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Células derivadas da medula óssea no reparo de lesões causadas por infecções parasitárias em camundongos quiméricosAzevedo, Carine Machado January 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013 / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisa Gonçalo Moniz. Salvador, BA, Brasil / A contribuição das células de medula óssea na regeneração de tecidos não hematopoiéticos
tem sido intensamente investigada desde a descoberta de células-tronco multipotentes neste
órgão. Estudos prévios tem demonstrado que células derivadas da medula óssea podem
contribuir para a formação de novos hepatócitos e cardiomiócitos. No presente estudo
avaliamos a participação endógena das células-tronco de medula óssea no processo de reparo
de lesões teciduais na fase crônica da doença de Chagas e esquistossomose
experimentalmente induzidas. Para isso, camundongos quiméricos de medula óssea foram
gerados após irradiação com dose letal e posterior reconstituição com células de medula óssea
provenientes de camundongos transgênicos para a proteína fluorescente verde (GFP). Um mês
após a reconstituição, as quimeras foram infectadas pelo T. cruzi ou S. mansoni. Animais
quiméricos saudáveis foram mantidos como controles. Camundongos foram eutanasiados em
diferentes períodos para análise morfológica, morfométrica e de marcadores específicos
através de imunofluorescência do coração e músculo esquelético ou fígado de acordo com o
grupo. As infecções por S. mansoni e T. cruzi causaram a mobilização de diferentes
populações celulares para o sangue periférico, tais como monócitos, células-tronco
hematopoiéticas e mesenquimais e progenitores endoteliais. Nos dois modelos estudados,
observamos um aumento no número de células GFP+ após estímulo lesivo nos tecidos
analisados. No modelo de doença de Chagas, há um aumento da expressão de MCP-1, 2 e 3 e
SDF-1 no coração e músculo esquelético em comparação com animais não infectados, o que
pode contribuir para o recrutamento destas células. As células GFP+ contribuem tanto para a
formação da lesão, compondo o infiltrado inflamatório, como para a regeneração tecidual
através da formação de miofibras, cardiomiócitos, hepatócitos e vasos sanguíneos. As poucas
células GFP+ encontradas nos tecidos de camundongos quimeras normais não possuíam
morfologia de células parenquimatosas. Concluímos que a medula óssea pode contribuir para
a regeneração dos tecidos lesados através de células-tronco ou progenitores que originam
células dos músculos cardíaco e esquelético, hepatócitos e vasos sangüíneos. / The contribution of bone marrow cells in non-hematopoietic tissue regeneration has been
intensely investigated since the discovery of multipotent stem cells in this organ. Previous
studies have shown that bone marrow derived cells may contribute to the formation of new
hepatocytes and cardiomyocytes. In the present study, we evaluated the participation of
endogenous bone marrow stem cells in the repair of tissue injury in experimentally induced
chronic phases of Chagas disease and schistosomiasis. For this purpose, chimeric mice were
generated from bone marrow after a lethal irradiation dose and subsequent reconstitution with
bone marrow cells from green fluorescent protein (GFP) transgenic mice. A month after
reconstitution, chimeras were either infected with Trypanosoma cruzi or Schistosoma
mansoni, or kept healthy as controls. Mice were euthanized at different time points for
histological, morphometric and specific markers by immunofluorescence analysis in heart and
skeletal muscle or in the liver, according to the group. Infections caused by S. mansoni and T.
cruzi resulted in the mobilization of different cell populations to the peripheral blood,
including monocytes, hematopoietic and mesenchymal stem cells, and endothelial
progenitors. In the two models studied, we observed an increase in the number of GFP+ cells
after injury stimulus in the tissues analyzed. In the model of Chagas disease, there is an
increased expression of MCP-1, 2, 3 and SDF-1 in heart and skeletal muscle compared to
uninfected animals, which can contribute to the recruitment of these cells. The GFP+ cells
both contribute to lesion formation, comprised of inflammatory infiltrate, as well as tissue
regeneration by forming myofibers, cardiomyocytes, hepatocytes and blood vessels. The few
GFP+ cells found in control chimera mice tissue lacked parenchymal cell morphology. We
concluded that bone marrow may contribute to the regeneration of injured tissues through
stem or progenitor cells, which gives rise cardiac and skeletal muscle cells, hepatocytes and
blood vessels.
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