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Componentes das aguardentes de cana-de-aÃÃcar de Cabo Verde e do Nordeste Brasileiro: uma anÃlise comparativa / Components of the spirits of cane sugar from Cape Verde and the Northeast of Brazil: a comparative analysis

Regina Furtado Rodrigues Pereira Sousa 26 August 2011 (has links)
Conselho Nacional de Desenvolvimento CientÃfico e TecnolÃgico / Este trabalho teve como objetivo desenvolver/adaptar e validar metodologias analÃticas para identificaÃÃo e quantificaÃÃo dos congÃneres mais relevantes para a qualidade das aguardentes de cana de aÃÃcar artesanais e industriais produzidas em algumas Ilhas de Cabo Verde (C-V) e no Brasil (BRA), em especial no estado do Cearà visando uma comparaÃÃo desses produtos. ApÃs o estudo das melhores condiÃÃes cromatogrÃficas foi possÃvel uma anÃlise simultÃnea de seis compostos orgÃnicos volÃteis: acetaldeÃdo, acetato de etila, e os Ãlcoois, n-propÃlico, isobutÃlico, n-butÃlico e isoamÃlico. TambÃm foram estudados os compostos inorgÃnicos, cÃtions (Na+, K+, Cu2+, Ca2+, Mg2+,Mn2+,Pb2+, Zn2+,Cd2+, Se2+ e Fe3+) e Ãnions (Cl-, CH3COO-, SO42- , CO3= e HCO3- ). Os Ãnions foram determinados por cromatografia de Ãons (CI) e cÃtions por espectrometria de emissÃo Ãtica com Plasma indutivamente acoplado (ICP- OES). A validaÃÃo dos mÃtodos foi estudada em funÃÃo dos parÃmetros, precisÃo intermediÃria (repetibilidade), recuperaÃÃo, linearidade da curva analÃtica, limite de deteÃÃo e de quantificaÃÃo. A precisÃo e a recuperaÃÃo obtidas para os Ãlcoois, aldeÃdo e Ãster presentes nas aguardentes apresentaram uma variaÃÃo na faixa de 0,2 % - 7,0 %, 0,9% -3,2%, 0,3%-0,7%; e 97,0% -103,0%, 99,3 - 104,0%, 98,2% - 102,7% respectivamente.Os limites de detecÃÃo do equipamento obtidos em mg/100 mL de Ãlcool Anidro (A.A), foram 4,2, para acetaldeÃdo; 2,8 para o acetato de etila; 9,2 para o Ãlcool n-propÃlico ; 7,8 para o Ãlcool isobutÃlico; 3,1 para o Ãlcool n-butÃlico e 44,6 para o Ãlcool isoamÃlico. Os resultados quantitativos dos compostos orgÃnicos mostraram, que de acordo com limites mÃximos permitidos pela legislaÃÃo brasileira, dos compostos volÃteis estudados, apenas cinco das aguardentes de Cabo Verde (quatro artesanais, uma industrial) e trÃs artesanais das aguardentes do Brasil ultrapassaram o limite permitido pela legislaÃÃo em teores de acetaldeÃdo;relativamente a n-butanol, 60% e 50% das aguardentes industrial e artesanal de Cabo-Verde e Brasil respectivamente apresentam teores superiores ao limite mÃximo estipulado (3,0 mg/100 mL A.A). Das dez aguardentes brasileiras, que ultrapassaram o limite, trÃs sÃo industriaise sete artesanais enquanto que das doze aguardentes de Cabo-Verde que ultrapassaram em teores esse limite, seis sÃo artesanais e seis industriais. Dentre Ãlcoois superiores, duas industriais e uma artesanal de Cabo-Verde e duasartesanais do Brasil ultrapassaram o limite mÃximo referido. Os resultados mÃdios, em mg/100 mL A.A, para os compostos orgÃnicos presentes nas aguardentes de Cabo Verde e do Brasil, indicam que oacetaldeÃdo e Ãlcoois superiores se encontram dentro dos padrÃes de qualidade exigidos pela legislaÃÃo brasileira (30 mg/100 mL A.A para aldeÃdos; 360 mg/100 mL A.A para Ãlcoois superiores) e tem a mesma magnitude para as aguardentes de ambos paÃses 17,2 (BRA) -17,6 (CV) mg/100 mL A.A em acetaldeÃdo, e 247,4 (BRA) -240,6 (CV) mg/100 mL A.A em Ãlcoois superiores. Em contraste o acetato de etila se encontra em menor concentraÃÃo nas aguardentes do Brasil estudadas (24,8 mg/100 mL A.A) em relaÃÃo aos aguardentes de Cabo Verde (70,0mg/100 mL A.A). A comparaÃÃo dos resultados obtidos, em mg/100 mL A.A, para os cÃtions e Ãnions estudados mostrou a seguinte relaÃÃo: Ni2+ 0,7(BRA) - 