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Dualité fonctionnelle de LMP1 : implication dans l’apoptose et la transformation cellulaire / Functionnal duality of LMP1 : involvement in apoptosis and cellular transformationBrocqueville, Guillaume 28 September 2011 (has links)
Le virus d’Epstein-Barr (EBV) est un herpèsvirus humain qui infecte plus de 90% de la population généralement de façon bénigne et asymptomatique. Cependant, de nombreuses données démontrent que ce virus peut également contribuer à certains processus de cancérisation. En effet, l’EBV est associé à de nombreuses pathologies malignes telles que le lymphome de Burkitt, le lymphome hodgkinien et le carcinome du nasopharynx. Dans la grande majorité de ces cancers associées à ce virus, l’EBV exprime un programme de latence de type II durant lequel la protéine LMP1 est exprimée. Elle est décrite comme l’oncogène majeur de l’EBV car son expression est nécessaire à la survie et à la prolifération des lignées transformées in vitro. Cette protéine membranaire est fonctionnellement apparentée aux membres de la famille des récepteurs du TNF. LMP1 est constitutivement active et son expression conduit à l’activation de voies de signalisation telles que les voies NF-κB, PI3K et des MAPK. L’activation de ces voies de signalisation cellulaire confère à LMP1 des propriétés oncogéniques, cependant, des effets toxiques liés à son expression ont également été décrits. Effectivement, LMP1 est capable d’induire l’apoptose dans différents types cellulaires. Dans ce contexte, nous avons d’abord développé et caractérisé, des variants dérivés de LMP1 constitués de sa partie C-terminale signalisatrice, complète ou partielle, fusionnée à la protéine GFP. Nous montrons que ces variants sont capables de séquestrer les protéines adaptatrices se fixant à LMP1 ou au récepteur TNFR1, et d’inhiber le signal et les phénotypes induits par ces derniers. Ces protéines à effet dominant négatif peuvent ainsi contrecarrer les effets transformants de LMP1 dans des modèles de latence II et III. Ces dominants négatifs peuvent aussi inhiber l’activation du TNFR1 et les phénotypes qui en découlent. Puis, nous avons étudié les propriétés de LMP1 en dehors d’un contexte infectieux et son rôle dans la transformation épithéliale. Nous démontrons que LMP1 induit la mort des cellules épithéliales MDCK mais certaines cellules outrepassent ses effets cytotoxiques générant des lignées qui expriment stablement LMP1 et dans lesquelles cet oncogène viral favorise la survie et exacerbe les phénotypes induits par le facteur de croissance HGF. Le caractère ambivalent de LMP1 pourrait limiter le pouvoir oncogène de l’EBV mais en contrepartie favoriser l’émergence de cellules résistantes à l’apoptose et capables de répondre de façon accrue à des facteurs de croissance. Nos travaux ont permis de mieux comprendre la dualité fonctionnelle de LMP1, d’une part ses effets oncogènes favorisant la survie cellulaire et d’autre part ses propriétés pro-apoptotiques, induites directement ou révélées suite à son inhibition, limitant la tumorigenèse. La caractérisation des mécanismes moléculaires impliquant LMP1 pourrait ainsi participer à la définition de potentielles stratégies thérapeutiques pour le traitement de cancers associés à l’EBV et où LMP1 est exprimée. / Epstein-Barr virus (EBV) is a human herpesvirus that infects more than 90% of worldwide population, generally asymptomatically. However, numerous studies show that EBV promotes tumorigenesis. Indeed, EBV infection is associated with many human malignancies including Burkitt’s lymphoma, Hodgkin’s lymphoma and nasopharyngeal carcinoma. In most of these cancers associated with EBV, it expresses latency II program in which the latent membrane protein 1 (LMP1) is expressed. LMP1 is described as the major EBV oncogene because its expression is necessary in vitro for survival and proliferation of transformed cell lines. This membrane protein is functionally related to members of the TNF receptors superfamily. LMP1 is constitutively active and its expression leads to activation of NF-κB, PI3K and MAPK signaling pathways. These activation confers oncogenic properties to LMP1, however, toxic effects associated with its expression are also described. Indeed, LMP1 can induce cell death in different cell types. In this context, we first developed and characterized LMP1 derivative variants consisting of its C-terminal signal, complete or partial, fused to GFP. We show that these variants are able to sequester adaptors binding to LMP1 and TNFR1, and inhibit signal and phenotypes induced by them. These proteins have dominant negative effect and may counteract LMP1 transformant properties in latency II cellular models. In addition, these dominant negatives impair TNFR1 signaling and associated phenotypes. Then, we studied LMP1 properties outside infectious context and its involvement in epithelial transformation. We show that LMP1 induces cell death in MDCK epithelial cells, but some go beyond its cytotoxic effects generating lines stably expressing LMP1 and in which this viral oncogene promotes survival and exacerbates HGF-induced phenotypes. Ambivalent character of LMP1 could limit the oncogenic potential of EBV but in return support the emergence of cells resistant to apoptosis and able to enhance growth factor responses. Our work allowed us to better understand the functional duality of LMP1 on the one hand its oncogenic effects favoring cell survival and other pro-apoptotic properties, induced directly or reveal by its inhibition, limiting tumorigenesis. Thus, characterization of molecular mechanisms involving LMP1 could participate in the definition of potential therapeutic strategies for treating cancers associated with EBV and where LMP1 is expressed.
