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O magmatismo associado ao deposito mineral cupro-aurifero do Igarape, Bahia, Carajas, PA, BrasilSachs, Liliane Lavoura Bueno 17 December 1993 (has links)
Orientadores: Job Jesus Batista, Bernardino Figueiredo / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Geociencias / Made available in DSpace on 2018-07-18T17:40:26Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1993 / Resumo: O depósito mineral poli metálico do Igarapé Bahia (Cu-Au-Ag-Mo) é hospedado por rochas metavulcânicas e metassedimentares de baixo grau do Grupo Igarapé Bahia na Província Mineral de Carajás, norte do Brasil. O Grupo Igarapé Bahia constitui-se principalmente de rochas vulcânicas básicas e piroclásticas, rochas sedimentares psamopelíticas e formações ferríferas, que exibem direção NNW e mergulhos de 70° ENE. Estas rochas são capeadas por um manto laterítico, o qual hospeda um considerável depósito de ouro na área. O presente trabalho exibe os resultados petrográficos e litogeoquímicos realizados nas rochas vulcânicas básicas do depósito do Igarapé Bahia, assim como os resultados petrográficos da mineralização primária sulfetada associada a estas rochas. Um total de 23 amostras de rochas tiveram seus elementos maiores e traços analisados por Fluorescência de Raio-X, Absorção Atômica e outros métodos analíticos, realizados na UNICAMP e na UNESP. Os teores de ETR foram determinados em 8 amostras de rochas pelo método ICP, na GEOSOL. Estas rochas foram também estudadas microscopicamente e a paragênese do minério foi determinada num total de 25 seções polidas. Os tipos litológicos são: metabasaltos,metadiabásios com intercrescimento granofírico, meta-andesitos a metadacitos, rochas ricas em magnetita, as quais hospedam lentes de sulfeto maciço, e rochas básicas intrusivas que cortam a sequência vulcanosedimentar. No geral, as rochas vulcânicas do Igarapé Bahia foram alteradas hidrotermalmente em condições compatíveis a da facies xisto verde.Todos os tipos litológicos, exceto as rochas básicas intrusivas contêm quantidades variáveis de clorita, carbonato, quartzo e epidoto. Os teores de elementos incompatíveis e ETR obtidos para estas rochas indicam que elas correspondem provavelmente a Tholeiítos Continentais, com relativo enriquecimento em Rb, Ba, K, La e Ce. Este enriquecimento pode ser devido à alteração hidrotermal ou à contaminação crustal. A mineralização primária sulfetada do depósito do Igarapé Bahia sofreu remobilização durante o evento hidrotermal, em condições da faices xisto verde e foi também afetada por evento cisalhante / Abstract: The polymetallic Igarapé Bahia mineral deposit (Cu-Au-Ag-Mo) is hosted by the low-grade metavolcanic and metasedimentary roeles of the Igarapé Bahia Group in the Carajás Mineral Province, northern Brazil. The Igarapé Bahia Group consists mainly of basic volcanic and pyroclastic rocks, psamo-pelitic sedimentary rocks and iron formation, which follow a general NNW strike with a dip of 7(1 ENE. These rocks are overlain by a lateritic sequence which hosts the largest gold deposit in the area. The present study reports a petrographic and lithogeochemica1 investigation on the basic volcanic rocks of the Igarapé Bahia deposit, as well as petrographic results on the primary sulfide mineralization associated with these rocks. A total of 23 rock samples were analyzed for both major and trace elements by XRF, ASS and other analytical methods available at UNICAMP and UNESP. REE contents were determined on 8 selected rock samples by ICP method at GEOSOL. These rocks were also studied by conventional optical microscopy and the ore paragenesis were recognized in a total of 25 polished-thin section. Lithologica1 types are: metabasalts, metabasalts with granophyric intergrowths, meta-andesites to metadacites, country rocks with interlayerings of magnetiterich rocks, which host massive sulfide lenses, and intrusive basic rocks crosscutting the volcanic-sedimentary sequence. In general, the Igarapé Bahia volcanic rocks have been hydrotermally altered at greenschist facies conditions. All types, except the subvolcanic basic rocks contain variable amounts of chlorite, carbonate, quartz and epidote. The incompatible element and REE patterns obtained for these rocks resemble those of Continental Tholeiites probably, with relative enrichment for Rb, Ba, k, La and Ce. These enrichment may be due to the hydrothermal alteration or crostal contamination. The primary sulfide mineralization of the Igarapé Bahia deposit underwent local remobilization during hydrothermal alteration events at greenschist facies and was also affected by shearing within a more brittle regime / Mestrado / Mestre em Geociências
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O ambiente deposicional da formação Carajas e uma proposta de modelo evolutivo para a Bacia Grão ParaMacambira, Joel Buenano 20 August 2003 (has links)
Orientador: Alfonso Schrank / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Geociencias / Made available in DSpace on 2018-08-03T16:48:49Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2003 / Resumo: Os grandes depósitos de ferro de Carajás pertencem à Formação Carajás, uma espessa (100-400m) formação ferrífera bandada e laminada(jaspilito), localizada no Estado do Pará, norte do Brasil. Esta formação aflora quase continuamente por, pelo menos, 260km, em 60 depósitos, distribuídos em três serras principais, São Félix, Leste e Carajás. A última é uma estrutura sinformal sub-dividida em serras Sul e Norte. Este trabalho envolveu mapeamento, levantamento estratigráfico e amostragem para estudos petrográficos, geoquímicos, isotópicos e geocronológicos na Serra Norte, onde a mineração está em atividade e há bancadas e sondagens disponíveis. Entre 2.754 e 2.744 Ma foram depositados, na razão de ~ 22m/Ma, níveis (4 µm a 3 cm) de chert ou jaspe, alternados com magnetita-maghemita-hematita, a profundidades de 100-200m, localmente afetados por correntes de fundo. Esse sedimento