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Doação de sangue em Santa CatarinaBellato, Tania Maria da Silva January 2001 (has links)
Dissertação(mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Educação. Programa de Pos-Graduação em Educação. / Made available in DSpace on 2012-10-18T11:08:16Z (GMT). No. of bitstreams: 0Bitstream added on 2014-09-25T21:47:58Z : No. of bitstreams: 1
182126.pdf: 18594518 bytes, checksum: 1ede35ab745af51fb1610e88a4a7f250 (MD5) / Com o objetivo de conhecer, através de depoimentos, as razões que impulsionaram os doadores de sangue a retornarem ao hemocentro para realizar novas doações, foi realizado o presente estudo. A operacionalização da proposta de estudo foi possível inicialmente pela coleta de dados a partir de fichas, no Hemocentro Regional de Lages, SC. Posteriormente o trabalho foi centralizado na metodologia de estudo de caso, através de entrevistas com doadores que realizaram mais de quatro doações, no período de 1996 a 1998. No desenvolvimento do trabalho, um dos capítulos, resgata a história da saúde, que mostra os lentos e difíceis progressos, a situação atual e os desafios e, nos outros dois capítulos, o caminho da doação de sangue e as concepções da prática de doação de sangue, procuramos relacionar o conhecimento que a literatura fornece, com os dados obtidos na pesquisa. Percebe-se que através, da mobilização social, foi garantida a saúde como um direito de todos e dever do Estado, mesmo que esse direito ainda não seja totalmente visualizado na prática, ao menos teoricamente, alcançou o direito de participar do seu gerenciamento. Na hemoterapia constata-se que a "ideologização" mantida pelo Estado para tratar a questão do sangue, apenas contribui para a instalação de um modelo privatista. Atualmente assistimos o desmonte do setor público hemoterápico. A política hemoterápica como está estruturada não propicia a prática da doação de sangue como um compromisso social e um dever de cidadania. O conhecimento normatizado institui o saber técnico em detrimento do saber popular. As razões apontadas como impulsionadoras para a prática da doação de sangue apresentam apenas um significado humanitário, não propiciam a formação de uma consciência crítica. O conhecimento sobre a prática da doação, permitiu a compreensão da questão do sangue nas particularidades sócio-política e econômica do desenvolvimento capitalista brasileiro. As campanhas desenvolvidas para a captação de doadores tem como objetivo a doação no seu sentido quantitativo, não contribuindo para a mudança do contexto social da doação de sangue. O direito à saúde, não depende somente das Leis, depende principalmente das transformações da visão de mundo, depende da atuação, da ação, da tomada de decisões e no reconhecimento dos direitos de cidadania. Esta realidade aponta para a necessidade de se desenvolver um trabalho educativo voltado para a formação de uma consciência política que promovam ações para a reversão deste quadro.
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