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Checklist de cirurgia segura : avaliação de conformidade em procedimentos pediátricos de hospital do Distrito Federal / Safe surgery checklist : evaluation of compliance in pediatric procedures in a Federal District hospital / Lista de verificación de cirugía segura : evaluación del cumplimiento en procedimientos pediátricos en un hospital del Distrito Federal

Almeida, Raquel Elisa de 03 August 2018 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, 2018. / Introdução: Frente ao problema de eventos adversos relacionados aos procedimentos cirúrgicos, a Organização Mundial de Saúde (OMS) instituiu a Lista de Verificação de Segurança Cirúrgica (LVSC) como ferramenta para conferência de itens de segurança. O checklist, comprovadamente, reduz complicações cirúrgicas. No Brasil, o Ministério da Saúde, através do Protocolo de Cirurgia Segura, recomenda a aplicação da LVSC nos serviços de saúde. Os resultados positivos para o paciente decorrem da adequada adesão ao instrumento. Objetivos: Avaliar a execução da LVSC e sua conformidade com as recomendações da OMS, bem como, relacionar a adesão da equipe cirúrgica com aspectos inerentes ao procedimento operatório e com características demográficas e profissionais dos participantes. Métodos: Estudo avaliativo, observacional, transversal, de caráter analítico e abordagem quantitativa, realizado de setembro de 2017 a outubro de 2018, através de observação não participante da aplicação da LVSC. A amostra contou com 73 profissionais de saúde e foram observadas 431 cirurgias pediátricas. Os profissionais responderam um questionário profissional e demográfico. As observações foram realizadas por auxiliares de pesquisa para reduzir o efeito Hawthorne. Foram realizadas análises descritiva e inferencial por meio dos testes qui-quadrado, Correlação de Spearman, Mann-Whitney e Odds ratio. Considerou-se significativo pvalor≤0,05. Resultados: O checklist foi aplicado em 90,3% das cirurgias. A completude do instrumento e a adesão verbal a todos os itens não ocorreu em nenhum procedimento examinado. A adesão integral foi mais regular, marcadamente, na primeira etapa da lista. Considerando a média de adesão a cada item, obteve-se melhor resultado no sign in (71,7%), seguido do time out (35,1%) e sign out (9,9%). Observou-se inconsistências no comportamento da equipe por meio de preenchimento inapropriado de itens não confirmados, etapas executadas na ausência de pessoas essenciais, falta de participação ativa dos profissionais e atraso na realização das checagens. Em todas as cirurgias foi identificado pelo menos uma falha em processos de segurança e 95% das cirurgias tiverem prosseguimento sem a resolução da inconformidade. O tipo de cirurgia, eletiva ou urgência, e o tempo cirúrgico, não tiveram associação significativa com o melhor desempenho da equipe. A adesão no time out teve fraca correlação direta com o tempo de atuação no setor (p-valor=0,026; r=0,26) e com a carga horária semanal (p-valor=0,008; r=0,31), e o sexo masculino apresentou melhor adesão (pvalor≤0,001). No sign in, profissionais que foram capacitados durante sua formação acadêmica aderiram significativamente mais (p-valor=0,007). A presença do Enfermeiro na sala cirúrgica aumentou em 73% a chance de o time out ser realizado (p-valor=0,022; OR=1,73). Conclusão: A aplicação da LVSC mostrou-se inconsistente. Apesar da constante utilização, o procedimento é realizado de forma inadequada, com omissão de itens e checagens não verbais, remetendo à falha de comunicação interdisciplinar. O comportamento da equipe frente a identificação de inconformidade, revelou descuido com a segurança do procedimento, e configura alerta para o risco sofrido pelo paciente cirúrgico. Implementar o checklist não garante a adesão tampouco a segurança. O processo é ininterrupto e demanda constante avaliação para identificação de falhas e projeção de melhorias. Propõe-se que as inconformidades apresentadas impulsionem mudanças no comportamento organizacional. / Introduction: Faced with the problem of adverse events related to surgical procedures, the World Health Organization (WHO) instituted the Surgical Safety Checklist as a tool for checking safety items. The checklist, as it has been proven, reduces the surgical complications. In Brazil, the Ministry of Health, through the Safe Surgery Protocol, recommends the application of the checklist in the health services. The positive results for the patients come from the adequate adhesion to the instrument. Objectives: To evaluate the execution of the checklist and its compliance with the WHO recommendations, in addition to relating the adherence of the surgical team with aspects that are inherent to the surgical procedure and to the demographic and professional characteristics of the participants. Methods: An evaluative, observational, cross-sectional, analytical, and of quantitative approach study, performed from September 2017 to February 2018 through a non-participant observation of the checklist application. The sample consisted of 73 health professionals, and 431 pediatric surgeries were observed. The professionals answered a professional and demographic questionnaire. The observations were made by research assistants to reduce the Hawthorne’s effect. Descriptive and inferential analyzes were performed using Chi-square, Spearman’s correlation, Mann-Whitney’s tests and Odds ratio. A significant p-value <0.05 was considered. Results: The checklist was applied in 90.3% of the surgeries. The completeness of the instrument and the verbal adherence to all the items did not occur in any of the procedures examined. The full adhesion was more