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Sistema de estresse e uso de substâncias : efeito de polimorfismos no gene CRHR1 nas dependências de crack e nicotina

Bertuzzi, Guilherme Pinto January 2013 (has links)
Os Transtornos por Uso de Substâncias (TUS) são propostos pela Associação Norte-Americana de Psiquiatria e englobam diversas dependências químicas, incluindo o tabagismo e a dependência de crack. O uso de crack tem aumentado consideravelmente nos últimos anos, segundo dados de levantamentos brasileiros e mundiais. Com mecanismo de ação semelhante ao da cocaína, porém com efeito mais rápido, o crack é uma droga que causa grave prejuízo a seus usuários e conduz à dependência em pouco tempo. O tabagismo também é uma condição bastante prevalente no mundo inteiro, sendo que os prejuízos relacionados a esse transtorno envolvem principalmente o desenvolvimento de doenças respiratórias e câncer. Diversos trabalhos têm buscado identificar fatores de suscetibilidade a esses transtornos, sendo que estudos de associação envolvendo genes do sistema de resposta a estresse vêm ganhando importância. O eixo Hipotálamo- Pituitária-Adrenal (HPA) é o sistema de resposta a estresse mais conhecido em humanos e alvo do presente trabalho, uma vez que o funcionamento dessa cascata de sinalização da produção de cortisol pode desempenhar um papel relevante no desenvolvimento de psicopatologias. Além disso, o eixo HPA pode ser considerado um mediador da relação entre situações adversas na infância e o surgimento de TUS. O objetivo desse trabalho, portanto, é investigar o papel de polimorfismos no gene CRHR1 (que codifica o receptor tipo 1 do hormônio liberador de corticotrofina – CRH, hormônio inicial do eixo HPA) sobre o desenvolvimento e características clínicas da dependência química. Para isso, foram realizados dois estudos, envolvendo amostras de mulheres. No primeiro artigo, a partir de três amostras – (1) 136 usuárias de crack, (2) 55 tabagistas e (3) 262 voluntárias saudáveis – foram identificadas diferenças de freqüências alélicas e genotípicas do SNP rs12944712; além disso, a análise de haplótipos envolvendo tal SNP e o rs110402 revelou maior frequência do haplótipo contendo o alelo G nos dois polimorfismos nos grupos de usuárias de crack e tabagistas. No segundo artigo, foi avaliado o efeito da interação geneambiente envolvendo os mesmos polimorfismos e situações adversas na infância – estimada pela escala Childhood Trauma Questionnaire (CTQ) –sobre características clínicas da amostra de usuárias de crack, como craving e gravidade da dependência – estimados, respectivamente, pelas escalas Cocaine Selective Severity Assessment (CSSA) e Addiction Severity Index (ASI6). A análise não revelou uma interação significativa. A presente dissertação, portanto, revela um efeito do gene CRHR1 sobre o desenvolvimento de TUS, embora esse efeito pareça não se manifestar sobre a gravidade. Mais estudos são necessários visando esclarecer o real efeito do gene e do eixo HPA como um todo sobre os fenótipos e comportamentos aditivos, bem como os mecanismos subjacentes a essa relação. / The Substance Use Disorders (SUD) are proposed by the American Psychiatric Association and comprise several addictions, including tobacco and crack cocaine smoking. The prevalence of crack cocaine dependence has grown considerably, according to survey data from Brazil and worldwide. With mechanism of action similar to cocaine but with faster effect, crack is a drug that causes severe impairments to its users and leads to dependence in a short time. Tobacco smoking is also a highly prevalent condition worldwide, and the impact related to this disorder includes cancer and respiratory diseases. Several studies have attempted the identification of susceptibility factors to these disorders, and association studies involving stress response system genes have been performed. The Hypothalamic-Pituitary-Adrenal (HPA) axis is the best known stress response system, and the signaling cascade production of cortisol may play a role in the development of psychopathology. In addition, HPA axis can be considered a mediator of the relationship between early life adversity and SUD. The aim of this study is to investigate the role of polymorphisms in CRHR1 gene (encoding the corticotrophin releasing factor – CRH – receptor type 1, an initial factor in HPA axis response) on the development and clinical traits of drug dependence. Two studies were conducted on women samples. In the first article, three groups were compared - (1) 136 crack smokers, (2) 55 tobacco smokers and (3) 262 healthy volunteers. Differences in allele and genotype frequencies of the SNP rs12944712 were identified; in addition, the haplotype analysis involving this SNP and rs110402 revealed a higher frequency of the haplotype containing G allele in both polymorphisms in the groups of nicotine dependents and crack smokers. In the second article, we evaluated the effect of a gene-environment interaction involving the same polymorphisms and childhood adversity - estimated by Childhood Trauma Questionnaire (CTQ) scale – on clinical characteristics of the sample of crack users, such as craving and severity of dependence - estimated respectively by the Cocaine Selective Severity Assessment (CSSA) and Addiction Severity Index (ASI6) scales. The analysis did not reveal a significant interaction. This dissertation thus shows an effect of CRHR1 genepolymorphism on the development of SUD, although this effect does not seem to impact disorder severity. More studies are needed in order to clarify the actual effect of the gene and of the HPA axis as a whole on addictive behaviors.
