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AS REPRESENTAÇÕES DISCURSIVAS PRESENTES NA OBRA CHEGOU O GOVERNADOR, DE BERNARDO ÉLIS

Resende, Leandro Rocha 01 August 2012 (has links)
Submitted by admin tede (tede@pucgoias.edu.br) on 2017-10-10T17:45:42Z No. of bitstreams: 1 Leandro Rocha Resende.pdf: 805954 bytes, checksum: f146688ba828c3287b43e3b0f5b788e7 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-10-10T17:45:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Leandro Rocha Resende.pdf: 805954 bytes, checksum: f146688ba828c3287b43e3b0f5b788e7 (MD5) Previous issue date: 2012-08-01 / This dissertation object is the book Chegou o Governador, by Bernardo Élis. It is analyzed from the perspective of discursive that seeks to diagnose how a historiography discourse that was represented within the fictional framework matters. For that, characterized the novel as a narrative of historical extraction, therefore a work that works with a historical fact and carries intertexts a whole interdiscursive context, medley a historical referentiality, allows their analysis is guarded in specificities of the historical speech and fictional discourse. The identification of this specificity imposed a debate around the relation between fiction and history. This relation was worked by the understanding of that production thus historiographic discourse as fictional discourse occurs marked by subjectivity. This doesn’t mean disconsider the existence of distinctions between these discourses. Unlike, this work deals with the peculiarities of both. Based on these considerations outlined of the following goals: 1) seek the discursive resources presented by Bernardo Élis in his writer condition to elaborator a fiction that dialogue with the historical fact and with all the extratextual context; 2) show the Bernardiano speech of the subversion image of Goiás in declining. To achieve these goals, I tried to problematize and bring to analytical framework concepts like mimesis, verisimilitude, intertexture, interdiscourse, dialogism and heterogeneity. Theories that discuss literary aspects and linguistic aspects were also seen as crucial to the analysis of the work in question. / A presente dissertação tem por objeto a obra Chegou o Governador, de Bernardo Élis. Esta é analisada sob a perspectiva discursiva que procura diagnosticar de que maneira um discurso historiográfico fora representado dentro do quadro ficcional. Para tal, caracterizou-se o romance como sendo uma narrativa de extração histórica, pois, uma obra que trabalha com um fato histórico e carrega consigo intertextos vivos e todo um contexto interdiscursivo, emaranhado a uma referencialidade histórica, permite que sua análise seja resguardada nas especificidades do discurso histórico e do discurso ficcional. A identificação dessa especificidade impôs a realização de um debate em torno da relação entre ficção e história. Essa relação foi trabalhada a partir da compreensão de que a produção tanto do discurso historiográfico quanto do discurso ficcional ocorre marcada pela subjetividade. Isso não implica desconsiderar a existência de distinções entre esses discursos. Ao contrário, este trabalho trata das particularidades de ambos. Com base nessas considerações, traçaram-se os seguintes objetivos: 1) buscar os recursos discursivos apresentados por Bernardo Élis na sua condição de escritor para elaborar uma ficção que dialogue com o fato histórico e com todo o contexto extratextual; 2) apresentar o discurso bernardiano de subversão da imagem de um Goiás decadente. Para alcançar esses objetivos, buscou-se problematizar e trazer para dentro do quadro analítico conceitos como: mimésis, verossimilhança, intertexto, interdiscurso, dialogismo e heterogeneidade. As teorias que discutem aspectos literários e aspectos linguísticos foram também tidas como cruciais para a análise da obra em questão.
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Por essas estradas o homem voa nas asas de sua fantasia: História e ficção em Chegou o governador, de Bernardo Élis / Through these roads the man flies in the wings of his fantasy: history and fiction in Chegou o Governador, by Bernardo Élis

