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Preta, preta, pretinha: o racismo institucional no cotidiano de crianças e adolescentes negras(os) acolhidos(as) / Black, black, little black: the institucional racism in everyday life of welcomed black children’s and teenagers

Eurico, Márcia Campos 29 May 2018 (has links)
Submitted by Filipe dos Santos (fsantos@pucsp.br) on 2018-07-25T11:55:21Z No. of bitstreams: 1 Márcia Campos Eurico.pdf: 1131630 bytes, checksum: dc73d93f3b2f7dbc6f76ce1fa15758cb (MD5) / Made available in DSpace on 2018-07-25T11:55:21Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Márcia Campos Eurico.pdf: 1131630 bytes, checksum: dc73d93f3b2f7dbc6f76ce1fa15758cb (MD5) Previous issue date: 2018-05-29 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The research has sought to analyse how the institutional racism takes place in black children's and teenagers daily routines and how much thispractice keeps deep relation to the accredited forms of black bodies control during slavery period in Brazil. The methodological procedures involved bibliographic documental research from 3 axes: racial democracy, institutional racism and institutional sheltering, whose analytical reading allows it to establish the criticism to the infancy attention model, materialised into the service daily routine; and field research in the institutions with the realization of focus group directed to the professionals. By immersing into the complex institutional sheltering process, behind the appearance of a safe place - with a roof, warm bed and five daily meals - a fact that professionals present it as a synonym of sheltering, what in fact is revealed as a projected institution to frame these children and adolescents, condemn them to confinement and reinforce, besides the non-belonging concept, their families' degeneration. If the daily-life is a place for thoughtless practices and loaded with ideology, the institutional sheltering services also incorporate these practices and perform the institutional racism, without embarrassement, because they represent the State which has played their eminent role of "poor" infancy and adolescence guardian. It is concluded that the institutional sheltering service target public has history, social class and race/color, and the priority task is to emerge this history so that the essence of sheltering phenomenon may be known as one more maneuver of controlling capitalism over the worker's class / A pesquisa buscou analisar como se materializa o racismo institucional no cotidiano de crianças e adolescentes negros(as) e o quanto esta prática guarda profunda relação com as formas legitimadas de controle dos corpos negros no período da escravidão no Brasil. Os procedimentos metodológicos envolveram pesquisa documental bibliográfica, a partir de três eixos: democracia racial, racismo institucional e acolhimento institucional, cuja leitura analítica permite estabelecer a crítica ao modelo de atenção à infância, materializado no cotidiano dos serviços; e pesquisa de campo nas instituições, com a realização de grupos focais dirigidos aos profissionais. Ao mergulhar no complexo processo de acolhimento institucional, por detrás da aparência de um lugar seguro − com teto, cama quentinha e cinco refeições diárias − fato que os profissionais, via de regra, apresentam como sinônimo de acolhimento, o que se revela é uma instituição projetada para enquadrar essas crianças e adolescentes, condená-los ao confinamento e reforçar, além do não lugar, a degeneração de suas famílias. Se o cotidiano é lugar de reprodução de práticas irrefletidas e carregadas de ideologia, os serviços de acolhimento institucional também incorporam estas práticas e reproduzem o racismo institucional, sem constrangimentos, porque representam o Estado que se colocou no eminente papel de guardião da infância e adolescência “pobres”. Conclui-se que o público-alvo dos serviços de acolhimento institucional tem história, tem classe social e tem raça/cor, e a tarefa prioritária é fazer emergir essa história para que se possa conhecer a essência do fenômeno de acolhimento como mais uma manobra do capitalismo de controle sobre a classe trabalhadora

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