markedly regular in the first stage of the list. Considering the average adherence to each item, a better result in the sign in (71.7%), followed by time out (35.1%) and sign out (9.9%) was obtained. There were inconsistencies in the behavior of the team through the inadequate filling of unconfirmed items, stages performed in the absence of essential people, lack of an active participation of the professionals and delay in the performance of the checks. In all the surgeries, at least one failure in the safety procedures was identified, and 95% of the surgeries were continued without resolving the nonconformity. The type of surgery, elective or emergency, and the surgical time, had no significant association with the best performance of the team. The adhesion in the time out had a low direct correlation with the time of performance in the sector (p-value=0.026; r=0.26) and with the week load (p-value=0.008; r=0.31), and the male gender had a better adhesion (p-value≤0.001). In the sign in, the professionals who were trained during their academic course adhered significantly more (p-value=0.007). The presence of the Nurse in the operating room increased in 73% the chance of the time out to be performed (p-value=0.022; OR=1.73). Conclusion: The application of the checklist was inconsistent. Despite its constant use, the procedure is performed in an inadequate way, with omission of items and non-verbal checks, referring to the failure of interdisciplinary communication. The behavior of the team regarding the identification of the nonconformity revealed an oversight regarding the safety of the procedure, being an alert for the risk suffered by the surgical patient. Implementing the checklist does not guarantee compliance or security. The process is uninterrupted and demands constant evaluation for failure identification and projection of improvements. It is proposed that the nonconformities presented impel changes in the organizational behavior. / Introducción: Frente al problema de eventos adversos relacionados a procedimientos quirúrgicos, la Organización Mundial de la Salud (OMS) instituyó la Lista de Verificación de la Seguridad de la Cirugía (LVSC), herramienta para comprobar elementos de seguridad. El checklist, de forma comprobable, reduce las complicaciones quirúrgicas. En Brasil, el Ministerio de Salud, a través del Protocolo de Cirugía Segura, recomienda el uso de la LVSC en los servicios de la salud. Los resultados positivos en el paciente se deben a una adecuada adhesión a la herramienta. Objetivos: Evaluar el uso de la LVSC y su conformidad con las recomendaciones de la OMS y relacionar la adhesión del equipo quirúrgico con aspectos inherentes al procedimiento operatorio y con características demográficas y profesionales de los participantes. Métodos: Estudio evaluativo, de observación, transversal, de carácter analítico y con abordaje cuantitativo, realizado de septiembre de 2017 a febrero de 2018, a través de la observación del uso de la LVSC. La muestra contó con 73 profesionales de la salud y se observaron 431 cirugías pediátricas. Los profesionales respondieron una encuesta profesional y demográfica. Se realizaron las observaciones por medio de auxiliares de investigación para reducir el efecto Hawthorne. Se realizó un análisis descriptiva y inferenciales, a través del test Qui-quadrado, Correlación de Spearman, Mann-Whitney y Odds ratio. Consideró significativo el p-valor≤0,05. Resultados: El checklist se aplicó en 90,3% de las cirugías. El uso total y la adhesión verbal a todos los elementos no se llevó a cabo en ningún procedimiento examinado. La adhesión integral fue más regular en la primera etapa de la lista. Considerando la media de adhesión a cada elemento, se obtuvo mejor resultado en el sign in (71,7%), seguido del time out (35,1%) y luego sign out (9,9%). Se pudieron observar inconsistencias en la conducta del equipo al completar de forma inapropiada los elementos no confirmados, etapas ejecutadas en la ausencia de personas cruciales, falta de participación activa de los profesionales, y atraso en la realización de controles. En todas las cirugías se identificó al menos una falla en los procesos de seguridad, y 95% de las cirugías llevaron a cabo el proseguimiento sin la resolución de la inconformidad. El tipo de cirugía, electiva o de urgencia, y el tiempo quirúrgico no tuvieron relación significativa con un mejor desempeño del equipo. La adhesión en el time out tuvo una relación débil directa con el tiempo de actuación en el sector (p-valor=0,026; r=0,26) y con la carga horaria semanal (p-valor=0,008; r=0,31), y el sexo masculino presentó una mayor adhesión (p-valor≤0,001). En el sign in los profesionales que se capacitaron durante su formación académica adhirieron más (p-valor=0,007). La presencia del Enfermero en la sala quirúrgica aumentó en 73% la chance de que el time out sea realizado (p-valor=0,022; OR=1,73). Conclusión: La implementación de la LVSC demostró ser inconsistente. A pesar de su constante uso, el procedimiento se realiza de forma inadecuada, con omisión de elementos y controles no verbales, hecho que se remite a la falla de comunicación interdisciplinaria. La conducta del equipo ante la identificación de inconformidad demostró un descuido con la seguridad del procedimiento, y es una alerta para el riesgo sufrido por el paciente quirúrgico. Implementar el checklist no garantiza la adhesión ni tampoco la seguridad. El proceso es ininterrumpido y demanda constante evaluación para identificar fallas y proyección de mejoras. El estudio propone que las inconformidades impulsen cambios en la conducta organizacional.

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