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Ciberativismo do consumidor: retaliação e vingança em comunidades virtuais antimarca

Albuquerque, Fábio Manoel Fernandes de 16 August 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-16T14:48:52Z (GMT). No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 1299287 bytes, checksum: 5b3ea9046612b3ca8bff78390ab32c67 (MD5) Previous issue date: 2010-08-16 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The advent of computer-mediated communication and digital social networks tools in cyberspace, has modified the form of social participation, expanded the influences in the building of consumption experiences and enhanced the power of consumers in contemporary society. Unhappy consumers start to gather in virtual communities and forums to denounce, protest and publicly repudiate failures and injustices in relations of consumption. Marketing literature has shortly investigated antibranding virtual communities, which are freely formed on social networking websites and attract consumers who have motivations against brands, products and services. This study sought to understand the causal relationships between retaliation, revenge and anticonsumption cyberactivism in virtual antibranding communities. The adopted method in empirical research was netnography, which consists of an adaptation of the ethnography from cultural anthropology applied to the study of online relationship networks, thus providing, in particular, qualitative and interpretive research of the cultural and symbolic aspects of consumption patterns shared by a group of people who gather in cyberspace. As specific cases of analysis, we chose to study five antibranding communities on the popular virtual-social relationship tool Orkut. From the analysis of the content of reports and conversations between members in this type of social computer-mediated aggregation, we identified four motivating factors of retaliation and revenge (service failure, failure in recovering customers, perceived injustice post-complaint and costs and losses), four retaliation behaviors (consumption prevention, personal attack, threat and cynicism), five revenge behaviors (avoidance of the brand, betrayal, boycott, causing losses and activism); four motivating factors of anti-consumerism cyberactivism (concerning about the overall impact of consumption, resistance to the exploitation of consumption, concerning about voluntary simplicity, and rejection of the brand); and two factors that characterizes the anti-consumption counter-cyberactivism in virtual antibranding communities (defense of the target-brand and dissociation between the consumption of target-brand and cultural alienation), which validates and extends theoretical models established in the literature about consumer behavior. The study reveals that virtual antibranding communities allow consumers to assume roles of social consumption activists, or antibranding and anti-consumerism cyberactivists. Finally, the results suggest the existence of causal and interdependent connections between retaliation, revenge and cyberactivism of consumers in antibranding virtual communities, constituting the anticonsumption as a link between the three constructs analyzed. / O advento da comunicação mediada por computador e das ferramentas de redes sociais digitais no ciberespaço, modificou a forma de participação social, ampliou as influências na construção de experiências de consumo e potencializou a força do consumidor na sociedade contemporânea. Consumidores descontentes passam a se reunir em comunidades e fóruns virtuais para denunciar, protestar e repudiar publicamente falhas e injustiças nas relações de consumo. Pouco da literatura de Marketing tem investigado as comunidades virtuais antimarca, que se formam livremente em sites de relacionamentos sociais e atraem consumidores que apresentam motivações contrárias a marcas, produtos e serviços. O presente estudo buscou compreender as relações causais entre retaliação, vingança e ciberativismo anticonsumo em comunidades virtuais antimarca. O método adotado na investigação empírica foi a netnografia, que consiste em adaptação da etnografia da antropologia cultural ao estudo das redes de relacionamentos online, assim proporcionando, em especial, investigação qualitativa e interpretativa de aspectos culturais e simbólicos dos padrões de consumo compartilhados por um grupo de pessoas que se reúnem no ciberespaço. Como caso específico de análise, optou-se por estudar cinco comunidades antimarca presentes na popular ferramenta de relacionamentos sociais virtuais Orkut. A partir da análise de conteúdo de relatos e conversações de membros neste tipo de agregações sociais mediadas por computador, identificaram-se quatro fatores motivadores da retaliação e vingança (falha no serviço, falha na recuperação de clientes, injustiça percebida pós-reclamação e custos e perdas); quatro comportamentos de retaliação (prevenção ao consumo, ataque pessoal, ameaça e cinismo); cinco comportamentos de vingança (evasão da marca, traição, boicote, provocar perdas e ativismo); quatro fatores motivadores de ciberativismo anticonsumo (preocupação com o impacto global do consumo, resistência à exploração do consumo, preocupação com a simplicidade voluntária, e rejeição à marca); e dois fatores que caracterizam o contraciberativismo anticonsumo em comunidades virtuais antimarca (defesa da marca-alvo e dissociação entre o consumo da marca-alvo e alienação cultural), o que faz validar e estender modelos teóricos estabelecidos na literatura de comportamento do consumidor. O estudo revela que as comunidades virtuais antimarca permitem aos consumidores assumirem papéis de ativistas sociais do consumo, ou ciberativistas antimarca e anticonsumo. Por fim, os resultados evidenciam a existência de relações causais e interdependentes entre retaliação, vingança e ciberativismo de consumidores em comunidades virtuais antimarca, constituindo-se o anticonsumo como elo de ligação entre os três construtos analisados.

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