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Silêncio no labirinto das vozes: uma leitura das narrativas da inocência em Gone Indian, de Robert KroetschGarcia, Régis de Azevedo January 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014 / Na década de 1970, o mundo passava por mudanças bastante significativas em
termos culturais, especialmente devido à da ascensão da contracultura e de outros
movimentos sociais que emergiam no complexo cenário pós-guerra da América do Norte.
O sujeito norte-americano experimentava a possibilidade de engajar-se politicamente
para oferecer um direcionamento diferente ao seu universo. Da mesma maneira, o
indivíduo poderia optar pelo escapismo e pela construção de uma narrativa que o
distanciasse dos problemas e os projetasse em Outro. Assim, a partir da observação da
relação do sujeito eurocêntrico com a natureza selvagem e com o espaço do Outro,
representados no romance Gone Indian (1973), de Robert Kroetsch, serão analisadas
características que possam evidenciar a maneira pela qual o subtexto do silêncio e sua
construção na narrativa subvertem as narrativas tradicionais e oferecem a possibilidade
de uma leitura plural da história oficial a partir de fragmentos de estórias. Com base nas
teorias propostas pelos Estudos Culturais e em teóricos como Gayatri Spivak, Homi K.
Bhabha, Bill Ashcroft, Margaret Atwood, e outros, a análise tem como foco principal o
discurso das personagens Jeremy Sadness e Mark Madham, ou ainda a ausência do
discurso na figura da própria imensidão branca. / During the 1970s, the world was undergoing quite significant changes in cultural terms,
especially given the rise of the counterculture and other social movements that emerged
in the complex postwar scene in North America. While some Americans were
experiencing the possibility of being politically engaged in order to offer a different
perspective to their universe, other individuals were interested in the idea of escapism and
in the construction of a narrative that could keep them away from all the possible
problems. Considering the relationship of the Eurocentric subject with the wilderness and
the space of the Other represented in the writing of Robert Kroetsch’s Gone Indian
(1973), some characteristics might be analyzed based on Cultural Studies theories and
scholars such as Gayatri Spivak, Homi K. Bhabha, Bill Ashcroft, Margaret Atwood,
among others. Such characteristics will help to understand the subtext of silence and its
construction in the narrative and discourse of the characters Mark Madham and Jeremy
Sadness – or in the absence of speech in the figure of the great whiteness itself –
undermining the traditional narratives through the exercise of a plural reading of the
official history.
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