químico hidroplástico precipitou por supersaturação (Si) e oxidação (Fe) a partir de águas de ressurgência, sendo que, sua base recebeu maior contribuição de águas de fontes hidrotermais (SREE=6,66; Eu*=3,54; (La/Yb)N=1,52) que o topo (SREE= 3,89; Eu*=3,18; (La/Yb )N=0,66). Também, os teores de elementos maiores mostram maior variabilidade na base que no topo. O jaspilito de Carajás tem duas vezes mais Ga (21ppm), Bi (6ppm) e Pb (18ppm) e sete vezes mais Sb (7ppm) que a média mundial de rochas similares. A oxidação do Fe pode ter sido promovida por atividade orgânica, evidenciada pelos delicados esferulitos de parede dupla e preservação de kerogênio em siltitos de unidade pouco mais jovem. Uma localizada carbonatização hidrotermal afetou o jaspilito, produzindo d¹³C médio de -4,3 ¿PDB e dois grupos de d18O (+24,9 a +15,4 e +12,8 a +6,6¿SMOW). São mínimos os registros de metamorfismo nessas rochas. O trabalho regional, a compilação bibliográfica e as correlações da Formação Carajás com unidades sobrejacentes das minas do Bahia e Azul permitem propor um modelo evolutivo para a Bacia Grão Pará, iniciando com um rifteamento intracontinental, marcado por um vulcanismo basaltico tholeiítico, com contaminação crustal (2,76 Ga ¿ U-Pb em zircão). O segundo estágio foi a deposição da Formação Carajás sobre uma plataforma continental marinha, ampla, calma e influenciada pela ressurgência de águas ricas em Fe e Si. Em um terceiro estágio, essa unidade foi recoberta por vulcânicas associadas com sedimentação elástica (2,74 Ga - Pb-Pb em zircão). O quarto estágio compreende a instalação de outro ambiente de plataforma continental onde se depositaram elásticas e carbonáticas (2,68 Ga - U-Pb em zircão). Inversão da Bacia e deposição fluvial fecham essa evolução / Abstract: The large Carajás iron ores belongs to the Carajás formation, which is a 100-400m thick banded and laminated iron formation (jaspilite), located at Pará state in North Brazil. This almost continuous formation outcrops for at least 260km, in 60 ore deposits, distributed in three main ridges, São Felix, Leste and Carajás. The last one is a sinformal structure sub-divided in South and North ridges. This work was carried out on detailed mapping, stratigraphic raising and petrographic, geochemical, isotopic and geochronological sampling of the North ridge, where the mining activity is currently running and bench and drill-core are available. Levels (4 µm to 3 cm) composed by chert or jasper alternated with magnetite-maghemite-hematite was deposed between 2,754 and 2,744 Ma (22m/Ma) at depths of 100-200m, locally affected by bottom currents. This hydroplastic chemical sediments precipitated by supersaturation (Si) and oxidation (Fe) from upwelling waters where the base was richer in hydrothermal source waters (SREE=6,66; Eu*=3,54; (La/Yb)N=I,52 ) than the top (SREE= 3,89; Eu*=3,18; (La/Yb) N =O,66). Besides, the major elements content have more variability at base than topo The Carajás jaspilite have twice Ga (21ppm), Bi (6ppm), Pb (18ppm) and seven times Sb (7ppm) than the world average for similar rocks. The Fe oxidation may have be promoted by organic activity, attested by delicate double wall spherulites and kerogen preservation in siltstones of a light younger unit. Local hydrothermal carbonatization has affected the jaspilite producing d13C mean of -4.3¿PDB and two groups of d18O (+24,9 to +15,4 and +12,8 to +6,6¿SMOW). Otherwise, metamorphic imprints on this rocks are minimal. Regional work, bibliographic compilation and correlations of the Carajás formation with overlying units of Bahia and Azul mines leaves to propose a evolutionary model for the Grão Pará Basin, initiated as a intracontinental rifting stage, marked by crustal contaminated tholeiitic basalt volcanism (2.76 Ga - Pb-Pb zircon ages). The second stage was the deposition of the Carajás formation over a wide, quiet marine continental shelf, influenced by upwelling of Fe-Si rich waters. In a third stage, the last was recovered by volcanics associated with dastic sedimentation (2.74 Ga - Pb-Pb zircon ages). The fourth stage comprises the installation of another continental shelf environment, where clastics and carbonate rocks has deposed (2.68 Ga - U-Pb zircon ages). Basin inversion and fluvial deposition doses the evolution / Doutorado / Metalogenese / Doutor em Ciências
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Metatexitos e diatexitos do Complexo Xingu na região de Canaã dos Carajás : implicações para a evolução mesoarqueana do Domínio Carajás / Metatexite and diatexite of the Xingu Complex in the Canaã dos Carajás region : implications to the Carajás Domain evolutionDelinardo da Silva, Marco Antonio, 1984- 04 November 2014 (has links)
Orientador: Lena Virgínia Soares Monteiro / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Geociências / Made available in DSpace on 2018-08-25T04:42:36Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2014 / Resumo: Na área a oeste de Canaã dos Carajás, na Província Carajás, o Complexo Xingu é constituído por ortopiroxênio-diopsídio gnaisses (ODG) migmatizados, com intercalações de diopsídio-hornblenda-plagioclásio gnaisse (DHPG) e boudins de quartzo anfibolito (QA). As características geológicas e litoquímicas do ODG são semelhantes aos dos TTG sódicos de médio ETRP, incluindo: (a) associação de ortognaisse polifásico com encraves e leucossoma; (b) conteúdo de Na2O entre 4,36 e 4,66%; (c) razão K2O/Na2O entre 0,21 e 0,53; (d) conteúdo de Al2O3 entre 15 e 16%; (e) conteúdo de Yb entre 0,18 e 1,23 ppm; (f) valores de (La/Yb)N entre 12 e 49; (g) valores de Sr/Y entre 43 e 168; (h) anomalias negativas de Nb-Ta e Ti; (i) ausência de anomalia significativa de Sr e (h) anomalias negativas de Eu pouco expressivas a positivas (Eu/Eu* = 0,81 a 2,1). O protólito dos ODG do Complexo Xingu foi cristalizado em 3.066 ± 6.6 Ma (MSWD= 0,072; U-Pb em zircão do mesossoma; SHRIMP IIe) a partir de magma gerado pela fusão de metabasaltos hidratados em condições compatíveis