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Sistema de estresse e uso de substâncias : efeito de polimorfismos no gene CRHR1 nas dependências de crack e nicotina

Bertuzzi, Guilherme Pinto January 2013 (has links)
Os Transtornos por Uso de Substâncias (TUS) são propostos pela Associação Norte-Americana de Psiquiatria e englobam diversas dependências químicas, incluindo o tabagismo e a dependência de crack. O uso de crack tem aumentado consideravelmente nos últimos anos, segundo dados de levantamentos brasileiros e mundiais. Com mecanismo de ação semelhante ao da cocaína, porém com efeito mais rápido, o crack é uma droga que causa grave prejuízo a seus usuários e conduz à dependência em pouco tempo. O tabagismo também é uma condição bastante prevalente no mundo inteiro, sendo que os prejuízos relacionados a esse transtorno envolvem principalmente o desenvolvimento de doenças respiratórias e câncer. Diversos trabalhos têm buscado identificar fatores de suscetibilidade a esses transtornos, sendo que estudos de associação envolvendo genes do sistema de resposta a estresse vêm ganhando importância. O eixo Hipotálamo- Pituitária-Adrenal (HPA) é o sistema de resposta a estresse mais conhecido em humanos e alvo do presente trabalho, uma vez que o funcionamento dessa cascata de sinalização da produção de cortisol pode desempenhar um papel relevante no desenvolvimento de psicopatologias. Além disso, o eixo HPA pode ser considerado um mediador da relação entre situações adversas na infância e o surgimento de TUS. O objetivo desse trabalho, portanto, é investigar o papel de polimorfismos no gene CRHR1 (que codifica o receptor tipo 1 do hormônio liberador de corticotrofina – CRH, hormônio inicial do eixo HPA) sobre o desenvolvimento e características clínicas da dependência química. Para isso, foram realizados dois estudos, envolvendo amostras de mulheres. No primeiro artigo, a partir de três amostras – (1) 136 usuárias de crack, (2) 55 tabagistas e (3) 262 voluntárias saudáveis – foram identificadas diferenças de freqüências alélicas e genotípicas do SNP rs12944712; além disso, a análise de haplótipos envolvendo tal SNP e o rs110402 revelou maior frequência do haplótipo contendo o alelo G nos dois polimorfismos nos grupos de usuárias de crack e tabagistas. No segundo artigo, foi avaliado o efeito da interação geneambiente envolvendo os mesmos polimorfismos e situações adversas na infância – estimada pela escala Childhood Trauma Questionnaire (CTQ) –sobre características clínicas da amostra de usuárias de crack, como craving e gravidade da dependência – estimados, respectivamente, pelas escalas Cocaine Selective Severity Assessment (CSSA) e Addiction Severity Index (ASI6). A análise não revelou uma interação significativa. A presente dissertação, portanto, revela um efeito do gene CRHR1 sobre o desenvolvimento de TUS, embora esse efeito pareça não se manifestar sobre a gravidade. Mais estudos são necessários visando esclarecer o real efeito do gene e do eixo HPA como um todo sobre os fenótipos e comportamentos aditivos, bem como os mecanismos subjacentes a essa relação. / The Substance Use Disorders (SUD) are proposed by the American Psychiatric Association and comprise several addictions, including tobacco and crack cocaine smoking. The prevalence of crack cocaine dependence has grown considerably, according to survey data from Brazil and worldwide. With mechanism of action similar to cocaine but with faster effect, crack is a drug that causes severe impairments to its users and leads to dependence in a short time. Tobacco smoking is also a highly prevalent condition worldwide, and the impact related to this disorder includes cancer and respiratory diseases. Several studies have attempted the identification of susceptibility