0,6(C-V); Se2+ 1,6(BRA) - 0,62(C-V); Cd2+0,03 (BRA) - 0,04(C-V); Cu2+.5,6(BRA)-9,2(C-V); CH3COO- 055 (BRA) -1,3(C-V); SO42- 0,07(BRA) - 4,9(C-V); HCO3-0,04 (BRA) - 9,2(C-V); e Cl- 0,56 (BRA) - 2,0(CV). Os valores mÃdios das concentraÃÃes dos compostos inorgÃnicos nas aguardentes estudadas do Brasil e de Cabo Verde diferem entre si, mas sÃo concordantes com os dados da literatura exceto para o cobre, que ultrapassa o limite permitido em ambos os paÃses. Na anÃlise para reconhecimento de padrÃes utilizou-se a ferramenta quimiomÃtrica âAnÃlise de Componentes Principaisâ, PCA, que mostrou uma evidente separaÃÃo das amostras das aguardentes artesanais e industriais dos dois paÃses estudadas. / The aim of this work was to develop/adapt and validate analytical methods to both identify and quantify constituents of greater concern regarding the quality of homemade and industrial sugar cane spirits produced in some islands from Cape-Vert (CV) and in some states â especially Cearà and Piauà â from Brazil (BRA), so that different products can be compared to one another. After optimization of chromatographic conditions, simultaneous analysis was feasible for six volatile compounds, namely: acetaldehyde and ethyl acetate, as well as n-propyl, isobutyl, nbutyl, and isoamyl alcohols. The inorganic composition of the samples was also investigated. Anions (Cl-, CH3COO-, SO4 2- , CO3 = e HCO3 -) were analysed by Ion Chromatography, while cations (Na+, K+, Cu2+, Ca2+, Mg2+,Mn2+,Pb2+, Zn2+,Cd2+, Se2+ e Fe3+) were analysed by Inductively Coupled Plasma-Optical Emission Spectrometry. The methodologies were validated considering the parameters repeatability, recovery, linearity of analytical curve, limit of detection, and limit of quantitation. For alcohols, aldehyde, and ester analysed, precision was respectively in the ranges 0,2 % - 7,0 %, 0,9% -3,2%, 0,3%-0,7%, while recovery varied in the ranges 97,0% - 103,0%, 99,3 - 104,0%, 98,2% - 102,7%, respectively. The limits of detection (mg/100 mL A.A) were 4.2 for acetaldehyde, 2.8 for ethyl acetate, 9.2 for npropyl alcohol, 7.8 for isobutyl alcohol, 3.1 for n-butyl alcohol, and 44.6 for isoamyl alcohol. The results showed that in only five samples from Cape-Vert (four homemade; one industrial) and in three home-made samples from Brazil, the levels of acetaldehyde were found to be higher than the upper limits allowed by Brazilian legislation; the concentrations of n-butyl alcohol were higher than the allowed limits in two samples from Cape-Vert (one home-made; one industrial) and three home-made samples from Brazil. The levels of higher alcohols were higher than the limit concentrations in three samples from Cape-Vert (one home-made; two industrial) and in two home-made samples from Brazil. However, average concentrations (mg/100 mL A.A) of both acetaldehyde (17,2 BRA; 17,6 C-V) and higher alcohols (247,4 BRA; 240,6 C-V) are in accordance with the requirements of Brazilian legislation (30 mg/100 mL A.A for aldehydes; 360 mg/100 mL A.A for higher alcohols). Ethyl acetate concentration (mg/100 mL A.A) was found to be lower in samples from Brazil (24.8 BRA; 70.0 C-V). The concentrations (mg/100 mL AA) of both cations and anions were found to be: Ni2+ 0,7 (BRA) - 0,6(C-V); Se 1,6(BRA)- 0,62(C-V); Cd2+0,03 (BRA)- 0,04(C-V); Cu2+.5,6 (BRA) - 9,2 (C-V); CH3COO- 055 (BRA) - 1,3 (C-V); SO4 2- 0,07 (BRA) - 4,9 (C-V); HCO3 - 0,04 (BRA) - 9,2(C-V); e Cl- 0,56 (BRA) - 2,0(CV). Average concentrations of inorganic compounds in the samples from Brazil and from Cape-Vert differ from each other, but are in accordance with the literature, except for copper, which is in higher concentrations than allowed in both countries. By PCA analysis, groups were identified in bi-dimensional graphs, in which both artisanal and industrial samples were clearly separated
