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Teoria Geral do Crime: análise do autocontrole em amostras da população geral e reclusos do sistema prisional / General Theory of Crime: analysis of self-control on samples of general population and prisonersSÁ, Elba Celestina do Nascimento January 2015 (has links)
SÁ, Elba Celestina do Nascimento. Teoria Geral do Crime: análise do autocontrole em amostras da população geral e reclusos do sistema prisional. 2015. 96f. – Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Psicologia, Fortaleza (CE), 2015. / Submitted by Márcia Araújo (marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2016-02-01T17:20:20Z
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Previous issue date: 2015 / A Teoria Geral do Crime se propõe a explicar os comportamentos desviantes, criminosos e análogos, considerando-os conjuntamente a partir de um único referencial; proposta por T. Hirschi e M. Gottfredson, a teoria traz à tona o autocontrole como um construto-chave para a explicação destes comportamentos; esse é compreendido como uma tendência estável para não aderir aos benefícios e interesses pessoais de curto prazo em detrimento de interesses pessoais e coletivos de longo prazo diante de oportunidades contingenciais. Fatores como supervisão dos pais, disciplina e afeto, são fundamentais para o desenvolvimento do autocontrole; falhas nesses aspectos podem fomentar indivíduos com baixos níveis desta característica e com maior probabilidade de se envolver em comportamentos criminosos e análogos. Neste âmbito, destacam-se elementos que caracterizam o baixo autocontrole, são eles: orientação voltada para o aqui e o agora; interesse por experiências arriscadas e emocionantes; preferência por tarefas simples frente às complexas; inabilidade para planificar o comportamento e planejar objetivos em longo prazo; egocentrismo e indiferença pelas necessidades e desejos dos outros e baixa tolerância à frustração e alta frente à dor A presente dissertação objetivou testar alguns pressupostos da Teoria Geral do Crime tais como estabilidade do autocontrole, prevalência de gênero e alguns correlatos; para isso, foi realizado um estudo transversal, considerando duas amostras específicas. A primeira contou com 537 indivíduos da população geral, com idades entre 18 e 81 anos (m = 29,7; dp = 9,98), majoritariamente masculina (64,4%), solteira (68,7%), católica (51,3%) e com ensino superior incompleto (52,2%). A segunda amostra, por sua vez, foi composta por 459 reclusos oriundos do sistema penitenciário do Ceará, com idades variando entre 18 e 66 anos (m = 26,9; dp = 7,60), majoritariamente masculina (65,8%), solteira (53,3%), católica (43%) e com até ensino fundamental incompleto (53,4%). Os dados foram coletados em locais públicos e no interior dos presídios, respectivamente. Todos os participantes da pesquisa relativos à população geral, responderam à Escala de Autocontrole (EAC) e perguntas de caráter sociobiodemográfico. No que se refere à amostra de encarcerados, estes responderam, além da EAC, a um conjunto de escalas e a um questionário contendo itens referentes a diversos âmbitos da vida dos detentos, como: histórico prisional, perfil educacional, estrutura familiar, perfil laboral, experiência no sistema carcerário, indicadores de saúde mental e questões demográficas. Os procedimentos éticos, para realização da pesquisa, foram seguidos. As análises dos dados foram realizadas pelo SPSS, versão 20, para a realização de estatísticas descritivas, bem como inferenciais. No que tange aos resultados, observaram-se diferenças consideráveis nos níveis de autocontrole entre reclusos e população geral; tais diferenças também foram encontradas com relação ao gênero; ademais, foi observada estabilidade do autocontrole independentemente da idade. Não obstante às limitações, os resultados concernentes ao presente estudo propiciaram uma melhor compreensão dos elementos relacionados ao crime à luz da teoria, no sentido de promoção de conhecimento na área, partindo da testagem no âmbito brasileiro de alguns fundamentos da teoria em questão. Sugestões para estudos futuros que possam trazer contribuições teóricas pertinentes à área são destacadas.
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Narrativas de vida: viver fora depois de muito tempo dentro : experiências de usuários após a saída do manicômio judiciárioLeite, Loiva dos Santos January 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011 / This work contextualizes the processes of rehabilitation and social inclusion of people institutionalized in the Forensic Psychiatric Institution in the city of Porto Alegre/RS whose security measures have been already fulfilled. The survey was carried out with patients who had left the Institution and have been experiencing the processes of organizing their lives outside its walls. The indication of the participants was made by the members of an Inter-institutional Working Group (GT) set in September 2007 by the Prosecution of Human Rights and Judiciary, which assessed emblematic cases or those which were necessary to enlarge the reflexive and dialogic processes for an effective monitoring. The assumptions of the Brazilian Psychiatric Reform and the National Policy of Humanization were used to guide the discussion of the results obtained. From interviews, documents produced by the GT, and the field diary elaborated in the course of the investigation it was established the corpus for the analyses related to the theme. Among the results, it may be highlighted issues such as institutionalization, institutional violence, double stigma – mental illness associated with the crime, violation of rights and obstacles of life inside and outside judiciary asylums. Such themes show the scars that the fulfillment of the security measure has provoked on the lives of the subjects. However, it also appears in their narratives some perspectives of new life projects. They manifest the wish of social inclusion without the restriction of freedom and, therefore, far from the asylum walls. / Esta dissertação problematiza os processos de reabilitação e inclusão social de pessoas institucionalizadas, com extinção de medida de segurança cumprida no Instituto Psiquiátrico Forense de Porto Alegre/RS. A pesquisa foi realizada com os pacientes, após a saída do Instituto, e que têm experienciado processos de organização de suas vidas fora dos muros da instituição. A indicação dos participantes foi feita pelos integrantes do Grupo de Trabalho Interinstitucional (GT), instituído em setembro de 2007 pela Promotoria de Direitos Humanos e Judiciário, que avaliou os casos emblemáticos, ou aqueles nos quais se fez necessário ampliar os processos reflexivos e dialógicos para dar seguimento ao acompanhamento efetivado. Foram utilizados os pressupostos da Reforma Psiquiátrica e da Política Nacional de Humanização para nortear a discussão acerca dos resultados obtidos. A partir de entrevistas, de documentos produzidos pelo referido GT e do diário de campo elaborado no decorrer do processo de investigação estabeleceu-se o corpus para as análises referentes ao tema. Dentre os resultados destacam-se temas como a institucionalização, a violência institucional, o duplo estigma – doença mental associada ao delito – violação de direitos e entraves da vida dentro e fora do manicômio judiciário. Tais temas evidenciam as marcas que o tempo de cumprimento da medida de segurança provocou nas vidas dos participantes da pesquisa. Entretanto, também aparecem nas narrativas, perspectivas de projetos de vida, nas quais ocorre a manifestação de desejos de outro modo de inserção social, sem a restrição da liberdade e, portanto, longe dos muros manicomiais.
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