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A transitividade em cartas do leitor à luz do funcionalismo / The transitivity in the genre letter of the reader in the functionalists conceptions of the language

RIBEIRO, Roberta Rocha 17 March 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2014-07-29T16:19:11Z (GMT). No. of bitstreams: 1 dissertacao roberta letras.pdf: 788156 bytes, checksum: cfc15a3e023b8c6feecddae476ae4608 (MD5) Previous issue date: 2009-03-17 / The main objective of this work is to analyze the trend of the transitive organization in the genre letter of the reader. For in such a way, we support in them in the functionalists conceptions of the language, that consider the language in use, the verbal interaction, as well as the communicative intentions of the users of the language in the interaction. In what it refers to the transitivity, the functionalists‟ studies, in general, affirm that the phenomenon is syntactic-semantic, of phrasal scope and it is not depleted in the level of the verb. The verb is the generating nucleus of all the argument structure of the sentence and, each argument, assists in the transitive constitution. The transitivity, in this way, organizes the sentence and, consequently, the text, the discourse. Therefore, it is a phenomenon of organizational matrix. In this manner, we opt to investigating the uses of the transitivity in texts produced in pertaining to school environment. Our corpus is composed of letters of the reader written by fourth series‟ pupils, in 2003, the Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à Educação da Universidade Federal de Goiás (CEPAE/UFG). Thus, we observe the phenomenon in the genre letter of the reader and, therefore, we also consider, the discourse genre theory (BAKHTIN, 2000) and of textual typology (ADAM, 2001; MARCUSCHI, 2005). We initiate our analysis verifying, in the texts selected for the qualitative analysis, the States of Affairs that the verbs represent leaving of the notion of verbal dynamism (DIK, 1997; NEVES, 2000). We evidence that 40.18% of the verbs denote action, 10.50% express process, 21.91% represent position and 27.39% are state verbs. Ahead of these quantitative data, we decide to observe the trend of the transitivity in consisting occurrences of action verbs, due to great recurrence. In this way, we choose declared sentences and with prototypical and no-prototypical verbs of action. In the section prototypic action, we notice that, in general, the occurrences are formed with verbs of action, perfectives, citizen human (or humanized) agentive, intentional. The behavior of objects varies, therefore it has cases where the object is totally affected, and also has objects who is partially affected. In the section no-prototypical action, the structure of the sentence if is similar of the prototypical verbs of action. The difference is in the direction of the verbs, that express action of the mental plan, saying and in the fact of the object, in general, also to denote materiality in these plans. After this stage of qualitative comment of the transitivity in the occurrences, we trace the relation between the phenomenon, the sort letter of the reader and the literal typology. In this direction, we perceive that, exactly in a sort of opinion, the action verbs appear in bigger amount, independently of the literal type that structure the texts. This recurrence if must to the fact of the pupils, for argumentative ends, frequently to use the narrative type, that asks for action verbs. In this manner, the transitive organization of the analyzed letters of the reader tends to reach higher degrees (HOPPER; THOMPSON, 1980). In other words, the transitivity of the searched corpus tends if to approach to transitive structure prototypic NP1 Vtrans NP2, where NP1 is subject agent, Vtrans is action verb and NP2 is the patient object / O objetivo principal deste trabalho é analisar a tendência da organização transitiva no gênero carta do leitor. Para tanto, nos apoiamos nas concepções funcionalistas da linguagem, que consideram a língua em uso, a interação verbal, bem como as intenções comunicativas dos usuários da língua na interação. No que tange à transitividade, os estudos funcionalistas, em geral, afirmam que o fenômeno é sintático-semântico, de abrangência frasal e não se esgota no nível do verbo. O verbo é o núcleo gerador de toda a estrutura argumental da sentença e cada argumento auxilia na constituição transitiva. A transitividade, nesse sentido, organiza a sentença e, conseqüentemente, o texto, o discurso. Portanto, é um fenômeno de cunho organizacional. A partir desse pressuposto, optamos por investigar os usos da transitividade em textos produzidos em ambiente escolar. Nosso corpus é composto de cartas do leitor escritas por alunos de quarta série, do ano de 2003, do Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à Educação da Universidade Federal de Goiás (CEPAE/UFG). Observamos o fenômeno no gênero carta do leitor e, por isso, consideramos também os pressupostos a respeito de gênero do discurso (BAKHTIN, 2000) e de tipologia textual (ADAM, 2001; MARCUSCHI, 2005). Iniciamos nossa análise verificando, nos textos selecionados para a análise qualitativa, os Estados de Coisas que os verbos representam partindo da noção de dinamismo verbal (DIK, 1997; NEVES, 2000). Constatamos que 40.18% dos verbos denotam ação, 10.50% expressam processo, 21.91% representam posição e 27.39% exprimem estado. Diante desses dados quantitativos, decidimos observar a tendência da transitividade em ocorrências constituídas de verbos de ação, devido à grande recorrência. Dessa maneira, escolhemos sentenças e enunciados com verbos de ação prototípicos e não-prototípicos. Na seção ação prototípica, notamos que, em geral, as ocorrências são formadas com verbos de ação, perfectivos, sujeito humano (ou humanizado) agentivo, intencional. O comportamento dos objetos varia, pois há casos em que o objeto sofre afetamento total, e também há objetos com afetamento parcial. Na seção ação não-prototípica, a estrutura da sentença se assemelha a dos verbos de ação prototípicos. A diferença está no sentido dos verbos, que expressam ações do plano mental, do dizer e no fato de o objeto, em geral, também denotar materialidade nesses planos. Após essa etapa de observação qualitativa da transitividade nas ocorrências, traçamos a relação entre o fenômeno, o gênero carta do leitor e a tipologia textual. Nesse sentido, percebemos que, mesmo em um gênero de opinião, os verbos de ação aparecem em maior quantidade, independentemente do tipo textual que estrutura os textos. Essa recorrência se deve ao fato de os alunos, para fins argumentativos, usarem com freqüência o tipo narrativo, que pede verbos de ação. Desse modo, a organização transitiva das cartas do leitor analisadas tende a alcançar graus mais altos (HOPPER; THOMPSON, 1980). Em outras palavras, a transitividade do corpus pesquisado tende a se aproximar da estrutura transitiva prototípica SN1 Vtrans SN2, em que SN1 é sujeito agente, Vtrans é verbo de ação e SN2 é o objeto paciente.
