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Divergência, insurgência e convergência: uma análise da trilogia Divergente sob a luz das distopias modernas e contemporâneasPereira, Ânderson Martins 23 February 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-02-23 / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul - FAPERGS / Na contemporaneidade, o corpo tem sido largamente discutido e industrializado. As distopias contemporâneas têm tornado mais agudas as problemáticas do corpo em suas narrativas, uma vez que o gênero distopia é extremamente arraigado à sociedade que o concebe, transpondo para a história os
temores dessa coletividade de forma pungente e em narrativas que em geral se projetam para o futuro da humanidade. Estabelecida a relação direta entre distopia e sociedade, este trabalho baseia-se na concepção de Eduardo Marks de Marques, na qual existem três vertentes na constituição do gênero. A fase atual ou terceira fase distópica tem sido vigente nos últimos trinta anos e tem por característica
elementar a discussão de corpos erigidos a partir de um ideal capitalista de perfeição. Sob esta perspectiva, os romances Divergente (2012), Insurgente (2013) e Convergente (2014), escritos por Veronica Roth, se apropriam de elementos distópicos de obras clássicas. Entre estes elementos pode-se listar o apagamento da história, soros para contenção e identificação social e criação de uma nova
sociedade dentro de outra já estabelecida. Neste viés, pretende-se estabelecer uma comparação entre os romances da trilogia Divergente, que se enfocam na transfiguração do corpo, e alguns romances distópicos clássicos que são centradas em uma crítica às políticas sociais. A partir das conexões com estes dois momentos do gênero e também a partir de algumas utopias, este trabalho pretende verificar
como elementos sociais são traduzidos na narrativa de Veronica Roth, tendo em vista a troca da problemática política para a do corpo transfigurado. / In the contemporaneity, the body has been widely discussed and industrialized. The contemporary dystopias have made more acute the issues of body in their narratives, since the genre dystopia is extremely ingrained to the society that conceives it by transposing into a story the fears of this collectivity in a pungent way and in narratives that generally project themselves to the future of humankind. Having established the direct relationship between dystopia and society, this work is based on the conception of Eduardo Marks de Marques, in which there are three strands in the constitution of the genre. The present phase or third dystopian turn has been in force for the last thirty years and has, as an elementary
characteristic, the discussion of bodies erected from a capitalist ideal of perfection. In this perspective, the novels Divergent (2012), Insurgent (2013) and Convergent (2014), by Veronica Roth, update dystopian elements from classic works. Among the elements there can be enlisted the history erasing, the sera for containment and social identification and the creation of a new society within another already established. In this bias, we seek to establish a comparison between the novels of the Divergent Trilogy, which focuses on the transfiguration of the body, and some classic novels that are centered on a critique of social policies. From the connections with these two moments of the genre and also from another classic utopias, this work aims to verify how social elements are translated in the narrative of Veronica Roth, in view of the exchange of the political problematic for a transfigured body.
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