com a estabilidade de granada e hornblenda no restito em ambiente de arco magmático continental. O metamorfismo progressivo, com pico metamórfico na fácies granulito, foi concomitante ao desenvolvimento do bandamento gnáissico (S1) do ODG, seguido pelo desenvolvimento de dobras de arrasto com foliação axial (S2) com atitude variável entre N69W/85SW e N88E/80SE e foliação milonítica (C1) com direção E-W. O primeiro evento de anatexia, em 2.959 + 15 Ma (MSWD=U-Pb em zircão do leucossoma; SHRIMP IIe), reflete o influxo de H2O em zonas de cisalhamento permitindo a redução da temperatura do solidus nestas rochas e fusão parcial assistida por fluidos. Os produtos da migmatização nos ODG incluem desde metatexitos com estrutura patch a diatexitos com estrutura schlieren e schollen. O conjunto de dados obtidos nesse estudo indica que o Complexo xii Xingu representa uma secção da crosta inferior exumada, na qual estão, possivelmente, registradas evidências da evolução de orógenos mesoarqueanos em ca. 3,0-2,93 e 2,86-2,83 Ga, que podem ser intrinsecamente relacionados aos eventos de granitogênese já reconhecidos na região de Canaã de Carajás / Abstract: The Xingu Complex, located in the western area of the Canaã dos Carajás, Carajás Province, is composed of migmatized orthopyroxene-diopside gneiss (ODG) juxtaposed to diopside-hornblende-plagioclase gneiss (DHPG), and with boudins of quartz amphibolites (QA). The geological and geochemical characteristics of the ODG are similar to sodic TTG suites with intermediate HREE content, including: (a) the association of polyphasic orthogneiss with enclaves and leucossome; (b) Na2O content between 4.36 and 4.66%; (c) K2O/Na2O ratio of 0.21 to 0.53; (d) Al2O3 content between 15 and 16%; (e) Yb content of 0.18 to 1.23 ppm; (f) (La/Yb)N between 12 and 49; (g) Sr/Y of 43 to 168; (h) Nb-Ta and Ti negative anomalies; (i) no significant Sr anomalies; (h) absence of expressive Eu negative anomalies (Eu/Eu* = 0.81 to 2.1). The crystallization of ODG protolith was dated at 3,066 ± 6.6 Ma (U-Pb zircon from mesosome; SHRIMP IIe). Its genesis, in a continental arc environment, was related to magma generated by melting of hydrated metabasalts under conditions compatible with those of the garnet and hornblende stability in the restite. The progressive metamorphism, in granulite facies, was synchronous to the ODG gneissic banding development (S1), followed by the drag folds with axial foliation of direction between N69W/85SW and N88E/80SE and E-W-trending mylonitic foliation (C1). The first anatetic event occurred at 2,959 ± 15Ma (U-Pb zircon from leucosome; SHRIMP IIe) and reflects the influx of H2O in the shear zones allowing the solidus temperature decrease and water-assisted partial melting of the ODG. The products of anatexis include patch metatexites and schlieren and schollen diatexites. The data obtained in this work indicates that the Xingu Complex represents a section of the exhumed lower crust, in which are, possibly, recorded evidences of evolution of Mesoarchean orogens developed in ca. 3.0-2.93 and 2.86-2.83Ga, which are likely related to the granitegenesis events recognized in the Canaã dos Carajás area / Mestrado / Geologia e Recursos Naturais / Mestre em Geociências
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O deposito de oxido de ferro-cobre-ouro bacaba, provincia mineral de Carajas, PA = geocronologia U-Pb das rochas hospedeiras / Iron oxide-Cu-Au bacaba deposit, Carajas mineral province (PA), Brazil : U-Pb geochronology of the host rocksMoreto, Carolina Penteado Natividade, 1985- 02 August 2010 (has links)
Orientadores: Lena Virginia Soares Monteiro , Roberto Perez Xavier / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Geociências / Made available in DSpace on 2018-08-15T15:13:25Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2010 / Resumo: O depósito de óxido de ferro-cobre-ouro Bacaba, situado no Cinturão de Cisalhamento Itacaiúnas, Província Mineral de Carajás, representa um alvo satélite do depósito de classe mundial Sossego, e possivelmente também representa as porções distais e profundas do mesmo sistema hidrotermal. O depósito Bacaba localiza-se ao longo de uma zona de cisalhamento com direção WNW-ESE que define o contato entre o embasamento, representado pelo Complexo Xingu (ca. 3,0 Ga), e a unidade metavulcano-sedimentar do Supergrupo Itacaiúnas (ca. 2,76 Ga). As principais rochas hospedeiras do minério no depósito Bacaba são representadas pelo Granito Serra Dourada, Tonalito Bacaba e por corpos gabróicos, que foram intensamente afetados por alterações hidrotermais sódica (albita-escapolita), potássica, clorítica e hidrolítica. Os dados de U-Pb LA-ICP-MS em zircão de uma amostra com alteração sódica do Granito Serra Dourada forneceram a idade de 2858 ± 30 Ma (MSWD = 9,7). Três amostras do Tonalito Bacaba, sendo uma com alteração potássica e duas com alteração potássica e mineralização de Cu-Au, forneceram idades em 2997,2 ± 4,7 Ma (MSWD = 1,15), 2993,1 ± 7,1 Ma (MSWD = 1,1) e 3004,7 ± 7,8 Ma (MSWD = 2,1), respectivamente. As idades em 2,86 e ca. 3,0 Ga são interpretadas como idade de cristalização do Granito Serra Dourada e do Tonalito Bacaba, respectivamente. As estruturas internas e morfologia dos cristais de zircão de ambas as rochas, observadas em imagens de catodoluminescência e de elétrons retro-espalhados, confirmam a ocorrência de processos de recristalização, que pode ser relacionado com episódios de hidrotermalismo e/ou deformação/metamorfismo que ocorreram na Província Mineral de Carajás. Contudo, esse (s) evento (s) não pode (puderam) ser datado (s) devido à ausência de abertura total do sistema isotópico U-Pb e ausência de cristais de zircão de origem hidrotermal.O Granito Serra Dourada e o Tonalito Bacaba são as rochas graníticas mais antigas até então reconhecidas no Cinturão de Cisalhamento Itacaiúnas. A presença dessas rochas tão antigas implica na existência de um importante magmatismo anterior à instalação da Bacia de Carajás (Supergrupo