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O gênero carta do leitor em diferentes suportes e mídias: uma análise de aspectos linguístico-discursivos / The genre reader s letter in different supports and medias: an analysis of linguistic-discursive aspects

Brocardo, Rosangela Oro 16 March 2015 (has links)
Made available in DSpace on 2017-07-10T18:55:55Z (GMT). No. of bitstreams: 1 rosangela _oro.pdf: 4076404 bytes, checksum: 6e8b8692da2ad65647c237363f988df0 (MD5) Previous issue date: 2015-03-16 / Inscribed in the socio-historical line and the field of Applied Linguistics (AL), this qualitative and critical-interpretative study of master's research aimed to investigate the creation and operation of the discursive genre reader's letter, of the magazine journalism, considering its circulation on different supports and medias. The theoretical and methodological foundation is sustained by the writings of Bakhtin s Circle and in research of its contemporaneous interlocutors (ACOSTA-PEREIRA, 2008, 2012; BRAIT, 2006, 2012; FARACO, 2009; RODRIGUES, 2001, 2005), in the field that, given its particularities, is conventionally to be called Dialogic Discourse Analysis (DDA). Considering the methodological order (BAKHTIN / VOLOSHINOV 2012 [1929]), the question that moves this research is: what factors determine the constitution and the functioning of the reader's letter on different supports and medias? To clarify this question, in pursuit of the analysis of dialogical relations that are established through this genre, we select the discursive genre reader's letter as the theme, seeking to expand our knowledge of their social role, its context of production, its compositional organization and its style, casting a look also to the influences of print and digital support. As for the research data and its boundaries, we selected as object, 38 reader's letters published in different supports of Veja magazine, referring to two articles of Lya Luft published in April 2013. The methodology and data presentation are based on Rodrigues (2001), which proposes the analysis of the genre from two articulated categories: the social dimension and the verbal dimension. On the social dimension of the reader's letter, we consider relevant the specificities of the journalism social sphere, especially the particularities of one of its segments, the magazine journalism. Mediated by the journalistic sphere, the situations of discursive interaction occurred through this genre, in the two versions of the magazine, are established between reader and article writers, and among readers of Veja magazine. As to the authorship, in the case of letters published in the printed magazine Veja, there is a relationship of co-authorship between reader and editor. In the online version, the author of the letters is the web surfer reader. Furthermore, when analyzing the reader's letter in different supports and medias, we observed that they present guidelines for different partners in one and in another situation. While on the printed version of Veja, the statements are directed to the editor, the columnist and the reading public, in the version published in the internet, the possibilities for interlocution are enlarged. The speakers, when interacting through this genre at online Veja, can address to, at any time, the general reader public of the magazine, as for more specific audiences, the other columnists, etc. As for the verbal dimension, we analyzed, firstly, the object of discourse of the 9 reader's letter, which is composed by the marking of an axiological position of the readers regarding aspects related to contemporary education and violence. We verified that the purpose of this genre consists on the development of a speaker's reaction-response, which seeks to take a position regarding the themes, having as immediate motivator event the articles by Lya Luft about these issues. On their reactions-response the readers have different evaluative positions of the theme, sometimes challenging it, sometimes exalting it. We verified also that this genre presents different stylistic and compositional regularities in each support and media. For example, in the printed version of the magazine, possibly due to its editing process, we found the preference for the standard cultural norms on the reader's letters, while on the online versions, present a strong tendency to the informal use of language, given the greater freedom of interaction observed on this media. About the specific compositional marks of this genre in its online version, we noted as a discursive regularity the interleaving of the reader's letter with other genres, such as the comment and the propaganda. In the course of our analysis, we found that this genre is stabilized in different ways in one and another support and media. About the relation between genre-support-media, we understand, from the analysis of the dimensions of the reader's letter, the support, as a media