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Estudo da evolução do rio Cocó para determinação de sua capacidade de suporte e proposta de recuperaçãoReginaldo Lima Verde Leal, José 31 January 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009 / O objetivo deste trabalho é analisar a evolução temporal e espacial do rio Cocó, incluindo a ocupação das margens, desde suas nascentes, até a foz, caracterizar as feições de seu curso, suas fontes de poluição e contaminação, estudando a capacidade de suporte, para avaliação de suas águas e propor sua recuperação, como corredor fluvial. No estudo foram utilizadas fotografias aéreas e imagens de satélite associadas com verificação de campo para o mapeamento das unidades geoambientais e evolução da ocupação urbana, que teve ainda apoio de dados do IBGE, ao longo de meio século. Para delimitação mais precisa da bacia hidrografia, determinação da declividade e seções de trechos e elaboração de imagem tridimensional, dos cursos do rio Cocó, usou-se imagem de radar. A interpretação dos perfis de poços perfurados para água na área da bacia foi fundamental para mapear o topo da Formação Barreiras, do Embasamento Cristalino e horizonte carbonático. O levantamento bibliográfico de teses, dissertações e trabalhos técnicos no âmbito da bacia, principalmente quanto à qualidade da água do rio Cocó forneceu informações sobre a sanidade do rio e sua capacidade de suporte. A datação de paleodunas e dunas vegetadas permitiu determinar a idade da mudança de curso do rio Cocó e caracterizar os eventos eólicos relacionados à oscilação do nível do mar. Três ambientes foram individualizados, com suas unidades geoambientais: a Frente Marinha (depósitos submersos, recifes de arenito, beachrocks, praias, cordões litorâneos, terraços marinhos, planície de deflação, paleodunas e campos de dunas vegetadas e móveis); Corredores Fluviais (planícies fluviais e flúvio-marinhas, com seus manguezais, salgados e apicuns); e Terras Altas (maciços residuais, tabuleiros pré-litorâneos e depressão Sertaneja). A análise multi-temporal destas unidades mostrou que, nos quase 50 anos de registros, as dunas vegetadas dobraram de área, a superfície ocupada pelo manguezal quadruplicou e a ocupação urbana, na bacia, aumentou dez vezes. A paleosuperfície do Arenito Barreiras mostra, nitidamente, um vale que, partindo da penúltima curva do Cocó, saia na enseada do Mucuripe. A grande mudança do trajeto Cocó foi há 40.000 A.P., quando os sedimentos eólicos, representados pelas paleodunas da Cidade 2.000, barraram o curso do rio, fazendo com que ele capturasse um afluente do rio Coaçú, transformando este último em afluente da margem direita, quando originalmente, eram dois rios independentes. O mapa do topo do embasamento mostra um gráben a leste da estruturação brasiliana N20o E, onde está encaixada a maior parte do curso do rio. O Cocó, cujo estuário é verticalmente misturado, já esgotou sua capacidade de suporte, e, se não houver
um controle dos efluentes e detritos lançados no seu leito, fixação das dunas móveis da margem direita, e retirada de sedimentos do fundo, para que as marés penetrem no estuário em maior volume, será muito difícil recuperá-lo. Em parlelo, um levantamento geofísico da área compreendida entre o vale do rio Cocó e o litoral englobando dunas, praia do Futuro até o Mucuripe, poderia fornecer informações mais precisas da potencialidade hidrogeológica do gráben que seria a continuação do Gráben Mecejana
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