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Coeducação dos sexos no Estado de São Paulo durante a Primeira República (1889-1930) / Coeducation of the sexes in the State of São Paulo during the First Republic (1889-1930) / Coeducación de los sexos en el Estado de São Paulo durante la Primera República (1889-1930)

Rodrigues, Paulo Jorge [UNESP] 12 December 2016 (has links)
Submitted by Paulo Jorge Rodrigues null (rodrigues.paulojorge.rodrigues@hotmail.com) on 2017-01-29T01:54:30Z No. of bitstreams: 1 Dissertação Paulo Jorge.pdf: 1931902 bytes, checksum: d2f28fe0ea81ea3f27934cd0d3fa3565 (MD5) / Approved for entry into archive by LUIZA DE MENEZES ROMANETTO (luizamenezes@reitoria.unesp.br) on 2017-01-31T19:08:17Z (GMT) No. of bitstreams: 1 rodrigues_pj_me_arafcl.pdf: 1931902 bytes, checksum: d2f28fe0ea81ea3f27934cd0d3fa3565 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-01-31T19:08:17Z (GMT). No. of bitstreams: 1 rodrigues_pj_me_arafcl.pdf: 1931902 bytes, checksum: d2f28fe0ea81ea3f27934cd0d3fa3565 (MD5) Previous issue date: 2016-12-12 / A coeducação dos sexos é o modelo educacional predominante no Estado de São Paulo, o qual tem por meta desconstruir as relações de dominação existentes na sociedade, que sobrepõem um sexo ao outro, contribuindo, assim, para o estabelecimento da igualdade. Com o objetivo de observar o desenvolvimento desse método de ensino, o presente trabalho propõe uma investigação, delimitando o seu tempo-espaço para análise, o período de 1889-1930 o Estado de São Paulo. As pesquisas bibliográfica e documental foram as escolhida como metodologia, sendo a primeira baseada em livros e artigos científicos e, a segunda, em anuários, leis, imagens etc., sobre o objeto de estudo, que se encontram disponíveis, principalmente, no Arquivo Público do Estado de São Paulo e no Acervo Histórico da Assembleia Legislativa de São Paulo. Constatou-se que até a segunda metade do século XIX, predominavam, no Estado, as escolas para o sexo masculino. Essa realidade começou a se modificar com a chegada dos missionários protestantes, que abriram escolas em regime coeducativo em diversas cidades do Estado. A coeducação dos sexos nas escolas protestantes não era aceita por todos. A Igreja Católica - hegemônica à época - condenava essa prática, defendendo a separação dos sexos até a idade adulta, quando, finalmente, seriam unidos por meio dos laços matrimoniais. Ainda no final do século XIX, políticos e pensadores, como Rui Barbosa e Leôncio de Carvalho, debateram o tema da coeducação dos sexos, porém, concluíram que esse regime só seria admitido pela sociedade brasileira para crianças até os dez anos de idade. Porém, com a Proclamação da República (1889), a Igreja Católica perdeu parte significativa da sua influência política, tendo o Estado sido laicizado e, por extensão, a instrução pública também. Neste contexto, a coeducação dos sexos ressurgiu como uma opção econômica e democrática para a expansão do número de vagas nas escolas públicas. Ela contribuiu, igualmente, para o processo de feminização do magistério, haja vista que a mulher era concebida como mais apta e preferível para educar meninos e meninas, ao mesmo tempo, entretanto, durante o período de investigação, a coeducação dos sexos foi parcial, já que meninos e meninas não desenvolviam todas as atividades juntos, alguns conteúdos eram apenas ensinados para um ou o outro sexo, o que não impediu a presença feminina nas escolas, muito pelo contrário, a maioria dos índices educacionais, à época, apresentavam-se satisfatórios ao sexo feminino, comparativamente ao sexo masculino. / The coeducation of the sexes has been the predominant pedagogical model in São Paulo, which is aimed at deconstructing the existing dominance relationships in society, that overlap one sex to the other, contributing to the establishment of the equality. In order to observe its development this work proposes an investigation, delimiting their space-time to the State of São Paulo, during the First Republic (1889-1930). The method used was the bibliographical and documentary research. The first was based on books and scientific articles, whilst the second, in yearbooks, laws and images, about the issue addressed, which are available mainly in the Public