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Política e Estado em Marx: uma leitura ontológica

Santos, Mariana Morás dos 13 September 2018 (has links)
Submitted by Filipe dos Santos (fsantos@pucsp.br) on 2018-12-13T11:44:38Z No. of bitstreams: 1 Mariana Morás dos Santos.pdf: 772797 bytes, checksum: f208607e7f3eb8f0dfb48315fcc25dee (MD5) / Made available in DSpace on 2018-12-13T11:44:38Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Mariana Morás dos Santos.pdf: 772797 bytes, checksum: f208607e7f3eb8f0dfb48315fcc25dee (MD5) Previous issue date: 2018-09-13 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / This work aims to discuss the Politics and State categories and their limitations and possibilities in the direction of human emancipation, under the theoretical reference proposed by Jose Chasin, with a view mainly concerning the research by the German thinker Karl Marx and the contributions that followed his thoughts. As politics are historically established to mediate and respond to the contradictions associated with the exploitation of man by man, i.e., contradictions engendered by private property, they are not inherent qualities to the Social Being in its ontological status, and are, therefore, unnecessary for the full development of social relations. The State is analyzed as an institution that shapes and ensures social contradictions and, thus, cannot be seen as a possibility to overcome sociability condensed by private property, since it is in itself the expression of this sociability. It is necessary to point out that such sociability is founded, in the production and reproduction modes of life, through labor externalization, which will be expropriated from the producer. Thus, the fruits of labor appear as foreign and strange to those who produce them. This foreign and estrangement movement is elevated towards the producer relation with the world, to the other men and to himself, since human production is a generic form of production, outlining the being that is separated from the social community. Thus, the possibility of overcoming this kind of sociability, that forges a dehumanized being, is carried out by the radical revolution of the mode of production, and it is necessary to surpass the form of work configured as foreign, since such an overtaking is itself the key to raising man to his generic conscience and, thus, oppose in order to overcome the particular forms of estrangement of being in the world, that constitute themselves as a coagulation of the inhuman, such as religion and politics. Such radical revolution must engender a reappropriation of the social forces usurped by politics, as a way of overriding the State, leading to the dissolution of the political practice of dispute of the power of State / Este trabalho pretende discutir as categorias Política e Estado, suas limitações e possibilidades no rumo da emancipação humana, sob o referencial teórico proposto por José Chasin, com um olhar principalmente às obras do pensador alemão Karl Marx e às contribuições posteriores ao seu pensamento. Sendo a política constituída historicamente para mediar e responder as contradições ligadas à exploração do homem pelo homem, ou seja, contradições engendradas pela propriedade privada, ela não é predicado inerente ao Ser Social em seu estatuto ontológico, e, por isso, é desnecessária ao pleno desenvolvimento das relações sociais. O Estado é analisado enquanto instituição que plasma e assegura as contradições sociais, de onde não pode ser visto como possibilidade à ultrapassagem da sociabilidade condensada pela propriedade privada, pois é ele mesmo a expressão dessa sociabilidade. Faz-se necessário apontar que tal sociabilidade é composta no modo de produção e reprodução da vida, por meio da exteriorização do trabalho, que será expropriado do produtor. Sendo assim, o fruto do trabalho aparece como alheio e estranho a quem o produz. Tal movimento de alienação e estranhamento é elevado à relação do produtor com o mundo, com os outros homens e consigo mesmo, por ser a produção humana forma de produção genérica, delineando o ser que está apartado da comunidade social. Assim, constata-se que a possibilidade de ultrapassar tal tipo de sociabilidade que forja um ser desumanizado é pelo revolucionamento radical do modo de produção, sendo necessário ultrapassar a forma do trabalho que se configura como estranhado, pois tal ultrapassagem é ela mesma chave para elevar o homem à sua consciência genérica e, assim, combater com vistas à ultrapassagem das formas particulares de estranhamento do ser no mundo que se constituem como coagulação do inumano, como a religião e a política. Tal revolução radical deve engendrar uma reapropriação das forças sociais usurpadas pela política, como modo de suprassunção do Estado e, assim, a dissolução da prática política de disputa do poder de Estado

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