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O Estudo das Cenas Visuais Complexas e sua Relação com a EsquizofreniaMônica Marques de Menezes, Geórgia 31 January 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A esquizofrenia parece ser um dos mais graves e complexos transtornos
mentais de caráter multifatorial (de múltiplas causas ainda indefinidas). Isto motiva
vários estudos da área das neurociências, como a percepção, a pesquisar e
construir caminhos que possam contribuir com questões referentes a sua etiologia.
O presente estudo teve como objetivo utilizar estímulos visuais complexos, para
investigar possíveis alterações na percepção visual relacionadas a esquizofrenia.
Para tanto, partiu-se da premissa de que a esquizofrenia altera o funcionamento do
sistema nervoso central e pode atuar em uma série de disfunções sensoriais, como
delírios, promovendo distorções na percepção visuo-espacial. A amostra foi
composta por 44 participantes. Sendo dividida em dois grupos: O grupo
experimental (GE) com 22 participantes, formado por pacientes devidamente
diagnosticados com esquizofrenia (de acordo com a CID-10) por psiquiatras do
Ambulatório de Neuropsiquiatria do Hospital das Clínicas da UFPE. E o grupo
controle formado por participantes que não possuíam transtornos psiquiátricos nem
faziam uso de medicação controlada. Todos os participantes estavam com a visão
normal ou corrigida. Foram utilizados vinte e quatro quadros do pintor Salvador Dali
fotografados na dimensão 10 x 15 cm, que apresentam grande diversidade e
disparidade de tamanhos das figuras neles representadas. Todos os quadros foram
emoldurados. Além das fotografias, foi utilizada uma estante de música para
partitura para a marcação das respostas dos participantes e pastas L Polibrás cristal
para marcação das respostas dos participantes. A instrução fornecida aos
participantes foi padronizada: Indicar qual a figura que visualizou primeiro. Após a
indicação da figura pelo voluntário, o pesquisador a circulava e media com uma
régua a figura em centímetros. E esse procedimento se repetiu em cada um dos 24
quadros. . A medição em centímetros foi transformada em ângulo visual para que
fosse feita a comparação para os dois grupos GE e GC. Os resultados indicaram
diferença estatisticamente significante (F(23,96)=12,22,p<0,000) entre os grupos GE
e GC. O grupo experimental (GE) escolheu figuras com ângulo visual em média pelo
menos uma vez e meia maior que o (GC). Essa diferença pode contribuir como um
diferencial indicador na hipótese diagnóstica deste transtorno. Supomos que
portadores de esquizofrenia possam ter uma disfunção das vias visuais que
processam objetos pequenos, ou mais especificamente, freqüências espaciais altas
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