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Parasitologia, toxicidade e evermifugação com formol e histopatologia de juvenis da tainha Mugil PlatanusPahor Filho, Eduardo January 2010 (has links)
Dissertação(mestrado)-Universidade Federal do Rio Grande, Programa de Pós-Graduação em Aqüicultura, Instituto de Oceanografia, 2010. / Submitted by Cristiane Silva (cristiane_gomides@hotmail.com) on 2012-07-27T17:53:57Z
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Previous issue date: 2010 / Considerando a importância da tainha Mugil platanus Günther, 1880 como fonte de alimento e alternativa de emprego para comunidades locais, este estudo objetiva estabelecer a fauna parasitária e a forma de utilização de M. platanus pelos parasitos, definir a toxicidade do formol e a concentração eficaz para erradicar ou mesmo minimizar a parasitose e, por último, verificar quais as lesões causadas pelo formol e/ou pelos parasitos em juvenis da tainha M. platanus. Quarenta juvenis de tainha M. platanus com peso 1 ± 0,26g e comprimento 4,1 ± 0,4cm foram coletados em arroio na Praia do Cassino, no município de Rio Grande - RS - Brasil. Os hospedeiros foram necropsiados e os ectoparasitos foram fixados em formol 5 %, corados, clarificados e posteriormente montados em lâminas permanentes com bálsamo do Canadá para identificação. Outros foram montados em meio de Grey-Wess para verificação de estruturas esclerotizadas. Os endoparasitos foram fixados em AFA e corados em carmim de Semichon, clarificados e posteriormente montados em lâminas permanentes com bálsamo do Canadá para identificação. Foram identificados Ligophorus cf. uruguayense (Monogenoidea: Ancyrocephalidae) e Solostamenides cf. platyorchis (Monogenoidea: Microcotylidae) nas brânquias. Foram reportados Digenea e Nematoda nos intestinos. A prevalência (P %) de L. cf. uruguayense foi 100 %, a intensidade de infestação (II) variou entre 2 e 110, a intensidade média de infestação (IMI) foi 23,4 e a abundância média (AX) foi 23,4. A prevalência (P %) de S. cf. platyorchis foi 10 %, a intensidade de infestação (II) variou entre 1 e 3, a intensidade média de infestação (IMI) foi 1,5 e a abundância média (AX) foi 0,15. A prevalência (P %) de Digenea foi 92,5 %, a intensidade de infecção (II) variou entre 1 e 40, a intensidade média de infecção (IMI) foi 2,67 e a abundância média (AX) foi 2,47. A prevalência (P %) de Nematoda foi 6,7 %, a intensidade de infecção (II) foi 1, a intensidade média de infecção (IMI) foi 1 e a abundância média (AX) foi 0,07. Os elevados índices de infestação por Monogenoidea e de infecção por Digenea apontam o potencial dano que estes parasitos podem representar nos cultivos. Para analisar a toxicidade do formol para M. platanus e a eficácia deste quimioterápico no controle de parasitos, foram realizados quatro experimentos. Os juvenis foram mantidos em béqueres de 1 L, densidade 8 peixes/ béquer, temperatura da água 21 °C, fotoperíodo 12 h, salinidade da água 5, aeração suave e constante e mantidos em jejum e em observação para análise da sobrevivência. Para determinar a toxicidade do formol aos juvenis foi realizado um teste de toxicidade aguda 96 h, em que os tratamentos foram um controle (sem adição de formol na água) mais 5 concentrações: T1 (5), T2 (8), T3 (15), T4 (30) e T5 (50) mg/L de formol em triplicata. Para verificar a eficácia no controle parasitário foi administrado um banho profilático de 1 h de formol, em que os tratamentos foram um controle (sem adição de formol na água) mais 5 concentrações: T1 (25), T2 (50), T3 (100), T4 (150) e T5 (200) mg/L de formol na água em triplicata. No teste letal de toxicidade aguda, não houve diferença significativa (P > 0,05) entre as réplicas e a temperatura (°C), salinidade, pH, O2 dissolvido na água (mg/L), amônia total (mg/L) e a concentração letal mediana a 50 % (CL50) em 96 h foi estimada em 20,77 mg/L de formol. No banho profilático com formalina durante 1 h, todos os tratamentos foram eficientes eliminando 100 % dos parasitos, exceto no tratamento com 25 mg/L, em que foram identificados L. cf. uruguayense em 13,33 % dos peixes. Houve 100 % de sobrevivência dos hospedeiros em todos os tratamentos, exceto na concentração 200 mg/L em que a sobrevivência foi 87,5 %. Banhos com 25 mg/L de formol durante 1 h são indicados para o controle de S. cf. platyorchis e 50 mg/L para o controle de L. cf. uruguayense, por possuir menor concentração de formol e alta sobrevivência dos peixes. Porém, nenhuma das concentrações testadas é eficiente no controle de endoparasitos. Por último, para determinar as lesões causadas nas brânquias de formol e/ou pelos Monogenoidea, três peixes de cada tratamento, provindos do banho profilático com formol para o controle de parasitoses foram encaminhados para análise histológica. Foi observado que o aumento da concentração de formol causou lesões mais graves nas brânquias. Foi observada hiperplasia leve nos animais mantidos como controle, desprendimento do epitélio respiratório no T2, hiperplasia moderada no T3, aumento da atividade opercular no T4 e necrose, natação errática e mortalidade no T5. Os resultados histopatológicos