SILVA, Rogério Max Canedo 15 August 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2014-07-29T16:19:07Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Canedo_ Rogerio Max - pre textual.pdf: 515807 bytes, checksum: f1220fe240c8f804d2ceae85ffa0c315 (MD5) Previous issue date: 2011-08-15 / In this work, I intend to analyze how the poet, the short story writer and the novelist Bernardo Élis makes use of the History of Goiás in order to rebuild, trough fiction, the economic, political and social scenery of this place, in the beginner of nineteenth century. In his novel Chegou o Governador, published in 1987, the author esthetically presents a realm that drives the reader to a specific historical period of Goiás which are the years between 1804 and 1809. These years correspond to the events of the arrival and departure of D. Francisco de Assis Mascarenhas, a distinguished political character of the Portuguese colonial company, who masterfully led the captaincy of Goiás during these years, according to the local historiography which were considered by Bernardo Élis in his novel. It can be observed the novel establishes an explicit dialogue to the historical studies, that is why, in this research we have proposed, it was necessary to analyze the historiographical records that have mapped the central regions of Brazil during the nineteenth century, moreover, to find the notes that were responsible to notice the events of Goiás during the beginning of the nineteenth century. For that reason, the first step I have taken was to take notes about what the History could tell. After that, it was necessary and approach on the amount of Bernardo Élis‟s works, all of them published in a period of more than four decades, in order to perceive the novelist‟s line of thought, related to the social and historical representation. This step let us explore another frequent discussion, the border limit between Literature and History through the reflection done by scholars and important representatives of both fields of knowledge. After that, the research focuses the discussion of the novel as the structure of artistic creation which gets closer to the problematized social events. It is known that this plural narrative has the History‟s features in its foundation and it is able to make use of this feature as the helm to the fictional work. When we bring out these questions, we are in the main purpose of this research: understanding in which theoretical base the Bernardo Élis‟ novel is established, whether in the principles of classic historical novel, theorized by Georg Lukács (1966), or in the operating modes of the new historical novel, discussed by Fernando Ainsa (1991), or if the novel moves among the both models, and if it does, how it happens. Finally, Chegou o governador is analytically seen in the bases of the theoretical principle mentioned. It is possible to verify how Bernardo Élis made use of the history of his people to illustrate it and problematize it through fiction getting a broader and more complex sense of the events that could demonstrate the local historical movement. By doing this, Élis complies with what we believe is the artist's role: show what is not said, sharpening the critical awareness of the reader about the controversial and contradictory progress of the History. / Neste trabalho proponho averiguar como o poeta, contista e romancista Bernardo Élis se apropria da história goiana para reconstruir, pelas vias da ficção, o cenário econômico, político e social próprio desse lugar, no início do século XIX. Em seu romance Chegou o governador, publicado em 1987, o autor apresenta, esteticamente, uma atmosfera que transporta o leitor para um determinado momento histórico de Goiás, a saber, os anos entre 1804 e 1809, correspondentes aos episódios de chegada e saída de D. Francisco de Assis Mascarenhas, ilustre figura política da empresa colonial portuguesa que governou magistralmente a Capitania de Goiás nos anos citados, segundo nos apresenta a historiografia local de que se vale nosso autor da ficção. Percebe-se assim, que a obra romanceada estabelece diálogo explícito com as ciências históricas, por isso mesmo, na pesquisa que propusemos, foi necessário analisar os registros historiográficos que mapearam as regiões centrais do Brasil durante o século XIX, mais especificamente, encontrar os apontamentos que deram conta dos fatos ocorridos em Goiás durante os primeiros anos do mencionado século. Por isso mesmo, o primeiro passo aqui foi anotar o que a história pôde contar. Em seguida, fez-se importante a abordagem sobre o conjunto de obras do autor da ficção, publicado em um período superior a quatro décadas, para perceber uma linha de força inerente ao romancista, a saber, a da representação social, por decorrência, histórica. Esse passo nos permitiu explorar outra discussão ainda hoje muito em voga, a relação entre literatura e história e o limite da fronteira entre as duas áreas, fazendo uso da reflexão de teóricos e importantes representantes dos dois campos. Posteriormente, a pesquisa enfoca a discussão do gênero romance como estrutura de criação artística que melhor se aproxima dos extratos sociais problematizados. É sabido que essa narrativa plural tem em sua fundação as marcas próprias da história, e por esse aspecto, apta a captá-las como mote para a elaboração ficcional. Ao discutir essas questões, chega-se ao fundamento maior dessa pesquisa, compreender sob qual base teórica o romance de Bernardo Élis está balizado: se nos princípios do romance histórico clássico, teorizados por Georg Lukács (1966); ou, se nos modos operacionais do novo romance histórico, discutidos por Fernando Ainsa (1991), ou, ainda, se a obra cotejada transita entre os modelos propostos e, se transita, de que maneira o faz. Por fim, Chegou o governador é visto, analiticamente, com base nas premissas teóricas apresentadas acima. É possível verificar como Bernardo Élis se valeu da história de seu povo para ilustrá-la e problematizá-la através da ficção, obtendo assim um sentido mais amplo e complexo dos fatos, que desse a ver o próprio movimento histórico local. Ao fazê-lo, Élis cumpre com aquilo que acreditamos ser o papel do artista: evidenciar o que não está dito, aguçando a consciência crítica do leitor sobre o andamento controverso e contraditório da história.

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