Itacaiúnas), e em uma história evolutiva mais complexa para o Cinturão de Cisalhamento Itacaiúnas. As similaridades petrográficas e geocronológicas dessas intrusivas félsicas do depósito Bacaba com suítes de rochas graníticas e tonalíticas reconhecidas no Terreno Granito-Greenstone Rio Maria, porção sul da Província Mineral de Carajás, implica na ocorrência de um magmatismo de ca. 3,0 e 2,86 Ga mais amplo e extenso. O Granito Serra Dourada e o Tonalito Bacaba não poderiam ser responsáveis pelo estabelecimento do sistema magmático-hidrotermal associado com a gênese do depósito Bacaba. Isso seria improvável porque outros depósitos com características similares são hospedados por unidades metavulcano-sedimentares mais novas (2,76 Ga). Nesse contexto, os depósitos de óxido de ferro-cobre-ouro do setor sul do Cinturão de Cisalhamento Itacaiúnas devem ser controlados principalmente por importantes descontinuidades crustais, como a zona de cisalhamento regional com direção WNW-ESE, ao invés de serem associados com um litotipo particular. Esses resultados indicam alto potencial de ocorrência de depósitos de óxido de ferro-cobre-ouro nas rochas mesoarqueanas do embasamento sob a Bacia de Carajás, particularmente aquelas cortadas por zonas de cisalhamento neoarqueanas. / Abstract: The Bacaba iron oxide-copper-gold deposit, situated in the Itacaiúnas Shear Belt, Carajás Mineral Province (Brazil), represents a satellite prospect of the world-class Sossego deposit, and might also represent a distal and deeper portion of the same or related hydrothermal system. The Bacaba deposit is located along a WNW-ESE-striking shear zone that defines the contact of the basement represented by the Xingu Complex (ca. 3.0 Ga) and the metavolcanosedimentary Itacaiúnas Supergroup (ca. 2.76 Ga). The main host rocks at Bacaba deposit comprise the Serra Dourada Granite, the Bacaba Tonalite and croscutting gabbro, which were intensely affected by sodic (albite-scapolite), potassic, chloritic and hydrolytic hydrothermal alterations. The U-Pb LA-ICP-MS data for zircon from sodic altered sample of the Serra Dourada Granite yielded an 2858 ± 30 Ma (MSWD = 9.7) age. Three samples from the Bacaba Tonalite, including one with potassic alteration and two with potassic alteration and Cu-Au mineralization rendered the 2997.2 ± 4.7 Ma (MSWD = 1.15), 2993.1 ± 7.1 Ma (MSWD = 1.1) and 3004.7 ± 7.8 Ma (MSWD = 2.1) ages, respectively. The 2.86 and ca. 3.0 Ga ages are interpreted as the igneous crystallization of the Serra Dourada Granite and the Bacaba Tonalite, respectively. The internal structures and external morphologies of zircon crystal from both rocks, observed in cathodoluminescence and backscattered electron images, attested the occurrence of zircon recrystallization, which could be related to hydrothermalism and/or deformation/metamorphism episodes that took place in the Carajás Mineral Province. However, the disturbing event (s) could not be dated due to the absence of the total resetting of the U-Pb system and hydrothermal crystallization of zircon. The 2.86 Ga Serra Dourada Granite and the ca. 3.0 Ga Bacaba Tonalite are the oldest granitic rocks so far recognized in the Itacaiúnas Shear Belt. The presence of such old rocks implies in the existence of an important magmatism before the Carajás Basin (Itacaiúnas Supergroup) deposition, and in a more complex evolutionary history for the Itacaiúnas Shear Belt. The petrographical and geochronological similarities of these felsic intrusions with granitic and tonalitic rock suites recognized in the Rio Maria granite-greenstone terrane, southern part of the Carajás Mineral Province, implies in a more widespread ca. 3.0 and 2.86 Ga magmatism in the province. The Serra Dourada Granite and the Bacaba Tonalite are interpreted not to be responsible for the genesis of the Bacaba deposit. This is likely because the Sossego and other deposits interpreted as part of the same hydrothermal system are hosted by younger ca. 2.76 Ga metavolcano-sedimentary units. On this context, the iron oxide-copper-gold deposit in the southern sector of the Itacaiúnas Shear Belt could be mainly controlled by important crustal discontinuities, such as the WNW-ESEstriking regional shear zone, rather than be associated with a particular rock type. These results expand the potentiality of occurrence of iron oxide-copper-gold deposits for the Mesoarchean basement rocks underlying the Carajás Basin, particularly those crosscut by Neoarchean shear zones. / Mestrado / Geologia e Recursos Naturais / Mestre em Geociências
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O cinturão cupro-aurifero de Carajas, BrasilTallarico, Fernando Henrique Bucco 03 August 2018 (has links)
Orientador: Bernadino Ribeiro de Figueiredo / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Geociencias / Made available in DSpace on 2018-08-03T17:29:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2003 / Doutorado
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Caracterização geologica e genese das mineralizações de oxido de Fe-Cu-Au e metais associados na Provincia Mineral de Carajas : estudo de caso do Deposito Sossego / Geology and genesis of iron oxide-copper-gold deposits in the Carajas Mineral Province : the case study of the Sossego depositCarvalho, Emerson de Resende 12 August 2018 (has links)
