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Influência da infecção pelo parvovírus humano B19 na Artrite ReumatóideLuiz de Souza Santos, Robson 31 January 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008 / Descoberto em 1975 o Parvovírus B19 (B19V) é o único membro da família Parvoviridae que
apresenta comportamento patogênico em humanos. A persistência do vírus em vários tecidos,
após infecção aguda, assim como sua presença em doenças do tecido conectivo e/ou autoimunes,
reforça sua associação com várias patologias entre elas a Artrite Reumatóide (AR).
Este trabalho teve como objetivos: verificar a associação entre infecção pelo B19V e o
desenvolvimento da AR, traçar o perfil dos pacientes com AR quanto à atividade da doença
utilizando o HAQ (The Health Assessment Questionnaire) e CDAI (Clinical Disease Activity
Index) e correlacionar os dados encontrados com o resultado da sorologia para B19V. Trata-se
de um estudo do tipo caso-controle com 92 portadores de AR e 92 com Osteoartrite (OA)
constituindo o grupo controle, ambos originados do Ambulatório de Reumatologia do
Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco. O estudo foi realizado de
março a novembro de 2007. A sorologia para quantificação de IgG anti B19V foi realizada
pelo ensaio imunoenzimático (ELISA) (RIDASCREEN®). Aplicou-se um questionário
durante a entrevista para coleta de dados referente à doença. Foram excluídos da análise 18
pacientes por apresentarem resultado do ELISA indeterminado. Na análise observou-se
predomínio do sexo feminino em mais de 90% no grupo de AR bem como em OA. A média
de idade dos grupos foi de 50,5 ± 11,5 anos para AR e 57,4 ± 9,9 anos para OA
respectivamente. Foi encontrada uma maior prevalência de IgG anti-B19V e um risco relativo
de 2,69 (x2=26,40; p < 0,001) no grupo de AR quando comparados com o controle.
Analisando os dados do HAQ, pudemos estimar que dos 74 pacientes, 30/74 (40,5%)
apresentavam pouca ou nenhuma limitação funcional, 17/74 (23%) moderada limitação e
27/74 (36,5%) acentuada ou total incapacidade funcional. Segundo o CDAI observamos que
dos 74 pacientes estudados, 14/74 (18,9%) sugeriam remissão do quadro de doença, 18/74 24,3%) baixa atividade de doença, 16/74 (21,6%) moderada atividade de doença e 26/74
(35,1%) doença em atividade. Não houve concordância entre os parâmetros de atividade da
AR e a positividade para B19V. Os resultados encontrados sugerem a participação do B19V
como um dos gatilhos que determinam o aparecimento da AR
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