Spelling suggestions: "subject:"colégio farroupilha"" "subject:"colégio farroupilhas""
1 |
O ensino primário no Colégio Farroupilha: do processo de nacionalização do ensino à LDB nº 4.024/61 (Porto Alegre/RS: 1937/1961)Jacques, Alice Rigoni January 2015 (has links)
Made available in DSpace on 2016-01-07T01:03:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1
000476917-Texto+Completo-0.pdf: 10079394 bytes, checksum: 2826a2e7ca9c0b4dba8848de37f60cb8 (MD5)
Previous issue date: 2015 / The present research, which is inserted in the field History of Education discusses the primary school of Colégio Farroupilha, which is located in Porto Alegre/RS, in the period that goes from the nationalization of education until the implementation of the law, emitted in 1961, called: ―Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional‖. This study covers the years of 1937-1961, a coping period that the school organizations had to face due to the strong campaign of nationalization in German schools and societies. In these scenarios, the structure and the administrative-pedagogical organization of the school had to adjust to transformations in the political context of the country. From the norms determined by the state and by the federal government, there were several curricular changes such as: prohibiting the use of the German language in class, not allowing the conversation in German between students in the schoolyard and between teachers and students, prohibiting the circulation of foreign books inside the institution, the government regulation of holidays and vacation, teaching methods and the way teachers led the pedagogical relationship and disciplinary practices. and the way teachers led the pedagogical relationship and disciplinary practices. This research sought to discuss how the school, being private and having German origins, has adjusted to the new government proposals and changes in the administration. This research aims to investigate the changes in the school from the current legislation, for example in the faculty and students of schools, in the festivals and celebrations and in educational practices developed in this period. It also aims to understand how the school, teachers, directors and other agents used these norms and guidelines of this code of National Education, - which the state took over, by establishing their fundamental principles and monitoring its application, - to constitute their teaching practice and match the political and educational expectations established in the analyzed period. Through the theoretical support and the analyzed documents (the annual reports from the direction of primary education which were presented in the school Maintainer Meetings, the school notebooks, the school newspapers, the Teaching Magazines of Rio Grande do Sul, the photographs of events, the inspection records, the official correspondences and the interviews), the research was established. The final considerations focus on the issue that the campaign of nationalization in education sought to socially regulate the national feeling, causing the school to assume the characteristics of the systematic and repressive action of local authorities. Moreover, Colégio Farroupilha became a target and used to be monitored during this process, because this action involved a rigid policy of nationalization in private schools. In part, the school sought to fulfill the governmental inspections and norms. We can say that the changes that have reached Colégio Farroupilha were not exclusive of that institution, but it is a story, to a certain extent, of resistance and adjustments to government measures which aimed one goal: the ideal nationalist institution. / A presente pesquisa, inserida no campo da História da Educação problematiza o ensino primário do Colégio Farroupilha de Porto Alegre /RS no processo período da nacionalização do ensino até a implantação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional/1961. Este estudo abarca os anos de 1937 a 1961, período de enfrentamento das organizações escolares devido à forte campanha de nacionalização nas escolas e sociedades alemães, em que a estrutura e a organização administrativo-pedagógica do ensino primário e ginasial do Colégio ajustava-se às transformações ocorridas pelo contexto político do país. A partir das normatizações determinadas pelo Estado e pelo governo federal, ocorrem diversas modificações curriculares como: a