Orientadores: Roberto Perez Xavier, Carlos Roberto de Souza Filho, Lena Virginia Soares Monteiro / Tese (doutorado) -Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Geociencias / Made available in DSpace on 2018-08-12T19:03:21Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2009 / Resumo: O depósito de óxido de ferro-cobre-ouro de Sossego na Província Mineral de Carajás (PMC), região norte do Brasil, consiste de três corpos de minério principais, denominados Sossego-Curral, Sequeirinho-Baiano e Pista, envolvidos por zonas de alteração hidrotermal sódica, sódico-cálcica, potássica, clorítica e hidrolítica. Essas zonas de alteração hidrotermal mostram diferentes graus de desenvolvimento em cada corpo de minério. Os estágios iniciais de alteração foram controlados pelo fluxo de fluido em zonas de cisalhamento regionais, enquanto a mineralização cupro-aurífera corresponde a uma fase tardia e se formou em um ambiente estrutural rúptil. Salmouras hipersalinas, quentes (> 500 oC) e compostas essencialmente por NaCl-CaCl2-H2O podem estar associadas com o desenvolvimento inicial do sistema hidrotermal Sossego. As brechas sulfetadas Sequeirinho e Sossego mostram um enriquecimento em Cu-Fe-Au-(Ag)- Ni-Co-Se-Y-V-P-La-Ce e baixo conteúdo de Ti, semelhante a outros depósitos de óxido de Fe-Cu-Au em Carajás e em termos mundiais. O alto conteúdo de Ni, Co, Se, V e Pd, especialmente no corpo Sequeirinho, possivelmente é decorrente da lixiviação de metais a partir de fontes como o gabro, que tem relação espacial com os corpos de magnetitito e as zonas mineralizadas, e lente de rochas metaultramáficas do Supergrupo Itacaiúnas. Os processos de interação fluido-rocha devem ter resultado em significativa lixiviação de metais da seqüência de rochas hospedeiras, que foi acentuado por fluidos hidrotermais inicialmente de alta temperatura (>500 oC) e alto conteúdo de cloreto no sistema hidrotermal Sossego, movido pelo calor dos vários episódios de intrusões registrados na PMC. As inclusões fluidas de amostras dos estágios finais da evolução do sistema hidrotermal Sossego, indicam a participação de (1) salmouras hipersalinas; (2) salmouras salinas, de baixa temperatura (~150 oC) e ricos em CaCl2; e (3) fluidos de baixa salinidade e baixa temperatura (< 250 oC) e compostos por NaCl-H2O, representativos, respectivamente dos estágios inicial, principal e final da mineralização de Cu-Au. As salmouras salinas ricas em CaCl2 poderiam refletir uma evolução contínua a partir de um fluido hipersalino magmático ou envolver fluidos bacinais de baixa temperatura, incluindo um componente derivado de evaporitos. Os fluidos portadores de NaCl e de baixa salinidade predominam nos estágios finais do evento mineralizante e podem representar o influxo de fluidos meteóricos. A transição para um regime estrutural dominantemente rúptil e o resfriamento do sistema favorecem o influxo desses fluidos meteóricos oxidados. A mistura de fluidos pode ter sido o mecanismo principal que desencadeou a precipitação da maior parte do Cu e Au nos diferentes corpos de minério do depósito de Sossego. / Abstract: The Sossego iron oxide-copper-gold deposit in the Carajás Mineral Province (CMP), northern Brazil, consists of three main orebodies, named Sossego-Curral, Sequeirinho-Baiano and Pista, enveloped by sodic, sodic-calcic, potassic, chloritic, and hydrolithic hydrothermal alteration zones. These alteration zones display different degrees of development in these orebodies. The early alteration stages were controlled by fluid-flow in large-scale regional shear zones, whereas bulk copper-gold mineralization was late and formed in a brittle structural environment. Hypersaline NaCl-CaCl2-H2O hot (>500 oC) brines could be associated with the initial development of the hydrothermal system. Sequeirinho and Sossego sulfide ore breccias are marked by enrichment in Cu-Fe-Au-(Ag)-Ni-Co-Se-Y-V-P-La-Ce and low contents of Ti, which also occur in other IOCG deposits of CMP and worldwide IOCG deposits. The high contents of Ni, Co, Se, V and Pd, particularly in Sequeirinho orebody, possibly were originated by metal leaching from sources such as intrusive gabbro, which have spatial relationship with massive magnetite bodies and mineralized zones, and metaultramafic lenses of Itacaiúnas Supergroup. Fluid-rock interaction process might have resulted in significant metal leaching from host sequences, enhanced by early high temperature (>500 oC) and high chloride concentrations of hydrothermal fluids in the extensive Sossego hydrothermal system driven by heat from several intrusive episodes recorded in the CMP. Fluid inclusions of the samples from the final stages of evolution of the Sossego hydrothermal system in brittle conditions, indicated participation of hot hypersaline brines, low temperature (~150 oC) CaCl2-rich saline brines and low-temperature (<250 oC) low salinity NaCl-H2O fluids in early, main and late mineralization stages. The CaCl2-rich saline brines could reflect continuum evolution from magmatic hypersaline fluids or involve low temperature basinal, including evaporite-derived fluids. Low salinity, NaCl-bearing fluids, predominates in late stages and reflect channelized influx of meteoric fluids. The transition to a dominantly brittle structural regime and cooling of the system favors the influx of these oxidized meteoric-derived fluids. Fluid mixing could have represented a major influence on ore precipitation in different orebodies from the Sossego IOCG deposit and could have had fundamental importance to trigger the bulk of copper deposition. / Doutorado / Metalogenese / Doutor em Ciências
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Evolução temporal do depósito de óxido de ferro-cobre-ouro de Salobo, Província Carajás / Temporal evolution of the giant Salobo IOCG deposit, Carajas ProvinceMelo, Gustavo Henrique Coelho de, 1989- 25 August 2018 (has links)
