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Avaliação prognóstica do índice de dna em amostras cervicais de mulheres coinfectadas HIV-HPV atendidas em centros de referência para HIV-AIDS em RecifeMartins, Albert Eduardo Silva 30 October 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-10-30 / Pacientes HIV-positivo possuem uma maior prevalência de co-infecção por
HPV de alto risco oncogênico. A presença viral favorece a progressão de
lesões escamosas intra-epiteliais e podem induzir ao câncer. O objetivo do
presente estudo foi avaliar a prevalência, distribuição dos tipos virais e fatores
de risco para a infecção pelo HPV em pacientes infectados por HIV.
Amostras cervicais de 450 mulheres infectadas pelo HIV foram analisadas
quanto à citologia oncótica, colposcopia, presença e tipagem de HPV através
de PCR e sequenciamento utilizando os iniciadores MY09 e MY11. Os
resultados foram analisados comparando dados demográficos, e outros
relacionados com a infecção pelo HPV e HIV. A prevalência de HPV foi de
47,5%. Das amostras positivas para o HPV, 59% albergavam tipos de alto risco
oncogênico. Análise multivariada confirmou a associação da infecção pelo HPV
com a presença de alterações à citologia (p=0,003), idade maior ou igual a 35
anos (p=0,002); número de parceiros maior que três (p=0,002); contagem de
linfócitos T CD4+ < 200/mm3 (p=0,041), e etilismo (p=0,004).
Apesar da presença de HPV de alto risco na maioria das lesões estudadas, a
baixa freqüência de HPV 16 (3,3%) e o estado imunológico preservado na
maioria das pacientes HIV-positivas, são fatores que podem explicar a baixa
ocorrência de lesões cervicais pré-cancerosas nessa população.
A persistência da infecção cervical por tipos de alto risco oncogênicos de
papiloma vírus humano (HPV) pode levar a neoplasisas intra-epitliais cervicais
(NIC). O objetivo do presente estudo foi o de avaliar, em mulheres infectadas
pelo HIV, se a presença de aneuploidia em amostras de células cervicais está
associda à presença e à evolução de NIC.
O presente estudo constou de 2 etapas. Na primeira etapa, correspondendo a
um corte transversal , analisou-se a associação entre a presença de aneuloidia
por citometria de fluxo e características sócio-demográficas, hábitos e
características ligadas à infecção pelo HPV e HIV. Na segunda etapa,
correspondendo a uma coorte, verificou-se se a aneuploidia era preditiva da
evolução da NIC.
Não observou-se associação entre a presença de aneuploidia e a infecção por
HPV, nem com alterações à citologia oncótica. Por outro lado, a aneuploidia esteve associada à presença de NIC (p=0,03?) no exame histológico e ao não
uso de TARV (p=0,001). A maioria das mulheres infectadas por HIV (234/272)
apresentaram contagem de linfócito T CD4+ normal (acima de 350células
/mm3) e mostraram uma maior taxa de regressão (77,5%) da aneuploidia
comparadas à taxa de progressão (23,9%) em até dois anos de seguimento.
Embora tenha sido encontrada uma associação entre a presença da lesão
tecidual cervical e o índice de DNA, este não foi preditivo da evolução da lesão
cervical, sugerindo que a progressão da lesão cervical para o câncer em
mulheres HIV-positivas também pode ser alterada pela melhoria do estado
imunológico propiciado pelo uso de terapia anti-retrovirial (TARV).
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