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Expressão do vírus Epstein-Barr em células tumorais do Linfoma de Hodgkin Clássico: correlação com fatores desfavoráveis e sobrevidaMayrink, Graziela Toledo Costa 10 August 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-08-10 / Introdução: A associação entre Linfoma de Hodgkin clássico e o status tumoral do
vírus Epstein- Barr é bem definida. Entretanto, a expressão da positividade do vírus
Epstein-Barr nas células de Reed-Sternberg/Hodgkin e o impacto dessa relação na
sobrevida do Linfoma de Hodgkin clássico permanecem controversos e apresentam
resultados conflitantes em estudos de diversas regiões do mundo. Considera-se
essencial o entendimento fisiopatogênico desse vírus no prognóstico dos pacientes
com Linfoma de Hodgkin clássico. Objetivo: Correlacionar o status do vírus Epstein
Barr com os fatores de risco desfavoráveis e fatores prognósticos do Linfoma de
Hodgkin clássico em uma população brasileira. Métodos: A positividade do vírus
Epstein-Barr foi determinada pelo método de Hibridização in situ para o ácido
ribonucleico viral e pela imuno-histoquímica para proteína de membrana latente viral
1. A revisão histopatológica das amostras e a análise dos testes de identificação
foram realizadas por uma hematopatologista experiente. Avaliou-se o impacto
prognóstico do status do vírus Epstein-Barr em 29 pacientes com Linfoma de
Hodgkin clássico. Os fatores prognósticos do Escore Prognóstico Internacional para
estadio avançado e os fatores de risco desfavoráveis instituídos pelo Grupo Alemão
de Estudos em Hodgkin para estadio limitado foram correlacionados com o status
viral nas células tumorais. Para as associações entre presença do vírus Epstein-Barr
e outras variáveis categóricas, aplicaram-se os testes de Qui-quadrado ou exato de
Fisher. A Sobrevida Global e a Sobrevida Livre de Eventos foram analisadas pelo
método de Kaplain-Meier e Modelo de Regressão Proporcional de Cox. Resultados:
A média de idade ao diagnóstico foi 33 anos. O status do vírus Epstein-Barr nas
células tumorais foi positivo em 37,9%. As células tumorais positivas para o vírus
foram mais frequentes em pacientes com idade maior que 45 anos, sem diferença
estatística. O subtipo celularidade mista foi o mais frequente (p = 0,02) e o tamanho
de efeito desse teste foi de moderada magnitude. Na análise univariada, as
sobrevidas Livre de Eventos e Global não apresentaram significância estatística para
idade, sexo, estadio clínico, hemoglobina, leucocitose, linfocitopenia, albumina,
envolvimento nodal, sintomas B, doença extranodal e doença Bulky entre os
pacientes positivos e negativos para o vírus Epstein-Barr (p > 0,05). Os pacientes
positivos apresentaram maior Sobrevida Livre de Eventos quando comparados aos
pacientes negativos, embora a diferença não apresentasse significância (p = 0,07).
Na análise multivariada, a positividade ao vírus Epstein-Barr não demonstrou fator
prognóstico significante. Conclusões: Apesar do status do vírus Epstein-Barr nas
células tumorais não ter revelado associação com fatores prognósticos adversos e
não ter influenciado a Sobrevida Global e a Sobrevida Livre de Eventos, observou-se
uma associação positiva entre a presença desse vírus e o subtipo celularidade
mista, demonstrando uma relação com o subtipo histológico de pior prognóstico. / Introduction: The association between classical Hodgkin’s Lymphoma and tumor
Epstein-Barr virus status is well established. However, the expression of Epstein-Barr
virus presence in Hodgkin/Reed-Sternberg cells and its prognosis remains
controversial and presentes conflicting results in studies worldwide. Understanding
the pathophysiological role of this virus in the prognosis of patients with classical
Hodgkin’s Lymphoma is essential. Objective: The aim of this study is to correlate the
clinical outcome with Epstein-Barr virus status in a Brazilian population. Methods:
Epstein-Barr virus positivity was determined by in situ hybridization for Epstein-Barr
virus-encoded ribonucleic acid and immunohistochemistry for viral latent membrane
protein-1. The histopathology review and the analysis of identification tests were
performed by an hematopathologist expert. The prognostic impact of Epstein-Barr
virus status in 29 patients with classical Hodgkin’s Lymphoma was evaluated.
