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Expressão do vírus Epstein-Barr em células tumorais do Linfoma de Hodgkin Clássico: correlação com fatores desfavoráveis e sobrevida

Mayrink, Graziela Toledo Costa 10 August 2016 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2017-06-01T12:31:29Z No. of bitstreams: 1 grazielatoledocostamayrink.pdf: 5985830 bytes, checksum: 06ca10d53dd3ecb4c31ad3500ea80e8c (MD5) / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2017-06-02T15:13:59Z (GMT) No. of bitstreams: 1 grazielatoledocostamayrink.pdf: 5985830 bytes, checksum: 06ca10d53dd3ecb4c31ad3500ea80e8c (MD5) / Made available in DSpace on 2017-06-02T15:13:59Z (GMT). No. of bitstreams: 1 grazielatoledocostamayrink.pdf: 5985830 bytes, checksum: 06ca10d53dd3ecb4c31ad3500ea80e8c (MD5) Previous issue date: 2016-08-10 / Introdução: A associação entre Linfoma de Hodgkin clássico e o status tumoral do vírus Epstein- Barr é bem definida. Entretanto, a expressão da positividade do vírus Epstein-Barr nas células de Reed-Sternberg/Hodgkin e o impacto dessa relação na sobrevida do Linfoma de Hodgkin clássico permanecem controversos e apresentam resultados conflitantes em estudos de diversas regiões do mundo. Considera-se essencial o entendimento fisiopatogênico desse vírus no prognóstico dos pacientes com Linfoma de Hodgkin clássico. Objetivo: Correlacionar o status do vírus Epstein Barr com os fatores de risco desfavoráveis e fatores prognósticos do Linfoma de Hodgkin clássico em uma população brasileira. Métodos: A positividade do vírus Epstein-Barr foi determinada pelo método de Hibridização in situ para o ácido ribonucleico viral e pela imuno-histoquímica para proteína de membrana latente viral 1. A revisão histopatológica das amostras e a análise dos testes de identificação foram realizadas por uma hematopatologista experiente. Avaliou-se o impacto prognóstico do status do vírus Epstein-Barr em 29 pacientes com Linfoma de Hodgkin clássico. Os fatores prognósticos do Escore Prognóstico Internacional para estadio avançado e os fatores de risco desfavoráveis instituídos pelo Grupo Alemão de Estudos em Hodgkin para estadio limitado foram correlacionados com o status viral nas células tumorais. Para as associações entre presença do vírus Epstein-Barr e outras variáveis categóricas, aplicaram-se os testes de Qui-quadrado ou exato de Fisher. A Sobrevida Global e a Sobrevida Livre de Eventos foram analisadas pelo método de Kaplain-Meier e Modelo de Regressão Proporcional de Cox. Resultados: A média de idade ao diagnóstico foi 33 anos. O status do vírus Epstein-Barr nas células tumorais foi positivo em 37,9%. As células tumorais positivas para o vírus foram mais frequentes em pacientes com idade maior que 45 anos, sem diferença estatística. O subtipo celularidade mista foi o mais frequente (p = 0,02) e o tamanho de efeito desse teste foi de moderada magnitude. Na análise univariada, as sobrevidas Livre de Eventos e Global não apresentaram significância estatística para idade, sexo, estadio clínico, hemoglobina, leucocitose, linfocitopenia, albumina, envolvimento nodal, sintomas B, doença extranodal e doença Bulky entre os pacientes positivos e negativos para o vírus Epstein-Barr (p > 0,05). Os pacientes positivos apresentaram maior Sobrevida Livre de Eventos quando comparados aos pacientes negativos, embora a diferença não apresentasse significância (p = 0,07). Na análise multivariada, a positividade ao vírus Epstein-Barr não demonstrou fator prognóstico significante. Conclusões: Apesar do status do vírus Epstein-Barr nas células tumorais não ter revelado associação com fatores prognósticos adversos e não ter influenciado a Sobrevida Global e a Sobrevida Livre de Eventos, observou-se uma associação positiva entre a presença desse vírus e o subtipo celularidade mista, demonstrando uma relação com o subtipo histológico de pior prognóstico. / Introduction: The association between classical Hodgkin’s Lymphoma and tumor Epstein-Barr virus status is well established. However, the expression of Epstein-Barr virus presence in Hodgkin/Reed-Sternberg cells and its prognosis remains controversial and presentes conflicting results in studies worldwide. Understanding the pathophysiological role of this virus in the prognosis of patients with classical Hodgkin’s Lymphoma is essential. Objective: The aim of this study is to correlate the clinical outcome with Epstein-Barr virus status in a Brazilian population. Methods: Epstein-Barr virus positivity was determined by in situ hybridization for Epstein-Barr virus-encoded ribonucleic acid and immunohistochemistry for viral latent membrane protein-1. The histopathology review and the analysis of identification tests were performed by an hematopathologist expert. The prognostic impact of Epstein-Barr virus status in 29 patients with classical Hodgkin’s Lymphoma was evaluated. Prognostic factors from International Prognostic Score to advanced stage and risk factors from German Hodgkin Study Group to limited stage were correlated with tumor cells Epstein-Barr virus status. In order to determine associations between the presence of Epstein-Barr virus and other categorical variables, Chi-square or Fisher's exact tests were applied. Overall and event-free survivals were analyzed with Kaplan-Meier method and Cox proportional hazards regression models. Results: The mean age at diagnosis was 33 years. Tumor cells Epstein-Barr virus status was positive in 37.9%. Epstein-Barr virus-positive classical Hodgkin’s Lymphoma was more frequent in patients older than 45 years, with no statistical difference. Mixed cellularity histological subtype was more common in Epstein-Barr virus-related tumor cells (p = 0.02) and its effect-size index was medium. Univariate analysis, event-free survival and overall survival were not significantly associated to age, sex, clinical stage, hemoglobin, leukocytes, lymphocytes, albumin, nodal involvement, B symptoms, extranodal disease and Bulky disease in Epstein-Barr virus-positive and negative patients (p > 0.05). Epstein-Barr virus-positive patients had longer event free survival when compared to Epstein-Barr virus-negative ones, even though the difference was not statistically significant (p = 0.07). In multivariate analysis, Epstein Barr virus positivity was not a significant prognostic factor. Conclusions: Although the Epstein-Barr virus status in tumor cells was not associated with adverse prognostic factors and did not influence the overall and event-free survivals, a positive association between the presence of Epstein-Barr virus and Mixed-cellularity subtype was noticed.

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