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Expressão do vírus Epstein-Barr em células tumorais do Linfoma de Hodgkin Clássico: correlação com fatores desfavoráveis e sobrevidaMayrink, Graziela Toledo Costa 10 August 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-08-10 / Introdução: A associação entre Linfoma de Hodgkin clássico e o status tumoral do
vírus Epstein- Barr é bem definida. Entretanto, a expressão da positividade do vírus
Epstein-Barr nas células de Reed-Sternberg/Hodgkin e o impacto dessa relação na
sobrevida do Linfoma de Hodgkin clássico permanecem controversos e apresentam
resultados conflitantes em estudos de diversas regiões do mundo. Considera-se
essencial o entendimento fisiopatogênico desse vírus no prognóstico dos pacientes
com Linfoma de Hodgkin clássico. Objetivo: Correlacionar o status do vírus Epstein
Barr com os fatores de risco desfavoráveis e fatores prognósticos do Linfoma de
Hodgkin clássico em uma população brasileira. Métodos: A positividade do vírus
Epstein-Barr foi determinada pelo método de Hibridização in situ para o ácido
ribonucleico viral e pela imuno-histoquímica para proteína de membrana latente viral
1. A revisão histopatológica das amostras e a análise dos testes de identificação
foram realizadas por uma hematopatologista experiente. Avaliou-se o impacto
prognóstico do status do vírus Epstein-Barr em 29 pacientes com Linfoma de
Hodgkin clássico. Os fatores prognósticos do Escore Prognóstico Internacional para
estadio avançado e os fatores de risco desfavoráveis instituídos pelo Grupo Alemão
de Estudos em Hodgkin para estadio limitado foram correlacionados com o status
viral nas células tumorais. Para as associações entre presença do vírus Epstein-Barr
e outras variáveis categóricas, aplicaram-se os testes de Qui-quadrado ou exato de
Fisher. A Sobrevida Global e a Sobrevida Livre de Eventos foram analisadas pelo
método de Kaplain-Meier e Modelo de Regressão Proporcional de Cox. Resultados:
A média de idade ao diagnóstico foi 33 anos. O status do vírus Epstein-Barr nas
células tumorais foi positivo em 37,9%. As células tumorais positivas para o vírus
foram mais frequentes em pacientes com idade maior que 45 anos, sem diferença
estatística. O subtipo celularidade mista foi o mais frequente (p = 0,02) e o tamanho
de efeito desse teste foi de moderada magnitude. Na análise univariada, as
sobrevidas Livre de Eventos e Global não apresentaram significância estatística para
idade, sexo, estadio clínico, hemoglobina, leucocitose, linfocitopenia, albumina,
envolvimento nodal, sintomas B, doença extranodal e doença Bulky entre os
pacientes positivos e negativos para o vírus Epstein-Barr (p > 0,05). Os pacientes
positivos apresentaram maior Sobrevida Livre de Eventos quando comparados aos
pacientes negativos, embora a diferença não apresentasse significância (p = 0,07).
Na análise multivariada, a positividade ao vírus Epstein-Barr não demonstrou fator
prognóstico significante. Conclusões: Apesar do status do vírus Epstein-Barr nas
células tumorais não ter revelado associação com fatores prognósticos adversos e
não ter influenciado a Sobrevida Global e a Sobrevida Livre de Eventos, observou-se
uma associação positiva entre a presença desse vírus e o subtipo celularidade
mista, demonstrando uma relação com o subtipo histológico de pior prognóstico. / Introduction: The association between classical Hodgkin’s Lymphoma and tumor
Epstein-Barr virus status is well established. However, the expression of Epstein-Barr
virus presence in Hodgkin/Reed-Sternberg cells and its prognosis remains
controversial and presentes conflicting results in studies worldwide. Understanding
the pathophysiological role of this virus in the prognosis of patients with classical
Hodgkin’s Lymphoma is essential. Objective: The aim of this study is to correlate the
clinical outcome with Epstein-Barr virus status in a Brazilian population. Methods:
Epstein-Barr virus positivity was determined by in situ hybridization for Epstein-Barr
virus-encoded ribonucleic acid and immunohistochemistry for viral latent membrane
protein-1. The histopathology review and the analysis of identification tests were
performed by an hematopathologist expert. The prognostic impact of Epstein-Barr
virus status in 29 patients with classical Hodgkin’s Lymphoma was evaluated.
Prognostic factors from International Prognostic Score to advanced stage and risk
factors from German Hodgkin Study Group to limited stage were correlated with
tumor cells Epstein-Barr virus status. In order to determine associations between the
presence of Epstein-Barr virus and other categorical variables, Chi-square or Fisher's
exact tests were applied. Overall and event-free survivals were analyzed with
Kaplan-Meier method and Cox proportional hazards regression models. Results: The
mean age at diagnosis was 33 years. Tumor cells Epstein-Barr virus status was
positive in 37.9%. Epstein-Barr virus-positive classical Hodgkin’s Lymphoma was
more frequent in patients older than 45 years, with no statistical difference. Mixed
cellularity histological subtype was more common in Epstein-Barr virus-related tumor
cells (p = 0.02) and its effect-size index was medium. Univariate analysis, event-free
survival and overall survival were not significantly associated to age, sex, clinical
stage, hemoglobin, leukocytes, lymphocytes, albumin, nodal involvement, B
symptoms, extranodal disease and Bulky disease in Epstein-Barr virus-positive and
negative patients (p > 0.05). Epstein-Barr virus-positive patients had longer event
free survival when compared to Epstein-Barr virus-negative ones, even though the
difference was not statistically significant (p = 0.07). In multivariate analysis, Epstein
Barr virus positivity was not a significant prognostic factor. Conclusions: Although the
Epstein-Barr virus status in tumor cells was not associated with adverse prognostic
factors and did not influence the overall and event-free survivals, a positive
association between the presence of Epstein-Barr virus and Mixed-cellularity subtype
was noticed.
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