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Descrição fonológica do crioulo GuineenseCosta, Paula Mendes 31 January 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014 / CAPES / O presente trabalho objetiva realizar uma descrição sincrônica da fonologia segmental do crioulo da Guiné-Bissau (Kriyol). Para a sua realização, foram levados em consideração trabalhos anteriores acerca da fonologia do Crioulo da Guiné-Bissau (CGB), como os de Mbodj (1979), Scantamburlo (1981), Kihm (1986), Rougé (1988) e Couto (1994). Há, também, trabalhos que apresentam análises fonológicas de outras línguas africanas, os quais contribuíram para a elucidação de questões pertinentes ao presente estudo (Moura (2007), Couto e Souza (2004), Quint (2006), Rodrigues (2007), Lang (2007)). O CGB integra a família linguística dos crioulos de base lexical portuguesa da Alta Guiné (CAG), da qual também fazem parte o Crioulo Kabuverdianu e o crioulo de Casamansa. O CGB é uma língua que resulta do contato entre o português (língua de superstrato) e as diversas línguas africanas (línguas de substrato) faladas na Guiné-Bissau, todas pertencentes à família Níger-Congo (grupos Mande e Atlântico), havendo no país um total de 22 línguas. Para a realização desse estudo, foram coletados dados com cinco estudantes guineenses vinculados à UFPE através de programas e convênios de intercâmbio de estudantes. Finalmente, é importante dizer que a presente pesquisa de descrição fonológica inscreve-se nos estudos crioulísticos de base sincrônica, apoiando-se inicialmente na abordagem estruturalista norte-americana, através do uso das técnicas da linguística distribucional, bastante úteis para o estabelecimento da fonologia segmental das línguas naturais. Além disso, para se alcançar interpretações mais aprofundadas acerca da fonologia da língua, o estudo se apoiou em arcabouço teórico mais moderno, fornecido pela fonologia pós-gerativa, constantes em Kenstowicz (1994), Goldsmith (1995), Clements (1995), Blevins (1995) e Clements & Hume (1995), entre outros. A partir da pesquisa realizada, concluiu-se que o sistema fonológico do crioulo guineense apresenta 25 segmentos, sendo 18 consoantes e 7 vogais. A sílaba tem como molde (C)(C)(C)V/N(V)(C), sendo o único elemento obrigatório a primeira posição nuclear, ocupada sempre por uma vogal, que pode formar sílaba sozinha. Os principais processos fonológicos observados foram: despalatalização, desnasalização, assimilação, apagamento e inserção.
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Reconstrução fonológica e lexical do protocrioulo do Golfo da Guiné / Phonological and lexical reconstruction of Proto-Creole from the Gulf of GuineaBandeira, Manuele 13 December 2016 (has links)
O objetivo deste estudo é apresentar uma reconstrução da fonologia e do léxico do protocrioulo do Golfo da Guiné (PGG). O cenário de surgimento do PGG remonta ao período de colonização portuguesa na ilha de São Tomé, no fim do século XV e no começo do XVI, quando o contato entre populações africanas transplantadas à ilha e colonizadores lusos -- provocado pelo povoamento da região -- resultou na formação de uma língua crioula de base lexical portuguesa, o PGG. Após a formação do protocrioulo, deu-se início à separação geográfica de seus falantes que, outrora alojados em São Tomé, por um lado, são transplantados da ilha, e, por outro, fogem dos engenhos, formando quilombos. Assim, na ilha do Princípe, com a leva de transplantados recém-chegados, o PGG se ramifica em lung\'ie, de modo semelhante, na ilha de Ano Bom, o PGG se desenvolve, transformando-se em fa d\'ambô. Em São Tomé, por sua vez, os falantes de protocrioulo se dividem entre aqueles que ficaram nos núcleos de colonização, onde surge o santome, ao passo que a comunidade quilombola se torna o cenário da especiação do PGG no angolar (FERRAZ, 1974, 1979; SEIBERT, 2004; HAGEMEIJER, 2009). Seguindo os princípios do método histórico-comparativo