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Contraconduta da criação : um estudo com alunos da graduação em dançaValle, Flavia Pilla do January 2012 (has links)
Este trabalho discorre sobre os modos de formação no ensino superior de dança, debruçando-se sobre a dimensão da criação, na perspectiva da composição coreográfica e de seu estatuto nessa formação. Parte-se de uma prática pedagógica que desafia os alunos a criar a partir da contraconduta, que envolve conhecer seus modos de criar usuais e desafiar-se a fazer diferente. A criação, assim, não é entendida como um processo de autodescoberta, e sim como um processo de resistência a saberes que atravessam o sujeito da criação. Nisso, opera-se com a ideia de poder, conduta e governo de si. A partir da noção do cuidado de si dos gregos antigos, que Foucault estudou nos anos 1980, discutem-se quatro princípios para a prática pedagógica: contraconduta como crise; contraconduta como disponibilidade, contraconduta como inquietude; e contraconduta como relação ética. A pesquisa produziu material durante três semestres para análise. Esses registros consistem em escritos sobre o processo coreográfico de solos de dança dos alunos. Dito isso, a ideia da contraconduta expande-se para ser um conceito operatório de toda a tese, na qual se quer visualizar a trama por intermédio da qual os discursos sobre a dança assumem forma nos corpos em formação. A obra de Foucault serve como ferramenta para poder analisar os fios que constituem a teia de discursos na qual o jogo da contraconduta se forma e emerge por meio de enunciações que: demonstram territórios demarcados da dança; produzem entendimentos sobre a formação de base; repetem ideais de beleza; constituem filiação estética do professor de dança; entre outros. Portanto, o jogo dos enunciados em que os alunos se constituem e a multiplicidade de seus posicionamentos é relatado, tanto na sala de aula quanto nos próprios acontecimentos históricos da dança. Por fim, esta pesquisa defende a contraconduta da criação como um meio possível de constituir eticamente o sujeito da dança, além de defender o ensino superior como um espaço importante para esse tipo de trabalho. / This study deals with the way dance is taught in institutes of higher learning, being attentive on the process of creation, understood here as choreographic composition, as well as its relevance in the curriculum. Its point of departure is a pedagogical practice that challenges the students to be creative, based on the concept of counterconduct, which includes the knowledge of their usual ways of creation and challenges them to create in a different way. Thus, the act of creation is not to be understood as a process of selfdiscovery but as a process of resistance to knowledge already embedded which permeate the subject of creation. In this way, it operates with the idea of power, conduct and self-government. Taking as a point of departure the notion of selfcare of the ancient Greeks, which Foucault studied during the 80s, the four principles of the pedagogical praxis are studied: 1. counterconduct as crisis; 2. counterconduct as availability; 3. countercondut as restlessness; 4. counterconduct as ethical relationships. Data collected during three semesters were used as material to be analyzed. These materials consisted of written records of the creative process during the choreography of solos by dance students. As a result, the concept of counterconduct expanded itself to be an operational concept for the whole thesis, in which one tries to make visible the threads through which the discourses on dance take shape on the bodies of would-be dancers. Foucault’s work serves as a tool to analyze the game of counterconduct which is formed and emerges through concepts which demonstrate territories assigned to the dance, generate the understanding of basic training, repeat ideals of beauty, and constitute esthetical affiliations of dance instructors, among many other aspects to be considered. Therefore, the interplay of statements in which each student is constituted and the multiplicity of their positioning is recorded, as much in the classroom as in the very historical events of dance. Finally, this research supports the counterconduct of creation as a possible means of ethically constituting the subject of dance, as well as defending higher learning as an important territory for this kind of work.
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Contraconduta da criação : um estudo com alunos da graduação em dançaValle, Flavia Pilla do January 2012 (has links)
Este trabalho discorre sobre os modos de formação no ensino superior de dança, debruçando-se sobre a dimensão da criação, na perspectiva da composição coreográfica e de seu estatuto nessa formação. Parte-se de uma prática pedagógica que desafia os alunos a criar a partir da contraconduta, que envolve conhecer seus modos de criar usuais e desafiar-se a fazer diferente. A criação, assim, não é entendida como um processo de autodescoberta, e sim como um processo de resistência a saberes que atravessam o sujeito da criação. Nisso, opera-se com a ideia de poder, conduta e governo de si. A partir da noção do cuidado de si dos gregos antigos, que Foucault estudou nos anos 1980, discutem-se quatro princípios para a prática pedagógica: contraconduta como crise; contraconduta como disponibilidade, contraconduta como inquietude; e contraconduta como relação ética. A pesquisa produziu material durante três semestres para análise. Esses registros consistem em escritos sobre o processo coreográfico de solos de dança dos alunos. Dito isso, a ideia da contraconduta expande-se para ser um conceito operatório de toda a tese, na qual se quer visualizar a trama por intermédio da qual os discursos sobre a dança assumem forma nos corpos em formação. A obra de Foucault serve como ferramenta para poder analisar os fios que constituem a teia de discursos na qual o jogo da contraconduta se forma e emerge por meio de enunciações que: demonstram territórios demarcados da dança; produzem entendimentos sobre a formação de base; repetem ideais de beleza; constituem filiação estética do professor de dança; entre outros. Portanto, o jogo dos enunciados em que os alunos se constituem e a multiplicidade de seus posicionamentos é relatado, tanto na sala de aula quanto nos próprios acontecimentos históricos da dança. Por fim, esta pesquisa defende a contraconduta da criação como um meio possível de constituir eticamente o sujeito da dança, além de defender o ensino superior como um espaço importante para esse tipo de trabalho. / This study deals with the way dance is taught