contribuições principais: o estudo da relação entre controle familiar ou individual, famílias fundadoras e administração do fundador no contexto nacional e o uso de um índice específico para a medida da governança corporativa como variável de controle, o qual usualmente é tratado pela literatura estrangeira através de proxies. Na análise empírica foi investigado o desempenho das 230 empresas mais líquidas listadas na BM&FBOVESPA, nos anos de 2006, 2007 e 2008 frente ao controle familiar, ao controle da família fundadora da
empresa e ao fato do cargo de CEO ser ocupado pela pessoa que fundou a firma, comparandoas aos grupos de controle não familiares ou não geridos pelo fundador. Modelos econométricos indicaram que, sob o ponto de vista de mercado, não há evidências claras de diferenças de desempenho entre empresas cujo controle é familiar ou individual e das famílias fundadoras e as empresas em geral. Já as empresas administradas pelo fundador (CEO fundador) apresentaram desempenho de mercado (Valor de Mercado sobre o Valor Contábil e Q de Tobin) superior às demais. Por outro lado, o desempenho operacional, medido por critérios contábeis, foi menor para o controle familiar, da família fundadora e para a administração do CEO fundador, comparado às empresas em geral. Os resultados referentes
ao desempenho operacional diferem dos obtidos em estudos realizados nos Estados Unidos e Europa Ocidental que apontam relações positivas entre o desempenho de mercado e operacional - e o controle e administração familiares.
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