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Os provérbios na construção do poético em Tutaméia-Terceiras Estórias

Martins, Gisele Pimentel 16 May 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-28T19:59:10Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Gisele Pimentel Martins.pdf: 334600 bytes, checksum: 2b4cf6d1f0130828f1c0151f62e08d78 (MD5) Previous issue date: 2008-05-16 / Secretaria da Educação do Estado de São Paulo / The objective of this work is questioning the role exercised by proverbial sentences in the construction of poetic in Tutaméia-Terceiras Estórias, last book published by Guimarães Rosa in life. In the hypothesis proposed, the proverbs function as sample of the composition method by author, which comes from popular elements, such as proverbs, to submit them to the method of magic algebra, which will extract from its conventional and generalizing form that singularizes like poetics cells, which are updated each time in different contexts. This dual structure - fixed and moving - of proverbial expressions, keep inside the "counsel" of the narrator from oral traditions, and the anonymity that makes them a land of moving frontiers between orality and writing, the literary and non-literary. The proverbs are, therefore, cells of the critical short story of Rosa, that is, one that transcends the tradition of short story genre to introduce as hybrid narrative between fiction and metafiction; the poetic and scientific; the literary and essayistic - philosophical. The methodology of analysis focused the four prefaces - "Aletria e Hermenêutica", "Hipotrélico", "Nós, os temulentos" and "Sobre a escova e a dúvida" - as a sample of the functions of proverbs as structures that lead to metaficcional reflections on the working method practiced by Rosa in Tutaméia, in addition to two short stories - "Arroio-das-Antas" and "- Uai, eu?" in which proverbs work as fictional experimentation exerted by the narrators, in a frontier area with the character and the figure of the author. In conclusion, it was observed that the update of proverbs in Tutaméia restored them the latent poetry, darkened by the repetition and the use of that automated sentences / Este trabalho investigativo tem por objeto o questionamento do papel exercido pelas sentenças proverbiais na construção poética de Tutaméia-Terceiras Estórias, última obra publicada em vida por Guimarães Rosa. Na hipótese levantada, os provérbios funcionam como amostra do método de composição autoral, que parte de elementos populares, como os provérbios, para submetê-los ao método da álgebra mágica, que vai extrair da sua forma convencional e generalizante aquilo que os singulariza como células poéticas cada vez que são atualizados em contextos diferentes. Essa estrutura dúplice - fixa e movente - das expressões proverbiais, guarda em seu interior o conselho do narrador das tradições orais, bem como o anonimato que faz delas um terreno de fronteiras movediças entre a oralidade e a escritura; o literário e o não literário. Os provérbios constituem-se, assim, células do conto crítico roseano, isto é, aquele que transcende a tradição do gênero conto para se instaurar enquanto narrativa híbrida entre a ficção e a metaficção; o poético e o científico; o literário e o ensaístico - filosófico. A metodologia de análise privilegiou como corpus os quatro prefácios - Aletria e Hermenêutica , Hipotrélico , Nós, os temulentos e Sobre a escova e a dúvida - como amostra das funções dos provérbios como estruturas que conduzem à reflexão metaficcional sobre o próprio método de trabalho praticado por Rosa em Tutaméia, além de dois contos - Arroiodas- Antas e - Uai, eu? nos quais os provérbios funcionam como experimentação ficcional exercida pelos próprios narradores, numa zona fronteiriça com a personagem e a própria figura autoral. Como conclusão, observou-se que a atualização dos provérbios em Tutaméia restaurou-lhes a poesia latente, obscurecida pela repetição e pelo uso automatizado de tais sentenças

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