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Desempenho e avaliação nutricional de dietas contendo farelo de mamona para bovinos / Performance and nutritional evaluation of diets containing castor meal to cattleDiniz, Luciana de Lacerda 15 July 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-07-15 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The castor bean (Ricinus communis L.) has been traditionally cultivated in some parts of Brazil with an economic and social role. Thus, because of the high potential of productivity that this culture shows, there is a possibility to increase the use of the castor beans by- products as a protein source in ruminant diets. In order to evaluate the use of castor bean meal as a substitute for soybean meal, were developed two experiments. The experiment I, was carried out aiming to evaluate the effect of replacing soybean meal (SM) by castor bean meal treated with 6% of calcium oxide (CMT) or not (CMWT) on nutrients intake, performance, carcass traits and commercial cuts yield of feedlot cattle. Thirty Bos indicus steers with 360 kg ± 30,27 of initial body weight (BW) were used. From this group, five animals were slaughtered on the beginning of the experiment to be used as a reference group and the 25 animals remaining were blocked into five groups based on initial BW and allotted randomly to one to five treatments (five animals per treatment). The animals were fed with 65% of corn silage and 35% concentrate, in dry matter basis (DM). It was used five diets with four levels of SM replaced by CMT: 0, 33, 67 and 100%, in the DM basis and one treatment with 100% of SM replaced by CMWT. At the end of the experiment, all animals were slaughtered and its viscera cleaned to determine the empty body weight (EBW). There were no significant effects (P>0,05) to the substitution of SM by CMT on the constituents of the diet intake, body weight gain (WG) and empty body weight gain (EBWG). Despite the higher (P<0,05) ricin intake for diets with CMWT (3,06 mg/kgBW) in relation to diet with CMT (0,10 mg /kgBW/day), there were no effect (P>0,05) on the constituents of the diet intake, WG and EBWG. The DM intake and WG were 10,66 and 1,44 kg/day on average. The carcass dressing in relation to body eight was affected and it was observed a linear decrease (P<0,05) with the replacement of SM by CMT. There was no effect (P>0,05) by replacing SM by CMT and the treatment with calcium oxide of the CMWT on the carcass basic cuts yield. CMT prices over 85% of the SM (DM basis) didn t justify its use economically. For prices from 20 to 80% of CMT, 67% was the optimum level of substitution, while prices below 15% of SM, the optimum level was 100% substitution of SM by CMT. The experiment II, was conducted aiming to evaluate the effect of replacing soybean meal (SM) by castor bean meal treated (CMT) with calcium oxide or not (CMWT) on feed intake, total, ruminal and intestinal digestibility diet s constituents, ruminal concentrations pH and ammonia, the urinary N-urea excretion, the ruminal degradation kinetics of the protein feed and the estimation of the microbial protein production obtained from the urinary purine derivatives excretion or the purine bases in the abomasum. Five Bos indicus steers were used, with 360 kg ± 30,27 of initial body weight cannulated in the rumen and abomasum. The experimental design was in Latin Square 5x5, with five animals, five periods and five treatments. Each experiment had duration of 14 days, eight days of adaptation and six to the collections. The animals were fed with a diet containing 65% of corn silage and 35% concentrate, in dry matter basis (DM). It was used five diets with four levels of SM replaced by CMT: 0, 33, 67 and 100%, in DM basis and one treatment with 100% of SM replaced by CMWT. Only the DM digestibility was reduced (P<0,05) by castor bean meal alkaline treatment. With the exception of crude protein ruminal digestibility (CPRD), there was no effect of calcium oxide (P>0,05) on the other digestibility constituents. There was an increase of 24,2% CPRD (P<0,05) for the CMWT on CMT. The intestinal digestibility of diet s constituents were not affected by the level of replacement of SM by CMT. However, the alkaline treatment of CMWT reduced (P<0,05) the EE intestinal digestion. There was no interaction (P>0,05) between treatment and time on ruminal pH, but the pH was influenced (P<0,05) by the time of blood collection, and the minimum value observed was 6,23 at 5,8 hours after the feeding. There was an interaction (P<0,05) between treatments and sampling times for N-NHB3 Bconcentrations. There was no difference (P>0,05) for the urinary nitrogennous compounds excretion on the levels of replacement of SM by CMT and alkaline treatment of CMWT. The microorganisms