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Apraxia: a complexa relação entre corpo e linguagemCatrini, Melissa 15 July 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-07-15 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / This study was triggered by clinical questions related to the problem
of Apraxia. When there is incontestable neurological disease, any
articulation disorder is immediately assumed and labeled as a
Speech Apraxia or Dysarthria (CRARY,1993) even if an organic
damage cannot be effectively confirmed by medical diagnosis or
technological devices. The fact is that clinical avaliation tends to
follow the same direction: the neurological damage is not detectable,
but does it exist! Under such a situation, the suspicion falls on
Apraxia of Speech, a pathology usually defined as a motor speech
disorder observable in articulatory and prosodic difficulties without
muscle damage. Therefore, a question can be raised: what causes
that articulatory (functional) symptom? . Apraxia affects the body
and the body is, according to the medical viewpoint an object of
physiology and pathology. I endeavoured to indicate and justify the
strength of that theoretical and clinical discourse, which sustains
itself on the philosophical dichotomic opposition between mind and
body, i.e., between cognition and organism. Apraxia is, thus,
traditionally approached, studied and defined through that
perspective. In the present study, Freud is taken as a landmark
because he introduced a completely different trend of reasoning
which dissolves the philosophical and psychophysical dualism mindbody.
Affected by the wreckage of hysteria and the holes of
aphasia, he could be state that structure and body functions do not
go side by side and a new and revolutionary conception of the body
could be introduced and developed in studies of Apraxia the
human body is bodylanguage. This thesis tried to follow Freud s
theoretical direction concerning the relationship between body and
language, this study is conducted in accordance with the reflections
on languare pathology and clinic developed within the research
group Language acquisition, pathology and clinic, coordinated by
Lier-DeVitto and Arantes, at LAEL /PUCSP / A questão que move este trabalho foi deflagrada por questões clínicas relacionadas
ao problema das Apraxias. Nos casos em que há incontestável comprometimento
neurológico, qualquer presença de distúrbio articulatório é imediatamente assumida
como uma Apraxia de Fala ou Disartria (CRARY, 1993). Mesmo quando o
comprometimento neurológico não pode ser efetivamente confirmado pelo aparato
diagnóstico médico, mas se suspeita de sua existência, o raciocínio clínico tende a
seguir a mesma direção. Nessas condições, especificamente, a suspeita recai sobre
Apraxia de Fala, patologia comumente definida como um distúrbio motor da fala em
que se observam dificuldades articulatórias e prosódicas sem prejuízos musculares.
Coloca-se, assim, a questão: o que causaria tais sintomas funcionais? Apraxias têm
manifestação no corpo e corpo é, por tradição e direito, objeto (exclusivo) do
campo da Fisiologia e da Patologia justifica-se, sem dúvida, a força da
discursividade desses estudos sobre o tema que, como tratei de indicar, também
opera no domínio da divisão filosófica mente/corpo - melhor entendido, da relação
entre razão/cognição e corpo/organismo. É na esfera do dualismo corpo-mente que
se inscreve (a)praxia. Entretanto, no presente estudo, Freud comparece dissolvendo
o dualismo psicofísico. Nos escombros da histeria e nos furos da afasia, ele viu que
estrutura e funcionamento não caminham lado a lado. Daí que outra concepção de
corpo deve vir a figurar nos estudos sobre as apraxias. Trata-se do corpo que é Um,
aquele que nasce com o ser de linguagem, o falasser, o corpolinguagem. Diante
disso, esta tese procurou problematizar a apraxia a partir da relação entre corpo e
linguagem. Tarefa cumprida a partir das reflexões encaminhadas no âmbito do
Grupo de Pesquisas Aquisição, patologias e clínica de linguagem, coordenado por
Lier-DeVitto e Arantes no LAEL/PUCSP
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