factors to these disorders, and association studies involving stress response system genes have been performed. The Hypothalamic-Pituitary-Adrenal (HPA) axis is the best known stress response system, and the signaling cascade production of cortisol may play a role in the development of psychopathology. In addition, HPA axis can be considered a mediator of the relationship between early life adversity and SUD. The aim of this study is to investigate the role of polymorphisms in CRHR1 gene (encoding the corticotrophin releasing factor – CRH – receptor type 1, an initial factor in HPA axis response) on the development and clinical traits of drug dependence. Two studies were conducted on women samples. In the first article, three groups were compared - (1) 136 crack smokers, (2) 55 tobacco smokers and (3) 262 healthy volunteers. Differences in allele and genotype frequencies of the SNP rs12944712 were identified; in addition, the haplotype analysis involving this SNP and rs110402 revealed a higher frequency of the haplotype containing G allele in both polymorphisms in the groups of nicotine dependents and crack smokers. In the second article, we evaluated the effect of a gene-environment interaction involving the same polymorphisms and childhood adversity - estimated by Childhood Trauma Questionnaire (CTQ) scale – on clinical characteristics of the sample of crack users, such as craving and severity of dependence - estimated respectively by the Cocaine Selective Severity Assessment (CSSA) and Addiction Severity Index (ASI6) scales. The analysis did not reveal a significant interaction. This dissertation thus shows an effect of CRHR1 genepolymorphism on the development of SUD, although this effect does not seem to impact disorder severity. More studies are needed in order to clarify the actual effect of the gene and of the HPA axis as a whole on addictive behaviors.
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Sistema de estresse e uso de substâncias : efeito de polimorfismos no gene CRHR1 nas dependências de crack e nicotina

Bertuzzi, Guilherme Pinto January 2013 (has links)
Os Transtornos por Uso de Substâncias (TUS) são propostos pela Associação Norte-Americana de Psiquiatria e englobam diversas dependências químicas, incluindo o tabagismo e a dependência de crack. O uso de crack tem aumentado consideravelmente nos últimos anos, segundo dados de levantamentos brasileiros e mundiais. Com mecanismo de ação semelhante ao da cocaína, porém com efeito mais rápido, o crack é uma droga que causa grave prejuízo a seus usuários e conduz à dependência em pouco tempo. O tabagismo também é uma condição bastante prevalente no mundo inteiro, sendo que os prejuízos relacionados a esse transtorno envolvem principalmente o desenvolvimento de doenças respiratórias e câncer. Diversos trabalhos têm buscado identificar fatores de suscetibilidade a esses transtornos, sendo que estudos de associação envolvendo genes do sistema de resposta a estresse vêm ganhando importância. O eixo Hipotálamo- Pituitária-Adrenal (HPA) é o sistema de resposta a estresse mais conhecido em humanos e alvo do presente trabalho, uma vez que o funcionamento dessa cascata de sinalização da produção de cortisol pode desempenhar um papel relevante no desenvolvimento de psicopatologias. Além disso, o eixo HPA pode ser considerado um mediador da relação entre situações adversas na infância e o surgimento de TUS. O objetivo desse trabalho, portanto, é investigar o papel de polimorfismos no gene CRHR1 (que codifica o receptor tipo 1 do hormônio liberador de corticotrofina – CRH, hormônio inicial do eixo HPA) sobre o desenvolvimento e características clínicas da dependência química. Para isso, foram realizados dois estudos, envolvendo amostras de mulheres. No primeiro