Orientadores: Lena Virgínia Soares Monteiro, Roberto Perez Xavier / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Geociências / Made available in DSpace on 2018-08-25T01:47:31Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2014 / Resumo: O depósito Salobo, de classe mundial, representa o maior e mais importante depósito de óxido de ferro-cobre-ouro (IOCG) da Província Carajás. O depósito é hospedado por rochas gnáissicas fortemente modificadas por processos de alteração hidrotermal espacialmente relacionados à Zona de Cisalhamento Cinzento. Idades U-Pb SHRIMP IIe em zircão obtidas nos gnaisses pemitem correlacioná-los aos granitoides sin-tectônicos da Suíte Igarapé Gelado (2.763 ± 4,4 Ma; MSWD = 1,7). Adicionalmente, idades U-Pb SHRIMP IIe em zircão de 2.950 ± 25 Ma (MSWD = 5,9) e 2.857 ± 6,7 Ma (MSWD = 0,001) foram atribuídas à cristalização dos protólitos e metamorfismo, respectivamente, de gnaisses do Complexo Xingu, que ocorrem como lascas tectonicamente imbricadas aos granitoides sin-tectônicos no depósito Salobo. Intensa alteração hidrotermal sobre as rochas gnáissicas hospeiras formou rochas ricas em hastingsita-actinolita, grunerita-almadina-biotita-(turmalina) e magnetita com bornita e calcocita disseminadas.O sistema hidrotermal evoluiu de alteração sódica-cálcica (hastingsita-actinolita) inicial seguido por estágio de enriquecimento em ferro (grunerita-almandina-faialita) e formação de turmalina. Alteração potássica com biotita subsequente foi acompanhada pela formação de magnetita, cogenética à precipitação do minério. O minério é constituído principalmente por bornita, calcocita, magnetita e quantidades menores de calcopirita, e ouro, além de exibir significativos conteúdos de Co, Ni, As, Ag, Mo e ETR. Alteração hidrotermal pós-mineralização (alteração potássica com feldspato potássico, alteração propilítica, e formação de hematita) também foi reconhecida espacialmente associada à colocação do granito Old Salobo (U-Pb SHRIMP IIe em zircão; 2.547 ± 5,3 Ma; MSWD = 0,92), sobrepondo-se à alteração hidrotermal e mineralização relacionada ao sistema IOCG. Adicionalmente, os dados geocronológicos e a sequência de alteração hidrotermal parecem evidenciar que a mineralização é mais antiga que a colocação do granito Old Salobo e não possui relação genética com o mesmo. O depósito Salobo, entretanto, foi submetido a uma complexa evolução com possível mineralização IOCG em ca. 2,7 Ga e remobilização do minério em ca. 2,57 Ga e durante o Paleoproterozoico / Abstract: The giant Salobo deposit represents the largest iron oxide-copper-gold deposit (IOCG) in the Carajás Province. The deposit is hosted by gneisses of the Igarapé Gelado suite (2,763 ± 4.4 Ma; MSWD = 1,7) and of the Xingu Complex. The latter has SHRIMP IIe U-Pb zircon ages of 2,950 ± 25 Ma (MSWD = 5,9) and 2,857 ± 6.7 Ma (MSWD = 0,001), attributed to igneous crystallization and metamorphism. Gneissic rocks underwent strong hydrothermal alteration within the Cinzento Shear Zone, resulting in hastingsite-actinolite-, grunerite-almadine-biotite-(tourmaline)- and magnetite-rich rocks with disseminated bornite and chalcocite. The hydrothermal system evolved from early sodic-calcic (hastingsite-actinolite) alteration followed by a stage of iron-enrichment (grunerite-almandine-fayalite) and tourmaline formation. Subsequent potassic alteration I with biotite was superposed by magnetite formation, coeval with ore precipitation. Ore minerals include mainly bornite, chalcocite, magnetite and minor chalcopyrite and gold, with significant enrichment in Co, Ni, As, Ag, Mo, and REE. Post-ore alteration (potassic alteration II with K feldspar, propylitic alteration, and hematite formation) was spatially related with the emplacement of the Old Salobo Granite at 2,547 ± 5.3 Ma (MSWD = 0.92), and overprints the IOCG hydrothermal alteration and mineralization. Moreover, the geochronological data and the sequence of hydrothermal alteration may evidence the mineralization is older than the emplacement of the Old Salobo Granite and has no genetic relationship with its emplacement. The Salobo deposit, however, may have undergone a complex evolution with possible IOCG mineralization at ca. 2.7 Ga and ore remobilization at ca. 2.57 Ga and during Paleoproterozoic, similarly to the IOCG deposits in the Southern Copper Belt / Mestrado / Geologia e Recursos Naturais / Mestre em Geociências
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Geocronologia U-Pb e Re-Os aplicada à evolução metalogénetica do Cinturão Sul do cobre da Província Mineral de Carajás = U-pb e Re-Os geochronology applied to the metallogenetic evolution of the Southrn Copper Belt of the Carajás Mineral Province / U-pb e Re-Os geochronology applied to the metallogenetic evolution of the Southrn Copper Belt of the Carajás Mineral ProvinceMoreto, Carolina Penteado Natividade, 1985- 08 May 2013 (has links)
Orientadores: Lena Virginía Soares Monteiro, Roberto Perez Xavier / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Geociências / Made available in DSpace on 2018-08-23T01:24:15Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2013 / Resumo: O Cinturão Sul do Cobre, Província Carajás, hospeda diversos depósitos de óxido de ferro-cobre-ouro (iron oxide-copper-gold ou IOCG), tais como Sossego (corpos Sequeirinho-Pista-Baiano e Sossego- Curral), Cristalino, Alvo 118, Bacuri, Bacaba, Castanha, Visconde e Jatobá, que estão localizados ao longo de uma zona de cisalhamento com direção WNW-ESSE, no contato sul entre a Bacia Carajás e as rochas do embasamento. Mapeamento geológico aliado a estudos geocronológicos (U-Pb SHRIMP IIe e LA-ICPMS) permitiram a caracterização dos litotipos hospedeiros de depósitos IOCG na porção centrooeste do Cinturão Sul do Cobre, incluindo: (1) unidades neoarqueanas de 2,74 Ga (Pórfiro Castanha, granito granofírico Sossego e intrusivas máficas); (2) unidades mesoarqueanas entre 2,87 Ga a 2,84 Ga (Tonalito Campina Verde, Trondhjemito Rio Verde e Granito Serra Dourada); (3) rochas metavulcânicas félsicas de 2,97 Ga associadas às lentes de rochas metaultramáficas; (4) rochas graníticas mesoarqueanas de 3,0 Ga (Tonalito Bacaba e Granito Sequeirinho). Alteração hidrotermal que afeta essas rochas consiste em alteração sódica regional (albita, escapolita e óxidos de ferro), sódico-cálcica (albita-actinolita), potássica (feldspato potássico-biotita), clorítica (clorita) e hidrolítica (sericita-muscovita-hematitaquartzo), silicificação e formação de epidoto-calcita-clorita. Os depósitos IOCG, entretanto, exibem variações dos padrões de distribuição das zonas de alteração hidrotermal, apontando para níveis crustais distintos de instalação dos sistemas hidrotermais, com formação de corpos de magnetita maciça e actinolititos em depósitos mais profundos (corpos