proibição do uso da língua alemã nas aulas, a proibição estendida à conversação usual no pátio do colégio, nas relações entre os corpos docente e discente, a circulação de livros estrangeiros dentro da instituição, a determinação pelo governo quanto à regulamentação dos feriados e das férias, os métodos de ensino e o modo como os professores conduziam a relação pedagógica e as práticas disciplinares. A investigação dessa temática buscou problematizar como a escola, sendo particular e de origem alemã, se ajustou às novas propostas governamentais e reformas na administração.O estudo tem como objetivo investigar as mudanças ocorridas na escola a partir da legislação vigente, do corpo docente e discente, das festas e comemorações e das práticas educativas desenvolvidas nesse período de mudanças administrativo-pedagógicas, entender como a escola, os professores, diretores e os outros agentes se utilizaram dessas normatizações e desse código de diretrizes da Educação Nacional, no qual o Estado assumiu a sua suprema direção, fixando-lhes os princípios fundamentais e controlando a sua execução, para constituir suas práticas de ensino e corresponder às expectativas político-educacionais implantadas na época analisada. Por meio do suporte teórico, dos documentos analisados (relatórios anuais da direção do ensino primário apresentados em Assembleias da Mantenedora da escola, os cadernos escolares, os periódicos escolares, as Revistas do Ensino/RS, as fotografias dos eventos, registros de inspeção, correspondências oficiais e entrevistas realizadas) a pesquisa foi constituída. As considerações finais se centram na questão que a campanha de nacionalização do ensino procurou disciplinar e regular socialmente o sentimento nacional, fazendo com que o ensino assumisse características de uma ação sistemática e repressiva das autoridades locais, e o Colégio Farroupilha se tornou uma escola visada e fiscalizada durante este processo, pois essa ação envolveu uma política de nacionalização rígida nos estabelecimentos de ensino particular. Em parte, o colégio procurou atender as demandas das fiscalizações e normatizações governamentais. Podemos dizer que as modificações que atingiram o Colégio Farroupilha não foram uma prerrogativa exclusiva dessa instituição, mas é uma história, até certo ponto, de resistências e de ajustamentos às medidas governamentais que visavam um objetivo: a instituição do ideal do nacionalismo.
|
2 |
Entre silêncios e murmúrios : a biblioteca escolar no Colégio Farroupilha (Porto Alegre/RS, 1949-2000)Santos, Roberta Barbosa dos January 2016 (has links)
Esta dissertação é fruto de uma pesquisa cujo objeto de atenção é a biblioteca escolar do Colégio Farroupilha, instituição de ensino da rede privada de Porto Alegre/RS, entre os anos 1949 e 2000. Inscreve-se no campo da História da Educação e assenta-se nos postulados da História Cultural, tendo como inspiração estudos acerca da história das bibliotecas, desenvolvidos por autores como Umberto Eco, Roger Chartier e Alberto Manguel. Inicialmente chamado Knabenschule des Deutschen Hilfsverein, o Colégio Farroupilha teve sua sede inaugurada no Centro de Porto Alegre, passando para sua sede atual, no Bairro Três Figueiras, no ano de 1962. Ainda na primeira sede, a instituição já contava com uma biblioteca, e com a mudança, a mesma foi transportada e modernizada. Importa destacar que em 1968 inaugurou-se a Biblioteca no novo prédio, intitulada Biblioteca Manoelito de Ornellas. Ao pesquisar sua trajetória, buscou-se construir um sentido de historicidade da biblioteca escolar, a partir das formas pelas quais ela se fez presente no cotidiano do Colégio Farroupilha. Como corpus documental, têm-se documentos mantidos pela instituição, como enquete sobre preferências de leituras dos alunos e listas de leitores assíduos, que serviram de suporte para compreender a trajetória desta biblioteca escolar e seus significados para um grupo de estudantes. Para além desses documentos escritos, por meio da História Oral, entrevistaram-se quatorze sujeitos que, de modos diferentes, tiveram aproximações com a referida biblioteca, na condição de diretora, funcionárias e alunos. A periodização da pesquisa foi demarcada a partir do documento mais antigo encontrado – uma foto da biblioteca datada de 1949 – e estende-se até 2000, por ser o ano em que uma importante funcionária deixa a escola. Ao longo da pesquisa, fez-se um levantamento nas Revistas do