artigo, a partir de três amostras – (1) 136 usuárias de crack, (2) 55 tabagistas e (3) 262 voluntárias saudáveis – foram identificadas diferenças de freqüências alélicas e genotípicas do SNP rs12944712; além disso, a análise de haplótipos envolvendo tal SNP e o rs110402 revelou maior frequência do haplótipo contendo o alelo G nos dois polimorfismos nos grupos de usuárias de crack e tabagistas. No segundo artigo, foi avaliado o efeito da interação geneambiente envolvendo os mesmos polimorfismos e situações adversas na infância – estimada pela escala Childhood Trauma Questionnaire (CTQ) –sobre características clínicas da amostra de usuárias de crack, como craving e gravidade da dependência – estimados, respectivamente, pelas escalas Cocaine Selective Severity Assessment (CSSA) e Addiction Severity Index (ASI6). A análise não revelou uma interação significativa. A presente dissertação, portanto, revela um efeito do gene CRHR1 sobre o desenvolvimento de TUS, embora esse efeito pareça não se manifestar sobre a gravidade. Mais estudos são necessários visando esclarecer o real efeito do gene e do eixo HPA como um todo sobre os fenótipos e comportamentos aditivos, bem como os mecanismos subjacentes a essa relação. / The Substance Use Disorders (SUD) are proposed by the American Psychiatric Association and comprise several addictions, including tobacco and crack cocaine smoking. The prevalence of crack cocaine dependence has grown considerably, according to survey data from Brazil and worldwide. With mechanism of action similar to cocaine but with faster effect, crack is a drug that causes severe impairments to its users and leads to dependence in a short time. Tobacco smoking is also a highly prevalent condition worldwide, and the impact related to this disorder includes cancer and respiratory diseases. Several studies have attempted the identification of susceptibility factors to these disorders, and association studies involving stress response system genes have been performed. The Hypothalamic-Pituitary-Adrenal (HPA) axis is the best known stress response system, and the signaling cascade production of cortisol may play a role in the development of psychopathology. In addition, HPA axis can be considered a mediator of the relationship between early life adversity and SUD. The aim of this study is to investigate the role of polymorphisms in CRHR1 gene (encoding the corticotrophin releasing factor – CRH – receptor type 1, an initial factor in HPA axis response) on the development and clinical traits of drug dependence. Two studies were conducted on women samples. In the first article, three groups were compared - (1) 136 crack smokers, (2) 55 tobacco smokers and (3) 262 healthy volunteers. Differences in allele and genotype frequencies of the SNP rs12944712 were identified; in addition, the haplotype analysis involving this SNP and rs110402 revealed a higher frequency of the haplotype containing G allele in both polymorphisms in the groups of nicotine dependents and crack smokers. In the second article, we evaluated the effect of a gene-environment interaction involving the same polymorphisms and childhood adversity - estimated by Childhood Trauma Questionnaire (CTQ) scale – on clinical characteristics of the sample of crack users, such as craving and severity of dependence - estimated respectively by the Cocaine Selective Severity Assessment (CSSA) and Addiction Severity Index (ASI6) scales. The analysis did not reveal a significant interaction. This dissertation thus shows an effect of CRHR1 genepolymorphism on the development of SUD, although this effect does not seem to impact disorder severity. More studies are needed in order to clarify the actual effect of the gene and of the HPA axis as a whole on addictive behaviors.