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BioprospecÃÃo e atividade biolÃgica de produtos naturais das algas marinhas vermelhas Pterocladiella capillacea e Osmundaria obtusiloba / Bioprospection of natural products from the red marine algae Pterocladiella capillacea and Osmundaria obtusiloba and their biological activities

Daniel Barroso de Alencar 15 January 2016 (has links)
Conselho Nacional de Desenvolvimento CientÃfico e TecnolÃgico / CoordenaÃÃo de AperfeÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / FundaÃÃo de Amparo à Pesquisa do Estado do Cearà / O ambiente marinho possui grande biodiversidade de algas marinhas, sendo uma rica fonte natural de muitos compostos biologicamente ativos, como, compostos orgÃnicos volÃteis, carotenoides, clorofilas, ficobilinas, terpenos, esteroides, compostos fenÃlicos, alcaloides, polissacarÃdeos, vitaminas e Ãcidos graxos saturados e poli-insaturados, tornando-as cada vez mais procuradas para fins comerciais. O objetivo deste trabalho foi realizar bioprospecÃÃo e avaliar atividades biolÃgicas de produtos naturais das algas marinhas vermelhas Pterocladiella capillcea e Osmundaria obtusiloba. Os extratos etanÃlicos a 70% (EtOH 70%) das algas apresentaram os maiores valores do conteÃdo fenÃlico total (CFT) comparados aos extratos hexÃnicos (Hex). Os resultados do DPPH dos extratos Hex e EtOH 70% da O. obtusiloba foram maiores (43,46% e 99,47%) do que aqueles da P. capillacea (33,04% e 40,81%), na concentraÃÃo de 1.000 μg/mL. Quanto à habilidade de quelaÃÃo de Ãons ferrosos (FIC), observou-se um comportamento inverso, os extratos da P. capillacea apresentaram atividade superior aos da O. obtusiloba. Todos os extratos apresentaram um baixo poder de reduÃÃo de Ãons fÃrricos (FRAP), com variaÃÃo da densidade Ãptica entre 0,054 e 0,180. As atividades antioxidantes de todos os extratos algÃceos, avaliadas pela degradaÃÃo do β-caroteno (BCB), foram superiores a 40%. NÃo foi observada atividade antibacteriana contra as estirpes bacterianas testadas. Entretanto, os extratos das duas espÃcies foram capazes de aglutinar cÃlulas bacterianas Gram positivas de Staphylococcus aureus e Gram negativas de Escherichia coli, Salmonella sorovar Infantis multirresistente e Vibrio harveyi. Os compostos orgÃnicos volÃteis (COVs) e os Ãcidos graxos das algas marinhas vermelhas P. capillacea e O. obtusiloba foram analisados qualitativamente por cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas (CG-EM) e quantitativamente por cromatografia gasosa (CG) equipada com detector de ionizaÃÃo de chama (DIC). Quanto aos COVs, ao todo foram identificados 31 constituintes diferentes nas espÃcies de algas, sendo alguns deles comuns Ãs duas. Em P. capillacea, dos 21 constituintes identificados, os majoritÃrios foram hexanal (50,4%), 2-pentilfurano (9,2%) e heneicosano (8,8%). Em O. obtusiloba dos dos 21 constituintes identificados, os majoritÃrios foram heneicosano (57,3%), hexanal (20,5%) e 1-pentadeceno (2,6%). Nove Ãcidos graxos foram identificados por CG-EM nas duas espÃcies. Em P. capillacea, os Ãcidos graxos majoritÃrios foram Ãcido palmÃtico (88,8%), Ãcido oleico (3,1%), Ãcido araquidÃnico (2,0%) e Ãcido eicosapentaenoico (1,9%). Em O. obtusiloba, os Ãcidos palmÃtico (55,6%), eicosapentaenoico (9,1%), oleico (8,9%) e araquidÃnico (8,5%) foram os majoritÃrios. A capacidade de sequestro do radical DPPH dos Ãcidos graxos apresentou uma atividade moderada variando de 25,90% a 29,97%. Os Ãcidos graxos de P. capillacea (31,18%) apresentaram uma moderada atividade FIC e os de O. obtusiloba (17,17%), fraca. O FRAP dos Ãcidos graxos de P. capillacea e O. obtusiloba apresentou baixa