Ensino, a fim de investigar os discursos que circulavam na imprensa de educação acerca das bibliotecas escolares referentes à sua organização, disciplinarização e atuação das bibliotecárias. A partir destes embasamentos, foi possível perceber, em cada documento, escrito ou oral, informações importantes para construir esta narrativa. Este estudo buscou, nas falas dos sujeitos entrevistados, nos registros dos documentos da instituição e nas interlocuções com os discursos da Revista do Ensino, construir uma narrativa sobre a biblioteca escolar do Colégio Farroupilha. Neste sentido, valorizaram-se os usos que um grupo de alunos mantinha com o espaço, evidenciando diferentes apropriações feitas por estes estudantes da biblioteca, desde a ida semanal quase que devota até uma espécie de refúgio a algumas aulas, tendo como ponto em comum a sacralidade da biblioteca, envolta pela simbologia do silêncio exigido neste local. Entre idas espontâneas ou como uma fuga; entre leituras veladas, impostas ou prazerosas, entre devoção ou repulsa à sua quietude, buscou-se problematizar os significados da biblioteca escolar do Colégio Farroupilha na experiência de um grupo de alunos, a partir dos usos que fizeram deste local. / Este es un estudio acerca de la temática de la biblioteca escolar del Colegio Farroupilha, institución privada de la ciudad de Porto Alegre/RS, entre los años de 1949 y 2000. Se escribe en el campo de la Historia de la Educación y se pone como postulado en la Historia Cultural basada como inspiración en los estudios sobre las historias de las bibliotecas, desarrolladas por los autores como Umberto Eco, Roger Chartier y Alberto Manguel. Llamada inicialmente Knabenschule des Deutschen Hilfsverein, el Colegio Farroupilha tuvo su sede con inauguración en el Centro de Porto Alegre, trasladándose para su sede actual, en el barrio Três Figueiras, en el año de 1962. Todavía en la primera sede, la institución ya contaba con una biblioteca, y con el cambio, la misma fue transportada y modernizada. Cabe destacar que en 1968 se inauguró la biblioteca en el nuevo edificio, intitulada Manoelito de Ornellas. Sin embargo, la investigación estudia y busca la historicidad de la biblioteca escolar e intenta comprender de qué forma ella se hizo presente en el cotidiano del Colegio Farroupilha. Como corpus documental, tiene documentos mantenidos por la institución, como pesquisas sobre preferencias de lecturas de los alumnos y registros de lectores diarios que servían como base para comprender la trayectoria de esta biblioteca escolar y sus significados para un grupo de estudiantes. Además de esos documentos inscritos, por medio de la Historia Oral, se entrevistaron catorce sujetos que, de formas distintas, tuvieron aproximaciones con la referida biblioteca en la condición de directora, empleados y alumnos. La periodización de la investigación ha sido demarcada a partir del documento más antiguo hallado – una foto de la biblioteca con la fecha de 1949 – hasta 2000 por ser el año en el que un empleado importante sale de la escuela. A lo largo de la investigación, se hizo un levantamiento en las Revistas do Ensino, con la finalidad de investigar los discursos que circulan en la prensa de educación sobre las bibliotecas escolares referentes a su organización, su forma disciplinar e actuación de las bibliotecarias. A partir de estos embasamientos, fue posible percibir, en cada documento escrito u oral, informaciones importantes para la construcción de esta narrativa. Este estudio ha buscado en las hablas de los sujetos entrevistados, en los registros de los documentos de la institución y en las interlocuciones con discursos de la Revista do Ensino, la construcción de una narrativa sobre la biblioteca escolar del Colegio Farroupilha. En ese sentido, se valoraron los usos que un grupo de alumnos mantenía con el espacio, evidenciando distintas aproximaciones hechas por estos estudiantes de la biblioteca, desde la ida semanal case que devota hasta una especie de refugio a algunas clases, como punto en común la sacralidad de la biblioteca, envuelta por la simbología del silencio exigido en este sitio. Entre idas espontaneas o como fuga; entre las lecturas veladas, impuestas o de placer, entre devoción o repulsa a su quietud, se buscó problematizar los significados de la biblioteca escolar del Colegio Farroupilha en la experiencia de un grupo de alumnos, a partir de los usos que hicieron en este local.
