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Preta, preta, pretinha: o racismo institucional no cotidiano de crianças e adolescentes negras(os) acolhidos(as) / Black, black, little black: the institucional racism in everyday life of welcomed black children’s and teenagersEurico, Márcia Campos 29 May 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018-05-29 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The research has sought to analyse how the institutional racism takes place in
black children's and teenagers daily routines and how much thispractice keeps deep
relation to the accredited forms of black bodies control during slavery period in Brazil.
The methodological procedures involved bibliographic documental research from 3
axes: racial democracy, institutional racism and institutional sheltering, whose analytical
reading allows it to establish the criticism to the infancy attention model, materialised
into the service daily routine; and field research in the institutions with the realization of
focus group directed to the professionals. By immersing into the complex institutional
sheltering process, behind the appearance of a safe place - with a roof, warm bed and
five daily meals - a fact that professionals present it as a synonym of sheltering, what in
fact is revealed as a projected institution to frame these children and adolescents,
condemn them to confinement and reinforce, besides the non-belonging concept, their
families' degeneration. If the daily-life is a place for thoughtless practices and loaded
with ideology, the institutional sheltering services also incorporate these practices and
perform the institutional racism, without embarrassement, because they represent the
State which has played their eminent role of "poor" infancy and adolescence guardian. It
is concluded that the institutional sheltering service target public has history, social class
and race/color, and the priority task is to emerge this history so that the essence of
sheltering phenomenon may be known as one more maneuver of controlling capitalism
over the worker's class / A pesquisa buscou analisar como se materializa o racismo institucional no
cotidiano de crianças e adolescentes negros(as) e o quanto esta prática guarda
profunda relação com as formas legitimadas de controle dos corpos negros no período
da escravidão no Brasil. Os procedimentos metodológicos envolveram pesquisa
documental bibliográfica, a partir de três eixos: democracia racial, racismo institucional
e acolhimento institucional, cuja leitura analítica permite estabelecer a crítica ao modelo
de atenção à infância, materializado no cotidiano dos serviços; e pesquisa de campo
nas instituições, com a realização de grupos focais dirigidos aos profissionais. Ao
mergulhar no complexo processo de acolhimento institucional, por detrás da aparência
de um lugar seguro − com teto, cama quentinha e cinco refeições diárias − fato que os
profissionais, via de regra, apresentam como sinônimo de acolhimento, o que se revela
é uma instituição projetada para enquadrar essas crianças e adolescentes, condená-los
ao confinamento e reforçar, além do não lugar, a degeneração de suas famílias. Se o
cotidiano é lugar de reprodução de práticas irrefletidas e carregadas de ideologia, os
serviços de acolhimento institucional também incorporam estas práticas e reproduzem o
racismo institucional, sem constrangimentos, porque representam o Estado que se
colocou no eminente papel de guardião da infância e adolescência “pobres”. Conclui-se
que o público-alvo dos serviços de acolhimento institucional tem história, tem classe
social e tem raça/cor, e a tarefa prioritária é fazer emergir essa história para que se
possa conhecer a essência do fenômeno de acolhimento como mais uma manobra do
capitalismo de controle sobre a classe trabalhadora
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