RNA-N: N-total ratio was not affected by levels of CMT, with 0,138 of average. No differences were found (P>0,05) between the two methods of collection to estimate the crude protein microbial production. The castor bean meal treated with 6% of calcium oxide can replace soybean meal fully in the diets of feedlot beef cattle. The castor bean meal without treatment showed satisfactory results, however considering the danger of the presence of ricin, caution should be taken into use. / A cultura da mamona (Ricinus Communis L.) é uma das mais tradicionais no semi-árido brasileiro, sendo de relevância econômica e social, com inúmeras aplicações industriais. Assim, a expectativa de crescimento desta cultura cria inúmeras oportunidades para a produção de ruminantes, através da oferta potencial de torta e farelo de mamona, principais co-produtos dessa cultura. Neste sentido avaliou-se a utilização do farelo de mamona como substituto do farelo de soja em dois experimentos. No experimento I, objetivou-se avaliar o efeito da substituição do farelo de soja pelo farelo de mamona tratado com cal (FMT) ou não (FMNT) sobre o consumo de nutrientes, desempenho, características de carcaça e rendimentos de cortes comerciais de bovinos de corte terminados em confinamento. Foram utilizados 30 bovinos machos, castrados, mestiços zebuínos, com peso médio inicial de 360 kg ± 30,27, dos quais, os cinco compondo o grupo referência foram abatidos ao início do experimento, e os outros 25 foram distribuídos em blocos casualizados, com cinco tratamentos e cinco blocos (repetições), sendo o peso corporal considerado critério para blocos. Os animais foram alimentados com uma dieta contendo 65% de silagem de milho e 35% de concentrado na base da MS. Foram utilizadas cinco dietas que consistiram de quatro níveis de substituição do farelo de soja (FS) pelo FMT: 0, 33, 67 e 100%, na base da MS e uma dieta com 100% de substituição do FS pelo FMNT. Ao final do experimento, todos os animais foram abatidos, seus tratos gastrintestinais esvaziados para determinação do peso de corpo vazio. Não foram observados efeitos significativos (P>0,05) da substituição do farelo de soja pelo FMT sobre o consumo dos constituintes da dieta, ganho de peso corporal (GP) e ganho de peso de corpo vazio (GPCVZ). Apesar do maior (P<0,05) consumo de ricina para a dieta contendo FMNT (3,06 mg/kgPC) em relação à dieta com FMT (0,10 mg/kgPC/dia), não houveram efeitos (P>0,05) sobre o consumo dos constituintes da dieta, GP e GPCVZ. O consumo de MS e GP médio foram de 10,66 e 1,44 kg/dia. Para as características de carcaça, apenas o rendimento de carcaça em relação ao peso corporal foi afetado, sendo observado redução linear (P<0,05) do mesmo com a substituição do FS pelo FMT. Não houve efeito (P>0,05) da substituição do FS pelo FMT e do tratamento com cal do FMNT sobre o rendimento de cortes básicos da carcaça. Preços do FMT acima de 85% do preço do FS (base MS) não justificam economicamente seu uso. Para preços do FMT entre 20 a 80% o nível ótimo foi de 67% de substituição, enquanto que preços abaixo de 15% do FS, o nível ótimo foi de 100% de substituição do FS pelo FMT. No experimento II, objetivou-se avaliar o efeito da substituição do farelo de soja (FS) pelo farelo de mamona tratado com cal (FMT) ou não (FMNT) sobre os consumos e digestibilidades totais, ruminais e intestinais dos constituintes da dieta, o pH e as concentrações de amônia no rúmen, a excreção de N-uréico na urina, a cinética de degradação ruminal dos alimentos protéicos e a estimativa da produção de proteína microbiana obtida através dos derivados de purinas urinários ou das bases de purina no abomaso. Foram utilizados cinco bovinos machos, castrados, mestiços zebuínos, com peso médio inicial de 360 kg ± 30,27, fistulados no rúmen e abomaso. O delineamento experimental utilizado foi o quadrado latino 5x5, sendo cinco animais, cinco períodos e cinco tratamentos. Cada período experimental teve a duração de 14 dias, sendo oito de adaptação e seis dias para as coletas. Os cinco tratamentos consistiram de quatro níveis de substituição do FS pelo FMT: 0, 33, 67 e 100%, na base da MS e um tratamento com 100% de substituição do FS pelo FMNT. A dieta foi constituída de 35% de concentrado na base da MS. Verificou-se que apenas a digestibilidade da MS foi reduzida (P<0,05) pelo tratamento alcalino do farelo de mamona. Com exceção da digestibilidade aparente ruminal da PB (DRPB), não houve efeito da cal (P>0,05) sobre a digestibilidade dos demais constituintes. Observou-se um incremento de 24,2% da DRPB (P<0,05) para o FMNT em relação ao FMT. As digestões intestinais dos constituintes da dieta não foram afetadas pelo nível de substituição do FS pelo FMT. Porém, o tratamento alcalino do FMNT reduziu (P<0,05) a digestão intestinal