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O fantástico e memória social na obra Pedro Páramo, de Juan Rulfo.Pedroso, Bernadet Korzun 26 February 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-02-26 / This study aims to verify how the fantastic elements and the narrative
composition of Pedro Páramo (1995) are done aesthetically. We intend to
reflect about the proportion that the work finishes the perspectives of
contemporary latin american narrative and joins it in a social memory. The
concept of fantastic used for the present study is based on Todorov (1975),
which recognizes it as a time of hesitation caused in the reader as a reflection
of the narrative. The inherent hesitation in the fantastic corresponds to the
unfinished dialog between the rational and the nonrational, to the imbalance
between reality and the supernatural, to the unbelievable reasonableness
caused by the occurrence of the supernatural and its consequent questioning.
In this perspective, we looked for theoretical support in the reflections proposed
by the Cuban Alejo Carpentier (1954), when it comes to the wonderful realism
as opposition to the wonderful proposed by surrealists. It is important to detach
that, in the context of the latin american literature production, the notion of
wonderful real would be a result of the cultural mix of Latin America, according
to Alejo Carpentier. It is observed, in Pedro Páramo, a rupture attempt and
reversal with the hierarchy and traditional aesthetics of text, as the plausible
and implausible are incorporated, thus distorting ritual practices of speeches
until then practiced and inaugurate a new poetic way, where minorities are
convened to integrate the new discursive woof and to contribute in the
deconstruction of hegemonic discourse in Latin- American context. Pedro
Páramo is alongside other works responsible by the revolution in the sense of
contravening the rules in the style of writing and in the form of addressing the
issue of Latin American culture. / Esta pesquisa almeja verificar como se realizam esteticamente elementos do
fantástico e a composição narrativa na obra Pedro Páramo, de 1955, de Juan
Rulfo. Pretende-se refletir em que medida a obra encerra perspectivas da
narrativa contemporânea latino-americana e abarca uma memória social. O
conceito de fantástico empregado para o presente trabalho está fundamentado
em Todorov (1975), que o reconhece como tempo de hesitação provocada no
leitor como reflexo da narrativa. A hesitação inerente ao fantástico corresponde
ao diálogo inconcluso entre o racional e o não racional, ao desequilíbrio entre a
realidade e o sobrenatural, ao verossímil inacreditável causado pela ocorrência
do sobrenatural e seu consequente questionamento. Nessa perspectiva,
buscou-se também respaldo teórico nas reflexões do cubano Alejo Carpentier
(1954), quando o mesmo trata do realismo maravilhoso como oposição ao
maravilhoso proposto pelos surrealistas. Cabe destacar que, no contexto da
produção literária latino-americana, a noção de real maravilhoso seria uma
resultante da mestiçagem cultural da América Latina, segundo Alejo Carpentier.
Observa-se, em Pedro Páramo, uma tentativa de rompimento e de inversão
com a hierarquia e com a estética tradicional do texto, à medida que o
verossímil e o inverossímil se incorporam, subvertendo as práticas ritualizadas
dos discursos até então praticados e inauguram um novo fazer poético, onde
as minorias são convocadas a integrar a nova trama discursiva e a contribuir na
desconstrução do discurso hegemônico no contexto latino-americano. Pedro
Páramo coloca-se ao lado de outras obras responsáveis pela revolução no
sentido de transgressão às normas vigentes de estilo da escrita e na forma de
abordar a temática cultural da/na América Latina.
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