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Relações homem-natureza: o discurso político sobre agricultura e extrativismo na província do Amazonas (1852-1889)Pereira, Nasthya Cristina Garcia 23 October 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008-10-23 / From a representative point of view, this thesis seeks to demonstrate the understanding
of nature by the governors of the state of Amazonas between the years of 1852 and
1889. Concomitant to this purpose, the view on the social milieu of these
representatives of the monarchic power has also been taken into consideration in this
discourse. Throughout the almost four decade existence of the province, the general
view on nature in this region has been maintained. Nevertheless a new connection is
perceived regarding the postures of decrees on the natural environment during the last
two decades, presenting themselves as more pragmatic actions for the organization of
this environment.
Primarily through reports from governors of the Amazon province, the natural and
human characteristics of the region are analyzed with the additional intention of
outlining the difficulties of implementing the nation s civilization project. This project
involved the recognition, as part of the national territory as well as the regional survey,
of the people living in secluded areas of the country. Nature played an essential role in
the definition of nationality as it contained the most valuable assets of the Brazilian
empire, which was seeking to establish itself as a civilized nation that had the
knowledge and was essentially able to cultivate the rich uncivilized lands.
In the face of the of the civilization project that involved the natural environment as
well as the inhabitants of the country, the Amazon governors, defending and
representing the same project, explained in their reports the difficult task of its
realization. The region has been described as a deserted and backward place; in the
reports its still uncultivated nature and its idle and wandering population appear as a
problematic reality still subject to transformation. Therefore by proclaiming a dull
social state they presented plans and ways of civilizing nature and native tribes and
clearly believed Amazon region represented a great promise for the future / Esta Dissertação procurou examinar e interpretar, valendo-se especialmente da
noção de representação, as visões de natureza e de meio social que os presidentes da
Província do Amazonas, entre os anos de 1852 e 1889, deixaram expressas em seus
relatórios de governo. No decorrer de quase quatro décadas de existência da província, a
visão geral de natureza deste segmento foi tenazmente mantida; contudo, percebe-se um
novo enlace a respeito das atitudes de ordenação do meio natural nas duas últimas
décadas, apresentando-se como ações mais pragmáticas para a organização desse
ambiente.
Por meio, primordialmente, do exame dos relatórios dos presidentes da
Província do Amazonas, a particularidade natural e humana da região foi analisada com
a intenção complementar de evidenciar as problemáticas para a execução do projeto
civilizador defendido pelo Império. Projeto que envolvia a afirmação e o
reconhecimento do território nacional junto de um levantamento dos grupos humanos de
lugares recônditos do país. Nesse processo, a natureza representou um elemento
essencial para a questão da nacionalidade, pois encerrava a maior riqueza e o maior
patrimônio do Império brasileiro, que desejava se elevar como nação civilizada com o
conhecimento e, especialmente, com o cultivo das ricas terras ainda incultas.
Diante do projeto civilizador que envolvia a natureza e os habitantes do país,
os presidentes do Amazonas, defensores e representantes desse projeto, explicitaram
nos relatórios a difícil tarefa para sua realização. A Província era representada como um
lugar deserto e atrasado; a natureza ainda inculta e a população ociosa e errante
transparecem nos relatos como elementos de uma realidade problemática, todavia
passível de transformação. Embora descrevessem um estado social desanimador, não
deixaram de apresentar os planos e os meios para civilizar a natureza e os grupos
humanos, e claramente acreditaram que o Amazonas representava uma grande promessa
para o futuro
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