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O indígena no olhar de José Veríssimo / The native in the eyes of José VeríssimoMariana Moreno Castilho 07 May 2012 (has links)
Este trabalho busca entender como se constituíram as imagens e a alteridade do sujeito indígena nas obras impressas de José Veríssimo. Membro de uma elite cultural no contexto da Primeira República, Veríssimo colaborou para a formação da Academia Brasileira de Letras e foi reconhecido pelos seus pares por sua crítica literária. No entanto, José Veríssimo, que escreveu sua primeira obra na década de 1870, também desenvolveu estudos pedagógicos e etnográficos, estes últimos pouco lembrados por seus críticos. A partir desses estudos visamos confrontar a imagem construída do sujeito indígena em suas obras etnográficas, pedagógicas e de crítica literária. O caminho da busca da civilização mediante a educação foi o trajeto que preponderou na ordem discursiva de Veríssimo. Conceitos como civilização, modernidade, urbanidade, raça, cultura, educação e nação regeram o discurso de Veríssimo no transcorrer de suas obras e foram se articulando e se rearticulando na tentativa de traçar a identidade nacional e a constituição do ser brasileiro. Simultaneamente a essas construções discursivas, o olhar de Veríssimo foi se deslocando não só diante das concepções de indianismo, Naturalismo, positivismo, evolucionismo, como também para o outro, o sujeito indígena. As imagens desse sujeito foram sendo moldadas na sua escrita a partir dessa fronteira da alteridade, em que o indígena representava o interdito dentro da busca de um ideal de corpo nacional homogêneo que visava construir a nação. / This thesis seeks to understand how the images and alterity of native individual were formed in the printed works by José Veríssimo, a member of a cultural elite in the First Republic context, who contributed to the formation of the Academy of Letter and whose literary criticism was acknowledged by his peers. However, José Veríssimo, who wrote his first book in the 1870, also developed educational and ethnographic studies, being the latter poorly remembered by Veríssimo scholars. From theses studies we aim to confront the constructed images of the native subject through his works of ethnographic, educational and literary criticism. The path of the search for civilization through education was the path that prevailed in Veríssimos discursive order. However, concepts such as civilization, modernity, urbanity, race, culture, education, and nation ruled Verísssimos speech along his work and it was organized and regrouped along his literature production around national identity and constitution of being brazilian. Simultaneously with these discursive constructions, not only were Veríssimos focus moving forward the concept of indianism, Naturalism, positivism, evolutionism, but also to the other, the native subject. The images of this subject were shaped in his writing from that boundary of alterity, where the native represents the interdict in this search of an ideal homogeneous national body that aimed to build the nation.
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O indígena no olhar de José Veríssimo / The native in the eyes of José VeríssimoCastilho, Mariana Moreno 07 May 2012 (has links)
Este trabalho busca entender como se constituíram as imagens e a alteridade do sujeito indígena nas obras impressas de José Veríssimo. Membro de uma elite cultural no contexto da Primeira República, Veríssimo colaborou para a formação da Academia Brasileira de Letras e foi reconhecido pelos seus pares por sua crítica literária. No entanto, José Veríssimo, que escreveu sua primeira obra na década de 1870, também desenvolveu estudos pedagógicos e etnográficos, estes últimos pouco lembrados por seus críticos. A partir desses estudos visamos confrontar a imagem construída do sujeito indígena em suas obras etnográficas, pedagógicas e de crítica literária. O caminho da busca da civilização mediante a educação foi o trajeto que preponderou na ordem discursiva de Veríssimo. Conceitos como civilização, modernidade, urbanidade, raça, cultura, educação e nação regeram o discurso de Veríssimo no transcorrer de suas obras e foram se articulando e se rearticulando na tentativa de traçar a identidade nacional e a constituição do ser brasileiro. Simultaneamente a essas construções discursivas, o olhar de Veríssimo foi se deslocando não só diante das concepções de indianismo, Naturalismo, positivismo, evolucionismo, como também para o outro, o sujeito indígena. As imagens desse sujeito foram sendo moldadas na sua escrita a partir dessa fronteira da alteridade, em que o indígena representava o interdito dentro da busca de um ideal de corpo nacional homogêneo que visava construir a nação. / This thesis seeks to understand how the images and alterity of native individual were formed in the printed works by José Veríssimo, a member of a cultural elite in the First Republic context, who contributed to the formation of the Academy of Letter and whose literary criticism was acknowledged by his peers. However, José Veríssimo, who wrote his first book in the 1870, also developed educational and ethnographic studies, being the latter poorly remembered by Veríssimo scholars. From theses studies we aim to confront the constructed images of the native subject through his works of ethnographic, educational and literary criticism. The path of the search for civilization through education was the path that prevailed in Veríssimos discursive order. However, concepts such as civilization, modernity, urbanity, race, culture, education, and nation ruled Verísssimos speech along his work and it was organized and regrouped along his literature production around national identity and constitution of being brazilian. Simultaneously with these discursive constructions, not only were Veríssimos focus moving forward the concept of indianism, Naturalism, positivism, evolutionism, but also to the other, the native subject. The images of this subject were shaped in his writing from that boundary of alterity, where the native represents the interdict in this search of an ideal homogeneous national body that aimed to build the nation.
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Silêncio no labirinto das vozes: uma leitura das narrativas da inocência em Gone Indian, de Robert KroetschGarcia, Régis de Azevedo January 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014 / Na década de 1970, o mundo passava por mudanças bastante significativas em
termos culturais, especialmente devido à da ascensão da contracultura e de outros
movimentos sociais que emergiam no complexo cenário pós-guerra da América do Norte.
O sujeito norte-americano experimentava a possibilidade de engajar-se politicamente
para oferecer um direcionamento diferente ao seu universo. Da mesma maneira, o
indivíduo poderia optar pelo escapismo e pela construção de uma narrativa que o
distanciasse dos problemas e os projetasse em Outro. Assim, a partir da observação da
relação do sujeito eurocêntrico com a natureza selvagem e com o espaço do Outro,
representados no romance Gone Indian (1973), de Robert Kroetsch, serão analisadas
características que possam evidenciar a maneira pela qual o subtexto do silêncio e sua
construção na narrativa subvertem as narrativas tradicionais e oferecem a possibilidade
de uma leitura plural da história oficial a partir de fragmentos de estórias. Com base nas
teorias propostas pelos Estudos Culturais e em teóricos como Gayatri Spivak, Homi K.
Bhabha, Bill Ashcroft, Margaret Atwood, e outros, a análise tem como foco principal o
discurso das personagens Jeremy Sadness e Mark Madham, ou ainda a ausência do
discurso na figura da própria imensidão branca. / During the 1970s, the world was undergoing quite significant changes in cultural terms,
especially given the rise of the counterculture and other social movements that emerged
in the complex postwar scene in North America. While some Americans were
experiencing the possibility of being politically engaged in order to offer a different
perspective to their universe, other individuals were interested in the idea of escapism and
in the construction of a narrative that could keep them away from all the possible
problems. Considering the relationship of the Eurocentric subject with the wilderness and
the space of the Other represented in the writing of Robert Kroetsch’s Gone Indian
(1973), some characteristics might be analyzed based on Cultural Studies theories and
scholars such as Gayatri Spivak, Homi K. Bhabha, Bill Ashcroft, Margaret Atwood,
among others. Such characteristics will help to understand the subtext of silence and its
construction in the narrative and discourse of the characters Mark Madham and Jeremy
Sadness – or in the absence of speech in the figure of the great whiteness itself –
undermining the traditional narratives through the exercise of a plural reading of the
official history.
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