da Linguística Histórica (THOMASON & KAUFMAN, 1988; KAUFMAN, 1990; HOCK, 1991; FOX, 1995; CROWLEY, 1997[1992]; CAMPBELL, 2004[1998]), foi elaborado um corpus a partir de um conjunto de itens pertencentes ao léxico comum do santome, lung\'ie, fa d\'ambô e angolar, as línguas-filhas do PGG. Contudo, devido a lacunas nas descrições dessas línguas, foi necessário investigar seus sistemas fonológicos de tal modo que este trabalho, devido à sua abrangência e escopo, constitui também uma contribuição ao estudo de suas fonologias. À vista disso, a reconstrução fonológica e lexical do protocrioulo tem como base itens de suas línguas-filhas contemporâneas. Por conseguinte, o estudo se baseia nas fonologias das línguas-filhas e na análise de 536 conjuntos de cognatos, obtidos da literatura e da coleta e reunião de cerca de 2000 itens lexicais. Adicionalmente, apresentamos uma descrição e análise dos processos fonológicos observados no cotejo dos conjuntos de cognatos, tendo em vista que o esquadrinhamento de tais processos pode lançar luzes sobre as características estruturais da fonologia do protocrioulo a partir dos reflexos nas línguas-filhas. Assim, o sistema consonantal do PGG é composto por dezoito consoantes (*p, *b, *t, *d, *k, *g, *f, *v, *s, *z, *m, *n, *ɲ, *r, *l, *ʎ, *w, *j) e o sistema vocálico, por seu turno, constituído por sete vogais orais (*i, *e, *ɛ, a, *ɔ, *o, *u). O sistema acentual do PGG era prevísivel e sensível ao peso silábico. Portanto, o acento se fixava na penúltima sílaba em palavras nominais (ex.: *\'blasu \'braço\'), todavia, deslocava-se para a última quando a sílaba era pesada (ex.: *bɔ\'tɔN \'botão\'). Verbos apresentavam acento na sílaba final (ex.: *be\'be \'beber\'). Com efeito, os processos fonológicos descritos nas línguas-filhas oferecem evidências para a reconstrução lexical das protoformas. Dessa maneira, a reconstrução do PGG demonstra que a configuração atual das línguas-filhas provém da interação entre o quadro linguístico inicial do protocrioulo em conjunto com uma série de fenômenos fonológicos que atuaram no cenário de especiação. / Abstract: The aim of this study is to present a phonological and lexical reconstruction of the Proto-Creole of Gulf of Guinea (PGG). The emergence scenario of the PGG goes back to the Portuguese colonization period on the island of São Tomé at the end of the fifteenth century and at the beginning of the sixteenth century, when contact between African populations brought to that island as slaves and the Portuguese settlers resulted in the formation of a Portuguese-based Creole. After the formation of the Proto-Creole, the geographical separation of its speakers began: some settlers and their slaves were taken away from São Tomé to the islands of Príncipe and Ano Bom. Thus, within a new environment and with other speakers, the PGG branched into Lung\'ie on the island of Príncipe. Similarly, the PGG developed on the island of Ano Bom, becoming Fa d\'ambô. In São Tomé, in turn, Proto-Creole speakers are divided between those who remained in colonization centers, where Santome arose, and those who formed maroon communities, which became setting for the speciation of PGG into Angolar (FERRAZ, 1974, 1979; SEIBERT, 2004; HAGEMEIJER, 2009). Following the principles of the comparative method of Historical Linguistics (THOMASON & KAUFMAN, 1988; KAUFMAN, 1990, HOCK, 1991, FOX, 1995; CROWLEY, 1997 [1992], CAMPBELL, 2004 [1998]), a corpus was selected from a set of items belonging to the common lexicon of Santome, Lung\'ie, Fa d\'ambô and Angolar, languages derived from the PGG. However, due to gaps in the descriptions of these languages, it was necessary to investigate their phonological systems. Thus, because of its range and scope, this study also offers a contribution to the study of their phonology. Therefore, this study is based on the phonology of the derived languages and on the analysis of 536 sets of cognates. In