|
3 |
Entre silêncios e murmúrios : a biblioteca escolar no Colégio Farroupilha (Porto Alegre/RS, 1949-2000)Santos, Roberta Barbosa dos January 2016 (has links)
Esta dissertação é fruto de uma pesquisa cujo objeto de atenção é a biblioteca escolar do Colégio Farroupilha, instituição de ensino da rede privada de Porto Alegre/RS, entre os anos 1949 e 2000. Inscreve-se no campo da História da Educação e assenta-se nos postulados da História Cultural, tendo como inspiração estudos acerca da história das bibliotecas, desenvolvidos por autores como Umberto Eco, Roger Chartier e Alberto Manguel. Inicialmente chamado Knabenschule des Deutschen Hilfsverein, o Colégio Farroupilha teve sua sede inaugurada no Centro de Porto Alegre, passando para sua sede atual, no Bairro Três Figueiras, no ano de 1962. Ainda na primeira sede, a instituição já contava com uma biblioteca, e com a mudança, a mesma foi transportada e modernizada. Importa destacar que em 1968 inaugurou-se a Biblioteca no novo prédio, intitulada Biblioteca Manoelito de Ornellas. Ao pesquisar sua trajetória, buscou-se construir um sentido de historicidade da biblioteca escolar, a partir das formas pelas quais ela se fez presente no cotidiano do Colégio Farroupilha. Como corpus documental, têm-se documentos mantidos pela instituição, como enquete sobre preferências de leituras dos alunos e listas de leitores assíduos, que serviram de suporte para compreender a trajetória desta biblioteca escolar e seus significados para um grupo de estudantes. Para além desses documentos escritos, por meio da História Oral, entrevistaram-se quatorze sujeitos que, de modos diferentes, tiveram aproximações com a referida biblioteca, na condição de diretora, funcionárias e alunos. A periodização da pesquisa foi demarcada a partir do documento mais antigo encontrado – uma foto da biblioteca datada de 1949 – e estende-se até 2000, por ser o ano em que uma importante funcionária deixa a escola. Ao longo da pesquisa, fez-se um levantamento nas Revistas do Ensino, a fim de investigar os discursos que circulavam na imprensa de educação acerca das bibliotecas escolares referentes à sua organização, disciplinarização e atuação das bibliotecárias. A partir destes embasamentos, foi possível perceber, em cada documento, escrito ou oral, informações importantes para construir esta narrativa. Este estudo buscou, nas falas dos sujeitos entrevistados, nos registros dos documentos da instituição e nas interlocuções com os discursos da Revista do Ensino, construir uma narrativa sobre a biblioteca escolar do Colégio Farroupilha. Neste sentido, valorizaram-se os usos que um grupo de alunos mantinha com o espaço, evidenciando diferentes apropriações feitas por estes estudantes da biblioteca, desde a ida semanal quase que devota até uma espécie de refúgio a algumas aulas, tendo como ponto em comum a sacralidade da biblioteca, envolta pela simbologia do silêncio exigido neste local. Entre idas espontâneas ou como uma fuga; entre leituras veladas, impostas ou prazerosas, entre devoção ou repulsa à sua quietude, buscou-se problematizar os significados da biblioteca escolar do Colégio Farroupilha na experiência de um grupo de alunos, a partir dos usos que fizeram deste local. / Este es un estudio acerca de la temática de la biblioteca escolar del Colegio Farroupilha, institución privada de la ciudad de Porto Alegre/RS, entre los años de 1949 y 2000. Se escribe en el campo de la Historia de la Educación y se pone como postulado en la Historia Cultural basada como inspiración en los estudios sobre las historias de las bibliotecas, desarrolladas por los autores como Umberto Eco, Roger Chartier y Alberto Manguel. Llamada inicialmente Knabenschule des Deutschen Hilfsverein, el Colegio Farroupilha tuvo su sede con inauguración en el Centro de Porto Alegre, trasladándose para su sede actual, en el barrio Três Figueiras, en el año de 1962. Todavía en la primera sede, la institución ya contaba con una biblioteca, y con el cambio, la misma fue transportada y modernizada. Cabe destacar que en 1968 se inauguró la biblioteca en el nuevo edificio, intitulada Manoelito de Ornellas. Sin embargo, la investigación estudia y busca la historicidad de la biblioteca escolar e intenta comprender de qué forma ella se hizo presente en el cotidiano del Colegio