atividade. Com relaÃÃo ao BCB, a alga P. capillacea apresentou uma atividade de 61,24% na concentraÃÃo de 12,5 μg/mL e O. obtusiloba apresentou uma atividade de 49,13% na concentraÃÃo de 50 μg/mL. Este à o primeiro relato sobre identificaÃÃo e quantificaÃÃo de COVs, de compostos lipofÃlicos em extratos brutos das rodÃfitas P. capillacea e O. obtusiloba na costa Nordeste do Brasil. / There is a great diversity of seaweeds in marine environment that are natural rich sources of a variety of biologically active compounds, such as, volatile organic compounds, carotenoids, chlorophyls, phycobillins, terpenes, steroids, phenolic compounds, alkaloids, polysaccharides, vitamins, saturated and unsaturated fatty acids, one reason for becoming desirable for commercial uses. The objective of this work was to carry on a bioprospection and the evaluation of the biological activity of the natural products from the red marine algae Pterocladiella capillacea and Osmundaria obtusiloba. The 70% ethanolic extracts (70% EtOH) from both species showed higher values of total phenolic compounds (TPC) than hexanic (Hex) ones. The results of DPPH of both extracts, Hex and 70% EtOH, from O. obtusiloba were higher (43.46% and 99.47%) than those from P. capillacea (33.04% and 40.81%), at 1,000 μg/mL concentration. In contrast, the ferrous ion chelation (FIC) activity from P. capillacea extracts was superior to those of O. obtusiloba. All extracts showed low ferric ion reduction (FRAP) activity, with optical density varying from 0.054 to 0.180. The antioxidant activities of all agal extracts, measured by β-carotene bleaching (BCB), were above 40%. No antibacterial activity was observed against the tested strains. However, the extracts of both algae were capable of agglutinating bacterial cells: Gram positive Staphylococcus aureus and Gram negative Escherichia coli, multi-resistant Salmonella sorovar Infantis and Vibrio harveyi. The volatile organic compounds (VOCs) and the fatty acids of the red marine algae P. capillacea and O. obtusiloba were analyzed qualitatively by gas chromatography-mass spectrometry (GC-MS) and quantitatively by gas chromatography with a flame ionization detector (GC-FID). Thirty-one different VOCs were identified in these alga species, some of which are common to both. In P. capillacea, out of twenty-one identified compounds, the major were hexanal (50.4%), 2-pentylfuran (9.2%), and heneicosane (8.8%). On the other hand, in O. obtusiloba, out of twenty-one identified compounds, the major were heneicosane (57.3%), hexanal (20.5%) and 1-pentadecane (2.6%). Nine fatty acids were identified by GC-MS in the two species. In P. capillacea, the principal fatty acids were palmitic acid (88.8%), oleic acid (3.1%), arachidodic acid (2.0%), and eicosapentaenoic acid (1.9%). In O. obtusiloba, palmitic acid (55.6%), eicosapentaenoic (9.1%), oleic (8.9%), and arachidonic (8.5%) were the most important fatty acids found. The scavenging of DPPH free radical of the fatty acids from both species showed a moderate activity, which varied from 25.90% to 29.97%. Fatty acids obtained from P. capillacea (31.18%) exhibited moderate FIC activity, whereas those from O. obtusiloba (17.17%), just weak. The FRAP measured from the fatty acids from both P. capillacea and O. obtusiloba showed low activity. Considering the BCB, the activity of P. capillacea was 61.24% in the 12.5 μg/mL concentration, and for O. obtusiloba, BCB activity was 49.13% in the 50 μg/mL concentration. This is the first report on the identification and quantification of VOC, from crude extracts of the red marine algae P. capillacea and O. obtusiloba, collected in the Northeast coast of Brazil.

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