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Alterações no receptor CRHR1 e níveis de Il-1B no comportamento suicida

Bastos, Clarissa Ribeiro 26 February 2016 (has links)
Submitted by Cristiane Chim (cristiane.chim@ucpel.edu.br) on 2016-10-19T16:18:10Z No. of bitstreams: 1 Dissertação CLARISSA RIBEIRO BASTOS.pdf: 4376745 bytes, checksum: 05e26e833e53a5a4c385cc5908d0bbcc (MD5) / Made available in DSpace on 2016-10-19T16:18:10Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertação CLARISSA RIBEIRO BASTOS.pdf: 4376745 bytes, checksum: 05e26e833e53a5a4c385cc5908d0bbcc (MD5) Previous issue date: 2016-02-26 / Introduction: Suicide is one of the ten leading causes of death worldwide, emerging from a complex interaction between genetic, environmental and psychosocial factors. In this aspect studies found that individuals with suicidal tendencies have elevations in the levels of pro-inflammatory cytokines and alterations in the functioning of the HPA axis. Objective: Investigate the association of the polymorphism in the CRHR1 gene (rs110402) with the suicidal behavior, as well as the genotype effects on IL-1β levels. Methods: Sample consisted in 171 individuals that participated in the study, from which 15 were at risk of suicide, 20 had attempted suicide and 136 were controls. We perform genotyping of individuals by real-time PCR and IL-1β levels measured by ELISA technique. Results: Individuals with a clinical diagnosis of attempted suicide carrying the A allele of SNP rs110402 showed increased IL-1β levels (19.3 IQR: 6.84 to 36.47) compared to the control group (4.91 IQR: 3.22 to 6.39; p = 0.027). Ratings isolated from the levels of this interleukin and genotypes of the rs10402 SNP showed no relationship with suicidal behavior. Conclusion: Our results suggest that alterations in CRHR1 gene can affect the levels of pro-inflammatory molecules, showing the complex interactions of biological markers in suicidal behavior. / Introdução: O suicídio é umas das dez principais causas de morte no mundo, emergindo de uma interação complexa entre fatores genéticos, ambientais e psicossociais. Neste aspecto, estudos identificaram que indivíduos com tendências suicidas apresentam elevações nos níveis de citocinas pró-inflamatórias e alterações no funcionamento do eixo HPA. Objetivo: Investigar a associação de um polimorfismo gene do CRHR1 (rs110402) com o comportamento suicida, bem como os efeitos do genótipo sobre os níveis de IL-1β. Métodos: A amostra foi composta de 171 indivíduos, e destes 15 apresentavam risco de suicídio, 20 já haviam tentado o suicídio e 136 eram controles. Realizamos a genotipagem dos indivíduos por PCR em tempo real e a dosagem de IL-1β pela técnica de Elisa. Resultados: Indivíduos com um diagnóstico clínico de tentativa de suicídio que carregavam o alelo A do SNP rs110402 mostraram aumento dos níveis de IL-1β (19,3 IQR: 6,84 - 36,47) em relação ao grupo controle (4,91 IQR: 3,22-6,39; p = 0,027). Avaliações isoladas em relação aos níveis dessa interleucina e aos genótipos desse polimorfismo não mostraram relação com o comportamento suicida. Conclusão: Nossos resultados sugerem que alterações no gene do CRHR1 podem afetar os níveis de moléculas pró-inflamatórias, mostrando as interações complexas de marcadores biológicos no comportamento suicida.
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Avaliação de alterações genéticas no eixo HPA na resposta a psicoterapias breves em pacientes com depressão maior

DALLMANN, Letícia Muller 15 December 2016 (has links)
Submitted by Cristiane Chim (cristiane.chim@ucpel.edu.br) on 2017-09-11T17:06:11Z No. of bitstreams: 1 LETÍCIA MÜLLER DALLMANN.pdf: 2054002 bytes, checksum: dbb9d492b4d497732fbbd78aa2ebec62 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-09-11T17:06:11Z (GMT). No. of bitstreams: 1 LETÍCIA MÜLLER DALLMANN.pdf: 2054002 bytes, checksum: dbb9d492b4d497732fbbd78aa2ebec62 (MD5) Previous issue date: 2016-12-15 / Major depression (MD) is a common, recurrent and incapacitating psychiatric illness, of a multifactorial character whose etiology is still unknown. However, the interaction model between gene and environment, takes into account candidate genes for disease development, response to treatment, and psychosocial factors. As regards the pathogenesis of MD, hyperactivity of the hypothalamic-pituitary-adrenal (HPA) axis seems to play an important role, through