Sequeirinho-Pista-Baiano e depósito Castanha) e zonas de alteração clorítica e hidrolítica nos mais rasos (corpos Sossego-Curral e depósito Alvo 118). Datação de cristais de monazita hidrotermal (U-Pb LA-MC-ICPMS) e molibdenita (Re-Os NTIMS) dos corpos Sequeirinho e Pista, e dos depósitos Bacuri e Bacaba, forneceram idades entre 2,71 a 2,68 Ga, enquanto que monazita hidrotermal dos corpos Sossego e Curral resultaram em idades entre 1,90 a 1,88 Ga. Adicionalmente, cristais de molibdenita do depósito Bacuri e de monazita do depósito Bacaba indicaram idades em 2,76 Ga e 2,05 Ga, respectivamente. Esses dados sugerem que múltiplos eventos hidrotermais neoarqueanos e paleoproterozóicos foram responsáveis pela alteração hidrotermal e mineralização cuprífera no Cinturão Sul do Cobre. O desenvolvimento de sistemas hidrotermais IOCG profundos (Sequeirinho-Pista, Bacaba, Bacuri, Visconde e Castanha) no Neoarqueano (2,71-2,68 Ga), associados a extensas zonas de escapolita, foi relacionado a reativações das zonas de cisalhamento em função da inversão tectônica da Bacia Carajás. No Orosiriano (1,9-1,87 Ga), a instalação de sistema(s) hidrotermal(is) IOCG em níveis crustais mais rasos resultou na formação de novos depósitos (Alvo 118) e corpos de minério (Sossego-Curral), possivelmente relacionados às fontes de calor devido à colocação dos granitos do tipo-A da província. Esse evento teria resultado em (re)mobilização do minério e sobreposição de estágios hidrotermais, tal como o desenvolvimento de alteração hidrolítica sobre alteração escapolítica preexistente. Assim, o Cinturão Sul do Cobre apresenta um notável registro de recorrência de eventos hidrotermais ao longo do tempo geológico, responsável pela formação de depósitos IOCG de classe mundial / Abstract: The Southern Copper Belt, Carajás Province, hosts several iron oxide-copper-gold (IOCG) deposits, including the Sossego (Sequeirinho-Pista-Baiano and Sossego-Curral orebodies), Cristalino, Alvo 118, Bacuri, Bacaba, Castanha, Visconde, and Jatobá deposits. These deposits are situated within a WNW-ESE shear zone in the southern contact between the Carajás Basin and basement rocks. Geological mapping combined with geochronological studies (U-Pb SHRIMP IIe and LA-ICPMS) allowed the characterization of the host rocks of the IOCG deposits in the central-west part of the Southern Copper Belt, which include: (1) 2.74 Ga Neoarchean units (Castanha Porphyry, Sossego granophyric granite and mafic intrusive rocks); (2) 2.87-2.84 Ga Mesoarchean units (Campina Verde Tonalite, Rio Verde Trondhjemite and the Serra Dourada Granite); (3) 2.97 Ga felsic metavolcanic rocks associated with metaultramafic lenses; (4) 3,0 Ga Mesoarchean granitic rocks (Bacaba Tonalite and Sequeirinho Granite). Hydrothermal alteration that affects these rocks consist in regional sodic (albite, scapolite and iron oxides), sodic-calcic (albite-actinolite), potassic (potassium feldspar and biotite), chlorite, and hydrolytic (sericite-muscovitehematite- quartz) alterations, silicification, and epidote-calcite-chlorite formation. However, the IOCG deposits display variations in the distribution of the hydrothermal alteration zones, pointing to distinct crustal levels in which the deposits were installed. Massive magnetite-rich and actinolite-rich bodies are recognized in deeper-emplaced deposits (Sequeirinho-Pista-Baiano orebodies and Castanha deposit), while chlorite and hydrolytic alteration zones are identified in shallower-emplaced deposits (Sossego- Curral orebodies and Alvo 118 deposit). Dating of hydrothermal monazite (U-Pb LA-MC-ICPMS) and molybdenite (Re-Os NTIMS) from the Sequeirinho and Pista orebodies and the Bacuri and Bacaba deposits rendered ages of ca. 2.71 to 2.68 Ga, whilst hydrothermal monazite from the Sossego and Curral orebodies yielded ages of ca. 1.90 to 1.87 Ga. Additionally, molybdenite crystals from Bacuri and monazite from Bacaba provided the ages of 2.76 Ga and 2.05 Ga, respectively. These data suggest that multiple discrete Neoarchean and Paleoproterozoic hydrothermal events were responsible for hydrothermal alteration and ore formation at the Southern Copper Belt. The development of deep IOCG hydrothermal systems (Sequeirinho-Pista, Bacaba, Bacuri, Visconde, and Castanha) at the Neoarchean (2.71-2.68 Ga), related to extensive scapolite-rich zones, was linked to the reactivation of shear zones due to the tectonic inversion of the Carajás basin. In the Orosinian (1.90-1.87 Ga), the establishment of IOCG hydrothermal system(s) in shallower crustal levels resulted in the formation of new deposits (Alvo 118) and orebodies (Sossego-Curral). This event was possibly associated with heat sources due to the emplacement of A-type granites at the province. This event would have caused ore re (mobilization) and overprint of hydrothermal alteration zones, with the formation of hydrolytic alteration over previously formed scapolite-rich zones. Therefore, the Southern Copper Belt presents an excellent example of recurrence of hydrothermal systems along the geological time, responsible for the genesis of world-class IOCG deposits / Doutorado / Geologia e Recursos Naturais / Doutora em Ciências
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O deposito primario de Cu-Au de Igarape Bahia, Carajas : rochas fragmentarias, fluidos mineralizantes e modelo metalogeneticoDreher, Ana Maria 03 August 2018 (has links)
Orientador: Roberto Perez Xavier / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Geociencias / Made available in DSpace on 2018-08-03T19:08:11Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2004 / Doutorado
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Evolução quimica e isotopica dos fluidos associados a mineralização de Fe-Cu-Au do deposito Alvo 118, provincia mineral de Carajas - PA / Chemical and isotopic evolution of the fluids from the Alvo 118 Fe-Cu-Au do deposit, Carajas mineral province (PA)Torresi, Ignacio 14 August 2018 (has links)