deste estudo mostram que banhos de 50 mg/L de formol durante 1 hora podem ser aplicados em juvenis de M. platanus para o controle de Monogenoidea, pois nesta concentração, as lesões histológicas causadas nos hospedeiros são leves e a sobrevivência dos juvenis é alta. / Considering the importance of mullet Mugil platanus Günther, 1880 as a food source and alternative employment for local communities, this study aims to establish the parasitic fauna and how M. platanus use by the parasites to define the toxicity of formaldehyde and the effective concentration to minimize or even eradicate the parasites and, lastly, to evaluate the damages caused by formaldehyde and/or parasites in the juvenile mullet M. platanus. Forty juvenile mullet M. platanus weighing 1 ± 0.26 g and length 4.1 ± 0.4 cm were collected in the stream at Cassino Beach, in Rio Grande - RS - Brazil. The hosts were necropsied and the parasites were fixed in 5 % formaldehyde, stained, clarified and subsequently mounted on permanent slides with Canada balsam for identification. Others parasites specimens were mounted in the middle of Gray-Wess to check sclerotic structures. The endoparasites were fixed in AFA and stained with carmine Semichon, clarified and subsequently mounted on permanent slides with Canada balsam for identification. It was identified Ligophorus cf. uruguayense (Ancyrocephalidae) and Solostamenides cf. platyorchis (Microcotylidae) in the gills. It was reported Digenea and Nematoda in the intestines. The prevalence (P %) of L. cf. uruguayense was 100 %, the intensity of infestation (II) ranged between 2 and 110, the average intensity of infestation (IMI) was 23.4 and average abundance (AX) was 23.4. The prevalence (P %) of S. cf. platyorchis was 10 %, the intensity of infestation (II) ranged between 1 and 3, the average intensity of infestation (IMI) was 1.5 and mean abundance (AX) was 0.15. The prevalence (P %) of Digenea was 92.5 %, the intensity of infection (II) ranged between 1 and 40, the average intensity of infection (IMI) was 2.67 and the average abundance (AX) was 2.47. The prevalence (P %) of Nematoda was 6.7 %, the intensity of infection (II) was 1, the mean intensity of infection (IMI) was 1 and mean abundance (AX) was 0.07. High levels of infestation Monogenoidea and infection Digenea point to the potential damage that these bodies may represent the cultures. To analyze the toxicity of formalin to M. platanus and efficacy of chemotherapy in the control of parasites, four experiments were conducted. Juveniles were kept in beakers of 1 liter, density 8 fish/beaker, water temperature 21 °C, 12 h photoperiod, water salinity 5, smooth and constant aeration and maintained at fasting and under observation for survival analysis. To determine the toxicity of formaldehyde was carried out acute toxicity test, in which the treatments were a control (no added formaldehyde in water) and 5 more concentrations: T1 (5), T2 (8), T3 (15), T4 (30) and T5 (50) mg/L of formaldehyde in triplicate. To verify the effectiveness of formaldehyde on parasite control was given a bath of 1 h of the substance in which the treatments were a control (no added formaldehyde in water) and 5 more concentrations of formaldehyde: T1 (25), T2 (50) , T3 (100), T4 (150) and T5 (200) mg/L of formaldehyde in water in triplicate. In the test lethal acute toxicity, no significant difference (P > 0.05) between treatment and temperature (°C), salinity, pH, dissolved O2 in water (mg/L), total ammonia (mg/L) and lethal concentration to 50 % of the sample (LC50) at 96 h was estimated to be 20.77 mg/L of formaldehyde. In the final bath of formaldehyde for 1 h, all treatments were efficient by eliminating 100 % of parasites, except for treatment with 25 mg/L, which were identified L. cf. uruguayense in 13.33 % of the fish. There was 100 % survival of the hosts in all treatments, except at the concentration 200 mg/L in which survival was 87.5 %. Baths with 25 mg/L formaldehyde for 1 h are indicated for the control of S. cf. platyorchis and 50 mg/L for the control of L. cf. uruguayense, because it has lower concentration of formaldehyde and high survival of fish. However, none of the concentrations tested is effective against endoparasites. Finally, to determine the damage caused by formaldehyde in the gills and/or the Monogenoidea, three fish per treatment, coming the final bath of formaldehyde to control parasitosis were sent for histological analysis. It was observed that increasing the concentration of formaldehyde caused more severe lesions in the gills. Mild hyperplasia was observed in animals kept as control, detachment of the respiratory epithelium in T2, moderate hyperplasia in T3, increased opercular activity in T4 and necrosis, erratic swimming and mortality in T5. Histopathological results of this study show that bath of formaldehyde at a concentration of 50 mg/L for 1 hour can be applied to juveniles of M. platanus to control Monogenoidea, because in this concentration, histological lesions caused in the host are lightweight and survival of juveniles is high.
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