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A influência dos fatores e processos psicológicos na performance musical dos estudantes, de uma forma geral, tem sido amplamente demonstrada. Investigação recente revela que a ansiedade de performance musical (AMP), definida como uma experiência de apreensão ansiosa acentuada e persistente relacionada com a performance musical é experienciada pelos jovens músicos, comprometendo os benefícios que podem ser retirados da experiência de aprendizagem da música. Neste sentido, a presente investigação procurou, junto de estudantes de música portugueses, desenvolver uma abordagem compreensiva da AMP, procurando identificar eventuais fontes de AMP e as estratégias de coping mais utilizadas. As relações entre a AMP e as estratégias de coping e as diferenças destes constructos em função de variáveis pessoais e académicas foram estudadas numa amostra de 102 estudantes de música (42 do género masculino), com idades compreendidas entre os 12 e os 19 anos (M = 16.55, DP = 2.41), que frequentavam duas academias de música do Norte do país e estabelecimentos de ensino superior do norte e centro do país. Os dados sociodemográficos foram recolhidos através do questionário sociodemográfico, a APM foi avaliada através do IAPM-A e o coping através do Brief Cope, preenchidos pelos estudantes. Os resultados revelaram aspetos relevantes sobre as propriedades do instrumento IAPM-A, demonstrando a vantagem da sua utilização na avaliação dos indicadores de APM, especificamente junto de músicos adolescentes e jovens. Os resultados realçaram o papel mediador que o coping disfuncional tem na relação entre o tempo de prática do instrumento e os valores de APM, proporcionando considerações e orientações importantes para a prática clínica e para a investigação a desenvolver neste domínio.

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