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Governamentalidade, biopolítica e biopoder: a produção identitária para o corpo velho nos discursos da mídia brasileira contemporânea

Monteiro, Maria Emmanuele Rodrigues 16 May 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2015-05-14T12:43:13Z (GMT). No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 6408611 bytes, checksum: 58f916d430d2edc790128062dea5e915 (MD5) Previous issue date: 2014-05-16 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This thesis investigates media s discursive production about the "old body". The fact that the Brazilian elderly population has increased fivefold in the last thirty years, in quantitative and qualitative terms , aroused the interest of media institutions for elderly subjects due to increased goods and services consumption. Thus, we aimed to analyze the "old body" in Brazilian media, in order to explain how the knowledge-power relationship occurs in inclusion/ exclusion identities production that results in the spectacle of "superelder" / "gerontolescent" subject position, with the conducting wire Biopolitics , Biopower and Governmentality notions. We base our research on Discourse Analysis theoretical and methodological assumptions from Pêcheux with Michel Foucault s dialogues and Jean- Jacques Courtine s contributions for media wordings on old age, formatted in various genres - reportage, advertising and magazine covers , materialized in Época, Isto é and Veja magazines. Among the survey results, we found that the body, in the same way that idiom and language, is socially managed, working as producer of meanings matrix, supporting meanings. The " old body " thought from this cultural perspective, enables us to observe it from the symbolic transformations that body has undergone over time, within a collective memory, which is also changing , form the paradigms of each culture, expressing, thus, aspects of aging historically constituted. / Esta tese investiga a produção discursiva da Mídia sobre o corpo velho . O fato de a população brasileira de idosos ter quintuplicado nos últimos trinta anos, em termos quantitativos e qualitativos, despertou o interesse de instituições midiáticas pelos sujeitos idosos em razão do consumo aumentado de mercadorias e serviços. A partir disso questionamos: Como se desenvolve essa biopolítica, fomentada pela mídia, para o corpo velho ? Como a contradição (quando centrada nas expressões gerontolescente , envelhecente , superidoso ) afeta a produção de identidades para os sujeitos idosos? Esses problemas nos levou a objetivarmos analisar o corpo velho na mídia brasileira, a fim de explicar como ocorre a relação saber-poder na produção de identidades de inclusão/exclusão que resulta na espetacularização da posição sujeito superidoso / gerontolescente , tendo como fio-condutor as noções de Biopolítica, Biopoder e Governamentalidade. Fundamentamos nossa pesquisa nos pressupostos teórico-metodológicos da Análise do Discurso a partir dos diálogos de Michel Pêcheux com Michel Foucault e as contribuições de Jean-Jacques Courtine para o estudo de uma Semiologia Histórica da imagem. A categoria identidade será discutida a partir de Stuart Hall, Tomaz Tadeu da Silva, e Zigmunt Bauman. Nosso corpus é composto pelos dizeres da Mídia sobre a velhice, formatados em diversos gêneros reportagem, propaganda e capas de revista, materializados nas revistas Época, Isto é e Veja. Entre os resultados da pesquisa, constatamos que o corpo, do mesmo modo que a língua e a linguagem, é gerido socialmente, funcionando como matriz produtora de sentidos, dando suporte aos significados. O corpo velho , pensado a partir dessa ótica cultural, possibilita-nos observá-lo a partir das transformações simbólicas que esse corpo sofreu ao longo do tempo, dentro de uma memória coletiva, que é também cambiante, dos paradigmas de cada cultura, expressando, desse modo, aspectos da velhice constituídos historicamente.

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