Archives of the State of São Paulo and the Historical Collection of the Legislative Assembly of São Paulo. It was found that by the second half of the nineteenth century, predominated in the state, almost exclusively, schools for males. This situation began to change with the arrival of Protestant missionaries that opened schools in coeducation regime in several cities of the state. The coeducation of the sexes in Protestant schools was not accepted by all. The Catholic Church - hegemonic in the period - condemned this practice, advocating the separation of the sexes until adulthood, when, finally, would be united by the bonds of marriage. Even in the late nineteenth century, politicians and researchers, such as Rui Barbosa and Leôncio de Carvalho, discussed the issue of coeducation of the sexes, however, concluded that the scheme would only be accepted by Brazilian society for students until the age of ten years old. However, with the Proclamation of the Republic (1889), the Catholic Church has lost a significant part of his political influence, and the state was laicized and, consequently, the public instruction. In this context, the coeducation of the sexes emerged as the most economical option for expanding the number of places in public schools. This fact contributed to the magisterium feminization process, since the woman was seen as better to educate boys and girls at the same time. However, the coeducation of the sexes during the period of investigation was partial, since boys and girls did not develop all activities together, and some contents were only taught for one or the other sex. / La coeducación de los sexos es el modelo educativo predominante en São Paulo, que tiene el objetivo de deconstruir las relaciones de poder existentes en la sociedad, que se superponen a un sexo al otro, contribuyendo así al establecimiento de la igualdad. Con el fin de observar su desarrollo este trabajo propone una investigación, delimitando su espacio-tiempo en el estado de Sao Paulo, entre 1889-1930. El método utilizado fue el bibliográfico y el documental de investigación, la primera basada en los libros y artículos científicos, y la segunda, en los anuarios, leyes, imágenes, etc. Acerca de ese objeto de estudio, que están disponibles principalmente en el Archivo Público del Estado de São Paulo y en la Colección Histórica de la Asamblea Legislativa de São Paulo, se encontró que, en la segunda mitad del siglo XIX, predominó las escuelas del Estado para los hombres. Esta situación comenzó a cambiar con la llegada de misioneros protestantes, que abrieron escuelas en régimen coeducativo en varias ciudades del estado. La coeducación de los sexos utilizada en las escuelas protestantes no fue aceptada por todos. La Iglesia Católica - hegemónico en esa época - condenaba esta práctica, abogando por la separación de los sexos hasta la edad adulta, cuando, finalmente, se unirían por los lazos del matrimonio. Incluso a finales del siglo XIX, los políticos y pensadores, como Rui Barbosa y Leôncio de Carvalho, discutieron el tema de la coeducación de los sexos, sin embargo, llegaron a la conclusión de que el régimen sólo sería admitido por la sociedad brasileña hasta la edad de los diez. Mientras tanto, con la proclamación de la República (1889), la Iglesia Católica perdió una parte importante de su influencia política, y fue laicalizado el Estado, y por lo tanto, la educación pública. En este contexto, la coeducación de los sexos surgió como una opción económica y democrática para ampliar el número de plazas en las escuelas públicas. La coeducación de los sexos contribuyó al proceso de feminización de la enseñanza, dado que la mujer era vista como más conveniente y preferible para educar a los niños y niñas, al mismo tiempo - sin embargo, la coeducación de los sexos durante el período de investigación fue parcial ya que los niños y niñas no desarrollaban todas las actividades juntos, algunos de los contenidos solamente se les enseñaba a uno o al otro sexo, lo que no impidió la presencia femenina en las escuelas, por el contrario, la mayoría de los indicadores educativos de la época, mostraban la satisfacción con la presencia de las mujeres en las escuelas.

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