addition, we present a description and an analysis of the phonological processes observed in the comparison of the sets of cognates. The study of such processes is vital as they shed light on the structural characteristics of the Proto-Creole phonology and also in the modifications on its daughter languages. The PGG consonant system consists of eighteen consonants (*p, *b, *t, *d, *k, *g, *f, *v, *s, *z, *m, *n, *ɲ, *r, *l, *ʎ, *w, *j) . The vocalic system consists of seven vowels (*i, *e, *ɛ, a, *ɔ, *o, *u). The PGG accentual system was predictable, in general, and related to syllabic weight. Therefore, the stress was on the penultimate syllable in nominal words (e.g.: *\'blasu \'arm\'), but moved to the last syllable when it was heavy (e.g.: *bɔ\'tɔN \'button\'). Verbs were stressed on the final syllable (e.g.: *be\'be \'drink\'). Indeed, the phonological processes described for the derived languages provide evidence for the lexical reconstruction of proto-forms. Thus, the reconstruction of PGG shows that the current configuration of derived languages comes from the interaction between the early Proto-Creole linguistic frame and a series of phonological phenomena that acted in the speciation scenario.
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Reconstrução fonológica e lexical do protocrioulo do Golfo da Guiné / Phonological and lexical reconstruction of Proto-Creole from the Gulf of GuineaManuele Bandeira 13 December 2016 (has links)
O objetivo deste estudo é apresentar uma reconstrução da fonologia e do léxico do protocrioulo do Golfo da Guiné (PGG). O cenário de surgimento do PGG remonta ao período de colonização portuguesa na ilha de São Tomé, no fim do século XV e no começo do XVI, quando o contato entre populações africanas transplantadas à ilha e colonizadores lusos -- provocado pelo povoamento da região -- resultou na formação de uma língua crioula de base lexical portuguesa, o PGG. Após a formação do protocrioulo, deu-se início à separação geográfica de seus falantes que, outrora alojados em São Tomé, por um lado, são transplantados da ilha, e, por outro, fogem dos engenhos, formando quilombos. Assim, na ilha do Princípe, com a leva de transplantados recém-chegados, o PGG se ramifica em lung\'ie, de modo semelhante, na ilha de Ano Bom, o PGG se desenvolve, transformando-se em fa d\'ambô. Em São Tomé, por sua vez, os falantes de protocrioulo se dividem entre aqueles que ficaram nos núcleos de colonização, onde surge o santome, ao passo que a comunidade quilombola se torna o cenário da especiação do PGG no angolar (FERRAZ, 1974, 1979; SEIBERT, 2004; HAGEMEIJER, 2009). Seguindo os princípios do método histórico-comparativo da Linguística Histórica (THOMASON & KAUFMAN, 1988; KAUFMAN, 1990; HOCK, 1991; FOX, 1995; CROWLEY, 1997[1992]; CAMPBELL, 2004[1998]), foi elaborado um corpus a partir de um conjunto de itens pertencentes ao léxico comum do santome, lung\'ie, fa d\'ambô e angolar, as línguas-filhas do PGG. Contudo, devido a lacunas nas descrições dessas línguas, foi necessário investigar seus sistemas fonológicos de tal modo que este trabalho, devido à sua abrangência e escopo, constitui também uma contribuição ao estudo de suas fonologias. À vista disso, a reconstrução fonológica e lexical do protocrioulo tem como base itens de suas línguas-filhas contemporâneas. Por conseguinte, o estudo se baseia nas fonologias das línguas-filhas e na análise de 536 conjuntos de cognatos, obtidos da literatura e da coleta e reunião de cerca de 2000 itens lexicais. Adicionalmente, apresentamos uma descrição e análise dos processos fonológicos observados no cotejo dos conjuntos de cognatos, tendo em vista que o esquadrinhamento de tais processos pode lançar luzes sobre as características estruturais da fonologia do protocrioulo a partir dos reflexos nas línguas-filhas. Assim, o sistema consonantal do PGG é composto por dezoito consoantes (*p, *b, *t, *d, *k, *g, *f, *v, *s, *z, *m, *n, *ɲ, *r, *l, *ʎ, *w, *j) e