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Aspectos fitossociológicos e pedológicos de três superfícies de degradação do Rio Guaraguaçu, Litoral do ParanáSvolenski, Augusto Cesar 11 November 2013 (has links)
Este trabalho, realizado às margens do rio Guaraguaçu, nos municípios de Pontal do Paraná e Matinhos, objetivou detectar as variações florísticas e estruturais de uma comunidade componente de um estágio arbóreo da hidrossere (Formação Pioneira com Influência Fluvial), em relação ao afastamento do rio, situada sobre três superfícies de agradação. Utilizou-se o método de parcelas de área fixa, posicionadas seqüencialmente a partir da margem e em direção oposta ao rio. Amostras de solos foram analisados em laboratório. Os resultados fitossociológicos foram relacionados com os tipos de solo e suas características. Na área predominam os ORGANOSSOLOS HÁPLICOS típicos distróficos profundos e, em menor ocorrência, os NEOSSOLOS FLlMCOS Th distróficos típicos A húmico epi-hístico. Foram identificadas 50 espécies , distribuídas em 22 famílias botânicas. A espécie dominante nas três superfícies foi Myrcia insularis Gardn. (Myrtaceae), com valores de importância muito superiores aos das demais espécies presentes. Constatou-se elevado grau de similaridade entre as comunidades das três superfícies de agradação e alta riqueza florística, esta em função da presença de espécies de comunidades mesófilas vizinhas, porém pouco expressivas em quantidade, e à elevada abundância de M. insularis. A estrutura e a composição florística das comunidades não variaram significativamente com o afastamento das margens do rio, nem com as diferentes classes de solos. Pequenas variações nestes parâmetros são atribuídas a distúrbios naturais (quedas de árvores) e à maior elevação de determinados locais em relação aos demais, proporcionando um período menor de saturação hídrica. De modo geral, os valores de cobertura de Tabebuia cassino ides (Lam.) DC estão inversamente relacionados com os de Myrcia insularis e Marlierea tomentosa Camb., atingindo seus maiores valores próximo às margens do rio, onde a luminosidade é maior. Verificou-se que 20,65% das árvores vivas medidas neste trabalho possuem mais de um fuste, onde M. insularis (54,66%), M. tomentosa (22,30%) e T. cassino ides (4,90%) foram as espécies que possuem os maiores números de indivíduos com esta característica. Para M. insularis, esta estratégia parece estar relacionada com a adaptação em ocupar o ambiente, uma vez que grande parte de suas árvores estava sempre inclinada ou deitada sobre o solo, donde partiam estas rebrotas. Conclui-se que o ambiente seletivo condiciona a um pequeno número de espécies adaptadas, dentre as quais M. insularis, e que a comunidade estudada pode não evoluir para condições mésicas, enquanto predominar a influência constante do rio Guaraguaçu, podendo ser considerada o estágio de equilíbrio para o ambiente atual.
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