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Processos de subjetivação do/no corpolinguagem no movimento da Marcha das Vadias: o sintoma da ideologia

COSTA, Isaac Itamar de Melo 26 February 2016 (has links)
Submitted by Fabio Sobreira Campos da Costa (fabio.sobreira@ufpe.br) on 2016-08-01T12:12:27Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Dissert_IsaacItamar-BC.pdf: 2531125 bytes, checksum: d2544161d15a76f625e7584f9b5b9121 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-08-01T12:12:27Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Dissert_IsaacItamar-BC.pdf: 2531125 bytes, checksum: d2544161d15a76f625e7584f9b5b9121 (MD5) Previous issue date: 2016-02-26 / CNPq / A dominação do sujeito pelo Estado produz uma coerção, uma ilusão de o sujeito ser dono do que diz e de si próprio, de seu corpo, podando qualquer tipo de capacidade psíquica que proporcione reflexão, que induza à criatividade ou singularidade. Esse mecanismo faz parte da interpelação do indivíduo em sujeito e está na base do processo de subjetivação. Este estudo coliga a ideia de subjetivação à de corporificação dos sujeitos, de maneira que um processo é indissociável do outro. Subjetivar-se é, necessariamente, corporificar-se. Com tal ancoragem, propomo-nos a examinar o sujeito em sua relação com o corpo e o discurso, no que Vinhas (2014) denomina corpolinguagem discursivo. O sujeito a que nos referimos é aquele da Marcha das Vadias, movimento feminista cujo eixo principal se concentra na reestruturação da forma com a qual a polícia lida com as situações relacionadas ao crime de estupro, e, mais recentemente, em desdobramentos desse primeiro eixo, à defesa do aborto e das causas raciais, homossexuais e transgênero. Partimos da hipótese de que os desdobramentos de sentido averiguados em diferentes momentos da Marcha estão intimamente relacionados à forma como o sujeito do movimento feminista se inscreve na história. O que explicamos tanto pelo viés do discurso, da corporificação/subjetivação; quanto pelo viés sociológico, da congruência dos fatos históricos das diferentes fases (ondas) da teoria feminista, num só fluxo horizontal (feminist sidestreaming), ou quarta onda do movimento feminista (MATOS, 2010). Para tanto, mobilizamos os pressupostos teóricos da Análise de Discurso de inspiração pecheuxtiana, com destaques à noção de sujeito e, consequentemente, forma-sujeito, formação discursiva e posição-sujeito. Nesse enquadramento, atemo-nos às manifestações corpóreas desse sujeito, de maneira que consideramos o corpo no arcabouço teórico da psicanálise e da AD. A questão problema que norteia esta discussão é analisar o funcionamento desse fenômeno num arquivo de imagens extraídas das Marchas das Vadias compreendidas entre 2011 e 2015, de maneira a a) apontar concretamente a mudança de foco da MDV pelo viés do processo de subjetivação/corporificação; e b) identificar nesse processo as marcas ideológicas deixadas no corpo pelo discurso. / The domination of subject by the State produces a coercion, an illusion of the subject controls your own says and body, pruning any type of psychic capacity that provides reflection, induces creativity or uniqueness. This mechanism is a part of the interpellation of the individual in subject and integrates the base to subjectivity process. This study combines the idea of subjectivity to the embodiment of the subjects, in a way that one process is inseparable from the other. Subjectivity is the same of embodiment. With such an anchorage, we propose to examine the subject in its relation with the body and discourse, what Vinhas (2014) calls discursive bodylanguage. The subject that we refer is those of Slutwalk, a feminist movement whose axis was concentrated in the restructuring the way with the police deal with such situations related to the crime of rape, and, more recently, in the defense of abortion and racial, homosexuals and transgender causes. Our hypothesis developments direction ascertained in different moments of the March are closely related to the way as the subject of the feminist movement is inscribed in history. What we have explained through discourse: with the embodiment/subjectivity; and through the sociological bias: the congruence of the historical facts of different stages (waves) of feminist theory, in a horizontal flow (feminist sidestreaming), or fourth wave of the feminist movement (MATOS, 2010). To this end, we mobilize theoretical assumptions of Discourse Analysis, with highlights to the notion of subject and Form-Subject, Discursive formation and Subject-position. In this framework, we investigate corporal manifestations of this subject, considering the bodies through the theoretical framework of psychoanalysis and AD. The main question who guides this discussion is analyze this phenomenon drawn an archive of pictures of the SlutWalk taken between 2011 and 2015, the way one a) specifically pointing an SW focus change on the bias of subjectivity process/embodiment; and b) identify this process through the ideological discourse marks left in the body.
