Orientador: Maria Cristina Pereira Lima / Banca: Luís Fernando Farah de Tófoli / Banca: Ana Teresa de abreu Ramos Cerqueira / Resumo: Estima-se que um quarto da população urbana seja portador de algum transtorno mental, com consequências individuais e sociais importantes. A presença de sintomas ansiosos, depressivos e psicossomáticos indica sofrimento subjetivo significativo e agravo no funcionamento psicossocial, denominado Transtorno Mental Comum (TMC). Elevadas prevalências de TMC têm sido observadas nos raros estudos nacionais desenvolvidos com base populacional, oscilando entre 17% e 35%, assim como a associação frequente com sexo feminino, pobreza e baixa escolaridade. Estimar a prevalência de Transtorno Mental Comum (TMC) e investigar os fatores de risco associados em adultos residentes na região metropolitana de São Paulo. O presente trabalho utilizou os dados de um estudo transversal, com amostragem probabilística por conglomerados, representativa da população urbana da região metropolitana de São Paulo. Presença de TMC foi considerada a variável independente e foi avaliada a partir do Self Reporting Questionnaire. Como possíveis variáveis explicativas foram analisados aspectos sócio-demográficos, ocupação, rede social e saúde. A prevalência de transtorno mental comum encontrada na amostra foi de 22,4% (IC 95%: 19,3%;25,6%), sendo maior entre as mulheres (p<0,0001). Baixa escolaridade e auto-avaliação negativa da saúde mantiveram-se associadas a TMC após controle para variáveis confundidoras, em ambos os sexos. Nos homens, a condição de viúvo também se manteve associado a TMC. Aproximadamente um quarto da amostra apresentou TMC, prevalência que pode ser inferida para a população residente na região metropolitana de São Paulo, e para outras regiões metropolitanas brasileiras semelhantes. A identificação de fatores de risco associados a TMC, como baixa escolaridade, sexo feminino, viuvez nos homens e auto-avaliação negativa da saúde, possibilita identificar grupos... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: It is estimated that a quarter of the urban population has some mental disorder, with important personal e social harm. The presence of anxious, depressive and psychosomatic symptoms indicates relevant subjective suffering and impairment in psychosocial functioning which is denominated Common Mental Disorder (CMD). High prevalence of CMD have been observed in some national surveys, ranging from 17% to 35% associated with female gender, poverty and low education. To estimate the prevalence of CMD and to investigate associated risk factors in adults living in Sao Paulo metropolitan area. This study used data from a cross-sectional study, with a representative urban sample of adults, stratified by clusters in the metropolitan area of Sao Paulo city. The presence of CMD was considered the independent variable and was assessed through the Self Reporting Questionnaire. Possible explanatory variables were analyzed socio-demographic aspects, occupation, support networks and self-evaluation health. The prevalence of CMD found in the sample was 22.4% (CI 95%: 19.3%;25.6%), significantly higher among women (p<0,0001). Low education and negative self-evaluation of health remained associated with CMD after controlling for confounders in both sexes. Among men, the marital status "widower" also remained associated with CMD. About one fourth of the sample had a CMD. This prevalence estimate can be inferred for the population from the metropolitan area of Sao Paulo and for other similar metropolitan regions in Brazil. The identification of risk factors associated with CMD, such as low education, female gender, widowhood in men and negative self-evaluation of health, indicates more vulnerable groups, for which public policies can be proposed / Mestre

Orientador: Maria Cecília Pereira Binder / Banca: Maria Irene Stocco Betiol / Banca: Ana Teresa de Abreu Ramos / Resumo: Estudo epidemiológico transversal que descreve condições de trabalho nas penitenciárias estaduais de Avaré-SP, ocorrência de transtornos mentais comuns (TMC) entre os trabalhadores e existência de associação entre condições de trabalho e TMC. A coleta de informações foi efetuada pelo autor, utilizando questionário autoaplicado e não identificado. Nas duas penitenciárias, do efetivo de 631 trabalhadores, 479 encontravam-se em exercício e destes, 301 aceitaram participar do estudo. A casuística compôs-se predominantemente por homens (84,4%); idades de 30 a 59 anos (73,8%); casados / com companheiros (74,8%); escolaridade média (50,8%) e tempo médio de trabalho na penitenciária de 12,7 anos. De acordo como o Job Content Questionnaire, 36,6% enquadravam-se na situação de alto desgaste. A ocorrência de transtornos mentais comuns, detectada por meio do Self Reporting Questionnaire (SRQ-20), evidenciou positividade de 51,8%, sendo que 68,2% dos trabalhadores em situação alto desgaste apresentaram TMC. Dentre outras, observouse associação estatisticamente significante (p=0,05) entre ocorrência de transtornos mentais comuns e: (a) situação de trabalho segundo modelo de Karasek; (b) ter sofrido agressão por parte de detentos; (c) importância atribuída ao período de trabalho; (d) grau de satisfação no trabalho; (e) possibilidade de continuar trabalhando se mantidas as mesmas condições de trabalho. A elevada proporção de trabalhadores penitenciários com sintomas de sofrimento psíquico associado a vários aspectos das condições de trabalho analisadas indica necessidade urgente de intervenção nesses ambientes de trabalho, dependente de decisões de instâncias administrativas do primeiro escalão do governo do estado de São Paulo. Entretanto, medidas de suporte social no trabalho podem - e devem - ser tomadas em caráter de urgência... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: Transversal epidemiological study that describes the working conditions in São Paulo state prisons of Avaré-SP, the occurrence of common mental disorders (CMD) among the workers and the existence of an association between working conditions and TMC. Data collection was performed by the author, using selfapplied and not identified questionnaires. In both prisons, the 631 workers, 479 of which worked in the office, 301 of them agreed to participate in the study. The sample is composed predominantly of men (84.4%), ages 30 through 59 (73.8%), married / living together (74.8%), secondary education (50.8%) and average of 12.7 years in prison. According to the Job Content Questionnaire, 36.6% fit into the situation of high wearing. The occurrence of common mental disorders, detected by means of the Self Reporting Questionnaire (SRQ-20), turned out positive in 51.8% and 68.2% of workers in high-wearing situation had TMC. Among others, there was a significant statistic (p= 0.05) between occurrence of common mental disorders and: (a) status of work according to Karasek model, (b) having suffered injury by inmates, (c) importance assigned to working period, (d) level of satisfaction at work, (e) ability to continue working if working conditions are kept unchanged. The high proportion of prison workers with symptoms of psychological distress, associated with various aspects of working conditions indicate the urgent need for intervention in the workplace, largely dependent on decisions by first level administrative bodies of the state government of São Paulo. However, measures of social support at work can - and should - be taken on urgently to minimize the harmful wearing effects of working conditions that are causing illness and attrition among prison workers. It is also recommended further studies on working conditions in prisons in the State of São Paulo and the whole country, particularly... (Complete abstract click electronic access below) / Mestre