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Entre raspas de mandioca e cheiro de farinha torrada: trabalho, memória e produção farinheira em Cuité-PB (anos 1950-1980).OLIVEIRA, Osmael Márcio de Sena. 09 November 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018 / As casas de farinha foram por décadas os principais espaços de trabalho de muitas famílias agricultoras em Cuité-PB e região. Lugares de trabalho intenso e relações sociais, as casas produtoras de farinha de mandioca eram palco também de conversas e práticas de ajuda mútua. O presente trabalho tem por objetivo refletir sobre o mundo do trabalho dos agricultores e agricultoras que trabalharam nas casas de farinha de Cuité-PB, atentando para as suas memórias e experiências vivenciadas entre as décadas de 1950 e 1980. Nosso interesse consiste em analisar as representações destes homens e mulheres agricultores acerca de suas experiências no trabalho artesanal nas farinhadas, envolvendo as relações de trabalho, os aprimoramentos na unidade produtiva, e seu cotidiano para além do espaço de trabalho. O recorte temporal aqui estabelecido deve-se ao fato deste período contemplar a transição de aperfeiçoamentos em algumas etapas da produção de farinha, em especial a inserção do motor para a moagem das mandiocas. Este equipamento substituiu a roda de madeira, que era movida utilizando força braçal, consistindo numa atividade exclusivamente manual. A pesquisa parte da análise de fontes orais, e apresenta as perspectivas dos agricultores a respeito do seu mundo do trabalho, juntamente com as mudanças e vida fora dele. Através da metodologia da História Oral, entrevistamos um grupo composto por onze agricultores, sendo cinco homens e seis mulheres. Estes trabalhadores carregavam um conjunto de saberes e fazeres acerca do processo artesanal de produção da farinha, possuindo assim um caráter de exclusividade sobre o trabalho que realizavam. Suas lembranças acerca do ofício nas farinhadas apresentam também as relações de sociabilidade presentes nestes espaços: os laços de compadrio e ajuda mútua ocorriam enquanto práticas alternativas para resistir às difíceis condições enfrentadas. Com os aperfeiçoamentos nas unidades produtivas, os agricultores representam de maneira profícua as mudanças no ambiente de trabalho, atentando para os novos ritmos e adaptações exigidas. Suas representações acerca das farinhadas nos revelam também suas perspectivas e seu lugar social, de uma forma que suas vidas estão associadas ao trabalho. / The flour mills were by many decades the main workplaces for many farming families in Cuité-PB and nearby regions. Places of intense work and social relations, the houses producing cassava flour were also places of conversations and practice of mutual aid. This present work aims to reflect on the world of work of the farmers who work in the flour mills of Cuité-PB, paying attention to their memories and experiences between the decades of 1950 and 1980. Our interest is to analyze the representation of these men and women farmers about their experiences on handcraft work in the "farinhadas", involving the labor relations, the improvements in the productive unit, and their daily life beyond the workspace. The time period established here is due to the fact that this period contemplates the transition of improvements in some stages of flour production, in particular, the insertion of the motor for the milling of manioc. This equipment replaced the wooden wheel which was moved using the physical strength, consisting of an exclusively manual activity. The research starts with the analysis of oral sources and presents the perspective of the farmers on their world of work, along with the changes and life outside of it. Through Oral History methodology, we interviewed a group composed of eleven farmers: five men and six women. These workers carried a set of knowledge and practices about the artisanal process of flour production, thus possessing a character of exclusivity over the work they performed. Their memories about the craft in the "farinhadas" also exhibit the sociability relations present in these spaces: ties of fellowship and mutual help occurred, being alternative practices to resist the difficult conditions faced. With the improvements of productive units, the farmers in a meaningful way, represent changes in the work environment, taking into account the new rhythms and adaptations required. Their representations about the "farinhadas" also reveal their perspectives and their social place, in a way that their lives are associated with the work.
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