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A questão do corpo em psicanálise: de Freud a Lacan / The question of body on psycoanalysis: from Freud to Lacan

Rythowem, Marcelo 15 December 2017 (has links)
Submitted by Liliane Ferreira (ljuvencia30@gmail.com) on 2018-02-02T11:36:06Z No. of bitstreams: 2 Dissertação - Marcelo Rythowem - 2017.pdf: 1895746 bytes, checksum: c08fc7862d1cd2116d2aa9442bf5bb15 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Approved for entry into archive by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2018-02-02T11:44:28Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Dissertação - Marcelo Rythowem - 2017.pdf: 1895746 bytes, checksum: c08fc7862d1cd2116d2aa9442bf5bb15 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Made available in DSpace on 2018-02-02T11:44:28Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Dissertação - Marcelo Rythowem - 2017.pdf: 1895746 bytes, checksum: c08fc7862d1cd2116d2aa9442bf5bb15 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Previous issue date: 2017-12-15 / The aim of this research is to perform a reading of the body as a critical issue in its relation with the psychoanalysis. In this thesis, I carry out a discussion on the dimension of the corporeality from the works of Freud and Lacan, supported the idea that the body, in the analysis práxis is a caused body, pulsatory, an effect of the signifier, thus, bodylanguage. I uphold that in the relationship between the psychic and the somatic it is necessary to put in place a snip of reading that may sustain a coherent proposal to the unconscious thesis. In that sense, this reading acknowledges as the conceptual and methodological benchmark the lacanian thesis that is, the unconscious is structured like language. In compliance with those presuppositions, the body, to Freud, cannot be mistaken with the anatomy because the representation, being perceived from the register of the language, indicates the body also as a discourse phenomenon. In the body of the hysterics, the symptoms would make it possible for the unconscious to appear. Freud, from an ethical atitude took into account what those bodies were saying. The body, in Freud, is not an evidence, because it is in the relation with the parental desire – like the projection of the Self Ideals – that a body for a subject is established. I also bolster the concept that the body, in which the ubiquity of the pulsations provides a link, even so a lost one, between the psychic and the somatic, is also ruled by a narrative that Freud denominates mythology and that has profound bonds with the linguistic phenomena. From Lacan’s viewpoint, the body issue is faced under the perspective of a structure in which the elements cannot be taken isolatedly. The body, therefore, is inscribed in the three registers of the pshychic reality, that are, Real, Simbolic and Imaginary. In the conjunction with the Other, the signifiers’ treasure, the subject, to be constituted, concedes a part of his/her body, that may never be taken as a whole, but as a mindless topological community. This way, I explore the different forms of the subject a, as body. The body in this sense, carries the mark of a reality that, being under the structure of the signifier, is always an opacity, as from the body, one will never have an objective knowledge, because the barrier that divides the signifier from the meaning cannot be transpassed. The psychoanalysis , in doing so, founds a turning point that we can name ethics because it convenes the human being to be responsible for his/her subject position and therefore, to respond for his/her desire. Elevate the body to the dignity of the thing. / O objetivo deste trabalho de pesquisa é realizar uma leitura sob o prisma da psicanálise do corpo enquanto uma momento crítico em sua relação com a o inconsciente. A partir dessa leitura procuro desenvolver nesta tese uma discussão, que é central, sobre a dimensão da corporeidade a partir das obras de Freud e Lacan sustentando que o corpo na práxis da análise é corpo causado, pulsional, efeito do significante, portanto corpolinguagem. Sustento que na relação entre o psíquico e o somático é preciso estabelecer um recorte coerente para com a tese do inconsciente. Nesse sentido, este trabalho assume como marco conceitual e metodológico a tese lacaniana, de que o inconsciente é estruturado como linguagem. Em conformidade com esses pressupostos, o corpo, para Freud não pode ser confundido com a anatomia, porque a representação, sendo do registro da linguagem, indica o corpo como fenômeno também de discurso. No corpo das histéricas os sintomas possibilitavam que o inconsciente comparecesse. Freud, a partir de uma atitude ética levou a sério o que esses corpos diziam. O corpo em Freud não é uma evidência, pois é na relação com o desejo parental que se estabelece um corpo para um sujeito. Sustento ainda que corpo, no qual a ubiqüidade das pulsões instaura um elo, mesmo que perdido, entre o psíquico e o somático, também é regido por uma narrativa que Freud denomina mitologia e que tem vínculos profundos com os fenômenos linguísticos. Sob a ótica de Lacan a questão do corpo é enfrentada sob a perspectiva de uma estrutura na qual os elementos não podem ser tomados isoladamente. O corpo, portanto, se inscreve nos três registros da realidade psíquica, a saber, Real, Simbólco e Imaginário. Nas relações com o Outro, o tesouro dos significantes, o sujeito para se constituir cede uma parte de seu corpo, que nunca pode ser tomado como uma totalidade, mas como uma comunidade topológica acéfala. Desse modo exploro as diferentes formas do objeto a, como mediadores da relação do sujeito com o Outro. Dessa relação sempre há um resto que cai do corpo. O corpo nesse sentido carrega a marca de uma realidade que estando sob a estrutura do significante é sempre uma opacidade, visto que do corpo jamais se terá um conhecimento objetivo, pois não se pode ultrapassar a barra que separa o significante do significado. Ao empreender esse trabalho de leitura o faço com a intenção de tratar o corpo como uma questão que emerge constantemente na psicanálise mas, que por ser geralmente denegada não produz os tensionamentos necessários para que seja enfrentada sem cair em reducionismos biologicistas. A psicanálise desse modo instaura uma virada que podemos chamar de ética por convocar o humano a se responsabilizar por sua posição de sujeito e assim responder pelo seu desejo. Elevar o corpo à dignidade da coisa.
