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O uso variável do modo subjuntivo em estruturas complexas /

Santos, Regina Marques Alves dos. January 2005 (has links)
Resumo: O estudo da variação de modo em estruturas complexas reveste-se de um interesse especial, em virtude de o modo verbal se manifestar morfologicamente, mas o seu uso estar fortemente determinado pelas relações que se manifestam no interior de um complexo oracional. Sendo assim, assumimos como tarefa investigar a manifestação do modo subjuntivo em estruturas complexas utilizando como principal ferramenta a Teoria da Variação Lingüística (LABOV, 1972). A utilização desse aparato como instrumento de investigação de um fenômeno morfossintático, entretanto, requer cuidado, já que há, no interior dos estudos lingüísticos, debates acalorados acerca da pertinência de investigar fenômenos para além do nível fonológico adotando a perspectiva da Teoria da Variação. Para realizarmos essa investigação utilizamos dois corpora: Discurso & Gramática, que contém amostras de fala da cidade do Rio de Janeiro, e Iboruna, com amostras de fala da região noroeste do Estado de São Paulo. Do conjunto de variáveis lingüísticas postulado, foram selecionadas pelo programa estatístico apenas três variáveis lingüísticas: carga semântica do predicado matriz, grau de certeza epistêmica e tipo de oração subordinada. Desse modo, no cálculo da regra variável, os resultados gerais apontam que o subjuntivo é favorecido: (i) em orações encaixadas em predicados não-factivos volitivos, e (ii) em orações condicionais irreais e potenciais. É desfavorecido em: (i) orações temporais provenientes de relatos de procedimento, (ii) em orações condicionais reais, e (iii) em orações encaixadas em predicados indiferentes de opinião, bicondicionais e emotivos/avaliativos. Como variáveis sociais possivelmente correlacionadas ao fenômeno investigado, compuseram nosso envelope de variação: (i) escolaridade; (ii) sexo; e, (iii) procedência do informante (identificada pelos corpora...(Resumo completo, ckicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: The study of mood variation in complex structures needs a special interest, since verbal mood is marked morphologically, but its use is highly determined through the relations which take place within the complex structure. In this way, we aim at investigating the manifestation of the subjunctive mood in complex structures using as main tool the Theory of Linguistic Variation (LABOV, 1972). The use of this theory as the investigation instrument of a syntactic phenomenon, however, requires some care, since there are, in the linguistic studies, vehement debates about the relevance of studying phenomena outside the phonological level adopting the Variation Theory perspective. In order to carry out this research, we used two corpora: Discurso & Gramática, which contains a sample of spoken language from Rio de Janeiro city, and Iboruna, with samples of spoken language from the northeast region of the state of São Paulo. From the group of linguistic variables postulated, only three of them were selected: semantic value of the matrix predicate, level of epistemic certainty and kind of subordinate clause. Thus, in the calculation of the variable rule, the general results show that the subjunctive is favored: (i) in clauses embedded in non-factive volitional predicates, and (ii) in unreal and potential conditional clauses. It is disfavored in: (i) temporal clauses from proceeding reports, (ii) in real conditional clauses, and (iii) in clauses embedded in indifferent of opinion, biconditional and emotive/evaluative predicates. The social variables probably correlated to the investigated phenomenon are: (i) education level; (ii) sex/gender; and, (iii) informant's origin (identified by the corpora used). After the investigation of the social variables, we noted that the variable use of the subjunctive mood is not related to social factors, since the subjunctive behavior manifests in a homogeneous way among the factors of the social variables considered. / Orientador: Sebastião Carlos Leite Gonçalves / Coorientador: Roberto Gomes Camacho / Banca: Ronald Belini Mendes / Banca: Marize Mattos Dall'Aglio-Hattnher / Mestre
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O uso variável do modo subjuntivo em estruturas complexas

Santos, Regina Marques Alves dos [UNESP] 20 May 2005 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-06-11T19:22:20Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2005-05-20Bitstream added on 2014-06-13T19:07:43Z : No. of bitstreams: 1 santos_rma_me_sjrp.pdf: 736092 bytes, checksum: b045dc53ffec1fa69362c507c4f820ee (MD5) / O estudo da variação de modo em estruturas complexas reveste-se de um interesse especial, em virtude de o modo verbal se manifestar morfologicamente, mas o seu uso estar fortemente determinado pelas relações que se manifestam no interior de um complexo oracional. Sendo assim, assumimos como tarefa investigar a manifestação do modo subjuntivo em estruturas complexas utilizando como principal ferramenta a Teoria da Variação Lingüística (LABOV, 1972). A utilização desse aparato como instrumento de investigação de um fenômeno morfossintático, entretanto, requer cuidado, já que há, no interior dos estudos lingüísticos, debates acalorados acerca da pertinência de investigar fenômenos para além do nível fonológico adotando a perspectiva da Teoria da Variação. Para realizarmos essa investigação utilizamos dois corpora: Discurso & Gramática, que contém amostras de fala da cidade do Rio de Janeiro, e Iboruna, com amostras de fala da região noroeste do Estado de São Paulo. Do conjunto de variáveis lingüísticas postulado, foram selecionadas pelo programa estatístico apenas três variáveis lingüísticas: carga semântica do predicado matriz, grau de certeza epistêmica e tipo de oração subordinada. Desse modo, no cálculo da regra variável, os resultados gerais apontam que o subjuntivo é favorecido: (i) em orações encaixadas em predicados não-factivos volitivos, e (ii) em orações condicionais irreais e potenciais. É desfavorecido em: (i) orações temporais provenientes de relatos de procedimento, (ii) em orações condicionais reais, e (iii) em orações encaixadas em predicados indiferentes de opinião, bicondicionais e emotivos/avaliativos. Como variáveis sociais possivelmente correlacionadas ao fenômeno investigado, compuseram nosso envelope de variação: (i) escolaridade; (ii) sexo; e, (iii) procedência do informante (identificada pelos corpora... / The study of mood variation in complex structures needs a special interest, since verbal mood is marked morphologically, but its use is highly determined through the relations which take place within the complex structure. In this way, we aim at investigating the manifestation of the subjunctive mood in complex structures using as main tool the Theory of Linguistic Variation (LABOV, 1972). The use of this theory as the investigation instrument of a syntactic phenomenon, however, requires some care, since there are, in the linguistic studies, vehement debates about the relevance of studying phenomena outside the phonological level adopting the Variation Theory perspective. In order to carry out this research, we used two corpora: Discurso & Gramática, which contains a sample of spoken language from Rio de Janeiro city, and Iboruna, with samples of spoken language from the northeast region of the state of São Paulo. From the group of linguistic variables postulated, only three of them were selected: semantic value of the matrix predicate, level of epistemic certainty and kind of subordinate clause. Thus, in the calculation of the variable rule, the general results show that the subjunctive is favored: (i) in clauses embedded in non-factive volitional predicates, and (ii) in unreal and potential conditional clauses. It is disfavored in: (i) temporal clauses from proceeding reports, (ii) in real conditional clauses, and (iii) in clauses embedded in indifferent of opinion, biconditional and emotive/evaluative predicates. The social variables probably correlated to the investigated phenomenon are: (i) education level; (ii) sex/gender; and, (iii) informant's origin (identified by the corpora used). After the investigation of the social variables, we noted that the variable use of the subjunctive mood is not related to social factors, since the subjunctive behavior manifests in a homogeneous way among the factors of the social variables considered.

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