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Três defesas do externalismo epistêmico

Lopes, Arthur Viana 29 September 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2015-05-14T12:12:02Z (GMT). No. of bitstreams: 1 arquivototal.PDF: 592160 bytes, checksum: 1e3e2e63a1177515b3803954795fa703 (MD5) Previous issue date: 2010-09-29 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The purpose of this dissertation is to defend the position known in epistemic literature as epistemic externalism. This position essentially consists in the thesis that some of the features which determine when a belief is a case of knowledge or a case of justified belief are external to the epistemic agent, i.e., they are not internal states of the agent, nor need to be consciously accessed by him. We neither criticize any particular internalist theory, nor advocate a particular externalist theory. Instead, we discuss three different topics that work as a general motivation for adopting externalism. The option for these topics is guided by an interest in naturalistic epistemology and in recent discussions of epistemology. First, we discuss the use of cases the description of imaginary cases with the intent to emphasize the intuition of a particular proposition or to show the counterintuitive consequence of a theory in the debate between internalists and externalists. We try to provide a sort of psychological diagnosis of the use of this intuitive tool and argue that the literature on concepts psychology suggests an advantage for externalist theories. Second, we discuss the contextualist approach about the skeptical paradox and its relation to conceptual analysis. We argue that a semantic approach fails to solve the paradox and that the proper understanding of its origin, and also an invariantist rejection of the contextualist approach, provide a motivation to accept the externalist solution of the problem. At last, we deal with John Pollock s criticism against externalism the idea that a proper naturalistic theory of justification has to be internalist. We analyze whether his refutation really affects all form of externalism, particularly, process reliabilism. We present Pollock s procedural theory of epistemic norms, and discuss if the reasons he presents can actually refute process reliabilism. We claim that the reasons presented do not really put Pollock s project in an advantage. / A proposta deste trabalho é defender a posição conhecida na literatura epistemológica como externalismo epistêmico. O externalismo epistêmico consiste essencialmente na tese de que alguns dos fatores que determinam quando uma crença constitui um caso de conhecimento ou um caso de crença justificada são externos ao agente epistêmico, i.e., não são estados internos ao sujeito, nem precisam ser acessados conscientemente por ele. Nós não atacamos nenhuma teoria particular do internalismo, ou mesmo defendemos uma teoria externalista particular. Em lugar disto, discutimos três tópicos distintos que servem de motivação geral para a adoção do externalismo. A escolha destes tópicos é guiada pelo interesse em uma epistemologia naturalizada e em discussões recentes da epistemologia. Primeiro, nós discutimos a utilização da análise de casos a descrição de casos imaginários com a intenção de salientar a intuição de uma proposição particular ou mostrar a consequência antiintuitiva de uma teoria no debate entre internalistas e externalistas. Nós tentamos fornecer uma espécie de diagnóstico psicológico sobre o uso desta ferramenta intuitiva e argumentamos que a literatura em psicologia de conceitos sugere um favorecimento a teorias externalistas. Segundo, nós discutimos a abordagem contextualista sobre o paradoxo cético e sua relação com a análise conceitual. Nós argumentamos que uma abordagem semântica falha em resolver o paradoxo e que a compreensão adequada de sua origem, assim como uma rejeição invariantista da posição contextualista, fornece uma motivação para aceitarmos a solução externalista do problema. Por último, nós tratamos da crítica de John Pollock ao externalismo, que consiste justamente na ideia de que uma teoria de justificação naturalista adequada deve ser internalista. Nós analisamos se sua refutação realmente atinge toda forma de externalismo e, em particular, o confiabilismo de processo. Nós apresentamos a teoria procedimental de normas epistêmicas de Pollock e discutimos se as razões que ele apresenta podem realmente refutar o confiabilismo de processo. Nós defendemos que as razões que são apresentadas não colocam realmente o projeto de Pollock em vantagem.
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CONFIABILISMO EM ALVIN GOLDMAN / RELIABILITY IN ALVIN GOLDMAN

Rodrigues, Emanuele Abreu 26 August 2009 (has links)
We assume that the central focus of epistemology is propositional knowledge (S knows that P). However, since some true beliefs are true by accident, the central question raised by epistemologists is: What becomes a mere true belief into knowledge? There are several answers to this question, many of them conflicting with each other. Among the answers we find two perspectives that compete with each other as the necessary and sufficient conditions for knowledge, namely, the internalist and externalist perspectives. For the epistemological externalism mind the external factors in the formation of belief. The research aims to discuss some issues that connect externalism a proper way of thinking about truth and what we do when we take a belief to be true. The theoretical discussion will use the externalist perspective of Alvin Goldman seeking a normative theory of justification, assuming that a belief is caused by a reliable process. Goldman, for example, states that the explanation of justified belief is necessary for knowledge and is closely related to it. Asserts that the term "justified" is an evaluative term and any correct definition or synonym for "justified" would also be an evaluative term. Thus, Goldman seeks a normative theory of justification for such a search to specify the conditions for substantive epistemic belief. However, he said conditions should be a non-epistemic, that is, necessary and sufficient conditions that do not involve any epistemic notions. Goldman complains that most of the time it is assumed that someone has a justified belief because that person knows that the belief is justified and know what is the justification. This means that justification is an argument or a set of reasons that can be given in favor of a belief, but it just tells us that the nature of justified belief with regard to what a person might say if asked to defend or justify belief. Instead, Goldman thinks that a belief is justified only by some process or property that makes it justified. / Partiremos do pressuposto que o foco central da epistemologia é o conhecimento proposicional (S sabe que P). Entretanto, uma vez que algumas crenças verdadeiras são verdadeiras por acaso, a questão central formulada pelos epistemólogos é a seguinte: O que converte a mera crença verdadeira em conhecimento? Existem diversas respostas para essa questão, muitas delas conflitantes entre si. Entre as respostas encontramos duas perspectivas que competem entre si quanto às condições necessárias e suficientes para o conhecimento, a saber, as perspectivas internalista e externalista. Para o externalismo epistemológico importam os fatores externos na formação da crença. A pesquisa procura discutir algumas questões que conectam o externalismo a uma adequada maneira de pensar sobre a verdade e o que fazemos quando tomamos uma crença como sendo verdadeira. Como referencial teórico utilizaremos a perspectiva externalista de Alvin Goldman que busca uma teoria normativa da justificação, pressupondo que uma crença é originada por um processo confiável. Goldman, por exemplo, afirma que a explicação da crença justificada é necessária para o conhecimento e está intimamente relacionada a ele. Assevera que o termo justificada é um termo valorativo e qualquer definição correta ou sinônimo de justificada seria também um termo valorativo. Assim, Goldman busca uma teoria normativa da justificação, para tal procura especificar as condições substantivas para a crença epistêmica. Contudo, afirma que tais condições deverão ser condições não epistêmicas, isto é, condições necessárias e suficientes que não envolvem quaisquer noções epistêmicas. Goldman critica que na maioria das vezes se assume que alguém tem uma crença justificada porque essa pessoa sabe que a crença é justificada e sabe qual é a justificação. Isso significa dizer que a justificação é um argumento ou um conjunto de razões que podem ser dadas a favor de uma crença, mas isso simplesmente nos diz que a natureza da crença justificada diz respeito ao que uma pessoa poderia dizer se fosse solicitada a defender ou justificar sua crença. Ao contrário, Goldman pensa que uma crença só é justificada através de algum processo ou propriedade que a torna justificada.

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