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Apraxia: a complexa relação entre corpo e linguagem

Catrini, Melissa 15 July 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-28T18:22:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Melissa Catrini.pdf: 760312 bytes, checksum: 41b7e552ae67abf89f80da7e17a54656 (MD5) Previous issue date: 2011-07-15 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / This study was triggered by clinical questions related to the problem of Apraxia. When there is incontestable neurological disease, any articulation disorder is immediately assumed and labeled as a Speech Apraxia or Dysarthria (CRARY,1993) even if an organic damage cannot be effectively confirmed by medical diagnosis or technological devices. The fact is that clinical avaliation tends to follow the same direction: the neurological damage is not detectable, but does it exist! Under such a situation, the suspicion falls on Apraxia of Speech, a pathology usually defined as a motor speech disorder observable in articulatory and prosodic difficulties without muscle damage. Therefore, a question can be raised: what causes that articulatory (functional) symptom? . Apraxia affects the body and the body is, according to the medical viewpoint an object of physiology and pathology. I endeavoured to indicate and justify the strength of that theoretical and clinical discourse, which sustains itself on the philosophical dichotomic opposition between mind and body, i.e., between cognition and organism. Apraxia is, thus, traditionally approached, studied and defined through that perspective. In the present study, Freud is taken as a landmark because he introduced a completely different trend of reasoning which dissolves the philosophical and psychophysical dualism mindbody. Affected by the wreckage of hysteria and the holes of aphasia, he could be state that structure and body functions do not go side by side and a new and revolutionary conception of the body could be introduced and developed in studies of Apraxia the human body is bodylanguage. This thesis tried to follow Freud s theoretical direction concerning the relationship between body and language, this study is conducted in accordance with the reflections on languare pathology and clinic developed within the research group Language acquisition, pathology and clinic, coordinated by Lier-DeVitto and Arantes, at LAEL /PUCSP / A questão que move este trabalho foi deflagrada por questões clínicas relacionadas ao problema das Apraxias. Nos casos em que há incontestável comprometimento neurológico, qualquer presença de distúrbio articulatório é imediatamente assumida como uma Apraxia de Fala ou Disartria (CRARY, 1993). Mesmo quando o comprometimento neurológico não pode ser efetivamente confirmado pelo aparato diagnóstico médico, mas se suspeita de sua existência, o raciocínio clínico tende a seguir a mesma direção. Nessas condições, especificamente, a suspeita recai sobre Apraxia de Fala, patologia comumente definida como um distúrbio motor da fala em que se observam dificuldades articulatórias e prosódicas sem prejuízos musculares. Coloca-se, assim, a questão: o que causaria tais sintomas funcionais? Apraxias têm manifestação no corpo e corpo é, por tradição e direito, objeto (exclusivo) do campo da Fisiologia e da Patologia justifica-se, sem dúvida, a força da discursividade desses estudos sobre o tema que, como tratei de indicar, também opera no domínio da divisão filosófica mente/corpo - melhor entendido, da relação entre razão/cognição e corpo/organismo. É na esfera do dualismo corpo-mente que se inscreve (a)praxia. Entretanto, no presente estudo, Freud comparece dissolvendo o dualismo psicofísico. Nos escombros da histeria e nos furos da afasia, ele viu que estrutura e funcionamento não caminham lado a lado. Daí que outra concepção de corpo deve vir a figurar nos estudos sobre as apraxias. Trata-se do corpo que é Um, aquele que nasce com o ser de linguagem, o falasser, o corpolinguagem. Diante disso, esta tese procurou problematizar a apraxia a partir da relação entre corpo e linguagem. Tarefa cumprida a partir das reflexões encaminhadas no âmbito do Grupo de Pesquisas Aquisição, patologias e clínica de linguagem, coordenado por Lier-DeVitto e Arantes no LAEL/PUCSP

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