Farroupilha. Como corpus documental, tiene documentos mantenidos por la institución, como pesquisas sobre preferencias de lecturas de los alumnos y registros de lectores diarios que servían como base para comprender la trayectoria de esta biblioteca escolar y sus significados para un grupo de estudiantes. Además de esos documentos inscritos, por medio de la Historia Oral, se entrevistaron catorce sujetos que, de formas distintas, tuvieron aproximaciones con la referida biblioteca en la condición de directora, empleados y alumnos. La periodización de la investigación ha sido demarcada a partir del documento más antiguo hallado – una foto de la biblioteca con la fecha de 1949 – hasta 2000 por ser el año en el que un empleado importante sale de la escuela. A lo largo de la investigación, se hizo un levantamiento en las Revistas do Ensino, con la finalidad de investigar los discursos que circulan en la prensa de educación sobre las bibliotecas escolares referentes a su organización, su forma disciplinar e actuación de las bibliotecarias. A partir de estos embasamientos, fue posible percibir, en cada documento escrito u oral, informaciones importantes para la construcción de esta narrativa. Este estudio ha buscado en las hablas de los sujetos entrevistados, en los registros de los documentos de la institución y en las interlocuciones con discursos de la Revista do Ensino, la construcción de una narrativa sobre la biblioteca escolar del Colegio Farroupilha. En ese sentido, se valoraron los usos que un grupo de alumnos mantenía con el espacio, evidenciando distintas aproximaciones hechas por estos estudiantes de la biblioteca, desde la ida semanal case que devota hasta una especie de refugio a algunas clases, como punto en común la sacralidad de la biblioteca, envuelta por la simbología del silencio exigido en este sitio. Entre idas espontaneas o como fuga; entre las lecturas veladas, impuestas o de placer, entre devoción o repulsa a su quietud, se buscó problematizar los significados de la biblioteca escolar del Colegio Farroupilha en la experiencia de un grupo de alumnos, a partir de los usos que hicieron en este local.
|
4 |
Entre silêncios e murmúrios : a biblioteca escolar no Colégio Farroupilha (Porto Alegre/RS, 1949-2000)Santos, Roberta Barbosa dos January 2016 (has links)
Esta dissertação é fruto de uma pesquisa cujo objeto de atenção é a biblioteca escolar do Colégio Farroupilha, instituição de ensino da rede privada de Porto Alegre/RS, entre os anos 1949 e 2000. Inscreve-se no campo da História da Educação e assenta-se nos postulados da História Cultural, tendo como inspiração estudos acerca da história das bibliotecas, desenvolvidos por autores como Umberto Eco, Roger Chartier e Alberto Manguel. Inicialmente chamado Knabenschule des Deutschen Hilfsverein, o Colégio Farroupilha teve sua sede inaugurada no Centro de Porto Alegre, passando para sua sede atual, no Bairro Três Figueiras, no ano de 1962. Ainda na primeira sede, a instituição já contava com uma biblioteca, e com a mudança, a mesma foi transportada e modernizada. Importa destacar que em 1968 inaugurou-se a Biblioteca no novo prédio, intitulada Biblioteca Manoelito de Ornellas. Ao pesquisar sua trajetória, buscou-se construir um sentido de historicidade da biblioteca escolar, a partir das formas pelas quais ela se fez presente no cotidiano do Colégio Farroupilha. Como corpus documental, têm-se documentos mantidos pela instituição, como enquete sobre preferências de leituras dos alunos e listas de leitores assíduos, que serviram de suporte para compreender a trajetória desta biblioteca escolar e seus significados para um grupo de estudantes. Para além desses documentos escritos, por meio da História Oral, entrevistaram-se quatorze sujeitos que, de modos diferentes, tiveram aproximações com a referida biblioteca, na condição de diretora, funcionárias e alunos. A periodização da pesquisa foi demarcada a partir do documento mais antigo encontrado – uma foto da biblioteca datada de 1949 – e estende-se até 2000, por ser o ano em que uma importante funcionária deixa a escola. Ao longo da pesquisa, fez-se um levantamento nas Revistas do Ensino, a fim de investigar os discursos que circulavam na imprensa de educação acerca das bibliotecas escolares referentes à sua organização, disciplinarização e