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As lutas e resistências do Movimento Xingu Vivo Para Sempre diante do Projeto Hidrelétrico Belo Monte: o padrão de desenvolvimento da Amazônia em disputa.CORRÊA, Sérgio Roberto Moraes. 27 November 2017 (has links)
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Previous issue date: 2014-07-30 / Esta pesquisa analisa as lutas e resistências do Movimento Xingu Vivo Para Sempre
(MXVPS) frente ao padrão de desenvolvimento dominante para a Amazônia, focando nos
conflitos socioambientais em torno do Projeto de Aproveitamento Hidrelétrico Belo Monte
(AHEBM), localizado no sudoeste do Estado do Pará. Para tanto, tomou como base a seguinte questão: as lutas e resistências do MXVPS frente a esse empreendimento hidrelétrico possibilitam identificar projetos de desenvolvimento que se colocam em perspectiva alternativa à hegemônica? Com isso, buscou identificar e analisar em que medida essas lutas e resistências do Movimento sinalizam com uma perspectiva contra-hegemônica. As noções de hegemonia e contra-hegemonia, baseadas em Boaventura de Sousa Santos, lastrearam a perspectiva crítica de análise. Com foco numa abordagem qualitativa, as estratégias metodológicas combinaram pesquisa bibliográfica, documental e de campo, neste caso com ênfase em observação participante e entrevistas semiestruturadas e em profundidade, dando relevo à história oral. Como resultado, foi possível identificar que o AHEBM é a expressão, por meio do PAC, da expansão da fronteira hidrelétrica no movimento de territorialização da dinâmica de acumulação do capital sobre a Amazônia sob forte influência do Estado, em parceria com grandes grupos econômicos, usando de violência institucional e simbólica para levar a cabo seu modelo neodesenvolvimentista. Dessa expansão da fronteira, vem ocorrendo
um processo de desterritorialização na Região, o qual se expressa na expropriação,
desintegração e precarização dos modos de vida de povos e comunidades tradicionais e
camponesas, violando seus direitos fundamentais e pondo sob risco sua proteção física e
social, além de comprometer o equilíbrio do ecossistema e do bioma amazônico. Isso
caracteriza um processo, além de capitalista, colonialista. Essa expansão da fronteira
hidrelétrica, todavia, não vem se dando sem contradições e conflitos, sem lutas e resistências a esse modelo. Seguindo essas pistas e esses sinais de contradições e conflitos, foi possível, também, capturar dinâmicas não hegemônicas (experiências e perspectivas sociais), a partir das resistências e das lutas do MXVPS, que se dão nesse brasil profundo e que ajudam a revelar outras imagens, representações e experiências da Amazônia, do Brasil e do Mundo. / This research analyzes the struggles and resistance of the Xingu Alive Forever Movement
(MXVPS) against the dominant pattern of development for the Amazon, focusing on
environmental conflicts around the Project Belo Monte Hydroelectric (AHEBM), located in
the southwest of Pará. To do so, was based on the following question: the MXVPS’s struggles and resistances against this hydroelectric project possible to identify development projects that arise as an alternative to hegemonic perspective? Thus, we sought to identify and analyze the extent to which these struggles and resistances of this Movement signal with a counterhegemonic perspective. The concepts of hegemony and counter-hegemony, based on Boaventura de Sousa Santos, backed the critical analysis perspective. Focusing on a qualitative approach, the methodological strategies combined bibliographic, documental and empirical research, in this case with emphasis on participant observation and semi-structures interviews and in-depth, giving emphasis to oral history. As a result, we found that the AHEBM is the expression, through the PAC, the expansion of hydroelectric border movement of territorialization in the dynamics of capital accumulation on the Amazon under the strong influence of the state, in partnership with major economic groups, using institutional and symbolic violence to conduct your neo-desenvolvimentista model. This expansion of the border, there has been a process of deterritorialization in the region, which is expressed in the expropriation, disintegration and insecurity of livelihoods and traditional peoples and peasant communities, violating their fundamental rights and putting at risk their physical and social protection, besides disturbing the balance of the ecosystem and the Amazon biome. This
characterizes a process, as capitalist and colonialist. This expansion of hydroelectric border, however, does not come without giving contradictions and conflicts, struggles and resistance to this model. Following these lanes and signs of these contradictions and conflicts, it was also possible to capture non-hegemonic dynamics (social experiences and perspectives), as of resistances and struggles of MXVPS that occur deep in Brazil and help reveal more images, representations and experiences of the Amazon, Brazil and the world.
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