element, is not the component that most directly relates to genre. In the process of interaction that situates the reader's letters in study, we observed that it is the media that exerts higher determinations on the constitution and functioning of this genre, not the support / Inscrita na linha sócio-histórica e no campo da Linguística Aplicada (LA), essa pesquisa de mestrado de cunho qualitativo e crítico-interpretativista objetivou investigar a constituição e o funcionamento do gênero discursivo carta do leitor, do jornalismo de revista, considerando sua circulação em diferentes suportes e mídias. A fundamentação teórico-metodológica sustenta-se nos escritos do Círculo de Bakhtin e nas pesquisas de seus interlocutores contemporâneos (ACOSTA-PEREIRA, 2008, 2012; BRAIT, 2006, 2012; FARACO, 2009; RODRIGUES, 2001, 2005), no campo que, dadas suas particularidades, se convencionou a ser denominado de Análise Dialógica do Discurso (ADD). Considerando a ordem metodológica (BAKHTIN/VOLOSHINOV, 2012[1929]), a pergunta que move esta pesquisa é: que fatores determinam a constituição e o funcionamento da carta do leitor em diferentes suportes e mídias? Para aclarar essa questão, em busca da análise das relações dialógicas que se estabelecem por meio desse gênero, selecionamos o gênero discursivo Carta do leitor como tema, buscando ampliar nosso conhecimento sobre sua função social, seu contexto de produção, sua organização composicional e seu estilo, lançando um olhar, também, para as influências do suporte impresso e digital. Quanto aos dados da pesquisa e sua delimitação, selecionamos como objeto, 38 cartas do leitor publicadas em diferentes suportes da revista Veja, referentes a dois artigos de Lya Luft publicados no mês de abril de 2013. A metodologia e a apresentação dos dados têm como base Rodrigues (2001) que propõe a análise do gênero a partir de duas categorias articuladas: sua dimensão social e sua dimensão verbal. Sobre a dimensão social da carta do leitor, consideramos relevantes as especificidades da esfera social do jornalismo, especialmente as particularidades de um de seus segmentos, o jornalismo de revista. Mediada pela esfera jornalística, as situações de interação discursiva ocorridas por meio desse gênero, nas duas versões da revista, se estabelecem entre leitor e articulistas, e entre os leitores da revista Veja. Quanto à autoria, no caso das cartas publicadas na revista Veja impressa, ocorre uma relação de co-autoria entre leitor e editor. Já na versão online, o autor das cartas é o leitor internauta. Além disso, ao analisarmos a carta do leitor em diferentes suportes e mídias, observamos que estas apresentam orientações para diferentes interlocutores numa e em outra situação. Enquanto na versão impressa de Veja, os enunciados são dirigidos ao editor, à colunista e ao público leitor, na versão da revista publicada na internet, as possibilidades de interlocução são ampliadas. Os locutores, ao interagirem por meio desse gênero na Veja online, podem se dirigir, a qualquer tempo, tanto ao público leitor geral da revista, quanto a públicos mais específicos, a outros colunistas, etc. 7 Quanto à dimensão verbal, analisamos, primeiramente, o objeto de discurso da carta do leitor, o qual é composto pela marcação de uma posição axiológica dos leitores acerca de aspectos relacionados à educação e violência contemporâneas. Verificamos que a finalidade desse gênero consiste na elaboração de uma reação-resposta do locutor, que busca tomar uma posição acerca dos temas, tendo como evento motivador imediato os artigos de Lya Luft sobre essas questões. Em suas reações-resposta os leitores apresentam diferentes posições avaliativas frente ao tema, ora contestando-o, ora enaltecendo-o.Verificamos também que esse gênero apresenta regularidades estilísticas e composicionais diferentes em cada suporte e mídia. Por exemplo, na versão impressa da revista, possivelmente devido ao processo de edição, verificamos a preferência pelo uso da norma padrão culta nas cartas do leitor, enquanto nas online, apresentam forte tendência ao uso informal da linguagem, dada a maior liberdade de interação observada nessa mídia. Sobre as marcas composicionais específicas desse gênero em sua versão online, constatamos como uma regularidade discursiva a intercalação da carta do leitor com outros gêneros, como o comentário e a propaganda. No decorrer de nossa análise, verificamos que esse gênero se estabiliza de maneiras diferentes num e noutro suporte e mídia. Acerca da relação entre o gênero-suporte-mídia, compreendemos, a partir da análise das dimensões da carta do leitor, que o suporte, como elemento da mídia, não é o componente que mais diretamente se relaciona ao gênero. No processo de interação em que se situam as cartas do leitor em estudo, observamos que é a mídia que exerce maiores determinações na constituição e no funcionamento desse gênero, e não o suporte

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