the release of corticotropin releasing hormones (CRH), adrenocorticotropic hormones (ACTH), and cortisol. Type 1 receptor in the CRH gene (CRHR1), the receptor for corticotropin releasing hormone (CRH) type 1 (CRHR1), has been associated with depressive and anxious symptoms, as well as response to antidepressant treatment. However, in addition to pharmacological treatment, models of brief psychotherapies have been shown to be effective in response of depressive symptoms and modulation of biological parameters. In this context, the objective of the present project was to investigate the association of the rs110402 SNP in the HPA axis CRHR1 gene with the severity of the depressive and anxious symptoms, as well as the response rates of these symptoms in patients with MD undergoing brief psychotherapy. This study is part of a randomized clinical trial comprised of individuals between 18 and 60 years of age who sought out the UCPel Outpatient Mental Health Research and Extension. At the entrance the individuals were diagnosed through the MINI Plus, they answered a socio-demographic questionnaire, and the biological material was collected. Patients diagnosed with DM were randomized to treatment with cognitive behavioral therapy (CBT) or supportive-expressive dynamic psychotherapy (SEDP), being evaluated in the pre- and post-treatment using the Beck Scale of Depression (BDI-II) scale for severity of depressive symptoms and Beck Anxiety Scale (BAI) for the severity of anxious symptoms. DNA was extracted from peripheral leukocytes and rs110402 polymorphism was genotyped by real-time PCR. Our study showed that genetic variation in the CRHR1 gene is not associated with the severity of depressive and anxious symptoms in patients with MD, however, rs110402 SNP genotypes in the CRHR1 gene may predict the response of psychotherapeutic treatment. Patients with the AA genotype had lower rates of response of the depressive and anxious symptoms in relation to those with the G allele. / A depressão maior (DM) é uma doença psiquiátrica comum, recorrente e incapacitante, de caráter multifatorial cuja etiologia ainda é desconhecida. No entanto, o modelo de interação entre gene e ambiente, leva em consideração genes candidatos para o desenvolvimento da doença, a resposta ao tratamento, e fatores psicossociais. No que se refere a patogênese da DM, a hiperatividade do eixo hipotálamo-pituitária-adrenal (HPA) parece exercer um papel importante, através da liberação dos hormônios liberador de corticotropina (CRH), adrenocorticotropico (ACTH), e cortisol. O receptor tipo 1 para o CRH (CRHR1), tem sido associado aos sintomas depressivos e ansiosos, além da resposta ao tratamento com antidepressivos. Entretanto, além do tratamento farmacológico, modelos de psicoterapias breves têm se demonstrado eficazes na remissão dos sintomas depressivos e modulação de parâmetros biológicos. Neste contexto, o objetivo do presente projeto foi investigar a associação do SNP rs110402 no gene CRHR1 do eixo HPA com a gravidade dos sintomas depressivos e ansiosos, bem como nas taxas de remissão desses sintomas em pacientes com DM submetidos à psicoterapia breve. Este estudo faz parte de um ensaio clínico randomizado composto por indivíduos entre 18 e 60 anos de idade que procuraram o Ambulatório de Pesquisa e Extensão em Saúde Mental da UCPel. Na entrada os indivíduos foram diagnosticados através do MINI Plus, responderam a um questionário sócio demográfico, e foi realizado a coleta de material biológico. Os pacientes com diagnóstico de DM foram randomizados no tratamento com terapia cognitiva comportamental (TCC) ou psicoterapia dinâmica suportiva-expressiva (PDSE), sendo avaliados no pré e pós-tratamento através da escala Escala Beck de Depressão (BDI-II) para severidade de sintomas depressivos e Escala Beck de Ansiedade (BAI) para a severidade de sintomas ansiosos. O DNA foi extraído de leucócitos periféricos e o polimorfismo rs110402 foi genotipado por PCR em tempo real. Nosso estudo mostrou que a variação genética no gene CRHR1 não está associada com a gravidade dos sintomas depressivos e ansiosos em pacientes com DM, no entanto os genótipos do rs110402 SNP no gene CRHR1 podem predizer a resposta do tratamento psicoterapêutico. Pacientes portadores do genótipo AA, apresentaram menores taxas de remissão dos sintomas depressivos e ansiosos em relação àqueles portadores do alelo G.
