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“Mão de Luva” e “Montanha”: bandoleiros e salteadores nos caminhos de Minas Gerais no século XVIII (Matas Gerais da Mantiqueira: 1755 1786)Oliveira, Rodrigo Leonardo de Sousa 24 September 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008-09-24 / FAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais / Esta pesquisa visa a analisar as ações dos bandos armados da Mantiqueira e Macacu.
Para isso, construímos uma série de hipóteses que pudessem explicar as razões que levaram os
respectivos bandoleiros a atuar por um relativo espaço de tempo em suas áreas.
A quadrilha da Mantiqueira compunha-se de mestiços e ciganos. Agia nos sertões da
Mantiqueira durante os anos iniciais da década de 1780. Era liderado por um cigano
denominado Joaquim de Oliveira, por alcunha “Montanha”. Possuía engenhosos expedientes,
sendo responsável pela morte de respeitáveis homens de negócio, como Antônio Sanhudo de
Araújo, morador no Sabará. Seus membros acabaram sendo presos e sentenciados no Tribunal
da Relação do Rio de Janeiro.
Nos sertões das Cachoeiras de Macacu – sertões do leste – atuou o bando de
contrabandistas comandado pelo lendário Mão de Luva. Assim como os “mantiqueiras”, agiu
nos anos iniciais da década de 1780. Composto por brancos pobres, escravos, libertos e
indígenas, este bando ocupava-se do extravio de ouro para o Rio de Janeiro, procurando,
dessa forma, fugir dos registros e dos destacamentos localizados naquelas proximidades.
Em geral, consideramos que a busca efetuada por diversos atores sociais por lucro e
por prestígio, a litigância do aparelhamento policial, a configuração geográfica dos sertões, a
ineficácia das “áreas proibidas” e os interesses privados propiciaram o relativo sucesso dos
salteadores em estudo.
Para finalizar, defendemos a premissa de que a violência coletiva nas Minas
setecentistas não se mostrou exacerbada. Ao contrário, a ocorrência de bandoleiros ou
amotinados esteve delimitada em espaço e tempo específicos. Dessa forma, problemas
político-sociais e administrativos não levaram, necessariamente, a uma conjuntura de
“violências” em toda a capitania mineira. / This survey aims to examine the actions of armed gangs of “Mantiqueira” and
“Macacu”. To do this, we built a number of assumptions that could explain the reasons behind
their bandoleiros to act on a space of time in their areas.
The square is the “Mantiqueira” composed of mestizos and Gypsies. Agia in the
“Mantiqueira” during the early years of the decade of 1780. It was led by a gypsy named
Joaquim de Oliveira, by nickname "Mountain". Possuía ingenious initiatives and is
responsible for the deaths of good men of business, as Antonio Sanhudo de Araujo, who lived
in Sabará. Its members eventually being arrested and sentenced in the Court of Appeal of
“Rio de Janeiro”.
In “sertões das Cachoeiras de Macacu” – “sertões de leste” - served the gang of
smugglers headed by legendary Hand of glove. Like the "mantiqueiras," acted in the initial
years of the decade of 1780. Composed by poor whites, slaves, freed and indigenous, the gang
held up the loss of gold to “Rio de Janeiro”, seeking thus escape of the records and the
deployments in those located nearby.
In general, we believe that the search conducted by various social actors for profit and
prestige, the litigation of rigging police, the geographical layout of “sertões”, the
ineffectiveness of the "forbidden areas" and private interests have brought the relative success
of gangs under study.
Finally, we support the premise that the collective violence in “Minas setecentistas”
was not exacerbated. In contrast, the occurrence of gangs was enclosed in space and time
specific. Thus, political and social problems and administrative not led, inevitably, at a
juncture of "violence" throughout the “capitania mineira”.
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