in institutes of higher learning, being attentive on the process of creation, understood here as choreographic composition, as well as its relevance in the curriculum. Its point of departure is a pedagogical practice that challenges the students to be creative, based on the concept of counterconduct, which includes the knowledge of their usual ways of creation and challenges them to create in a different way. Thus, the act of creation is not to be understood as a process of selfdiscovery but as a process of resistance to knowledge already embedded which permeate the subject of creation. In this way, it operates with the idea of power, conduct and self-government. Taking as a point of departure the notion of selfcare of the ancient Greeks, which Foucault studied during the 80s, the four principles of the pedagogical praxis are studied: 1. counterconduct as crisis; 2. counterconduct as availability; 3. countercondut as restlessness; 4. counterconduct as ethical relationships. Data collected during three semesters were used as material to be analyzed. These materials consisted of written records of the creative process during the choreography of solos by dance students. As a result, the concept of counterconduct expanded itself to be an operational concept for the whole thesis, in which one tries to make visible the threads through which the discourses on dance take shape on the bodies of would-be dancers. Foucault’s work serves as a tool to analyze the game of counterconduct which is formed and emerges through concepts which demonstrate territories assigned to the dance, generate the understanding of basic training, repeat ideals of beauty, and constitute esthetical affiliations of dance instructors, among many other aspects to be considered. Therefore, the interplay of statements in which each student is constituted and the multiplicity of their positioning is recorded, as much in the classroom as in the very historical events of dance. Finally, this research supports the counterconduct of creation as a possible means of ethically constituting the subject of dance, as well as defending higher learning as an important territory for this kind of work.
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Contraconduta da criação : um estudo com alunos da graduação em dançaValle, Flavia Pilla do January 2012 (has links)
Este trabalho discorre sobre os modos de formação no ensino superior de dança, debruçando-se sobre a dimensão da criação, na perspectiva da composição coreográfica e de seu estatuto nessa formação. Parte-se de uma prática pedagógica que desafia os alunos a criar a partir da contraconduta, que envolve conhecer seus modos de criar usuais e desafiar-se a fazer diferente. A criação, assim, não é entendida como um processo de autodescoberta, e sim como um processo de resistência a saberes que atravessam o sujeito da criação. Nisso, opera-se com a ideia de poder, conduta e governo de si. A partir da noção do cuidado de si dos gregos antigos, que Foucault estudou nos anos 1980, discutem-se quatro princípios para a prática pedagógica: contraconduta como crise; contraconduta como disponibilidade, contraconduta como inquietude; e contraconduta como relação ética. A pesquisa produziu material durante três semestres para análise. Esses registros consistem em escritos sobre o processo coreográfico de solos de dança dos alunos. Dito isso, a ideia da contraconduta expande-se para ser um conceito operatório de toda a tese, na qual se quer visualizar a trama por intermédio da qual os discursos sobre a dança assumem forma nos corpos em formação. A obra de Foucault serve como ferramenta para poder analisar os fios que constituem a teia de discursos na qual o jogo da contraconduta se forma e emerge por meio de enunciações que: demonstram territórios demarcados da dança; produzem entendimentos sobre a formação de base; repetem ideais de beleza; constituem filiação estética do professor de dança; entre outros. Portanto, o jogo dos enunciados em que os alunos se constituem e a multiplicidade de seus posicionamentos é relatado, tanto na sala de aula quanto nos próprios acontecimentos históricos da dança. Por fim, esta pesquisa defende a contraconduta da criação como um meio possível de constituir eticamente o sujeito da dança, além de defender o ensino superior como um espaço importante para esse tipo de trabalho. / This study deals with the way dance is taught in institutes of higher learning, being attentive on the process of creation, understood here as choreographic composition, as well as its relevance in the curriculum. Its point of departure is a pedagogical practice that challenges the students to be creative, based on the concept of counterconduct, which includes the knowledge of their usual ways of creation and challenges them to create in a different way. Thus, the act of creation is not to be understood as a process of selfdiscovery but as a process of resistance to knowledge already embedded which permeate the subject of creation. In this way, it operates with the idea of power, conduct and self-government. Taking as a point of departure the notion of selfcare of the ancient Greeks, which Foucault studied during the 80s, the four principles of the pedagogical praxis are studied: 1. counterconduct as crisis; 2. counterconduct as availability; 3. countercondut as restlessness; 4. counterconduct as ethical relationships. Data collected during three semesters were used as material to be analyzed. These materials consisted of written records of the creative process during the choreography of solos by dance students. As a result, the concept of counterconduct expanded itself to be an operational concept for the whole thesis, in which one tries to make visible the threads through which the discourses on dance take shape on the bodies of would-be dancers. Foucault’s work serves as a tool to analyze the game of counterconduct which is formed and emerges through concepts which demonstrate territories assigned to the dance, generate the understanding of basic training, repeat ideals of beauty, and constitute esthetical affiliations of dance instructors, among many other aspects to be considered. Therefore, the interplay of statements in which each student is constituted and the multiplicity of their positioning is recorded, as much in the classroom as in the very historical events of dance. Finally, this research supports the counterconduct of creation as a possible means of ethically constituting the subject of dance, as well as defending higher learning as an important territory for this kind of work.
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