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Alteração do funcionamento do eixo HHA na depressão pós-parto e correlações com polimorfismos do gene do CRHR1 e com a neuroquímica do giro do cíngulo anterior / Altered functioning of the HPA axis in depressed postpartum women and correlations with polymorphisms in the CRHR1 gene and with the neurochemistry of the anterior cingulate gyrus

Rezende, Marcos Gonçalves de 15 April 2016 (has links)
A depressão pós-parto (DPP) tem sido associada com alterações no funcionamento do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HHA), mas pouco se sabe do envolvimento de estruturas cerebrais, ou outros mecanismos subjacentes a estas alterações. Uma hipótese fundamental é que o estresse inerente ao período puerperal, vulnerabilidade individual e, principalmente, as alterações hormonais decorrentes do final da gravidez desempenham um importante papel causal nas alterações do eixo HHA e na incidência da DPP. Estudos sobre o transtorno depressivo maior mostram que alterações funcionais em áreas cerebrais como o giro do cíngulo anterior (GCA) estão relacionadas com humor deprimido, e outros pesquisadores investigaram a relação entre a neuroquímica do GCA e a atividade do eixo HHA. Pesquisas sobre genes de interesse do eixo HHA também têm reportado associações entre polimorfismos nestes genes e alterações nos níveis de cortisol. O presente trabalho testou a hipótese de que mulheres deprimidas no puerpério remoto apresentariam atenuação no funcionamento do eixo HHA, medido pelos níveis de cortisol em 30 minutos após o despertar (CAR) e ao longo da variação diurna (VD); e também que polimorfismos em um gene do eixo HHA, o gene promotor do receptor do tipo 1 do hormônio liberador de corticotrofina (CRHR1), estariam associados com sintomas depressivos no puerpério para prever os níveis de cortisol; e finalmente que as alterações verificadas no funcionamento do eixo HHA de puérperas deprimidas teriam relação com a neuroquímica do GCA. Os resultados indicaram que (1) ao redor do sexto mês após o parto, o CAR e a VD estavam atenuados em puérperas deprimidas comparadas com puérperas eutímicas, e com controles saudáveis não-puérperas; (2) os metabólitos presentes no GCA tinham correlação com as medidas do eixo HHA nas puérperas deprimidas; e (3) a presença de sintomas depressivos em associação com polimorfismos do CRHR1 previram alterações nos níveis de cortisol. No geral, estes resultados sugerem que as alterações do eixo HHA de puérperas deprimidas no puerpério tardio estão associadas com fatores genéticos e com a neuroquímica funcional do GCA / Postpartum depression (PPD) has been associated with changes in the functioning of the hypothalamic-pituitary-adrenal (HPA) axis, but little is known about the involvement of brain structures, or other mechanisms underlying these changes. A key assumption is that stress inherent to the puerperal period, individual vulnerability, and especially the hormonal changes resulting from the end of pregnancy play an important causal role in the alterations of the HPA axis and in the incidence of PPD. Studies on major depressive disorder show that functional changes in brain areas, such as the anterior cingulate gyrus (ACG), are related to depressed mood, and other researchers investigated the relation between the neurochemistry of the ACG and the activity of the HPA axis. Research on the HPA axis genes of interest have also reported associations between polymorphisms in these genes and changes in cortisol levels. The present study tested the hypothesis that depressed women in the remote postpartum period would show attenuation in the functioning of the HPA axis, measured by cortisol levels 30 minutes after awakening (cortisol awakening response, CAR) and by diurnal variation (DV) throughout the day; and also that polymorphisms in a gene of the HPA axis, the promoter gene of the corticotropin releasing hormone receptor type 1 (CRH-R1), would present association with depressive symptoms in the postpartum period to predict the levels of cortisol; and finally that the changes in the functioning of the HPA axis of postpartum depressed women have a relationship with the neurochemistry of the ACG. Results indicated that (1) around the sixth month after delivery, CAR and DV were attenuated in depressed postpartum women compared with euthymic postpartum women and with non-postpartum healthy control women; (2) metabolites present in the ACG showed correlation with measures of the HPA axis in depressed postpartum women; and (3) the presence of depressive symptoms in association with CRHR1 polymorphisms predicted changes in cortisol levels. Overall, these results suggest that changes in the functioning of the HPA axis of depressed postpartum women in the remote postpartum period are associated with genetic factors and with the functional neurochemistry of the ACG