Prognostic factors from International Prognostic Score to advanced stage and risk
factors from German Hodgkin Study Group to limited stage were correlated with
tumor cells Epstein-Barr virus status. In order to determine associations between the
presence of Epstein-Barr virus and other categorical variables, Chi-square or Fisher's
exact tests were applied. Overall and event-free survivals were analyzed with
Kaplan-Meier method and Cox proportional hazards regression models. Results: The
mean age at diagnosis was 33 years. Tumor cells Epstein-Barr virus status was
positive in 37.9%. Epstein-Barr virus-positive classical Hodgkin’s Lymphoma was
more frequent in patients older than 45 years, with no statistical difference. Mixed
cellularity histological subtype was more common in Epstein-Barr virus-related tumor
cells (p = 0.02) and its effect-size index was medium. Univariate analysis, event-free
survival and overall survival were not significantly associated to age, sex, clinical
stage, hemoglobin, leukocytes, lymphocytes, albumin, nodal involvement, B
symptoms, extranodal disease and Bulky disease in Epstein-Barr virus-positive and
negative patients (p > 0.05). Epstein-Barr virus-positive patients had longer event
free survival when compared to Epstein-Barr virus-negative ones, even though the
difference was not statistically significant (p = 0.07). In multivariate analysis, Epstein
Barr virus positivity was not a significant prognostic factor. Conclusions: Although the
Epstein-Barr virus status in tumor cells was not associated with adverse prognostic
factors and did not influence the overall and event-free survivals, a positive
association between the presence of Epstein-Barr virus and Mixed-cellularity subtype
was noticed.
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Dualité fonctionnelle de LMP1 : implication dans l'apoptose et la transformation cellulaireBrocqueville, Guillaume 28 September 2011 (has links) (PDF)
Le virus d'Epstein-Barr (EBV) est un herpèsvirus humain qui infecte plus de 90% de la population généralement de façon bénigne et asymptomatique. Cependant, de nombreuses données démontrent que ce virus peut également contribuer à certains processus de cancérisation. En effet, l'EBV est associé à de nombreuses pathologies malignes telles que le lymphome de Burkitt, le lymphome hodgkinien et le carcinome du nasopharynx. Dans la grande majorité de ces cancers associées à ce virus, l'EBV exprime un programme de latence de type II durant lequel la protéine LMP1 est exprimée. Elle est décrite comme l'oncogène majeur de l'EBV car son expression est nécessaire à la survie et à la prolifération des lignées transformées in vitro. Cette protéine membranaire est fonctionnellement apparentée aux membres de la famille des récepteurs du TNF. LMP1 est constitutivement active et son expression conduit à l'activation de voies de signalisation telles que les voies NF-κB, PI3K et des MAPK. L'activation de ces voies de signalisation cellulaire confère à LMP1 des propriétés oncogéniques, cependant, des effets toxiques liés à son expression ont également été décrits. Effectivement, LMP1 est capable d'induire l'apoptose dans différents types cellulaires. Dans ce contexte, nous avons d'abord développé et caractérisé, des variants dérivés de LMP1 constitués de sa partie C-terminale signalisatrice, complète ou partielle, fusionnée à la protéine GFP. Nous montrons que ces variants sont capables de séquestrer les protéines adaptatrices se fixant à LMP1 ou au récepteur TNFR1, et d'inhiber le signal et les phénotypes induits par ces derniers. Ces protéines à effet dominant négatif peuvent ainsi contrecarrer les effets transformants de LMP1 dans des modèles de latence II et III. Ces dominants négatifs peuvent aussi inhiber l'activation du TNFR1 et les phénotypes qui en découlent. Puis, nous avons étudié les propriétés de LMP1 en dehors d'un contexte infectieux et son rôle dans la transformation épithéliale. Nous démontrons que LMP1 induit la mort des cellules épithéliales MDCK mais certaines cellules outrepassent ses effets cytotoxiques générant des lignées qui expriment stablement LMP1 et dans lesquelles cet oncogène viral favorise la survie et exacerbe les phénotypes induits par le facteur de croissance HGF. Le caractère ambivalent de LMP1 pourrait limiter le pouvoir oncogène de l'EBV mais en contrepartie favoriser l'émergence de cellules résistantes à l'apoptose et capables de répondre de façon accrue à des facteurs de croissance. Nos travaux ont permis de mieux comprendre la dualité fonctionnelle de LMP1, d'une part ses effets oncogènes favorisant la survie cellulaire et d'autre part ses propriétés pro-apoptotiques, induites directement ou révélées suite à son inhibition, limitant la tumorigenèse. La caractérisation des mécanismes moléculaires impliquant LMP1 pourrait ainsi participer à la définition de potentielles stratégies thérapeutiques pour le traitement de cancers associés à l'EBV et où LMP1 est exprimée.
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