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"Fatores Associados à Resposta Imunologica Paradoxal ao Tratamento Antirretroviral em Pacientes com AIDS em Ambulatórios de Doenças Infecciosas".CASOTTI, J. A. S. 02 December 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-12-02 / A terapia antirretroviral de alta eficácia (HAART) reduziu a morbimortalidade da Aids, além de reduzir a carga viral do HIV (CVHIV) e aumentar a contagem dos linfócitos T-CD4+ (CD4). Entretanto, 8 a 42% dos pacientes evoluem com resposta imunológica paradoxal (RIP) descrita pela ausência de elevação de CD4 com CVHIV indetectável por mais de um ano. Com a finalidade de determinar a prevalência da RIP e verificar os fatores associados à sua ocorrência, conduziu-se um estudo empregando duas metodologias: corte transversal e caso-controle, respectivamente. No centro de atendimento especializado SAE - do Hospital Universitário de Vitória-ES, com 934 pacientes em uso de HAART. Os dados de abril a setembro de 2009 foram coletados em uma ficha padronizada e testada contendo as variáveis do estudo. Foram considerados casos os pacientes com RIP, definidos como CD4 < 350 cel/mm3 e carga viral indetectável, em uso de HAART por pelo menos um ano. Os controles foram pacientes com CD4 ≥ 350 cel/mm3 e carga viral indetectável em uso de HAART por pelo menos um ano. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Espírito Santo. Para a análise estatística, foi utilizada metodologia descritiva e modelo de regressão logística binária uni e multivariada. Identificou-se 51 casos de RIP, perfazendo uma prevalência de 9% (Intervalo de Confiança 95%: 6,6% a 11,4%). Para o estudo caso-controle, 39 casos preencheram os critérios de elegibilidade específicos desse estudo e foram pareados com 160 controles. As variáveis com p-valor<0,1 na análise bivariada foram inseridas no modelo estatístico multivariado (modelo teórico hierarquizado). As variáveis significantes após análise multivariada foram: o tempo total de uso de HAART em meses, com odds ratio (OR) de 0,981 [intervalo de confiança 95% (IC) 0,96-0,99], o valor absoluto do CD4 mais baixo (nadir) já apresentado pelo paciente (OR 0,985; IC 95% 0,97-0,99), e o tempo da carga viral do HIV indetectável em meses (OR 0,969; IC 95% 0,94-0,99). Assim, a prevalência (9%) mostrou-se semelhante aos dados da literatura. Comportaram-se como fatores de proteção o tempo de uso de HAART, o valor do CD4 nadir e o tempo de CVHIV indetectável. Para cada mês a mais de tempo de uso das medicações e de CVHIV indetectável, ocorre um decréscimo de 1,9% e 3,1% no risco de RIP, respectivamente. Para
cada acréscimo de uma célula CD4 nadir, ocorre um decréscimo no risco de ocorrer RIP de 1,5%, ou para cada 100 células de aumento no CD4 nadir, diminui o risco de RIP em 77,7%. A adesão ao tratamento pode ser considerada um fator indiretamente relacionado à ocorrência de RIP se for considerado que quanto maior o tempo de CVHIV indetectável menor o risco de RIP. É possível inferir, ainda, que evitar o início tardio de HAART com valores muito baixos de CD4 pode reduzir a ocorrência da RIP, corroborando as novas ponderações a favor de iniciar o HAART com CD4 cada vez mais elevados.
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