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Alteração do funcionamento do eixo HHA na depressão pós-parto e correlações com polimorfismos do gene do CRHR1 e com a neuroquímica do giro do cíngulo anterior / Altered functioning of the HPA axis in depressed postpartum women and correlations with polymorphisms in the CRHR1 gene and with the neurochemistry of the anterior cingulate gyrus

Marcos Gonçalves de Rezende 15 April 2016 (has links)
A depressão pós-parto (DPP) tem sido associada com alterações no funcionamento do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HHA), mas pouco se sabe do envolvimento de estruturas cerebrais, ou outros mecanismos subjacentes a estas alterações. Uma hipótese fundamental é que o estresse inerente ao período puerperal, vulnerabilidade individual e, principalmente, as alterações hormonais decorrentes do final da gravidez desempenham um importante papel causal nas alterações do eixo HHA e na incidência da DPP. Estudos sobre o transtorno depressivo maior mostram que alterações funcionais em áreas cerebrais como o giro do cíngulo anterior (GCA) estão relacionadas com humor deprimido, e outros pesquisadores investigaram a relação entre a neuroquímica do GCA e a atividade do eixo HHA. Pesquisas sobre genes de interesse do eixo HHA também têm reportado associações entre polimorfismos nestes genes e alterações nos níveis de cortisol. O presente trabalho testou a hipótese de que mulheres deprimidas no puerpério remoto apresentariam atenuação no funcionamento do eixo HHA, medido pelos níveis de cortisol em 30 minutos após o despertar (CAR) e ao longo da variação diurna (VD); e também que polimorfismos em um gene do eixo HHA, o gene promotor do receptor do tipo 1 do hormônio liberador de corticotrofina (CRHR1), estariam associados com sintomas depressivos no puerpério para prever os níveis de cortisol; e finalmente que as alterações verificadas no funcionamento do eixo HHA de puérperas deprimidas teriam relação com a neuroquímica do GCA. Os resultados indicaram que (1) ao redor do sexto mês após o parto, o CAR e a VD estavam atenuados em puérperas deprimidas comparadas com puérperas eutímicas, e com controles saudáveis não-puérperas; (2) os metabólitos presentes no GCA tinham correlação com as medidas do eixo HHA nas puérperas deprimidas; e (3) a presença de sintomas depressivos em associação com polimorfismos do CRHR1 previram alterações nos níveis de cortisol. No geral, estes resultados sugerem que as alterações do eixo HHA de puérperas deprimidas no puerpério tardio estão associadas com fatores genéticos e com a neuroquímica funcional do GCA / Postpartum depression (PPD) has been associated with changes in the functioning of the hypothalamic-pituitary-adrenal (HPA) axis, but little is known about the involvement of brain structures, or other mechanisms underlying these changes. A key assumption is that stress inherent to the puerperal period, individual vulnerability, and especially the hormonal changes resulting from the end of pregnancy play an important causal role in the alterations of the HPA axis and in the incidence of PPD. Studies on major depressive disorder show that functional changes in brain areas, such as the anterior cingulate gyrus (ACG), are related to depressed mood, and other researchers investigated the relation between the neurochemistry of the ACG and the activity of the HPA axis. Research on the HPA axis genes of interest have also reported associations between polymorphisms in these genes and changes in cortisol levels. The present study tested the hypothesis that depressed women in the remote postpartum period would show attenuation in the functioning of the HPA axis, measured by cortisol levels 30 minutes after awakening (cortisol awakening response, CAR) and by diurnal variation (DV) throughout the day; and also that polymorphisms in a gene of the HPA axis, the promoter gene of the corticotropin releasing hormone receptor type 1 (CRH-R1), would present association with depressive symptoms in the postpartum period to predict the levels of cortisol; and finally that the changes in the functioning of the HPA axis of postpartum depressed women have a relationship with the neurochemistry of the ACG. Results indicated that (1) around the sixth month after delivery, CAR and DV were attenuated in depressed postpartum women compared with euthymic postpartum women and with non-postpartum healthy control women; (2) metabolites present in the ACG showed correlation with measures of the HPA axis in depressed postpartum women; and (3) the presence of depressive symptoms in association with CRHR1 polymorphisms predicted changes in cortisol levels. Overall, these results suggest that changes in the functioning of the HPA axis of depressed postpartum women in the remote postpartum period are associated with genetic factors and with the functional neurochemistry of the ACG

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