do EE. Não houve interação (P>0,05) entre tratamento e tempo sobre o pH ruminal, porém o pH foi influenciado (P<0,05) pelo tempo de coleta das amostras, sendo o valor mínimo observado de 6,23, às 5,8 horas após o fornecimento da alimentação. Houve interação (P<0,05) entre tratamentos e tempos de amostragem para as concentrações de N-NHB3. BNão foi observada diferença (P>0,05) para as excreções de compostos nitrogenados na urina em função dos níveis de substituição do FS pelo FMT e do tratamento alcalino do FMNT. A relação N-RNA:Ntotal dos microrganismos não foi afetada pelos níveis de FMT, apresentando média de 0,138. Não foram detectadas diferenças (P>0,05) entre os dois métodos de coleta para estimar a produção de proteína bruta microbiana. O farelo de mamona tratado com 6% de cal pode substituir totalmente o farelo de soja em dietas de bovinos mestiços em confinamento. O farelo de mamona sem tratamento apresentou resultados satisfatórios, contudo considerando o perigo da presença de ricina, cautela deve ser tomada em sua utilização.
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Destoxicação do farelo de mamona em secador solarSilva, Maria Susana 25 February 2010 (has links)
The manufacturing process of biodiesel from castor oil produces a byproduct known as pie or meal, which has anti-nutritional characteristics that only allow its use as fertilizer. If there is a chance to detoxify the pie, it can be used as animal feed with high protein content, increasing its value. There are detoxification processes physical, chemical, biological and combined processes. The possibility of physical treatment by the solar dryer becomes attractive because
the process tends to raise the temperature of the bran to about 60 ° C, temperature that eliminates the ricin, a lethal toxin that represents approximately 1.5% of the bran. In the
present work was made a review of the literature about the known processes for the detoxification of castor bean meal, ranging from the use of autoclave until the sun drying.
After the review, was defined as an object to eliminate the toxin ricin, the solar dryer of indirect exposure. Initially, the castor bean meal were separated into samples and measuring
their mass. The initial moisture content and water activity of the samples were identified and these were placed in electric and solar dryers. The results of drying experiments are presented in the form of graphs and tables, with values of temperature, percentage of dry matter, acidity, total moisture, and protein content of ricin eliminated. The results of drying experiments are presented in the form of graphs and tables, with the values of temperatures, percentage of dry
matter, acidity, total moisture, and protein content of ricin eliminated. These data allowed us to observe the optimum conditions of treatment depending on the quality of ricin, concluding that the solar dryer of indirect exposure eliminates part of ricin, but not entirely, because it takes approximately 95 ° C and 6.5 hours of drying to complete elimination of toxin. / O processo de fabricação do biodiesel, a partir do óleo de mamona, gera um subproduto conhecido como torta ou farelo, que possui características antinutricionais que só possibilitam
sua utilização como adubo. Se houver a possibilidade de destoxicar o farelo, ele poderá servir como ração animal, com alto teor de proteínas, aumentando o seu valor agregado. Existem processos de destoxicação físicos, químicos, biológicos e processos combinados. A possibilidade de fazer o tratamento físico com o secador solar se torna atraente, pois o processo tende a elevar a temperatura do farelo a aproximadamente 60°C, temperatura que elimina a ricina, uma toxina letal que representa aproximadamente 1,5% do farelo. No presente trabalho realizou-se um levantamento bibliográfico quanto aos processos conhecidos para a destoxicação do farelo de mamona, que vão desde o uso de autoclave até a secagem ao sol. Após a revisão, foi definido como objeto eliminar a toxina ricina por meio de secador
solar de exposição indireta. Inicialmente, os farelos de mamona foram separados em amostras, com medição de sua massa, umidade e atividade de água iniciais identificadas e colocadas nos secadores elétrico e solar. Os resultados dos ensaios de secagem estão apresentados sob a forma de gráficos e tabelas, com valores de temperaturas, percentual de massa seca, acidez, umidade total, proteínas e teor de ricina eliminado. Esses dados permitiram observar as
condições ótimas de tratamento em função do teor de ricina, concluindo que o secador solar de exposição indireta elimina a ricina, mas não totalmente, pois são necessários
aproximadamente 95°C e 6,5 horas de secagem para eliminação completa da toxina.
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