atuação das bibliotecárias. A partir destes embasamentos, foi possível perceber, em cada documento, escrito ou oral, informações importantes para construir esta narrativa. Este estudo buscou, nas falas dos sujeitos entrevistados, nos registros dos documentos da instituição e nas interlocuções com os discursos da Revista do Ensino, construir uma narrativa sobre a biblioteca escolar do Colégio Farroupilha. Neste sentido, valorizaram-se os usos que um grupo de alunos mantinha com o espaço, evidenciando diferentes apropriações feitas por estes estudantes da biblioteca, desde a ida semanal quase que devota até uma espécie de refúgio a algumas aulas, tendo como ponto em comum a sacralidade da biblioteca, envolta pela simbologia do silêncio exigido neste local. Entre idas espontâneas ou como uma fuga; entre leituras veladas, impostas ou prazerosas, entre devoção ou repulsa à sua quietude, buscou-se problematizar os significados da biblioteca escolar do Colégio Farroupilha na experiência de um grupo de alunos, a partir dos usos que fizeram deste local. / Este es un estudio acerca de la temática de la biblioteca escolar del Colegio Farroupilha, institución privada de la ciudad de Porto Alegre/RS, entre los años de 1949 y 2000. Se escribe en el campo de la Historia de la Educación y se pone como postulado en la Historia Cultural basada como inspiración en los estudios sobre las historias de las bibliotecas, desarrolladas por los autores como Umberto Eco, Roger Chartier y Alberto Manguel. Llamada inicialmente Knabenschule des Deutschen Hilfsverein, el Colegio Farroupilha tuvo su sede con inauguración en el Centro de Porto Alegre, trasladándose para su sede actual, en el barrio Três Figueiras, en el año de 1962. Todavía en la primera sede, la institución ya contaba con una biblioteca, y con el cambio, la misma fue transportada y modernizada. Cabe destacar que en 1968 se inauguró la biblioteca en el nuevo edificio, intitulada Manoelito de Ornellas. Sin embargo, la investigación estudia y busca la historicidad de la biblioteca escolar e intenta comprender de qué forma ella se hizo presente en el cotidiano del Colegio Farroupilha. Como corpus documental, tiene documentos mantenidos por la institución, como pesquisas sobre preferencias de lecturas de los alumnos y registros de lectores diarios que servían como base para comprender la trayectoria de esta biblioteca escolar y sus significados para un grupo de estudiantes. Además de esos documentos inscritos, por medio de la Historia Oral, se entrevistaron catorce sujetos que, de formas distintas, tuvieron aproximaciones con la referida biblioteca en la condición de directora, empleados y alumnos. La periodización de la investigación ha sido demarcada a partir del documento más antiguo hallado – una foto de la biblioteca con la fecha de 1949 – hasta 2000 por ser el año en el que un empleado importante sale de la escuela. A lo largo de la investigación, se hizo un levantamiento en las Revistas do Ensino, con la finalidad de investigar los discursos que circulan en la prensa de educación sobre las bibliotecas escolares referentes a su organización, su forma disciplinar e actuación de las bibliotecarias. A partir de estos embasamientos, fue posible percibir, en cada documento escrito u oral, informaciones importantes para la construcción de esta narrativa. Este estudio ha buscado en las hablas de los sujetos entrevistados, en los registros de los documentos de la institución y en las interlocuciones con discursos de la Revista do Ensino, la construcción de una narrativa sobre la biblioteca escolar del Colegio Farroupilha. En ese sentido, se valoraron los usos que un grupo de alumnos mantenía con el espacio, evidenciando distintas aproximaciones hechas por estos estudiantes de la biblioteca, desde la ida semanal case que devota hasta una especie de refugio a algunas clases, como punto en común la sacralidad de la biblioteca, envuelta por la simbología del silencio exigido en este sitio. Entre idas espontaneas o como fuga; entre las lecturas veladas, impuestas o de placer, entre devoción o repulsa a su quietud, se buscó problematizar los significados de la biblioteca escolar del Colegio Farroupilha en la experiencia de un grupo de alumnos, a partir de los usos que hicieron en este local.
|
Page generated in 0.0418 seconds