Orientadores: Roberto Perez Xavier, Lena Virginia Soares Monteiro / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Geociencias / Made available in DSpace on 2018-08-14T22:53:15Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2009 / Resumo: O depósito de óxido de ferro-cobre-ouro (IOCG) Alvo 118 (170 Mt @ 1,0 wt% Cu, 0,3 g/t Au), junto aos depósitos de classe mundial de Sossego e Cristalino, situam-se no setor sul da Província Mineral de Carajás (PMC) alinhados e uma zona de cisalhamento subvertical regional, de direção WNW-ESE, e 60 km de extensão, próximo ao contato do Supergrupo Itacaiunas, uma sequência metavulcano-sedimentar (~2,76 Ga), com o embasamento arqueano (Complexo Xingu; ~3,0 Ga). A mineralização de Cu-Au no deposito Alvo118 e hospedada por rochas vulcanicas máficas e intermediarias, corpos de granitos e gabbros, que foram sujeitos a seguinte sequência de alteração hidrotermal em direção ao minério de Cu: (1) alteração sódica representada por albita e escapolita, o que indica circulação de fluidos quentes (>500°C) e salinos; (2) alteração potássica dominada pela presença de biotita e k-feldspato, respectivamente, nas rochas máficas e intermediarias, acompanhada de formação de magnetita e silicificação; (3) alteração a clorita, espacialmente associada brechas quartzo-carbonaticas mineralizadas a calcopirita e stockworks de veios que normalmente apresentam estruturas de preenchimento de espaço; (4) alteração a quartzo-sericita tardia a mineralizacao. A assembléia mineral da mineralizacao e dominada por calcopirita (80%), acompanhado de bornita (10%), magnetita (10%), hematita (10%), e traços de teluretos de Au-Ag, galena e cassiterita. Diferente de outros depósitos do tipo IOCG da PMC, onde ETRL estão presentes em apatita, allanita e monazita, no Alvo 118 o enriquecimento e em ETRP. Neste deposito os ETRP estão concentrados principalmente em apatite e em um mineral pobre em alumínio, um silicato de Be-B-ETRP do grupo da gadolinite, que nunca foi descrita em qualquer deposito do tipo IOCG do mundo. Estudos de inclusões fluidas em quartzo e calcite apontam pra um regime de fluidos, em que soluções hipersalinas e quentes, representada por inclusões trifásicas, fossem progressivamente esfriadas e diluídas por fluidos de baixa salinidade, representada por inclusões bifásicas, que dominam na mineralizacao do Alvo 118. Valores de d18OH2O em equilíbrio com calcita (-1.9¿ a 10.7¿ a 300°C) sugerem forte interação entre os fluidos mineralizantes e as rochas hospedeiras, como também prolongada mistura com fluidos meteóricos. A composição de d34S em calcopirita (5.1¿ a 6.3¿) difere daquela de fonte mantélica/magmática, reforçando a possibilidade de fontes de enxofre mais pesado (sulfatos de evaporitos?) para os sulfetos da brecha e dos veios mineralizados. A alteração sódica de alta temperatura, a sobreposição de alteração potássica e a alteração a clorita proximal, a brecha de quartzo-carbonatica mineralizada e os valores de d18O indicam que o Alvo 118 e um sistema IOCG que evoluiu em níveis estruturais superiores, nível crustal raso, envolvendo o influxo de águas meteóricas. / Abstract: The Alvo 118 iron oxide-copper-gold (IOCG) deposit (170 Mt @ 1,0 wt% Cu, 0,3 g/t Au), together with the world-class Sossego and Cristalino deposits, lie in the southern sector of the Carajas Mineral Province (CMP) along a steeply-dipping, WNW-ESE-striking, 60 km-long shear zone, close to the contact of the Itacaiunas Supergroup metavolcano-sedimentary sequence (~2,76 Ga) and the basement (Xingu Complex; ~3,0 Ga). The Cu-Au mineralization at the Alvo 118 is hosted by mafic and felsic metavolcanic rocks and crosscutting granitoid and gabbro bodies that have been subjected to the following hydrothermal alteration sequence towards the ore zones: (1) sodic alteration represented by albite and scapolite, indicating the circulation of hot (>500°C) and highly saline fluids; (2) potassium alteration dominated by biotite or Kfeldspar, respectively, in mafic and felsic volcanic and intrusive rocks, accompanied by the formation of magnetite and silicification; (3) chlorite alteration spatially associated with carbonate-quartz ore breccia and vein stockworks that commonly display open-space filling textures; (4) local post-ore quartz-sericite alteration. The ore assemblage is dominated by chalcopyrite (80%), accompanied by bornite (10%), magnetite (10%), hematite (10%), and traces of Au-Ag tellurides, galena and cassiterite. Dissimilar from other IOCG deposits of the CMP where LREEs are commonly enriched in apatite, allanite and monazite, the Alvo 118 ore displays enrichments of HREEs. In this deposit the HREEs are mainly concentrated in apatite and in an Al-poor, Be-B-HREE silicate of the gadolinite group which has never been reported in IOCG systems worldwide. Fluid inclusion studies in quartz and calcite point to a fluid regime in which hot brine solutions, represented by < 10 vol.% of salt-bearing aqueous inclusions, were progressively cooled and diluted by lower temperature, low-salinity (< 10 wt% NaCl eq.) aqueous fluids defined by two-phase aqueous inclusions, by far the dominant type. d18OH2O values in equilibrium with calcite (- 1.9¿ to 10.7¿ at 300°C) suggest strong interaction between ore fluids and the host rocks, as well as prolonged mixing with meteoric fluids. The d34S composition of chalcopyrite (5.1¿ to 6.3¿) differs from a mantle/magmatic source adding the possibility of heavier sulfur sources (e.g., evaporite sulfate?) for the ore breccia and vein sulfides. The restricted high temperature sodic alteration, the pervasive overprinting of the potassic alteration minerals (biotite and K-feldspar) by chlorite proximal to the ore zones, quartz-calcite-chlorite ore breccias/veins with open-space filling textures in brittle structures, and the d18O data collectively indicate that the Alvo 118 IOCG system developed at structurally high levels and experienced the influx of evolved meteoric water. / Mestrado / Mestre em Geociências
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