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O CONCEITO KANTIANO DE MAL RADICAL E O RESGATE DA DISPOSIÇÃO ORIGINÁRIA PARA O BEM / THE KANTIAN CONCEPT OF RADICAL EVIL AND THE RANSOM OF THE ORIGINAL DISPOSITION FOR THE GOODPinheiro, Letícia Machado 27 February 2007 (has links)
The aim of this dissertation is to reconstruct the concept of radical evil (das radikale Böse) treated by Kant in his writing On the radical evil in human nature (Über das radicale Böse in der menschlichen Natur), which was published in 1792. Starting from the data provided by this text, the terms in which Kant discusses both the problem of moral evil in
the proper sense (conceived as radical), and the possibility of a human progress with regard to morality, are explicated. In that thematic, Kant introduces some concepts which pertain
exclusively to the question of evil, among them, the concept on intention (Gesinnung), the concepts of inclination towards the evil (Hang zum Bösen) and of disposition to the good
(Anlage zum Guten), also the ideas of revolution and gradual reform (as means to realize moral progress), and finally a new definition of nature. Even if it uses its proper terms, the
writing on the evil keeps many basic concepts which Kant had introduced in earlier writings. For this reason, the dissertation does not limitate itself to the writing On the radical evil, but
also treats of other kantian works, which serves two purposes: first, an explicative one, clarifying questions already well established in kantian philosophy; and secondly, a
comparative one, both in relation with terms which receive a different meaning, and with regard to changes of the claims made, which reflect the new context and follow a different
configuration. This is the horizon which the present dissertation is itended to reconstruct and within which it locates itself. Regarding the question of the evil (and its qualification as radical), various other questions are discussed in a specific manner, for instance, the origin of evil, the responsibility of man for its existence, the notions of virtue (both in the moral and in the legal sphere), the concept of evil action, the idea of moral education, and finally, the function of religion as supporting and stabilizing good moral conduct. These questions were harmonized as far as possible, and reconstructed from the point of view which caracterizes kantian philosophy: the critical-systematic point of view. / A presente Dissertação é uma reconstrução do conceito de mal radical (Radicale Böse) tratado por Kant em seu artigo Sobre o mal radical na natureza humana (Über das radicale Böse in der menschlichen Natur), publicado em 1792. A partir dos dados desse texto o que se fez foi explicitar em que termos Kant aborda tanto a questão do mal moral
propriamente dito (concebido posteriormente como radical), como também a da possibilidade de um progresso humano no que tange à moralidade. Nessa tratativa, Kant introduz algumas noções que são exclusivas à problemática do mal, entre elas, o conceito de intenção (Gesinnung), as noções de propensão para o mal (Hang zum Bösen) e de disposição para o bem (Anlage zum Guten), também as idéias de revolução e de reforma gradual (como meios de se alcançar o progresso moral), e, enfim, uma nova definição de natureza. Embora se sirva de termos exclusivos, o artigo sobre o mal mantém muitas das noções básicas desenvolvidas por Kant em obras anteriores. Daí porque a Dissertação não se restringe ao artigo Sobre o mal radical, mas se estende por outras obras em busca de recorrências feitas com dois objetivos bem precisos: um, elucidativo, em que se apresenta questões já plenamente consolidadas na filosofia kantiana; outro, comparativo, seja em relação a termos que adquiriram um sentido distinto, seja em vista de alterações propositivas, repensadas diante de um novo contexto e submetidas a uma nova configuração. Esse é o horizonte que esta Dissertação busca reconstruir e dentro do qual se insere. Relativo à questão do mal (e de seu qualificativo de radical), várias outras questões são tratadas de modo específico, por exemplo, a origem do mal, a imputabilidade do homem pela sua existência, as noções de virtude (concebidas tanto no domínio moral quanto no campo legal), o conceito de ação viciosa, a idéia de uma educação moral e, além dela, a função da religião como fomentadora e mantenedora de uma boa conduta moral. Essas questões, na medida do possível, foram harmonizadas entre si e reconstruídas pelo ponto de vista próprio da filosofia de Kant: o crítico-sistemático.
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