o sistema vocálico, por seu turno, constituído por sete vogais orais (*i, *e, *ɛ, a, *ɔ, *o, *u). O sistema acentual do PGG era prevísivel e sensível ao peso silábico. Portanto, o acento se fixava na penúltima sílaba em palavras nominais (ex.: *\'blasu \'braço\'), todavia, deslocava-se para a última quando a sílaba era pesada (ex.: *bɔ\'tɔN \'botão\'). Verbos apresentavam acento na sílaba final (ex.: *be\'be \'beber\'). Com efeito, os processos fonológicos descritos nas línguas-filhas oferecem evidências para a reconstrução lexical das protoformas. Dessa maneira, a reconstrução do PGG demonstra que a configuração atual das línguas-filhas provém da interação entre o quadro linguístico inicial do protocrioulo em conjunto com uma série de fenômenos fonológicos que atuaram no cenário de especiação. / Abstract: The aim of this study is to present a phonological and lexical reconstruction of the Proto-Creole of Gulf of Guinea (PGG). The emergence scenario of the PGG goes back to the Portuguese colonization period on the island of São Tomé at the end of the fifteenth century and at the beginning of the sixteenth century, when contact between African populations brought to that island as slaves and the Portuguese settlers resulted in the formation of a Portuguese-based Creole. After the formation of the Proto-Creole, the geographical separation of its speakers began: some settlers and their slaves were taken away from São Tomé to the islands of Príncipe and Ano Bom. Thus, within a new environment and with other speakers, the PGG branched into Lung\'ie on the island of Príncipe. Similarly, the PGG developed on the island of Ano Bom, becoming Fa d\'ambô. In São Tomé, in turn, Proto-Creole speakers are divided between those who remained in colonization centers, where Santome arose, and those who formed maroon communities, which became setting for the speciation of PGG into Angolar (FERRAZ, 1974, 1979; SEIBERT, 2004; HAGEMEIJER, 2009). Following the principles of the comparative method of Historical Linguistics (THOMASON & KAUFMAN, 1988; KAUFMAN, 1990, HOCK, 1991, FOX, 1995; CROWLEY, 1997 [1992], CAMPBELL, 2004 [1998]), a corpus was selected from a set of items belonging to the common lexicon of Santome, Lung\'ie, Fa d\'ambô and Angolar, languages derived from the PGG. However, due to gaps in the descriptions of these languages, it was necessary to investigate their phonological systems. Thus, because of its range and scope, this study also offers a contribution to the study of their phonology. Therefore, this study is based on the phonology of the derived languages and on the analysis of 536 sets of cognates. In addition, we present a description and an analysis of the phonological processes observed in the comparison of the sets of cognates. The study of such processes is vital as they shed light on the structural characteristics of the Proto-Creole phonology and also in the modifications on its daughter languages. The PGG consonant system consists of eighteen consonants (*p, *b, *t, *d, *k, *g, *f, *v, *s, *z, *m, *n, *ɲ, *r, *l, *ʎ, *w, *j) . The vocalic system consists of seven vowels (*i, *e, *ɛ, a, *ɔ, *o, *u). The PGG accentual system was predictable, in general, and related to syllabic weight. Therefore, the stress was on the penultimate syllable in nominal words (e.g.: *\'blasu \'arm\'), but moved to the last syllable when it was heavy (e.g.: *bɔ\'tɔN \'button\'). Verbs were stressed on the final syllable (e.g.: *be\'be \'drink\'). Indeed, the phonological processes described for the derived languages provide evidence for the lexical reconstruction of proto-forms. Thus, the reconstruction of PGG shows that the current configuration of derived languages comes from the interaction between the early Proto-Creole linguistic frame and a series of phonological phenomena that acted in the speciation scenario.
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